Programação Semana da Educação Aberta – REA.br

A Open Education Week ou Semana da Educação Aberta acontece de 09 a 13 de março neste ano. O evento é uma celebração do movimento global da Educação Aberta e tem por objetivo conscientizar sobre a Educação Aberta e seu impacto sobre o ensino e a aprendizagem no mundo todo. A agenda geral será divulgada em alguns dias, mas aproveite para marcar no seu calendário a agenda brasileira que fará parte do evento.

Recursos Educacionais Abertos no Brasil (webinar)

A colaboração e a cooperação são valores cada vez mais fundamentais para a sociedade do século XXI. A internet evidenciou uma rede de informação, conhecimento e cultura na qual cada indivíduo passa a ser potencial autor. A era digital possibilita a troca e o compartilhamento, nesse sentido, a ideia dos Recursos Educacionais Abertos (REA) está baseada na concepção de que o conhecimento é um bem da humanidade e deve, portanto, estar acessível a todos.

Nessa webinar vamos fazer uma introdução aos Recursos Educacionais Abertos e mapear os principais projetos e políticas públicas no Brasil. Iremos usar o Google Hangout para a transmissão online e o link será divulgado 1 hora antes do horário marcado através das redes sociais do REA.br, Facebook (https://www.facebook.com/groups/reabrasil/) e Twitter (@reanetbr) hashtag #reabr

Data: 09/03/2015
Horário: 19h30
Local: Hangout
Facilitadora: Débora Sebriam
Website: www.rea.net.br



Edukatu: rede de aprendizagem pelo consumo consciente (webinar)

O Edukatu é uma rede de aprendizagem que visa incentivar a troca de conhecimentos e práticas sobre consumo consciente entre professores e alunos do Ensino Fundamental de escolas em todo o Brasil.

Além de reunir informações e materiais de referência sobre o consumo consciente, o Edukatu convida os participantes a realizar atividades por meio de circuitos de aprendizagem, e também, é um instrumento de mobilização, facilitando o desenvolvimento de uma comunidade de engajamento contínuo em favor do tema.

Um ponto importante de convergência com a cultura digital é que parte dos materiais educacionais disponibilizados em sua plataforma, alguns originariamente desenvolvidos em outros projetos do Akatu, estão disponibilizados em um formato REA (Recursos Educacionais Abertos), ou seja, estão sob domínio público, o que permite sua utilização ou adaptação por terceiros.

Iremos usar o Google Hangout para a transmissão online e o link será divulgado 1 hora antes do horário marcado através das redes sociais do Instituto Educadigital, Facebook (https://www.facebook.com/institutoeducadigital) e Twitter (@ieducadigital).

Data: 10/03/2015
Horário: 19h30
Local: Hangout
Facilitadoras: Priscila Gonsales e Silvia Sá
Website: http://edukatu.org.br/



Revista ARede.Educa: caminhos da abertura (webinar)

A Revista ARede sempre teve como proposta difundir e estimular as boas práticas de inclusão social por meio do uso das Tecnologias da Informação e das Comunicações (TICs). Nesse contexto o software livre e a Educação Aberta sempre tiveram espaço de destaque em nossas publicações.

Nesse ano sofremos algumas mudanças, agora somos ARede.Educa e 100% online. O nosso site foi totalmente reformulado e desenvolvido em software livre, além de ter uma licença aberta do Creative Commons.

Entre nossas pautas, terá destaque um canal totalmente voltado para o debate sobre Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos. A coluna Livre Saber será desenvolvida em parceria com o Instituto Educadigital.

Iremos usar o Google Hangout para a transmissão online e o link será divulgado 1 hora antes do horário marcado através das redes sociais do Instituto Educadigital, Facebook (https://www.facebook.com/institutoeducadigital) e Twitter (@ieducadigital).

Data: 11/03/2015
Horário: 19h30
Local: Hangout
Facilitadoras: Priscila Gonsales, Débora Sebriam e Áurea Lopes
Site: http://www.arede.inf.br/



Design Thinking para Educadores: transformando desafios em oportunidades (webinar)

O Design Thinking é uma nova maneira de pensar e abordar problemas ou, dito de outra forma, um modelo de pensamento centrado nas pessoas. A abordagem popularizada pela pela Ideo, consultoria global de design que expandiu o método para a área de educação, com o objetivo de desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de inovação dos estudantes, foi trazida para o Brasil pelo Instituto Educadigital (IED).

O IED acredita na abordagem do Design Thinking, que sugere um processo intencional para se chegar a soluções criativas e criar impacto positivo na vida das pessoas a partir de cinco fases:  descoberta, interpretação, ideação, experimentação e evolução.

O IED realizou a adaptação da versão, composta por um livro base e um caderno de atividades e busca aproximar o conteúdo à realidade brasileira. Na versão em português, diferentemente da original, os interessados também tem a opção de fazer o download do material por capítulos.

O Design Thinking para Educadores é um remix, um recurso educacional aberto (REA), isso significa que o conteúdo pode ser compartilhado e adaptado para diferentes formatos.

