REA foi tema de encontro para acadêmicos da UniBrasil

As Faculdades Integradas do Brasil e o projeto REA realizaram, de 24 a 26 de setembro, a Semana de Estudos Interdisciplinares sobre Recursos Educacionais Abertos. O evento, voltado para os acadêmicos dos cursos de Educação Física, Pedagogia e Sistemas de Informação, trouxe para a palestra de abertura o Deputado Ângelo Vanhoni, que falou sobre “A discussão política sobre REA”, e uma das  coordenadoras do Projeto REA Brasil, Débora Sebriam, que abordou o tema “REA: conceito, uso, criação e compartilhamento”.

Com auditório cheio no primeiro dia de evento, praticamente 100% dos discentes e docentes presentes nunca haviam ouvido falar sobre REA, mas ao longo da conversa todos acabam percebendo que conhecem alguns espaços e têm como práticas pedagógicas ações que se apoiam ou que poderão vir a se apoiar em REA.

Débora Sebriam, do REA Brasil abriu o evento dando uma palestra introdutória sobre o assunto, discutindo sobre o conceito e a importância de REA, domínio público, licenças e formatos abertos, direitos autorais, repositórios do MEC, professor como autor de conteúdo e a necessidade do acesso a uma educação de qualidade por todas as pessoas e também com a participação das pessoas.

O Deputado Ângelo Vanhoni contou um pouco sobre o encontro relacionado aos recursos educacionais abertos, que aconteceu na sede da UNESCO, em Paris, com a participação de representantes de diversos países. Segundo ele, a experiência já está se consolidando na Inglaterra, na Califórnia e em outros estados americanos. “No Brasil tramitam projetos na Câmara dos Deputados a fim de garantir que as compras realizadas pelo estado brasileiro tenham conteúdos que estejam disponibilizados em rede livre, oportunizando a todos utilizar e contribuir para a produção desses conteúdos a fim de desenvolver a educação em todo território nacional”.

O deputado também comentou sobre a inclusão de REA em algumas metas do Plano Nacional de Educação que recentemente foi enviado ao Senado, além de refletir sobre o percurso que ainda temos pela frente. Não será fácil aprovar uma lei sobre REA devido a pressão que sofreremos das grandes corporações, mas temos que continuar a debater essa questão e envolver cada vez mais atores da sociedade civil para que se apropriem e disseminem REA. Angelo chama a atenção para as licenciaturas das universidades brasileiras e questiona o que exatamente vem se falando sobre REA nos cursos de formação de professores.

Copie, remixe e use as apresentações seguintes REA: conceito, uso, criação e compartilhamento e Políticas Públicas no Brasil

Experiências Nacionais de REA

A 2ª noite de evento foi marcada por políticas públicas em tecnologia educacional no Paraná na apresentação da profa. Cineiva Paulino e algumas experiências de REA no Brasil com Mary Lane Hutner, professora da UniBrasil, que falou do projeto Folhas e Livro Didático Público, um projeto de Política Educacional implementada no estado do Paraná (2003-2010) com o objetivo de disponibilizar Recursos Educacionais Abertos.

O projeto Folhas é basicamente um processo de formação continuada dos professores, por meio da produção colaborativa de textos de conteúdos pedagógicos,  que  constituíram material didático para os  alunos e apoio ao trabalho docente. Devido a uma demanda da época (a compra de livros didáticos para o ensino médio), do Projeto Folhas acabou nascendo a ideia do Livro Didático Público que é composto basicamente de:

  • Texto de apresentação para cada conteúdo estruturante
  • Os Folhas partem de um problema e são  escritos com base em referência bibliográfica específica da disciplina, numa linguagem que busca contextualizar o conteúdo e fazer relações interdisciplinares.
  • Atividades de pesquisa e debates

Débora Sebriam, apresentou alguns projetos REA no Brasil, como o Portal do Professor, Domínio Público, Educopédia, Centro de Referência Paulo Freire, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Biografia colaborativa da Lea Fagundes e seus detalhamentos quanto a formato e licenciamento, além de publicação de material pelos professores em alguns desses espaços.

Talita Moretto, coordenadora de Programa Jornal e Educação (Projeto Vamos Ler / Jornal da Manhã) e professora de Mídias Digitais, trouxe sua experiência com recursos educacionais abertos, tecnologias digitais e uso de mídia na educação.  Para Talita, saber como utilizar os conteúdos é imprescindível antes de começar a publicar. É importante abordar a legalidade quanto ao que fazemos dentro dessas mídias. Ainda é pouco falado e considerado o direito digital e as pessoas se confundem sobre o que é “compartilhar”e o que é “se apropriar” de conteúdo de terceiros. Então, ao explicar sobre as leis que fiscalizam o mundo virtual falei sobre o Creative Commons e, consequentemente, sobre o REA. Nenhum aluno conhecia. Mostrei como funcionava o CC e, inclusive, levei materiais licenciados para eles perceberem que realmente existe.  O REA é o caminho para melhorar a educação de todos quanto à ética de uso e o bom senso, além de saber que é um material de qualidade diante de tantas coisas que encontramos sem curadoria na rede.

O evento terminou na noite do dia 26, com Awdrey Miquelin (UTFPR), falando sobre o papel do conhecimento tecnológico e a prática educacional em sala de aula e Antônio C. C. Marques (SEED-PR), que falou sobre Educação, tecnologia e software livre.

Leia mais sobre a abertura do evento em UniBrasil.

Veja aqui alguns materiais complementares:

 

Dez anos da Iniciativa de Budapeste em Acesso Aberto: a abertura como caminho a seguir

A Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste 10 anos depois


Há dez anos, a Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste (BOAI – Budapest Open Access Initiative) desencadeou uma campanha mundial em prol do acesso aberto (Open Access/OA/AA) a todas as novas publicações científicas revisadas por pares. Esta iniciativa, não criou a ideia do AA. Pelo contrário, procurou deliberadamente reunir projetos já existentes para explorar como poderiam “trabalhar em conjunto para conseguir o mais amplo, profundo e rápido sucesso”. Mas a BAAI foi a primeira iniciativa a usar o termo “open access” para este propósito, a primeira a articular uma definição pública, a primeira a propor estratégias complementares para atingir o AA, a primeira a generalizar o apelo ao AA a todas as disciplinas e países e a primeira a ser acompanhada por financiamento significativo.

Hoje já não estamos nos primórdios desta campanha mundial, e ainda não atingimos o seu final. Estamos firmemente no meio do percurso e podemos basear-nos numa década de experiência para fazermos novas recomendações para os próximos dez anos.

Reafirmamos a “declaração de princípios, …declaração de estratégia, e…declaração de compromisso” da BOAI. Reafirmamos a aspiração de atingir este “bem público sem precedentes” e “a acelerar a pesquisa, enriquecer a educação, partilhar a aprendizagem dos ricos com os pobres e os dos pobres com os ricos, fazer desta literatura o mais útil possível e lançar os fundamentos para unir a humanidade num comum diálogo intelectual e demanda pelo conhecimento”.

Reafirmamos nossa confiança que “o objetivo é atingível e não apenas desejável ou utópico”. Nada nos últimos dez anos tornou o objetivo menos atingível. Pelo contrário, o AA está bem estabelecido e em crescimento em todos os domínios. Possuímos mais de uma década de sabedoria prática sobre como implementar AA. A viabilidade técnica, económica e legal do AA está bem testada e documentada.

