O site REA está de cara nova e traz muitas novidades

A comunidade brasileira de Recursos Educacionais Abertos tem crescido exponencialmente no último ano! A participação em diversos eventos pelo país e o trabalho de divulgação via mídias sociais por um número cada vez mais crescente de pessoas tem contribuído com esse crescimento e gerado frutos positivos para o movimento.

Pensando em atender os que já estão se tornando “especialistas” no assunto, e também em acolher e facilitar a vida de quem chega em busca de conhecimento e vontade de contribuir, mudamos mais uma vez o nosso site.

Através do Mão na Massa, agora você pode facilmente explorar e encontrar REA, você pode também descobrir ferramentas para criar e compartilhar as suas produções. Tudo isso com filtros como imagem, som, vídeo, texto, repositórios, softwares, etc.

Você pode encontrar os projetos brasileiros de REA navegando pelo “Iniciativas REA” ou diretamente por um mapa. Aproveite também para conhecer os projetos internacionais.

Está começando a pesquisar sobre o assunto? Uma boa pedida é consultar as nossas “Referências”, nela você encontra artigos, livros, mapeamentos, política pública internacional, documentos e um acervo de vídeos e apresentações para você usar, remixar e compartilhar!

Fique de olho nas ações de Política Pública que desenvolvemos junto a gestores políticos, programe-se para participar de eventos sobre REA e Educação Aberta e tire todas as suas dúvidas em nosso “Perguntas Frenquentes”.

O novo site REA traz também o caminho para você poder acessar o acervo do Portal Educarede, projeto desativado pela Fundação Telefônica em 2013. Iniciativa do Instituto Educadigital e graças a uma licença aberta de uso, agora é possível recuperar esses materiais, contribuindo para a preservação do conhecimento e, claro, estimular a pesquisa, a geração de novas ideias e as remixagens.

Estamos em constante atualização e contamos com a sua participação. Reporte problemas, faça sugestões, faça parte da comunidade REA!

Acesse: www.rea.net.br

Deixo aqui um agradecimento especial a Jorgelina Talei, Renata Aquino, Débora Martins, Eva Ono e Pedro Mezgravis que gentilmente nos atenderam e opinaram no layout inicial.

Mapeamento de REA para o Ensino Básico na América Latina

Projeto de mapeamento de Recursos Educacionais Abertos (REA) em português e espanhol para ensino básico na América Latina recebe 25 mil dólares da Fundação Hewlett para iniciar desenvolvimento. O grupo é coordenado por Tel Amiel (NIED/Unicamp) em parceria com Open Knowledge Brasil, Instituto Educadigital/REA.br e EPSOL, no Equador.


 O projeto

Inicialmente, haverá duas áreas de atuação, sendo o objetivo da primeira delas fornecer um mapa de até 5 dentre as mais relevantes iniciativas relacionadas a REA em cada um dos seguintes 24 países: Argentina, Chile, Guatemala, Colômbia, Guiana, México, Belize, Haiti, Nicarágua, Suriname, Bolívia, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru, Brasil, Cuba, Jamaica, Paraguai, Venezuela, República Dominicana, Equador e Uruguai.

Um estudo profundo de cada iniciativa será conduzido para obter informações sobre o número de recursos que possuem, o tipo de descrição (registros e metadados), o software utilizado, os serviços técnicos oferecidos (Search, RSS, OAI-PMH, SQI API services), a origem dos recursos, dentre outros. Ou seja, será elaborada uma pesquisa sistêmica com informações descritivas importantes.

O conteúdo das iniciativas pesquisadas consiste no chamado “ensino básico” (K-12, em inglês) nos idiomas português e espanhol. Esta definição busca combater a escassez de estudos e discussões globais sobre casos que não sejam referentes nem aos Estados Unidos, nem à Europa. Ao unir parcerias na América Latina, o projeto também pode ajudar a promover o intercâmbio de ideias e recursos entre estes países, sobretudo entre Brasil, o único lusófono, e os demais. Da mesma maneira, a opção pelo ensino básico contraria a tendência observada de se pesquisar apenas REA aplicados ao ensino superior.

Paralelamente, uma outra parte dos integrantes deverá fornecer uma meticulosa descrição e argumentação para a escolha de uma estrutura (framework) leve, de código aberto, baseada na web e de licença aberta, que seria a plataforma do mapeamento de iniciativas de REA em todo o mundo. Há uma outra importante opção a se destacar: a descentralização, ou federalização, em detrimento de um repositório central e unificado.

