Ciclo Copy, Right: filmes e debates sobre cultura livre

Quatro datas, seis filmes, uma feira de compartilhamento e muitas oportunidades de se discutir sobre cultura livre!


O Ciclo Copy Right, organizado pelo BaixaCultura, Casa da Cultura Digital,  Centro Cultural de Espanha e Matilha Cultural acontece em São Paulo de 12 a 26 de junho. O objetivo do evento é promover a exibição, difusão e discussão de filmes relacionados a cultura livre. Para isso, foram escolhidas produções que abordam a questão da propriedade intelectual, da cultura remix, do software e hardware livre. Após a exibição dos filmes, se realizarão debates com pessoas que trabalham, discutem ou vivenciam intensamente este admirável mundo das tecnologias digitais e suas implicações sociais e políticas na vida cotidiana.

1º dia e abertura – 12/06 no Centro Cultural de Espanha

O Centro Cultural de Espanha recebe a abertura do ciclo, dia 12/06 às 19h. Será exibido o filme “¡Copiad, Malditos! – Copyright (or right the copy)”, dirigido Stéphane M. Grueso. O filme é uma investigação sobre os direitos autorais no mundo digital tendo por base três perguntas simples: o que é propriedade intelectual? Até que ponto pode se possuir uma ideia? Que direitos se emanam dessa propriedade? Finalizado em 2011, “¡Copiad” foi o primeiro filme licenciado sob uma licença livre (CC -BY-NC) a passar na TV pública espanhola.

Após e exibição do filme, o diretor Stéphane M. Grueso participará de um debate, por videoconferência, sobre produção audiovisual em cultura livre e as diferenças e semelhanças entre Brasil e Espanha nessa seara. Para conversar com o diretor espanhol e trazer experiências do lado brasileiro, estará Rafael Frazão, integrante da Casa da Cultura Digital, sócio da produtora Filmes para Bailar e um dos realizadores de “Remixofagia – Alegorias de uma Revolução”.

2º dia – 16/06 no Matilha Cultural

Começa às 16h30, na sala de cinema do Matilha Cultural com a exibição de “Patent Absurdity” (2010, 28 minutos) e “Arduíno: o documentário” (2011, 28 minutos). Os filmes tem como foco duas questões primordiais da cultura digital: o software e o hardware livre.

Na conversa pós-exibição dos filmes estarão Rodrigo Rodrigues, integrante do Garoa Hacker Clube – o primeiro hackerspace do Brasil, sediado no porão da Casa da Cultura Digital e sócio da Metamáquina, empresa recém criada dedicada à impressão 3D de baixo custo; e Bernardo Gutierrez, “pós-jornalista” espanhol, CEO do Future Media, ativista do movimento 15M e pesquisador de cidades de código aberto e urbanismo P2P.

3º dia – 23/06 no Matilha Cultural

Começa às 16h30, na sala de cinema do Matilha Cultural com a exibição de “RIP: A Remix Manifesto” (2009, 86 min).  Já quase um “clássico” da cultura digital, “RIP” é narrado em primeira pessoa pelo diretor, o canadense Brett Gaylor, e trata de discutir as tentativas de controle do arsenal cultural de hoje (e do passado) com a desculpa de proteção dos direitos do autor. Para tocar o assunto, Brett ilustra seu filme com casos como o do DJ Girl Talk, do copyright do “Parabéns a Você”, dos filmes da Disney e até do funk carioca brasileiro.

Em seguida à exibição, Brett Gaylor, que hoje trabalha na Mozilla Foundation, vai participar da conversa, por videoconferência, com Pedro Markun, sócio da Esfera Hacks Políticos, integrante da comunidade Transparência Hacker e da Casa da Cultura Digital. Os dois vão falar sobre o que mudou no mundo da propriedade intelectual e da cultura digital desde a produção de RIP (2009) até hoje, especialmente das constantes propostas que propõe vigiar a web em função de uma suposta proteção aos direitos autorais dos criadores.

4º dia – 26/06 no Centro Cultural de Espanha

Para encerrar o ciclo, dia 26 de junho, às 19h no Centro Cultural de Espanha, serão exibidos dois filmes sobre a produção audiovisual/digital recente: “Remixofagia – Alegorias de Uma Revolução” (2011, 16 min), realizado por Rodrigo Savazoni e a produtora Filmes para Bailar, ambos da Casa da Cultura Digital; e “Ctrl-V – Video Control” (2011, 56 min), de Leonardo Brant.

O primeiro é um remix de trechos de filmes, entrevistas e músicas que faz uma espécie de “arqueologia” da cultura digital brasileira recente, com destaque para a luta pelo conhecimento livre e a presença das práticas de apropriação e reciclagem ao longo de nossa história. Já “Ctrl-V” é fruto de uma pesquisa sobre convergência
audiovisual que explora as relações de poder e efeitos da indústria audiovisual sobre as sociedades contemporâneas.