Nada nos últimos dez anos torna o AA menos necessário e menos oportuno. Pelo contrário, continua a ser verdade que os “ pesquisadores e acadêmicos publicam os resultados da sua pesquisa em revistas científicas, sem qualquer remuneração” e “sem expetativa de pagamento”. Além disso, normalmente os acadêmicos participam no processo de revisão por pares, como avaliadores e editores científicos sem expetativa de pagamento. Entretanto e com muita frequência, as barreiras ao acesso a essa literatura revisada por pares ainda estão firmemente presente – beneficiando os intermediários e não os autores, avaliadores ou editores científicos e à custa da pesquisa, dos pesquisadores e das instituições de pesquisa.

Finalmente, os últimos dez anos em nada sugerem que o objetivo tem menor importância ou não merece ser atingido. Pelo contrário, o imperativo de tornar o conhecimento disponível para todos, para que o possam usar, aplicar e construir sobre ele é mais urgente do que nunca.

Reafirmamos as duas principais estratégias apresentadas na BOAI: AA através de repositórios (também designado “green OA”/“AA verde”) e AA através de revistas (também designado “Gold OA”)“AA dourado”). Dez anos de experiência leva-nos a reafirmar que o AA verde e dourado “não são apenas meios diretos e efetivos para este propósito, como estão ao alcance dos próprios acadêmicos, imediatamente, sem a necessidade de aguardar por mudanças operadas pelos mercados ou pela legislação”.

Dez anos de experiência levam-nos a reafirmar a definição de AA apresentada na BOAI original:

“Acesso aberto” à literatura científica revisada por pares significa a disponibilidade livre na Internet, permitindo a qualquer usuário ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral desses artigos, recolhe-los para indexação, introduzi-los como dados em software, ou usá-los para outro qualquer fim legal, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas que não sejam inseparáveis ao próprio acesso a uma conexão à Internet. As únicas restrições de reprodução ou distribuição e o único papel para o direito autoral neste domínio é dar aos autores o controle sobre a integridade do seu trabalho e o direito de ser devidamente reconhecido e citado.

Os problemas que anteriormente atrasaram a adoção e implementação do AA estão resolvidos e as soluções já estão sendo disseminadas. Mas, até que o AA se generalize mais, os problemas para os quais o AA é a solução permanecerão em grande medida sem solução. Nesta declaração, reafirmamos os fins e os meios da BOAI original, e voltamos a comprometer-nos a realizar progressos. Mas, adicionalmente, definimos especificamente a nova meta de, durante os próximos dez anos, o AA passar a ser o método normal e padrão para distribuir os novos resultados de pesquisa com revisão por pares, em todos os domínios científicos e em todos os países.

Recomendações para os próximos 10 anos

1 . Sobre políticas

1.1. Todas as instituições de ensino superior devem ter uma política que assegure que versões revisadas por pares, de todos os futuros artigos científicos da autoria dos seus membros, sejam depositadas no repositório designado pela instituição. (Ver recomendação 3.1 sobre repositórios institucionais.

Os depósitos devem ser realizados tão cedo quanto possível, de preferência no momento de aceite para publicação, e não após a data da publicação formal.

As políticas universitárias devem respeitar a liberdade dos acadêmicos de submeter os seus trabalhos às revistas da sua preferência.

As políticas universitárias devem encorajar, mas não requerer, a publicação em revistas AA, e devem ajudar os acadêmicos a compreender a diferença entre depositar num repositório AA e publicar numa revista AA.

Quando possível, as políticas universitárias devem ser adotadas por meio do voto dos acadêmicos, devem requerer AA imediato e devem aceitar o depósito de outros materiais nos repositórios, mesmo quando não exigidos (por exemplo, conjuntos de dados, apresentações em conferências, livros ou capítulos de livros, trabalhos publicados antes da adoção da política, e assim por diante).

Quando os editores das revistas não autorizarem o AA nas condições preferenciais da universidade, recomendamos um de dois caminhos: A política poderá requerer o depósito em acesso restrito no repositório institucional até que a permissão para o AA possa ser obtida; ou a política pode atribuir à instituição um direito não exclusivo de disponibilizar os futuros artigos dos acadêmicos em AA através do repositório institucional (com ou sem a opção dos acadêmicos cancelarem esta atribuição de direitos para qualquer publicação individual).

1.2. Todas as instituições de ensino superior que oferecem pós-graduações devem possuir uma política que assegure que as futuras teses e dissertações sejam depositadas, depois de aprovadas, no repositório AA da instituição. A pedido dos estudantes que desejem publicar o seu trabalho, ou obter uma patente relativa a uma descoberta patenteável, as políticas devem conceder períodos de embargo razoáveis, em vez de isenções permanentes.

1.3. Todas as agências financiadoras de pesquisa, públicas ou privadas, devem ter uma política assegurando que versões com revisão por pares de todos os futuros artigos resultados de pesquisa financiada sejam depositados num repositório adequado e disponibilizados em AA logo que possível.

Os depósitos devem ser realizados tão cedo quanto possível, de preferência no momento de aceite para publicação, e não após a data da publicação formal.

Quando os editores não permitirem o AA nos termos do financiador, as políticas dos financiadores devem exigir que beneficiários procurem outro editor.

Se as políticas dos financiadores permitirem períodos de embargo antes de um novo trabalho passar a AA, os embargos não devem exceder seis meses. As políticas não devem permitir quaisquer embargos para materiais aos quais não se aplica o direitos de autor.

Os financiadores devem considerar os custos de publicação como custos de pesquisa, e devem apoiar os beneficiários a pagar taxas de publicação razoáveis, nas revistas AA que cobrem taxas.

Quando possível, as políticas dos financiadores devem requerer AA livre (libre AA), preferencialmente nos termos de uma licença CC-BY ou equivalente.

Um repositório é adequado para este propósito quando proporciona AA, permite interoperabilidade com outros repositórios e toma medidas tendentes à preservação a longo prazo. A escolha do financiador deve ser determinada por pesquisa corrente sobre questões como qual a escolha que melhor promove o depósito dos artigos abrangidos, a utilidade dos depósitos, a conveniência dos financiadores e dos autores, e incentiva o maior crescimento futuro do AA.

1.4. Todas as políticas AA de universidades e de financiadores devem requerer o depósito num repositório adequado entre a data de aceite para publicação e a data de publicação. Os metadados devem ser depositados logo que estejam disponíveis e devem ser AA a partir do momento do depósito. O texto integral deve ser publicado em AA logo que o repositório tenha permissão para o fazer.

1.5. Desencorajamos o uso dos fatores de impacto das revistas como indicadores da qualidade das revistas, artigos ou autores. Encorajamos o desenvolvimento de métricas alternativas de impacto e qualidade que sejam menos simplistas, mais confiáveis e inteiramente abertas para uso e reutilização.

Na medida em que universidades, agências de financiamento e programas de avaliação de pesquisa necessitem medir o impacto de artigos individuais, estas instituições devem usar métricas baseadas nos artigos per se, e não métricas baseadas na revista como um todo.