Fase 2

Após a reunião dos beneficiados, que ocorrerá em Abril, é possível que a Fundação Hewlett ofereça uma nova doação a um ou a alguns dos projetos já contemplados. Ainda que estejam indeterminadas estas informações, a continuidade de ao menos um projeto é esperada, já que todos serão protótipos de sistemas de mapeamento de todas as iniciativas globais em REA.

Neste momento, o foco do grupo será a construção da infra-estrutura definida que permitirá que sejam colhidos e conectados os múltiplos portais e iniciativas através de uma teia abertamente interligada de dados e de valores semânticos.

Por ser federado e descentralizado, o objetivo é permitir aos outros que “roubem este portal”, a fim de que façam a rede de recursos e a redundância dos dados crescerem. Dessa maneira, será permitido aos usuários a criação de coleções off-line para uso local dos REA, dado que a qualidade das conexões de Internet ainda é precária em algumas regiões da América Latina.

Realizadores

Tel Amiel é pesquisador do Núcleo de Informática aplicada à Educação (NIED/Unicamp. É coordenador do grupo de trabalho Educação Aberta, focado em realizar pesquisa e desenvolvimento em torno de configurações emergentes de ensino aprendizado envolvendo ambientes formais e não formais. Possui particular interesse na escola pública de ensino básico e atividades envolvendo novas mídias.

Everton Zanella Alvarenga é diretor executivo da Open Knowledge Brasil e tem participado nos último anos de diversos projetos que envolvem conhecimento livre, desde o desenvolvimento de softwares, até o acesso a recursos educacionais abertos. Trabalhou como consultor para a Wikimedia Foundation coordenando o Programa Wikipédia no Ensino no Brasil e trabalha com a Open Knowledge Foundation desde 2011, quando a sessão brasileira da organização foi proposta. Co-criou o projeto Stoa da Universidade de São Paulo, que visa criar um espaço público para a troca e produção de conhecimentos com foco em educação e ciência, e vem apoiando diversos projetos no contexto do movimento da cultura livre.

Xavier Ochoa é professor de Ciências da Computação na Escuela Superior Politécnica del Litoral (ESPOL), em Guayaquil, Equador. Junto a outros investigadores da região, coordena LACLO, a Comunidade Latino-Americana de Objetos e Tecnologías de Aprendizagem. Nesta comunidade nasceu a Iniciativa Latino-Americana de Livros de Textos Abertos (LATIn). Esta iniciativa busca a utilização de livros de texto de nível universitário, produzidos de maneira colaborativa e aberta por professores da região. Além deste projeto, Xavier participa da direção técnica de vários repositórios de material educativo a nível mundial, como é o caso de LA FLOR, na América Latina; ARIADNE, na Europa; e GLOBE, a federação mundial de repositórios. Seus interesses no campo da investigação estão ao redor de Tecnologias Educativas e, concretamente, em Analítica da Aprendizagem e Informática (medição da ciração e do consumo de informação).

Priscila Gonsales: Fellow Ashoka, máster em Educação, Família e Tecnologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca -Espanha, cursou Design Thinking no Centro de Inovação e Criatividade da ESPM-SP, tem pós-graduação em Gestão de Processos Comunicacionais pela ECA-USP e graduação em Jornalismo. Co-fundadora do Instituto Educadigital, atua na área de educação e tecnologia desde 2001. Como pesquisadora do CENPEC, coordenou o Programa EducaRede Brasil, uma iniciativa internacional de uso da Internet na educação presente em 8 países, que abrangia projetos de formação de educadores, comunidades virtuais de aprendizagem entre escolas, e elaboração de materiais didáticos de apoio, eletrônicos e impressos. Coordena o projeto REA.br desde 2011 e é uma das autoras do livro Recursos Educacionais Abertos.

 Texto adaptado de OKNF Brasil, publicado em 17/03/2014.

Currículo+: plataforma REA da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo

O Projeto Currículo+ é uma iniciativa integrante do Programa Novas Tecnologias – Novas Possibilidades da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP). A plataforma traz sugestões de conteúdo digital (vídeos, animações, jogos digitais, simuladores, infográficos e áudios) como recurso pedagógico complementar, selecionados segundo o Currículo do Estado de São Paulo.A SEE/SP, a partir de desenvolvimento do projeto Currículo+, foi parceiro na construção da plataforma Escola Digital e no âmbito da estrutura física das plataformas,  o Currículo+ é uma “obra adaptada” da “obra original” Escola Digital  (uma vez que a licença “aberta” da plataforma Escola Digital permite que esta ação seja realizada).

