Projeto pretende mapear iniciativas REA ao redor do mundo

POERUP (Policies for OER Uptake) está realizando uma pesquisa para compreender como os governos podem estimular e adotar REA por meio de políticas públicas.

A pesquisa tem como objetivo proporcionar às autoridades de educação, comunidade científica e de gestão iniciativas REA com resultados de pesquisas confiáveis ​​ em que o feedback de todos os grupos interessados ​​pode ser usado como literatura padrão. Um objetivo específico é ajudar os leitores a cargo de iniciativas REA para encontrar maneiras de incorporar características de sucesso de outras iniciativas.

A lista do mapeamento global de iniciativas REA pode ser encontrado em http://poerup.referata.com/wiki/Countries

Saiba tudo sobre o projeto em: http://www.poerup.info

Entrevista: grupo do Pará prepara TCC sobre Recursos Educacionais Abertos

A primeira entrevista de 2013 acaba de sair!

Maria do Socorro Braga Reis, José Pereira Smith Júnior e Joneson Rosa dos Reis são professores de escolas públicas no Estado do Pará e estão escrevendo o seu Trabalho de Conclusão de Curso na área de recursos educacionais abertos. Esse contato nasceu à partir do compartilhamento e da discussão trazida pelos componentes do grupo no Facebook do REA Brasil.

O primeiro questionamento foi Objetos de Aprendizagem e REA são a mesma coisa? Essa é uma boa pergunta para brincarmos nos comentários desse post, não é mesmo?

Acesse a entrevista completa aqui.

Um post e novas ideias borbulham (mesmo que no início)

O post da Maria do Socorro trouxe outros membros que também pretendem se debruçar na questão dos REA e em breve vão compartilhar conosco as suas experiências!

A Flávia Martins, por exemplo, tem objetivo até omomento apresentar e analisar a metodologia de objetos de aprendizagem como recursos educacionais aberto em ambientes formais e informais de aprendizagem on-line (com 3 cases inicialmente). O estudo está no início ainda, em fase de pesquisa de referências.

Já a Zil Araújo quer fazer o seu TCC sobre a importância e impacto de REA e Oas na Sociedade de Aprendizagem. E por fim, a Kassandra Camago Silva, que é da área de ciência da computação,  estará mais focada no desenvolvimento de tecnologias envolvidas.

Vamos ajudá-los nessa caminhada?

Maria do Socorro Braga Reis, José Pereira Smith e Joneson Rosa dos Reis

Maria do Socorro Braga Reis. Licenciada em Letras pela UFPA – 2002. Professora da rede pública estadual, lecionando Língua Portuguesa e Informática na Educação, no ensino médio na Escola Profª Yolanda Chaves, em Bragança-PA e Língua Portuguesa no ensino fundamental na escola Profª Rosa Athayde em Augusto Corrêa-PA.  Discente do 5º período (penúltimo) do Curso de Licenciatura em Computação UFRA/PARFOR. 2010/2 – Polo Capanema-PA

José Pereira Smith Júnior. Licenciado em Matemática pela Universidade Estadual do Pará- 2005. Professor de ensino fundamental e médio da Secretaria de Estado de Educação nas escolas de Capanema-PA e Primavera-PA Discente do 5º período (penúltimo) do Curso de Licenciatura em Computação UFRA/PARFOR. 2010/2 – Polo Capanema-PA

Joneson Rosa dos Reis. Discente do 5º período (penúltimo) do Curso de Licenciatura em Computação UFRA/PARFOR. 2010/2 – Polo Capanema-PA atua como professor na sala de informática EMEF Padre Leandro Pinheiro em Quatipuru-PA, e também lotado na SEMED.


Entrevista concedida a Débora Sebriam em 03/2013

REA Brasil: Como e quando vocês descobriram os Recursos Educacionais Abertos?