Encorajamos a realização de pesquisa sobre a precisão e exatidão das novas métricas. A medida que a pesquisa demonstre a sua utilidade e confiabilidade, encorajamos o seu uso por universidades (na avaliação para progresso acadêmico), agências de financiamento (na avaliação dos candidatos a financiamento), programas de avaliação de pesquisa (na avaliação do impacto da pesquisa) e editores (na promoção das suas revistas).

Encorajamos o desenvolvimento de materiais para explicar como os fatores de impacto das revistas têm sido mal utilizados, e como métricas alternativas podem servir melhor aos fins para os quais a maioria das instituições tem usado os fatores de impacto.

A medida que as métricas de impacto forem melhorando, encorajamos o aprofundamento do estudo sobre se o AA e as políticas AA aumentam o impacto da pesquisa.

1.6. As universidades que possuam um repositório institucional devem exigir o depósito no repositório de todos os artigos científicos que devam ser considerados na promoção daquele acadêmico, no seu curso profissional ou em quaisquer outras formas avaliação interna.

Da mesma forma, os governos que realizem avaliação de pesquisa devem requerer o depósito em repositórios AA de todos os artigos científicos sujeitos a análise para efeitos de avaliação institucional e nacional.

Nenhuma política deve ser interpretada no sentido de limitar outros tipos de evidência, ou de alterar os padrões de análise.

1.7. Os editores que não disponibilizem AA devem pelo menos permiti-lo através dos seus acordos formais de publicação.

Os editores devem abster-se de fazer lobby contra os governos que atuam no interesse público, e abster-se de fazer lobby contra as instituições de pesquisa que atuam de acordo com os interesses dos pesquisadores e da pesquisa. Os editores devem repudiar campanhas de lobbying realizadas em seu nome pelas suas associações profissionais ou comerciais contra o interesse público e o interesse dos pesquisadores e da pesquisa.

A minoria dos editores de revistas baseadas em assinaturas que ainda não permitem o AA verde, por meio do depósito pelos autores, sem pagamento ou embargo, devem adotar a posição da maioria.

Relembramos que pesquisadores não necessitam trabalhar como autores, editores científicos ou revisores para editores que agem contra os seus interesses.

2. Sobre o licenciamento e reutilização

2.1. Recomendamos a licença do Creative Commons atribuição (CC-BY) ou uma licença equivalente, como a licença ideal para a publicação, distribuição, uso e reutilização de trabalho acadêmico.

Os repositórios AA dependem geralmente de permissões de terceiros, como autores ou editores, e raramente estão em posição de requerer licenças abertas. No entanto, os decisores políticos que estejam em posição de direcionar depósitos nos repositórios devem exigir, sempre que possível, licenças abertas, preferencialmente CC-BY.

As revistas AA podem exigir sempre licenças abertas, e no entanto a maioria ainda não aproveita essa oportunidade. Recomendamos CC-BY para todas as revistas.

No desenvolvimento da estratégia e estabelecimento de prioridades, reconhecemos que o acesso grátis (grátis AA) é melhor que o acesso pago, que o acesso livre é melhor que o acesso grátis, e que livre de acordo com CC-BY ou equivalente é melhor que livre sob licenças abertas mais restritivas. Devemos atingir o que for possível quando for possível. Não devemos adiar a obtenção de grátis para conseguir o livre, e não nos devemos deter no grátis quando podemos obter o livre.

3. Sobre a infraestrutura e sustentabilidade

3.1. Todas as instituições de ensino superior devem ter um repositório AA, participar em um consórcio de repositórios, ou providenciar serviços externos de repositório AA.

3.2. Todos os pesquisadores e acadêmicos, em qualquer disciplina ou país, incluindo os que não pertençam a instituições de ensino superior, devem ter permissões de depósito num repositório AA.

Isto irá requerer mais repositórios institucionais ou mais repositórios disciplinares, ou ambos. Poderá também requerer, pelo menos no curto prazo, mais repositórios universais ou de último recurso para os pesquisadores que não tenham um repositório AA na sua instituição ou disciplina. O texto da interface nestes repositórios universais deve estar disponível em vários idiomas.

3.3. Os repositórios AA devem possuir meios para e permitir a colheita dos artigos e re-depósito em outros repositórios AA.

Funcionalidades de múltiplos depósitos por meio de um único repositório por aqueles pesquisadores que tenham razões para depositar seus artigos em mais de um repositório devem ser oferecidas. Assim, quando possível, os repositórios institucionais devem oferecer serviços para re-depositar artigos em repositórios disciplinares solicitados pelos autores (por exemplo, arXiv, PubMed Central, SSRN), e devem permitir a colheita e o download de cópias das publicações dos acadêmicos depositadas em repositórios disciplinares.

3.4. Os repositórios AA devem disponibilizar aos seus autores dados de downloads, uso e citações, e tornar esses dados disponíveis para as ferramentas que calculem as métricas de impacto alternativas. Os editores de revistas devem fazer o mesmo, independentemente das suas revistas serem ou não AA.

Os repositórios devem partilhar estes dados entre si em formatos normalizados, tornando possível (por exemplo) que os autores conheçam o número total de downloads de um artigo depositado em múltiplos repositórios. Nenhum autor e nenhum repositório deverá ter interesse em bloquear o depósito em repositórios adicionais simplesmente para preservar uma medida exata do tráfego.

3.5. As universidades e agências de financiamento devem apoiar os autores a pagar taxas de publicação razoáveis nas revistas AA que cobrem taxas, e encontrar formas comparáveis de apoiar ou subsidiar revistas AA que não cobram taxas.

Em ambos os casos, devem requerer AA livre de acordo com licenças abertas, preferencialmente licenças CC-BY ou equivalentes, como condição para o seu apoio financeiro.

O apoio, pelas vias referidas, a revistas AA com revisão por pares deve ser a principal prioridade de qualquer dinheiro poupado no cancelamento ou conversão de revistas com assinatura.

O apoio a revistas AA com revisão por pares pode ser particularmente importante para as revistas com audiência mais limitada, como revistas com foco no direito nacional em países menores ou revistas publicadas num idioma local, e para revistas as quais as taxas de publicação sejam inapropriadas, como as revistas de que solicitam revisão de artigos por autores.

3.6. As revistas baseadas em assinaturas ou não AA que permitam qualquer tipo de auto-arquivo ou depósito em repositórios AA, devem descrever o que autorizam de uma forma precisa em termos legíveis por pessoas e por máquinas, de acordo com um padrão aberto. Estas descrições devem incluir pelo menos a versão que pode ser depositada, o prazo de depósito, e as licenças que podem ser associadas às versões depositadas.

3.7. Os repositórios AA devem proporcionar ferramentas, já existentes de forma gratuita, para converter os depósitos realizados em PDF em formatos legíveis por máquina como o XML.

3.8. As instituições de pesquisa, incluindo os financiadores, devem apoiar o desenvolvimento de manutenção das ferramentas, diretórios e recursos essenciais para o progresso e sustentabilidade do AA.

A lista das ferramentas essenciais evoluirá ao longo do tempo, mas inclui repositórios e revistas AA, software livre e de código aberto para repositórios, software livre e de código aberto para gestão de revistas, ferramentas para mineração de dados e texto, diretórios de revistas e repositórios AA, diretórios de políticas de instituições e financiadores, fornecedores de licenças abertas, serviços de preservação digital, serviços de alerta, serviços de referência cruzada e URLs persistentes, e motores de busca.