Todos os conteúdos mapeados pela equipe responsável pela seleção e sugestão de conteúdos do Currículo+ são continuamente compartilhados com o Escola Digital, e vice-versa.  Dessa forma, quem ganha são os professores e alunos do Estado de São Paulo e do todo o Brasil.



É importante especificar que dentro da plataforma cada recurso mapeado apresenta uma ficha técnica de cada conteúdo sugerido e traz o tipo de licença da obra (licença “aberta” ou protegida nos termos da lei de Direitos Autorais). É necessário que o usuário fique atento a essas informações para identificar possíveis restrições quanto a ações específicas de uso, mesmo no caso dos conteúdos com licença aberta.

 Navegue: curriculomais.educacao.sp.gov.br 

LabHacker é inaugurado na Câmara dos Deputados

Na semana passada (19), a Câmara dos Deputados, em Brasília, ganhou um novo ambiente: o Laboratório Hacker ou LabHacker. O objetivo do laboratório é ser um espaço que seja exemplo de um novo modelo de democracia participativa e que promova ações colaborativas visando o aprimoramento da transparência legislativa e da participação no Parlamento.

 O LabHacker é também um espaço aberto para programadores e desenvolvedores de informática que poderão usar dados públicos para ações de cidadania.

A criação do Laboratório Hacker foi aprovada pelo Plenário da Câmara, em dezembro do ano passado, para estimular a participação de cidadãos em projetos de transparência. O laboratório dá continuidade à experiência do Hackathon, a primeira maratona hacker promovida pela Câmara, no ano passado, para o desenvolvimento de aplicativos com o objetivo de aumentar a transparência do trabalho parlamentar e ampliar a compreensão do processo legislativo.

Navegue e participe: http://bit.ly/1bImNcu

Iniciativa Latinoamericana de Livros Didáticos Abertos

Todo mundo que já passou ou passará pela universidade com certeza enfrentou o alto custo dos livros. Entre as maiores barreiras para o acesso e sucesso nas Instituições de Ensino Superior (IES) da América Latina estão os custos de ser um estudante universitário. Mesmo se não há mensalidade a ser paga, como é o caso da maioria das IES públicas na região, ou através de bolsas de estudos do governo nas IES privadas, outros custos são geralmente negligenciados, especialmente o custo dos livros didáticos, são reais impedimentos para potenciais e atuais estudantes de baixa renda.

No Brasil, o Gpopai (Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação – USP), realizou em 2008, um estudo sobre o acesso ao livro didático e ao livro técnico-científico no Brasil. O estudo constatou que o custo em 10 diferentes cursos na USP variava entre R$ 3.344,75 e R$ 5.810,46. Para mais de 70% dos estudantes, esse valor era superior à renda mensal de toda a família.

O Projeto Latin pretende resolver o problema do alto custo dos livros didáticos para o Ensino Superior na América Latina. As principais ações serão a criação e disseminação de uma Iniciativa de Livros Didáticos Abertos e Colaborativos para Ensino Superior adaptados especificamente para a região.

Essa iniciativa vai encorajar e dar apoio aos professores e autores locais a contribuir com partes ou capítulos individuais que poderiam ser reunidas em livros personalizados por toda comunidade. Os livros criados serão gratuitamente distribuídos para os estudantes em um formato eletrônico ou poderiam ser legalmente impressos a um baixo custo porque não haverá licença ou taxas a serem pagas para a sua distribuição. Essa solução também irá contribuir para criação de livros didáticos personalizados aonde cada professor poderá selecionar as seções apropriadas para seus cursos ou poderia adaptar livremente as seções existentes a suas necessidades. Além disso, os professores locais serão a fonte de conhecimento, contextualizado ao sistema de das Instituições de Ensino Superior da América Latina.

Professores e autores acadêmicos serão os principais usuários da solução proposta, no entanto os estudantes de baixa renda serão os principais beneficiários dos livros didáticos produzidos pela iniciativa disponíveis gratuitamente. Durante a implementação piloto da iniciativa que é uma das ações propostas deste projeto, espera-se que a solução ajudará 144 cursos em 9 universidades diferentes, com o total da população beneficiada de mais de 4500 estudantes em 6 meses. Os livros didáticos criados permaneceram livremente disponíveis para reuso, tradução, adaptação e edição.