Os REAs fazem parte da nossa rotina pedagógica, usamos o Linux Educacional 4.0 nas Salas de Informática, e que possui uma grande suíte de aplicativos, mas efetivamente começamos a usar a partir dos conteúdos das disciplinas da Licenciatura em Computação.

REA Brasil: Para vocês o que é REA?

Para nós os REAs são qualquer material que potencialize a construção da aprendizagem.

REA Brasil: Como surgiu a motivação para escrever um TCC sobre REA?

Surgiu a partir de pesquisas feitas na Disciplina Projeto Integrador I, onde fizemos uma coletânea de Objetos de Aprendizagem (OA), tipo Hagáquê, RIVED e muitos outros, que foi aplicado em nossa prática, o curso nos deu suporte para aprendermos programação, o Smith Júnior se aperfeiçoou em Java, então começamos a nos questionar sobre a possibilidade de criar OAs para atender a nossa realidade. Assim, foram surgindo os OAs, isso nos deu uma motivação maior para escrever sobre os OAs, e assim apresentar as nossas crias, claro que temos a professora Janaina Costa que acreditou na gente, e é nossa orientadora e faz muita diferença.

REA Brasil: Vocês estão desenvolvendo objetos de aprendizagem disponibilizados no blog http://jogoseducativoss.blogspot.com.br Quais os formatos desses Objetos de Aprendizagem? Vocês irão implementar licenças flexíveis, como as do Creative Commons?

Os nossos OAs são instrucionais, uns possuem áudio, bem simples. Assim que tivermos concluído o projeto, vamos sim disponibilizar os códigos, implementando uma licença no formato uso não comercial. Assim, poderão fazer adaptações. Ainda não chegamos a um consenso de como faremos. Mas a certeza que temos que os códigos serão disponibilizados de forma livre.

REA Brasil: Como vocês acham que o estudo de vocês pode contribuir para que mais professores adotem e criem REAs?

É interessante o uso dos REAs nas metodologias aplicadas em sala de aula, principalmente se pode ser executado em locais sem internet, fica ainda melhor. Por isso, nos preocupamos com a questão dos Objetos e Aprendizagem poderem ser carregados em qualquer mídia, por exemplo, funcionam muito bem no pen drive e nos Cds. Eles podem ser usados para a verificação da aprendizagem da aula dada. Estamos tendo experiências muito positivas quanto ao uso dos REAs em sala de aula. Estamos fazendo uma verdadeira peregrinação para disponibilizar os OAs para os professores, principalmente os das escolas do meio rural, lá tem computador, mas sem conexão com internet. Os professores estão utilizando no pen drive.

REA Brasil: O que diriam para os educadores que desejam começar a trabalhar por e com REA?

Hoje, temos que nos adaptar as mudanças que a tecnologia faz em nossas vidas, os alunos estão sedentos por metodologias diferenciadas, afinal eles são nativos digitais, faz parte da cultura deles, ser íntimos das tecnologias que transbordam a todo instante. A escola não pode ficar a margem disso tudo, os paradigmas mudaram, hoje somos mediadores do conhecimento, antes éramos os portadores, aliás, fazer uso dos recursos disponíveis, e não poucos já é uma exigência do contexto escolar, nós vemos que o cerco está se fechando, aqui no Pará todos os professores de ensino médio vão receber um Tablet. Este evento vai forçar a utilização dos REAs na educação. A Socorro, em 2011 executou um projeto com o 1º ano ensino médio onde os alunos catalogaram muitos REAs que poderia ajudar o professor a melhorar a sua metodologia com as ferramentas disponíveis na escola. O trabalho foi no Facebook e no Blog da Escola, o encarte foi impresso, na tentativa de cercar todas as possibilidades e também mereceu uma postagem no Portal do Professor (MEC). Um dos caminhos para potencializarmos os conteúdos passa pela inserção das tecnologias na escola. Quando isso acontecer efetivamente vamos ter um arsenal fantástico de  troca de saberes, onde a vivencia pedagógica não será mais unilateral.