As instituições de pesquisa devem também apoiar o estabelecimento de padrões mundiais abertos para metadados e pesquisa que os editores e repositórios possam implementar para tornar as publicações AA mais visíveis, recuperáveis e úteis.

3.9.Devemos melhorar e aplicar as ferramentas necessárias para recolher as referências ou citações da literatura publicada. Os fatos acerca de quem citou quem estão no domínio público e devem ser publicados em AA e em formatos normalizados para uso, reutilização e análise. Isto ajudará os pesquisadores e instituições de pesquisa a conhecer a literatura existente, mesmo que não tenham acesso a ela, e a desenvolver novas métricas para o acesso e impacto.

Apelamos a todos os editores a cooperar neste esforço.

Recomendamos o desenvolvimento de infraestruturas onde os dados das referências bibliográficas possam ser depositados por editores, autores, voluntários, outros empreendedores, ou software e onde esses dados possam ser recolhidos e trabalhados para distribuição em AA.

3.10. Devemos ajudar na recolha, organização e disseminação de metadados de AA em formatos normalizados para todas as publicações, novas ou antigas, incluindo as publicações não AA.

3.11. Os editores de publicações científicas necessitam de infraestruturas para referência cruzada e URLs persistentes baseadas em padrões abertos, disponíveis gratuitamente, e permitindo ligações e atribuição a níveis arbitrários de granularidade, como parágrafo, imagem e verificação da identidade da fonte.

3.12. Encorajamos a continuação do desenvolvimento de normas abertas para a interoperabilidade e ferramentas para implementar essas normas em revistas e repositórios AA.

3.13. Encorajamos a experimentação com diferentes métodos de revisão pós-publicação e pesquisa relativamente à sua eficácia.

AA através de repositórios, AA através de revistas e AA através de livros são todos compatíveis com qualquer tipo de tradicional revisão por pares pré-publicação e o AA não pressupõe qualquer forma particular de revisão por pares. Recomendamos experiências com revisão por pares pós-publicação não porque será superior, embora o possa ser, mas porque reduzirá o prazo para que os novos trabalhos se tornem AA e poderá reduzir o custo da cópia inicial.

3.14. Encorajamos a experimentação com novas formas de “artigo” e “livro” científicos, nos quais os textos estão integrados de formas úteis com os dados em que se baseiam, elementos multimédia, código executável, literatura relacionada e comentários dos utilizadores.

Encorajamos a experimentação no sentido de aproveitar melhor o meio digital, e as redes digitais, para benefício da pesquisa.

Encorajamos a experimentação no sentido de aproveitar melhor as formas através das quais o AA remove as barreiras de acesso a máquinas e não apenas a leitores humanos.

Encorajamos o uso de normas e formatos abertos para promover esses usos e a pesquisa sobre a sua eficácia.

4. Sobre promoção e coordenação

4.1. Devemos fazer mais para consciencializar os editores de revistas, os editores científicos, revisores e pesquisadores dos padrões de conduta profissional para publicação em AA, por exemplo, quanto ao licenciamento, processo editorial, apelo à submissão de artigos em AA, identificação de propriedade e gestão de taxas de publicação. Os editores científicos, revisores e pesquisadores devem avaliar as oportunidades de envolvimento com editores de revistas na base destes padrões de conduta profissional. Quando os editores não agirem de acordo com esses padrões devemos ajudá-los a melhorar, como um primeiro passo.

Como forma de avaliar um editor ou revistas AA, novas ou desconhecidas, recomendamos que os pesquisadores consultem a associação de editores de acesso aberto (OASPA – Open Access Scholarly Publishers Association) e o seu código de conduta. Queixas sobre editores membros da OASPA ou sugestões de melhoria do código de conduta devem ser enviados para a OASPA.

Encorajamos todos os editores de AA e as revistas de AA a aplicar as boas práticas recomendadas pela OASPA ou a procurar tornar-se membro da associação, o que implicará uma análise das suas práticas e oferecerá uma oportunidade para corrigi-las se necessário.

4.2. Devemos desenvolver diretrizes para universidades e agências de financiamento que estejam considerando a definição de políticas de AA, incluindo os termos recomendados para as políticas, boas práticas e respostas a perguntas a questões frequentes.

4.3. Encorajamos o desenvolvimento de recursos consolidados que facilitem o acompanhamento do progresso do AA por meio dos números e gráficos mais relevantes. Cada unidade de informação deve ser atualizada regularmente e a sua proveniência ou método de cálculo claramente indicada.

4.4. A comunidade de AA deve agir mais frequentemente de modo conjunto. Sempre que possível, as organizações e ativistas de AA devem procurar formas de coordenar as suas atividades e comunicações no sentido de utilizar melhor os seus recursos, minimizar a duplicação de esforços, reforçar a mensagem e demonstrar coesão.

Devemos criar melhores mecanismos para comunicarmos e coordenarmos uns com os outros.

Devemos comunicar com os nossos colegas acadêmicos, a imprensa acadêmica e imprensa não acadêmica mainstream. A midia acadêmica e não-acadêmica estão mais informadas e mais interessadas em AA do que nunca. Isto é uma oportunidade para ajudar a educar todas as partes interessadas acerca do AA e das novas propostas para o desenvolvimento do AA.

4.5. A campanha mundial pelo AA aos artigos científicos deve trabalhar em maior proximidade com a campanha mundial pelo AA aos livros, teses e dissertações, dados científicos, dados governamentais, recursos educativos e código-fonte.

Devemos coordenar com esforços afins menos diretamente relacionados com o acesso aos resultados da pesquisa, como a reforma dos direitos de autor, obras órfãs, preservação digital, digitalização de literatura impressa, decisão política baseada em evidências, a liberdade de expressão e a evolução de bibliotecas, publicação, revisão por pares e medias sociais.

Devemos procurar formas de amplificar as nossas diferentes vozes quando defendemos princípios comuns.

4.6. Precisamos afirmar mais claramente, com mais evidências e a mais grupos de interessados, as seguintes verdades sobre o AA:

O AA beneficia a pesquisa e os pesquisadores, e sua falta prejudica-os.

O AA à pesquisa financiada com recursos públicos beneficia os contribuintes e aumenta o retorno do seu investimento na pesquisa. Existem benefícios económicos bem como benefícios acadêmicos e científicos.

O AA amplifica o valor social da pesquisa, e as políticas AA amplificam o valor social das agências de financiamento e das instituições de pesquisa.

Os custos do AA podem ser suportados sem adicionar mais dinheiro ao atual sistema de comunicação científica.

O AA é consistente com as leis de direitos de autor em qualquer parte do mundo, e concede quer aos autores quer aos leitores mais diretos do que os que possuem no âmbito dos acordos de publicação convencionais.

O AA é consistente com os mais elevados padrões de qualidade.

Tradução adaptada por Carolina Rossini, diretora para propriedade intelectual internacional da Eletronic Frontier Foundation. 

Fonte Open Society Foundations

Educação Aberta e REA são foco da série “Gerações Digitais” do Instituto Claro

Autonomia e compartilhamento estão mais próximos da realidade das escolas


O Instituto Claro lançou a segunda reportagem da série “Gerações Digitais”, cujo tema, tratou de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos. O prof. Nelson Pretto, prfª Débora Sebriam e prof. Tel Amiel da comunidade REA Brasil participaram da matéria. A série Gerações Digitais vai ao ar a cada duas semanas e pretende registrar a trajetória das tecnologias digitais na educação nas últimas décadas, a partir de cinco temas-chave: Jogos (já publicada), Educação Aberta, Ativismo Digital, TICs na sala de aula e Mobile-Learning. Acompanhe e participe das dicussões!