Data: 12/03/2015
Horário: 12/03
Local: Hangout
Facilitador: Priscila Gonsales
Website: http://www.dtparaeducadores.org.br/


Produzir e compartilhar é só começar!

Voltam as aulas e, junto com elas, o desafio de trazer para a escola a cultura digital, tão presente na sociedade. Como as tecnologias digitais podem de fato estimular a inovação de espaços, tempos e formas de comunicação no ambiente educativo, motivando estudantes e educadores? Trata-se de uma questão não só do Brasil, mas de muitos países compromissados com a melhoria dos processos pedagógicos e com a qualidade da aprendizagem.

Segundo a pesquisa TIC Educação 2013,  46% dos professores da rede pública declararam utilizar computador e internet em atividades com os alunos na sala de aula – um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2012.  Esse dado contradiz aquele velho discurso da “resistência” dos professores. Ao contrário, mostra que o educador percebe cada vez mais a relevância do uso pedagógico das tecnologias digitais e, indo mais além, podemos supor que existe uma vontade de inovar, de romper paradigmas, apesar de todas as dificuldades cotidianas.

É importante frisar que o desejo por inovação não é de agora. Há mais de 25 anos, as primeiras pesquisas e iniciativas brasileiras na área já tinham esse objetivo. O Brasil, na vanguarda de muitos países na época, se destacou justamente por ter focado seus estudos iniciais em analisar as transformações cognitivas e estruturais que as tecnologias digitais poderiam proporcionar. Pesquisadores de universidades como a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Unicamp foram pioneiros em trazer a linguagem LOGO que estava sendo desenvolvida no Massachusetts Institute of Technology MIT (EUA), baseada na aprendizagem de programação pelas crianças. Para saber mais sobre esse contexto histórico, vale conferir as entrevistas com a educadora gaúcha Lea Fagundes, 84 anos, fundadora do Laboratório de Estudos Cognitivos da UFRGS, realizada pelo Instituto Educadigital.

Com o passar do tempo, algumas ideias desse período inicial se perderam. A maioria dos investimentos públicos em educação foi direcionada para compra de equipamentos (computadores, projetores e agora tablets) e de materiais educativos prontos baseados na mera transmissão de conteúdos, em detrimento de propostas de formação de docentes que pudessem estimular o trabalho colaborativo entre professores para refletir sobre o desenvolvimento de competências e habilidades para refletir, planejar e criar com tecnologias digitais.

Colaboração e a cooperação são valores cada vez mais fundamentais para a sociedade do século 21. A internet evidenciou uma rede de informação, conhecimento e cultura na qual cada indivíduo passa a ser potencial produtor. E, ao ser produtor, torna-se também autor. Uma produção educativa antes restrita à comunidade específica de uma escola agora pode estar disponível para o mundo, fazendo parte de uma construção coletiva de conhecimento que evidencie e valorize a diversidade cultural da humanidade.

Nesse contexto, a mesma pesquisa TIC Educação trouxe pela primeira vez um dado muito interessante sobre uso de conteúdos digitais que mostra uma tendência de conquistar autonomia na preparação de aulas e atividades. Na rede pública, 96% dos professores usam recursos educacionais disponíveis na internet para preparar aulas ou atividades com os alunos. Os tipos de recursos mais utilizados são imagens, figuras, ilustrações ou fotos (84%), textos (83%), questões de prova (73%) e vídeos (74%). O uso de jogos chega a 42%, apresentações prontas, 41%, e programas e softwares educacionais, 39%.

A pergunta que fica é: será que esses recursos digitais estão sendo usados em novas metodologias e práticas ou ainda reproduzem o formato de transmissão centralizada? Um ponto que a pesquisa destaca é a baixa quantidade de publicações de recursos educacionais por professores, ou seja, profissionais que são autores de conteúdos educacionais e que compartilham na rede. Apenas 21% dos professores de escolas públicas já publicaram na internet algum conteúdo educacional produzido para utilizar em suas aulas ou atividades com os alunos.

Se a criação já acontece, o próximo passo é compartilhar na rede e, de preferência como um Recurso Educacional Aberto (REA), usando uma licença livre, que permita reusos e adaptações por outros educadores. Dois ambientes abertos e gratuitos podem estimular essa atividade. Um deles é o site Escola Digital, de busca de objetos digitais disponíveis online, que oferece uma busca por licenças de uso, e na seção “Para Criar” reúne uma série de links para os usuários criarem seus próprios vídeos, jogos, infográficos, entre outros itens multimídia.

Agora, quem quiser participar de uma rede online de aprendizagem, aberta e gratuita, que conecta professores e alunos de todo o Brasil, precisa conhecer o Edukatu,  focado no consumo consciente, que traz trilhas lúdicas e espaço para escolas publicarem suas produções.
No próximo post, vamos falar mais sobre o que são os REA.

Para saber mais, acesse a nova edição do Panorama Setorial da Internet que discute as possibilidades trazidas pelos REA, explorando os dados da TIC Educação 2013.

Fonte: ARede.educa, coluna Livre Saber