São membros do projeto a Escuela Superior Politécnica del Litoral (ESPOL) – Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) – Universidad de la República (UDELAR) – Universidad Nacional de Rosario (UNR) – Universidad Autónoma de Aguascalientes (UAA) – Universidad Central de Venezuela (UCV) – Universidad Católica San Pablo (UCSP) – Universidad del Cauca (UNICAUCA).

Saiba mais: www.latinproject.org

Ambiente Educacional Web

“Todos os direitos e conteúdos são de uso compartilhado”


O sistema “Ambiente Educacional Web do Estado da Bahia” (AEW) é um ambiente pedagógico que tem como público alvo educação fundamental, média, profissional e universitária

No AEW, a comunidade escolar pode encontrar conteúdos digitais registrados em licenças livres, ter acesso a softwares livres que auxiliam na produção de mídias e a sites temáticos das disciplinas e dos temas transversais. O Ambiente é composto pelas seguintes seções:

  • Conteúdos Digitais: mais de dois mil conteúdos digitais educacionais livres, entre jogos, animações, simulações, experimentos, vídeos e áudios, que são organizados seguindo as matrizes curriculares (por modalidades de ensino, componente curricular e temas) e estão acompanhados de documentos de orientação pedagógica.
  • Sites Temáticos: desenvolvidos por instituições parceiras que disponibilizam Conteúdos Digitais Educacionais das mais variadas áreas de conhecimento e temas transversais.
  • Ambientes de Apoio: Softwares livres e ambientes digitais pedagógicos de aplicação específica para o apoio à produção de conteúdos digitais, colaboração e outras ações educacionais. Tais recursos podem contribuir para o processo de aprendizagem, favorecendo a interação entre os sujeitos, seja na modalidade presencial ou online.
  • Professor Web: oferece dicas para ajudar estudantes e professores a utilizar a Internet em sala de aula, e fora dela também.
  • TV Anísio Teixeira: material audiovisual para a comunidade escolar da rede educacional de ensino da Bahia. A programação pretende favorecer uma maior aproximação da comunidade escolar com temáticas próprias do universo do ensino e aprendizagem.

Futuramente, será possível interagir e compartilhar produções através de uma Rede Social Educacional.

Acesse: ambiente.educacao.ba.gov.br

Escola Digital facilita a busca por Recursos Educacionais

Escola Digital é uma plataforma gratuita e aberta de busca que já conta com mais de 1,5 mil objetos e recursos digitais voltados a apoiar processos de ensino e aprendizagem dentro e fora da sala de aula. O site foi criado com o objetivo de facilitar o acesso de educadores, escolas e redes de ensino a materiais educativos de base tecnológica, de forma a enriquecer e dinamizar as práticas pedagógicas.

A plataforma é uma iniciativa do Instituto Inspirare e do Instituto Natura, construída com a colaboração do Instituto Educadigital, da TIC Educa e da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O projeto teve início com um vasto mapeamento, que envolveu entrevistas com educadores, empreendedores e especialistas, pesquisa online e uma chamada pública nacional. O processo foi intensificado com a colaboração de professores da rede estadual de São Paulo especialistas em currículo.

A Escola Digital funciona como um buscador de recursos digitais já existentes criados por produtores de conteúdo, o grande diferencial da plataforma é oferecer, de forma mais intuitiva, a busca pelos recursos que podem ser utilizados como ferramenta pedagógica. Além das categorizações habituais como disciplina, série, temas curriculares e também pelo tipo de mídia: vídeos, áudios, softwares etc, é possível refinar a pesquisa por disponibilidade, licenças de uso, acessibilidade, idioma, recursos pagos e gratuitos.

O projeto foi concebido como um recurso educacional aberto (REA) e pode ser utilizado, reproduzido ou mesmo adaptado por qualquer pessoa ou organização interessada.

O site também indica recursos digitais capazes de apoiar a criação de novos objetos de aprendizagem, o trabalho com temas transversais e a realização de projetos na comunidade, entre outras possibilidades educativas.

A plataforma deve continuar ampliando o seu acervo, por meio da contribuição dos próprios usuários, que poderão enviar sugestões de objetos, preenchendo um formulário disponível no site.

Navegue e colabore com a aumento do acervo: http://escoladigital.org.br/