Veja a matéria abaixo!

As tecnologias digitais vêm promovendo grandes mudanças na forma como as pessoas se informam e aprendem. No entanto, muitas destas mudanças não estão claras para professores e profissionais da área, que ainda apresentam dificuldades na hora de formular práticas pedagógicas para uma geração de alunos mais conectada e interativa.

Uma das novas práticas educacionais surgidas na última década é o conceito de Educação Aberta, que, para os mais radicais, se relaciona com a possibilidade de uma educação além da formal, que não depende do espaço escolar. Ou até com a substituição da escola tal como está constituída hoje, como provoca Nelson Pretto, doutor em educação e tecnologia e professor da UFBA. “Se pensarmos no formato tradicional das escolas, que só transmitem educação, as tecnologias digitais são mais efetivas”, afirma. No entanto, ele alerta: “Educação, porém, não é isso, não é transmissão de informação”.

Para Pretto, que possui um histórico de atuação com tecnologias na educação anterior à web 2.0-, as novas gerações se manifestam e produzem conhecimentos de maneira diferente. Atuando neste cenário há menos de dez anos, a educadora especializada em tecnologias digitais Débora Sebriam também acredita que uma grande transformação recente é o fato de que as pessoas passaram a produzir mais conteúdos e conhecimentos de forma colaborativa.

“A escola precisa se modificar. O esforço que tem que ser feito agora é o de transformá-la em um ecossistema pedagógico de produção de cultura e conhecimento. Para isso, é preciso uma mudança de currículo”, afirma Pretto.

Experiências colaborativas e abertas

Uma das formas de trabalhar o espírito colaborativo da cultura digital em sala de aula, tanto no que diz respeito aos recursos quanto à metodologia de utilização, é através dos Recursos Educacionais Abertos. Ou seja, fazendo uso de ferramentas que estão em domínio público ou licenciadas de maneira aberta e que podem ser utilizadas e/ou remixadas por terceiros. Confira mais detalhes sobre os REAs na apresentação abaixo, elaborada por Débora Sebriam e Priscila Gonsales para o Seminário Recursos Educacionais Abertos, que aconteceu em Porto Alegre no dia 12 de setembro, por iniciativa do Projeto REA Brasil, Instituto Educadigital e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Débora Sebriam lembra que este movimento chegou no Brasil em 2008. Hoje, já existe uma comunidade que se organiza a partir do portal do REA e apoia projetos de disponibilização e produção de recursos abertos.

No entanto, os recursos educacionais abertos não fazem a diferença sozinhos. Para Tel Amiel, pesquisador do Nied/Unicamp e coordenador do grupo de trabalho Educação Aberta, o que importa são as práticas que podem ser modificadas em sala de aula e para além dela, através da discussão de questões como remixagem e propriedade intelectual, por exemplo. “Os REAs são uma maneira de o professor e o aluno pensar questões que a Cultura Digital impõe”, afirma.

Segundo Débora, as novas gerações já começam a ter mais autonomia para a busca e produção de conhecimento a partir da internet, apesar da “colagem” ser uma alternativa antiga. “O copiar e colar é uma prática anterior ao mundo online. As pessoas copiavam coisas da Enciclopédia Barça, por exemplo. A questão é: com vários trabalhos copiados e colados, sem citações de fonte, o professor precisa propor releituras e reflexões. O que se impõe é uma questão metodológica”, afirma.

Desafios para os próximos anos

Construir uma escola que explore melhor o conceito de colaboração é um desafio que esbarra em alguns obstáculos. Nelson Pretto aponta que os professores precisam receber formação para atuar de forma mais efetiva com as novas tecnologias. “Formação não são somente cursos. É plano de carreira, é infraestrutura nas escolas, constante atualização e valorização da prática docente”, afirma.

Pouco a pouco, os REAs começam a aparecer como foco de políticas públicas. Débora lembra que, em São Paulo, os materiais educacionais municipais já são todos REA, a partir da aprovação do Decreto Municipal nº 52.681, de 26 de setembro de 2011. Além disso, há projetos de lei para ampliar o alcance dos REAs tramitando no Senado e no Estado de São Paulo. Detalhes sobre o projeto vão ser discutidos no VI Congresso de Direito de Autor e Interesse Público, que acontecerá no dia 9 de outubro, em Curitiba. “É importante transformar esta adoção em lei, para evitar retrocessos com troca de governos, por exemplo”, afirma a educadora.

A materialização dos REAs nas escolas brasileiras ainda depende de investimentos, mas será um caminho sem volta, na opinião de Débora. “Esta discussão só vai ganhar força nos próximos anos, principalmente porque envolve dinheiro público. Se é a sociedade que está financiando os materiais, eles devem poder voltar para a sociedade depois”, finaliza.

Para acessar o podcast publicado e apresentação elaborada por Débora Sebriam e Priscila Gonsales, acesse: Instituto Claro

UniBrasil e Projeto REA promovem seminário em Curitiba

Acontece entre 24 e 26/09 em Curitiba, no campus da UniBrasil, a Semana de Estudos Interdisciplinares sobre Recursos Educacionais Abertos. O evento é uma parceria entre a UniBrasil e o Instituto Educadigital, organizado pelo Projeto REA, Curso de Pedagogia, Licenciatura em Educação Física e Sistemas de Informação da UniBrasil e ocorrerá no Auditório do Bloco 6. São esperados mais de 400 graduandos das licenciaturas da instituição! Pessoas de fora da instituição também poderão participar via inscrição prévia.

Em agosto, fizemos uma chamada e um outro lembrete foi enviado semana passada na lista REA, convidando as pessoas a se candidatarem para estar conosco e levar as suas experiências!

Veja como ficou a programação do evento:

24/09/2012 das 19h00 às 22h00

19h às 19h30 – Abertura Institucional
Direção e Coordenação da UniBrasil 
 
19h30 às 20h30 – Débora Sebriam (Projeto REA Brasil)
REA: conceito, uso, criação e compartilhamento
 
20h30 às 20h50 – Intervalo
 
20h50 às 21h30 – Deputado Angelo Vanhoni
A discussão política sobre REA
 
21h30 às 22h00 – Lançamento do livro Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas (algumas unidades impressas  estarão a venda)
 

25/09/2012 das 19h00 às 22h00

19h às 20h – Cineiva Paulino (UniBrasil)
Casos de ferramentas e recursos para formação de professores
 
20h às 22h – Experiências Nacionais de REA 
Débora Sebriam – Projeto REA Brasil/Instituto Educadigital
Projetos REA no Brasil
 
Mary Lane Hunter – UniBrasil
Projeto Folhas e Livro Didático Público
 
Talita Moretto – Coordenadora do Programa Jornal e Educação e professora de Mídias Digitais
REA no ensino superior
 
26/09/2012 das 19h00 às 22h00
 
19h às 20h30 – Awdrey Miquelin (UTFPR)
O papel do conhecimento tecnológico e a prática educacional em sala de aula
 
20h50 às 22h30 – Antônio C. C. Marques (SEED-PR)
Educação, tecnologia e software livre

Ônibus Hacker e LibreBus: cultura digital em diálogo

Ônibus Hacker e LibreBus: cultura digital em diálogo • acontece nos dias 20 e 21/09 no CCEC (Córdoba, Argentina) e CCSP (São Paulo, Brasil) e REA está na programação


LibreBus e Ônibus Hacker são dois projetos latino americanos que buscam o intercâmbio e a difusão de práticas relacionadas à Cultura Livre. Por meio da infraestrutura da rede Anilla Cultural, a partir dos centros culturais CCEC e CCSP (Centro Cultural São Paulo), será realizado um encontro entre os dois projetos que pretende promover espaços para a reflexão, o diálogo e a interação entre experiências vinculadas ao conhecimento, à cultura e o software livre.