Depois da exibição, Rodrigo Savazoni, realizador de “Remixofagia” e diretor do Festival CulturaDigital.br, e Leonardo Brant, coordenador da plataforma Empreendedores Criativos e editor do site Cultura e Mercado, falarão mais sobre seus filmes e também sobre políticas públicas de cultura digital, audiovisual em tempos de convergência, cultura livre e outros assuntos decorrentes desses.

Novidade: Feira de Compartilhamento

No último dia do evento haverá uma feira de troca de arquivos, a partir das 16h até o encerramento da exibição e dos debates. Uma estrutura montada com um HD externo, um roteador e um HUB com entradas USB facilitarão a troca de arquivos digitais presencialmente: basta levar seu HD, Notebook, pendrive e escolher o arquivo a compartilhar ou copiar. A intenção é poder reproduzir o ambiente de troca de arquivos comum na rede também presencialmente. Vale lembrar que todos os seis filmes exibidos no ciclo estarão disponíveis para compartilhar neste HD, que ficará com um dos facilitadores da feira.

Anote os endereços

Centro Cultural de Espanha: Av. Angélica, 1091, Higienópolis – São Paulo

Matilha Cultural: Rua Rêgo Freitas, 542, República – São Paulo

Informações Adicionais

Baixa Cultura: http://baixacultura.org

Centro Cultural de Espanha: http://www.ccebrasil.org.br

Matilha Cultural: http://matilhacultural.com.br

Debate sobre Educação e Recursos Educacionais Abertos

Coletivo Digital promove debate sobre Educação e Recursos Educacionais Abertos


A cada dia que passa, nossa sociedade se torna mais sensível ao desenvolvimento tecnológico e à velocidade com que ele se dá.

No âmbito da educação esta sensibilidade não é diferente.

Fica cada vez mais difícil conceber as escolas sem computadores e internet, e, para que elas sejam assim serão necessárias, entre tantas outras coisas, políticas públicas que equipem as escolas devidamente.

A internet com suas redes sociais, com abundância de conteúdos e sua enorme possibilidade de compartilhamento, entre tantos outros fatores, obriga-nos todos a pensarmos o modo como as tecnologias podem ser utilizadas para motivar alunos, como facilitar o aprendizado deles, qual o papel dos professores nesse novo contexto educacional, quais seus desafios, como capacitá-los, e tantas outras questões.

Temas como Direitos Autorais, seus impactos na disseminação do conhecimento no “mundo virtual”, o acesso à internet de qualidade nas escolas e nas casas, quais recursos educacionais a tecnologia nos oferece também são fundamentais de serem pensados.

Os convidados Selma Rocha*, Bianca Santana** e Anderson Fernandes de Alencar*** participarão do debate na sede do Coletivo Digital.

Este debate se faz ainda mais importante em período de eleições municipais, quando o rumo que a cidade tomará nos próximos anos passa a ser mais e mais discutido entre todos. Neste contexto, é importante que debatamos políticas públicas voltadas à educação também. Acreditamos que temos que fazer de São Paulo uma cidade educadora, ocupada e segura!

Debate Educação e Recursos Educacionais Abertos

Quando: 15/06 (sexta-feira)

Hora: 19:45

Onde: Sede do Coletivo Digital

Endereço: Rua Cônego Eugênio Leite, 1117

Informações pelo telefone: 11 3083-5134 (entre 10h e 19h)

*Grátis

PS: Quem não está em São Paulo poderá participar também. O debate será transmitido por Streaming em endereço disponibilizado nesta notícia no dia do evento!

*Selma Rocha: Selma Rocha é Graduada em História e mestre em História pela USP. Lecionou na Escola de Sociologia e Política de São Paulo e na PUC. Foi assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989-1996); secretária municipal de Educação de Santo André (1997-2000); presidente do Conselho de Curadores da Fundação Santo André (1997-2000); chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (2000-2001). Na Fundação Perseu Abramo integrou o Conselho Curador (1996-2003) e é diretora desde 2004.

**Bianca Santana: Estudou Mestrado na seguinte linha de pesquisa: Estado, Sociedade e Educação na Faculdade de Educação da USP/ Trabalha na empresa Instituto Educadigital. Atua em diversas entidades ligadas à Educação e Tecnologia, participa de movimentos ligados a estes temas, tais como: Recursos Educacionais Abertos, Faculdade de Educação da USP, Maternidade Ativa, Casa da Cultura Digital.

*** Anderson Fernandes de Alencar: Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB, 2005), mestrado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP, 2007) em que defendeu a dissertação “A pedagogia da migração do software proprietário para o livre: uma perspectiva freiriana”, faz doutorado em Educação na Universidade de São Paulo (USP, 2008-2012), coordenou durante cinco anos, a área de tecnologia da informação do Instituto Paulo Freire e atualmente coordena a Universitas Paulo Freire (UniFreire).

Fonte: Coletivo Digital