Nicole Allen, da Student PIRGs (Public Interest Research Groups), organização de estudantes universitários dos Estados Unidos, produziu uma lista de atualizações sobre o que aconteceu nos EUA no segundo semestre de 2010 em relação aos livros didáticos abertos e com preços de impressão acessíveis aos estudantes:
- A nova lei federal, em vigor desde julho de 2010, prevê que as editoras liberem informações acerca dos verdadeiros preços dos livros dos estudantes ao se matricularem nos cursos. Nos Estados Unidos, antes da lei, isso não era divulgado, já que o aluno pagava um preço fechado por todo o conjunto de materiais e o próprio curso. E os valores são altíssimos: um livro de Física, por exemplo, pode custar até 225 dólares. Conhecendo os verdadeiros preços, os alunos podem buscar o mais barato e, tanto eles quanto seus professores, passam a ter mais consciência do abuso que isso representa. Além disso, as editoras devem explicar detalhadamente as mudanças ocorridas nas revisões das novas edições.
- Ao longo do semestre, foram mais de 1300 adoções de livros didáticos abertos. Segundo pesquisa do PIRGs, o uso dessas publicações pode reduzir em até 80% os custos de um estudante universitário.
- Foram ainda mais fortalecidos exemplos promissores de projetos que sustentam a possibilidade de publicação de livros didáticos abertos com qualidade: Flat World Knowledge, Writing Spaces, The Open Course Library.
- Mais de 1500 lojas de campus universitários desenvolveram programas de empréstimo de livros, o que representa em média 60% de economia aos estudantes. As opções digitais de e-readers também contribuem com essa redução de gastos, mas levará mais tempo para ser signifcativa porque a maior parte das pessoas ainda prefere ler textos impressos. Além disso, os e-books ainda são caros.