Recursos Educacionais Abertos terá espaço para debate e após chamado aberto na Lista REA, Cristiana Gonzales se candidatou para representar o REA Brasil e a comunidade.

Programação

Dia 20/9 – quinta

10h às 10h30
Abertura 
com: Jaime Gutiérrez Alfaro, Evelin Heidel e Teresa Sempere (Argentina); e Pedro Markun e Lívia Ascava (Brasil)
Breve apresentação dos projetos, do encontro e da dinâmica das atividades do dia
onde: CCEC e CCSP (Sala Leon Hirszman)
(Transmissão ao vivo entre os espaços)

10h às 18h
Feira do compartilhamento
com: Ônibus Hacker
HD com filmes, músicas, textos pra quem quiser espetar o pen drive e HD pegar. E HD disponível para quem quiser deixar seus arquivos com a gente – a feira será também um posto de coleta de músicas para a programação permanente da Rádio Hacker
– Público: interessados em geral – sem necessidade de inscrição nem limite de vagas – período da atividade: dias 20 e 21/9, das 10h às 18h – Entrada das Bibliotecas
(somente no CCSP)

10h30 às 12h
Taller Redlibreando: construcción de antenas y armado de nodos y clientes (LibreBus)
com: Nico Echaniz, Jesi Giudice e Alejandro Lamela (de Código Sur)
onde: CCEC
Rádio Pirata
com: Pedro Belasco
Introdução à tecnologia de transmissão de rádio, com a explicação do funcionamento de um equipamento transmissor e montagem de um equipamento de baixa potência.
(15 vagas) – público: interessados em geral acima de 10 anos – inscrições: de 12/9 a 19/9, preencher ficha de inscrição disponível a página de Oficinas e Cursos do site do CCSP e enviar por e-mail para dace.ccsp@gmail.com – seleção: por ordem de recebimento da ficha de inscrição. A lista de selecionados será divulgada nesta página a partir do dia 18/9 – período da oficina: dia 20/9, das 10h30 às 12h – Sala Leon Hirszman
(Transmissão ao vivo entre os espaços)

15h às 19h
Oficina
Produção Cultural de Guerrilha
com: Gilberto Vieira e Dalva Santos
Elaboração e desenvolvimento de uma intervenção cultural em um dia a partir de um processo aberto, colaborativo e descentralizado. Mobilização, articulação e realização a partir dos recursos disponíveis na comunidade. A oficina também coloca em debate a economia criativa e as leis de incentivo à cultura.
(10 vagas) – público: interessados em geral acima de 16 anos – inscrições: de 12/9 a 19/9, preencher ficha de inscrição disponível a página de Oficinas e Cursos do site do CCSP e enviar por e-mail para dace.ccsp@gmail.com – seleção: por ordem de recebimento da ficha de inscrição. A lista de selecionados será divulgada nesta página a partir do dia 18/9 – período da oficina: dias 20 e 21/9, das 15h às 19h – Sala Zero

16h às 18h
Conversa-oficina
REA – Recursos educacionais abertos e Scanner DIY
com: Evelin Heidel e Juan Pablo Suárez (Derechoaleer.org) (Argentina) e Fabrício Zuardi e Cristiana Gonzalez (Brasil)
Conversa sobre REA com participantes no Brasil e na Argentina e demonstração da construção de um Scanner DIY
onde: CCEC e CCSP (Sala Leon Hirszman)
(Transmissão ao vivo entre os espaços)

19h às 21h
Mesa de debate e interação artística
Cultura livre convergindo na Argentina e no Brasil (Ônibus Hacker e LibreBus)
com: Beatriz Busaniche (CC Argentina e LibreBus) e Federico Heinz (Fundación Vía Libre) na Argentina; e Guilherme Varella (IDEC), Pedro Markun (Ônibus Hacker), Pedro Belasco (Ônibus Hacker), Lívia Ascava (Ônibus Hacker), Leonardo Foletto (Baixa Cultura) e Thiago Candido (Livro de Humanas) no Brasil
Conversa aberta ao público entre participantes dos dois países abordando o panorama da Cultura Livre no Brasil e na Argentina, alguns dos projetos mais relevantes relacionados ao assunto e as questões mais atuais encontradas pelos grupos em sua prática. A conversa também acontecerá artisticamente, com projeções de obras audiovisuais #cultura urbana #cultura livre que gerarão uma plataforma conjunta de artistas brasileiro e argentinos. Além disso, o CCEC transmitirá ao vivo uma apresentação de DJs de HipHop que será transmitida no Ônibus Hacker, no Brasil.
onde: CCEC e CCSP (Mesa de debates no Foyer do CCSP; Interação artística no Ônibus Hacker, estacionado na Rua Vergueiro, n. 1000)
(Transmissão ao vivo entre os espaços)


Dia 21/9 – sexta 

(oficinas somente no CCSP)

10h às 18h
Jogatina quequeré
com: Guilherme Cianfarini
Apresentação de jogos de tabuleiro com temas relacionados à história política do país.
público: interessados em geral acima de 14 anos – sem necessidade de inscrição, nem limite de vagas – período da oficina: dia 21/9, das 10h às 18h – Jardim Sul

10h às 12h
Rádio Livre
com: Pedro Belasco
Introdução à tecnologia de transmissão de rádio, com a explicação do funcionamento de um equipamento transmissor e montagem de um equipamento de baixa potência.
(15 vagas) – público: interessados em geral acima de 10 anos – inscrições: de 12/9 a 19/9, preencher ficha de inscrição disponível a página de Oficinas e Cursos do site do CCSP e enviar por e-mail para dace.ccsp@gmail.com – seleção: por ordem de recebimento da ficha de inscrição. A lista de selecionados será divulgada nesta página a partir do dia 18/9 – período da oficina: dia 21/9, das 10h às 12h – Estúdio da Web Rádio do CCSP

11h às 13h
Mapeamento por foto aérea
com: Pedro Markun
Mapeamento com foto aérea usando como ferramenta balões de gás hélio.
(15 vagas) – público: interessados em geral acima de 10 anos – inscrições: de 12/9 a 19/9, preencher ficha de inscrição disponível a página de Oficinas e Cursos do site do CCSP e enviar por e-mail para dace.ccsp@gmail.com – seleção: por ordem de recebimento da ficha de inscrição. A lista de selecionados será divulgada nesta página a partir do dia 18/9 – período da oficina: dia 21/9, das 11h às 13h – Jardim Suspenso (Rua Vergueiro)

14h às 20h
Montagem de circuitos eletrônicos utilizando ferro de passar
com: Pedro Belasco e Luis Leão
Oficina introdutória de eletrônica, com a construção de um circuito simples e funcional.
(20 vagas) – público: interessados em geral acima de 10 anos – inscrições: de 12/9 a 19/9, preencher ficha de inscrição disponível a página de Oficinas e Cursos do site do CCSP e enviar por e-mail para dace.ccsp@gmail.com – seleção: por ordem de recebimento da ficha de inscrição. A lista de selecionados será divulgada nesta página a partir do dia 18/9 – período da oficina: dia 21/9, das 14h às 20h – Sala de Debates

15h às 19h
Faça você mesmo um Projeto de Lei
com: Pedro Markun e Lívia Ascava
Ao elaborar um projeto de lei coletivamente, a oficina passa por questões como o que é uma lei, como é feita e para que serve.
(15 vagas) – público: interessados em geral acima de 8 anos – inscrições: de 12/9 a 19/9, preencher ficha de inscrição disponível a página de Oficinas e Cursos do site do CCSP e enviar por e-mail para dace.ccsp@gmail.com – seleção: por ordem de recebimento da ficha de inscrição. A lista de selecionados será divulgada nesta página a partir do dia 18/9 – período da oficina: dia 21/9, das 15h às 19h – Espaço Amélia Toledo (Piso Caio Graco)

Fonte:  http://www.centrocultural.sp.gov.br/anilla_cultural/eventos_20e21setembro2012.htm

Especialistas falam sobre Recursos Educacionais Abertos

O Gabinete Digital do Governador, publicou um vídeo com depoimentos de especialistas participantes do Seminário Recursos Educacionais Abertos (REA), realizado em Porto Alegre (12/09) e que debateu conceito e potencialidades de REA, assim como, apresentou projetos inovadores em educação.

Leia também: Seminário promoveu reflexão sobre Recursos Educacionais Abertos

GEDAI e REA Brasil promovem Workshop REA em Curitiba

Workshop Recursos Educacionais Abertos (REA) • Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) • Grupo de Estudos de Direito Autoral e Informação (GEDAI) e REA-Brasil


Objetivo: debater os aspectos jurídicos do Projeto de Lei Federal 1513/2011 de modo a identificar pontos a serem melhorados e apresentar propostas de nova redação ao PL

Procedimento:

a) será feita breve apresentação (15 min.) sobre a definição de REA, os objetivos do Projeto de Lei, bem como sobre seu conteúdo;

b) seguirão debates focados no texto do Projeto de Lei, com o intuito de identificar fraquezas e de propor alterações de texto para melhorá-lo – cada pessoa terá até 5 min. para fazer sua intervenção;

c) para tanto, todos os participantes deverão ler com antecedência o Projeto de Lei. 

Governo do RS e Projeto REA Brasil promovem seminário

O Seminário Recursos Educacionais Abertos aconteceu em Porto Alegre, no último dia 12/09, na Casa Mário Quintana. (veja programação e anúncio aqui). O evento é uma promoção conjunta do Projeto REA BrasilInstituto Educadigital e Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretarias de Educação, de Comunicação e Inclusão Digital, e do Gabinete Digital do Governador.

O objetivo do evento foi proporcionar um espaço de debate e reflexão com representantes do governo do Estado do Rio Grande do Sul e os representantes dos Núcleos de Tecnologia Educacional que em sua grande maioria teve a sua primeira aproximação com a tema REA.

O evento foi aberto pela diretora do Departamento de Logística e Suprimento da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Ana Cláudia Figueroa, e pelo diretor de Inclusão Digital da Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom), Gerson Barrey.

Após a abertura, Débora Sebriam e Priscila Gonsales iniciaram a parte introdutória a REA, propondo uma dinâmica a todos os presentes. Eles deveriam se posicionar em uma linha de concordância ou discordância sobre a afirmativa: autoria é sinônimo de propriedade. A maioria do grupo de quase 100 pessoas se posicionou contrário a afirmativa. Encerramos essa parte com a apresentação do vídeo “Drive”.


Drive from EISE on Vimeo.

Em seguida fizemos uma “apresentação-debate” sobre a origem, o conceito, as potencialidades, formatos e licenças abertas, projetos no Brasil, novos modelos de negócio em REA, sempre com a intervenção e participação do grupo.



 Fechamos essa primeira parte do encontro com o seguinte desafio aos participantes:

Vocês irão lançar um livro com uma coletânea das produções dos NTE’s e publicar na internet. Como vocês compartilhariam esse conteúdo?

Escolha o(s) formato(s) e uma licença para o livro e justifique a sua escolha.

Três licenças foram levantadas – CC-BY, CC-BY-SA E CC-BY-NC e após um debate entre os participantes e considerando a sua posição de servidores públicos, a maioria achou interessante a adoção da licença CC-BY-SA, para garantir que obras derivadas não se tornem restritivas ou fechadas.

O período da tarde foi dedicado a debater sobre alguns projetos inovadores em REA e políticas públicas no Brasil.

REA e iniciativas inovadoras em educação


Anderson Duarte – Rede Social Educativa REDU  

Anunciou aos presentes que o REDU (um verdadeiro mix de AVA com rede social), uma plataforma de ensino que foi construída tendo como base as interações sociais, prevê uma área de Recursos Educacionais Abertos dentro da própria plataforma para que os professores possam inseri-los em seus espaços de sala de aula online.



Rafael Pezzi (UFRGS) – Centro de Tecnologia Acadêmica 

O Centro de Tecnologia Acadêmica (CTA) vinculado ao instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem como objetivo o desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos compatíveis com o compartilhamento de conhecimento, natural do espírito científico, fomentando o desenvolvimento e adoção de tecnologias livres e recursos educacionais abertos. Ele abordou os projetos de Estação Meteorológica Modular e Blender Topográfico.


Eduardo Nogueira – Duda Library 

Duda Library é um software livre que mapeia, indexa, armazena e redistribui Recursos Educacionais Abertos promovendo o uso educativo em escolas com pouca ou nenhuma conexão com a Internet. Segundo Eduardo Nogueira, a ideia é termos o Duda Library Central, que será responsável por indexar e fazer o download dos REAs dispostos em diversas Fontes de REAs (Ex: Domínio Público, Khan Academy, Portal do Professor, etc.). Após esta fase, o sistema o “empacota” e cria um formato padrão. Na outra ponta, no servidor da escola/comunidade, você pode instalar o Duda Library e baixar os conteúdos da Central pela Internet (durante a madrugada, por exemplo, fazendo um uso eficiente da conexão) ou HD Externo/pendrive. Os alunos/comunidade poderão então acessar os REAs pelo navegador. A disponibilidade da API permitirá a criação de aplicativos para tablets/desktops/celulares. Leia entrevista ao site REA aqui.


Priscila Gonsales – Projeto Biografia Colaborativa da Lea Fagundes

Colaboração em rede e licença aberta é o caminho que se busca para a construção dessa biografia e vem dando certo! Nos últimos dias o IED comemorou uma etapa importante e bem-sucedida do projeto. Com 213 apoiadores, a parte audiovisual da biografia, um vídeo-entrevista com a própria Léa Fagundes, foi financiada na plataforma de crowdfunding Catarse e será produzida nos próximos meses.



Políticas Públicas de REA no Brasil

Para fechar o evento Mary Lane Hutner e Débora Sebriam falaram sobre políticas públicas que apoiam e incentivam REA no Brasil como o Projeto Folhas e o Livro Didático Público no Estado do Paraná e os Projetos de Lei Federal e PL Estadual de São Paulo, além do Decreto REA da cidade de São Paulo e o PNE. Veja apresentações abaixo.



No nosso canal do Flickr você pode ver todas as fotos registradas no evento.

Notícias vinculadas:

Gabinete Digital: Governo do RS promove Seminário sobre Recursos Educacionais Abertos

Secretaria de Educação do RS: NTEs discutem uso de recursos educacionais abertos

PL sobre Recursos Educacionais Abertos é apresentado em São Paulo

No dia 04/09, o deputado estadual Simão Pedro foi recebido pelo secretário Estadual da Educação, Herman Voorwald em seu gabinete. O objetivo foi debater o seu Projeto de Lei 989/2011, que institui política de disponibilização de Recursos Educacionais comprados ou desenvolvidos por subvenção da administração direta e indireta estadual.

Simão Pedro foi acompanhado por sua assessoria e também por Debora Sebriam e Pedro Markun (ambos representantes do REA-Brasil). Na oportunidade, o deputado comentou sua ida à França, em junho deste ano, para participar do Encontro Mundial sobre Recursos Educacionais Abertos, promovido pela Unesco. O objetivo do congresso é incentivar os governos a adotar políticas que incluam REA, e foi contando com a participação do governo do Estado nesta causa que Simão Pedro solicitou a demanda para o secretário.

Herman já tinha dito em uma audiência pública na Assembleia Legislativa que havia interesse do Estado em disponibilizar os conteúdos educacionais da sua pasta na internet e que estava vendo os meios jurídicos para dar concretude. Simão Pedro explicou para o secretário que este é um movimento mundial e que, portanto, São Paulo não pode ficar de fora. “O Estado está atrasado, o município já disponibiliza os recursos educacionais na rede”, comentou. “Estive reunido com a assessoria do Ministério da Educação que está estudando a viabilidade da implantação do REA no Brasil”. “São Paulo tem que começar e o primeiro passo seria aprovando meu Projeto de Lei”, reforçou.

O secretário se comprometeu a encaminhar o projeto ao departamento jurídico da secretaria para que, caso aprovado, sua pasta pudesse entrar na era do Creative Commons. O Projeto de Lei 989/2011 já foi aprovado em todas as Comissões Permanentes e está pronto para ser votado. Sua aprovação garantiria a participação do REA no Estado.

REA

Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos Educacionais Abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento. (Unesco/Commonwealth of Learning com colaboração da Comunidade REA-Brasil, 2011).

PL 989/2011

O Projeto de Lei 989/2011 institui política de disponibilização de Recursos Educacionais comprados ou desenvolvidos por subvenção da administração direta e indireta estadual. Os Recursos Educacionais desenvolvidos pela administração deverão ser disponibilizados em sítio eletrônico destas instituições ou no portal do governo estadual e licenciados para livre utilização, compreendendo a cópia, a distribuição, o download e a redistribuição, desde que observadas a preservação do direito de atribuição do autor e a utilização para fins não comerciais.
Segundo Simão Pedro, autor do projeto, o direito fundamental à educação inscrito no artigo 6º da Constituição Federal só pode ser plenamente pensado pelo Estado se este, num esforço contínuo, der a oportunidade a todos de acesso a toda forma moderna e inclusiva de educação.

“É a idéia presente no chamado Creative Commons, que propõe que muitas pessoas podem pensar melhor sobre um determinado assunto, agindo colaborativamente em busca de melhoras para todos. A administração pública tem papel fundamental na produção de Recursos Educacionais, tanto para uso na sua rede de ensino, como na produção técnico científica”, afirma Pedro na justificativa.

Fonte: Alesp e UNALE

Relato publicado na Comunidade REA Brasil por Pedro Markun

O Deputado Simão Pedro, que apresentou o PL de REA Estadual, marcou uma conversa com o Secretário Estadual de Educação de São Paulo, Herman Voorwald,  para falar um pouco de REA e tentarmos construir uma política conjunta, já que eles vão começar a disponibilizar o material didático já existente online no ano que vem.

A conversa foi bacana e a Secretaria Estadual de Educação já está bastante alinhada filosoficamente com a coisa apesar de não saber muito sobre licenças, formatos e etc.

Recentemente, eles mapearam todos os direitos e autores dos materiais (que foram feitos em 2009, acho…) e depois de identificarem eventuais figuras, mapas e outros conteúdos problemáticos foram atrás dos autores pra negociar a liberação :). [E isso é um feito bastante notável… já que foi o grande gargalo nas conversas com a FPA tempos atrás.]

Com o que não rolou, eles fizeram um processo muito legal de chamar professores da rede para uma consultoria e validar, revisar e no processo substituir eventuais conteúdos protegidos.

[Sobrou algumas coisas, sobretudo mapas… fiquei de colocar eles em contato com o projeto do OSM]

Enfim, o secretário ficou interessado na história e deixou a coisa nas mãos da Leila, que está pilotando esse processo. Ela sai de licença agora e volta no fim de setembro e a Débora Sebriam ficou de articular uma segunda conversa no fim do mês.

No mais, falamos também de desenhar um seminário lá na Secretaria de Educação sanar possíveis dúvidas.

Seminário Recursos Educacionais Abertos em Porto Alegre

Governo do RS promove Seminário sobre Recursos Educacionais Abertos


O Seminário Recursos Educacionais Abertos (REA) acontece nesta quarta-feira (12) na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, e contará com a presença dos Núcleos de Tecnologia Educacional do Rio Grande do Sul. O objetivo é debater o conceito e as potencialidades de REA, assim como, apresentar projetos inovadores em educação e iniciativas de políticas públicas que buscam a melhor utilização dos recursos públicos e valorização do professor como autor.

Em um momento onde o conceito REA comemora dez anos de uma trajetória de pleno crescimento e desenvolvimento no Brasil e no mundo, é importante refletir sobre sua contribuição para uma educação universal de qualidade em ambientes formais e não formais de aprendizagem. O evento é uma promoção conjunta do Projeto REA BrasilInstituto Educadigital e Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretarias de Educação, de Comunicação e Inclusão Digital, e do Gabinete Digital do Governador.

O livro Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas, organizado por Bianca Santana, Carolina Rossini e Nelson Pretto será lançado no final do evento com a presença de alguns autores.

O que é REA?

Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos Educacionais Abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento. Saiba mais. (Fonte: Unesco/Commonwealth of Learning com colaboração da Comunidade REA-Brasil)

Programação

9h00-9h30 – Abertura 

9h30-11h30 – REA: Origem, o que são e para que servem

Débora Sebriam e Priscila Gonsales (Projeto REA Brasil)

11h30-12h00 – Espaço para perguntas

12h00-14h00 – Almoço

14h00-15h30 – REA e iniciativas inovadoras em educação

15h30-15h45 Intervalo

15h45-17h00 – Políticas públicas de REA no Brasil

  • Projetos de Lei REA no Brasil – Débora Sebriam (Projeto REA Brasil)
  • Projeto Folhas e o Livro Didático Público – Mary Lane Hutner (UniBrasil)

17h00-18h00 – Lançamento do livro Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas