Open Education Week 2012

Esforços para expandir o acesso à educação e ao conhecimento reunidos num evento global.

O OpenCourseWare Consortium anuncia a Primeira Semana Mundial da Educação Aberta, de 5 a 10 de março de 2012. A Semana Mundial da Educação Aberta (Open Education Week) é um evento anual e global que objetiva à conscientização no que diz respeito aos benefícios do compartilhamento livre e aberto na educação e, em particular, em relação aos Recursos Educacionais Abertos (REA). Recursos Educacionais Abertos são materiais educacionais de alta qualidade, distribuídos de forma aberta e livre de custos e que oferecem a pessoas de qualquer parte do mundo a oportunidade de compartilhá-los, utilizá-los, adaptá-los, traduzi-los e reutilizá-los.

“A visão do movimento da educação aberta é a de criar um mundo em que o desejo de aprender seja plenamente realizável através da oportunidade de assim o fazer, de modo que qualquer pessoa em qualquer lugar possa ter acesso a oportunidades adequadas sob o ponto de vista educacional, cultural e financeiro que lhes proporcionem obter os conhecimentos que desejem. O movimento engloba a produção, compartilhamento, utilização e modificação de conteúdos, bem como modelos educacionais inovadores”, disse Mary Lou Forward, Diretora Executiva do OpenCourseWare Consortium. “A Semana Mundial da Educação Aberta exibirá projetos, recursos, pessoas e ideias para que pessoas de todo o mundo possam ver a extensão de tudo o que já foi realizado até agora e participar das discussões acerca do futuro do movimento”.

A Semana Mundial da Educação Aberta está sendo coordenada pelo OpenCourseWare Consortium. O evento acontecerá online e em diferentes lugares do mundo, com oportunidades de participação em webinars, discussões e eventos ao vivo. Os projetos e eventos serão apresentados por instituições e organizações do mundo todo, tais como: University of Cape Town, University of Michigan, Universidad Politécnica de Madrid, University of Califórnia, Irvine, Delft University of Technology, Unisul, and Creative Commons.

O Projeto REA Brasil participará em dose dupla, com intervenções de Carolina Rossini e Débora Sebriam, nos dias 07 e 08/03.



Veja a programação completa aqui.

Fonte: OCW Consortium e tradução de Murilo Matos Mendonça que gentilmente traduziu o release e publicou na comunidade REA.

Projeto GNU renova foco em software livre na educação

O Projeto GNU anunciou no final de janeiro o relançamento de sua campanha de voluntariado em todo o mundo centrada no esforço de levar software livre para instituições educacionais de todos os níveis. Veja seção de educação aqui.

A equipe recém-formada do projeto é liderada por Dora Scilipoti – ativista do software livre. Sob sua liderança, a equipe desenvolveu uma lista de metas específicas para orientar o seu trabalho:

  • Detectar os casos atuais de instituições educacionais em todo o mundo que estão usando com sucesso software livre.
  • Mostrar exemplos de como software livre está sendo utilizado por instituições de ensino para melhorar os processos de ensino e aprendizagem.
  • Publicar artigos sobre o uso do software livre por instituições educacionais.
  • Manter um diálogo com professores, alunos e administradores de instituições educacionais para ouvir as suas dificuldades e prestar apoio.
  • Manter contato com outros grupos ao redor do mundo comprometidos com a promoção do software livre na educação.

O Projeto GNU e sua organização de acolhimento, a Free Software Foundation (FSF), enfatizam que os princípios do software livre são pré-requisito para qualquer ambiente educacional que usa computadores:

“As instituições educacionais de todos os níveis devem usar e ensinar com software livre porque é o único software que lhes permite cumprir as suas missões essenciais: disseminar o conhecimento humano e preparar os alunos para ser bons membros de sua comunidade. O código fonte e os métodos de software livre fazem parte do conhecimento humano. O software livre é compatível com a educação, o software proprietário proíbe a educação.

No artigo The GNU Education Project, Dora Scilipoti acrescenta insights sobre a filosofia de organização do projeto, contribuições atuais, e os progressos até o momento. De sua motivação básica para estar envolvida, ela ressalta: “como defensora do software livre e  professora, sempre senti que o Projeto GNU precisva abordar o assunto com profundidade, pois é no campo da educação que os seus princípios éticos encontram o terreno mais fértil para alcançar o objetivo de construir uma sociedade melhor. “

Enquanto a equipe de educação já compilou uma coleção de materiais úteis, eles também estão procurando mais colaboradores voluntários. As pessoas que querem ajudar, ou que tenham informações sobre exemplos de uso de software livre nas escolas, devem entrar em contato no education@gnu.org.

A equipe de educação também tem trabalhado em estreita colaboração com a equipe do GNU tradução para que novos materiais estejam disponíveis em vários idiomas. As pessoas interessadas em ajudar com o componente de tradução do projeto podem obter informação aqui.

Fonte: Free Software Foundation

Oficina REA no Educaparty

Aconteceu no Educaparty, dia 09/02, a Oficina Recursos Educacionais Abertos: como usar, criar e compartilhar, promovida pelo Instituto Educadigital (IED), liderada por Bianca Santana – Diretora de Educação do IED e da Casa de Cultura Digital e por Débora Sebriam do IED e do Projeto REA-Brasil. A oficina começou com uma dinâmica e com uma rodada de apresentações dos participantes e constatou-se que a maioria dos estados brasileiros estavam ali representados. A oficina também contou com a presença de integrantes da comunidade REA-Brasil, como Carolina Rossini, Tel Amiel e Andreia Inamorato.


Foto: http://flic.kr/p/brje6X

Na dinâmica inicial, Bianca Santana provocou os participantes a se posicionarem em uma linha de concordância ou discordância sobre a afirmativa: “autoria é sinônimo de propriedade”. A grande maioria dos presentes se posicionou contrário a afirmativa. Alguns se pronunciaram explicando que a Internet promove colaboração e que tais palavras não deveriam ser vistas como sinônimos. Já outros, afirmaram que o direito do autor deve ser reconhecido – com o que a todos concordaram. Um último participante trouxe conceitos, diferenciando propriedade de direito de autor, para este a propriedade vincula-se a bens materiais e não para bens imateriais.

Após a dinâmica inicial, o conceito REA da Unesco foi apresentado por Débora Sebriam e alguns dos presentes tomaram a palavra para ressaltar a necessidade de formatos abertos para a elaboração e compartilhamento de Recursos Educacionais Abertos.

As 6 licenças Creative Commons disponíveis e validadas juridicamente no Brasil foram apresentadas explicando-se o funcionamento de cada uma delas. Essa apresentação foi seguida pela discussão dos impactos de escolha de cada licença. No Commons do conhecimento o autor sempre existe, mas também se reconhece que muito do conhecimento produzido por aquele autor vem de uma construção sobre o conhecimento social.

Duas questões práticas foram colocadas ao grupo:

  • como escolher uma licença do Creative Commons
  • como utilizar ferramentas de busca avançadas, como a do Google, para encontrar materiais licenciados abertamente

Após a discussão inicial sobre o conceito e licenciamento aberto de materiais educativos, o grupo realizou um exercício prático no site do Creative Commons e decidiu-se licenciar um plano de aula hipotético. Após responder às duas perguntas básicas, a licença escolhida pelo grupo no exercício foi a CC-BY-NC-SA ( Atribuição – Uso não comercial – Compartilhamento pela mesma Licença) uma das licenças mais restritivas. Uma discussão foi iniciada sobre os impactos da licença, as dificuldades de interoperabilidade legal com outros projetos REA e a perda de oportunidade de ganhos indiretos com licencas como a CC-BY advindas do ganho de notoriedade, fato que resultou um repensar a licença, motivando as pessoas a escolherem licenças mais abertas.

O trabalho de Raffaela Traniello é um exemplo de criação REA. Rafaella é uma professora de ensino fundamental na Itália, que é um exemplo de professor autor. Ela estimula a criatividade, colaboração e o compartilhamento criando séries de animação com seus alunos sempre promovendo e fazendo uso de software livre e licenças Creative Commons.

Licenças e compartilhamento continuaram em pauta com uma reflexão sobre o conteúdo do Portal do Professor, Banco Internacional de Objetos Educacionais, Portal Domínio Público e Connexions.

Ao final, os participantes tiveram oportunidade de dar seu depoimento respondendo a pergunta: o que eu faço na minha prática cotidiano tem a ver com REA? Muitos educadores já compartilhavam suas obras criativas na web, entretanto muitos deles, não conheciam REA e as possibilidades de licenciamento abertos e saíram da oficina empolgados com a possibilidade de colher os frutos de publicar REA.

A oficina foi marcada pela participação constante dos presentes num debate aberto extremamente rico e foram presenteados com exemplares impressos do Caderno REA para professores e do folder REA.

A apresentação pode ser vista aqui.

Junte-se a semana REA no mundo – de 5 a 10 de março 2012 !

Junte-se aos seus colegas em todo o mundo para aumentar a compreensão sobre a educação aberta! A Semana de Educação aberta será realizada de 5-10 março 2012 online e em eventos hospedado localmente em todo o mundo. O objetivo é aumentar a consciência do movimento de educação abertarecursos educacionais abertos.

Há muitas maneiras que você pode mostrar seus projetos de educação aberta. Diga-nos como você gostaria de participar: preencha o formulário online ate 31 de janeiro de 2012. Não há necessidade de apresentar a sua proposta final, basta nos contar o que você está planejando fazer para que possamos agendar e alocar recursos apropriados.

Você também pode contatar os organizadores da conferência neste email: openeducationwk@gmail.com.

Veja mais detalhes estão no Blog do CC-EUA.

18º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância

Aberta a chamada de trabalhos para o 18° CIAED Congresso Internacional ABED de Educação a Distância “Histórias, Analíticas e Pensamento “Aberto” – Guias para o Futuro da EAD” São Luís – Maranhão 23 a 26 de setembro de 2012.

Veja as categorias de trabalhos abaixo e envie sua experiencia ou pesquisa sobre recursos educacionais abertos!

2.3 Cada Trabalho submetido deverá ser identificado de acordo com os itens: Categoria, Setor Educacional, Natureza e Classe.

2.3.1. – Categoria
A – Estratégias e Políticas
B – Conteúdos e Habilidades
C – Métodos e Tecnologias
D – Suporte e Serviços
E – Gerenciamento e Logística
F – Pesquisa e Avaliação

2.3.2. -Classificação das Áreas de Pesquisa em EAD (Zawacki-Richer 2009)

Nível Macro – Sistemas e Teorias de EAD
1. Acesso, Equidade e Ética
2. Globalização da Educação e Aspectos Culturais Transfronteiros
3. Sistemas e Instituições de EAD
4. Teorias e Modelos
5. Métodos de Pesquisa em EAD e Transferência de Conhecimento

Nível Meso – Gerenciamento, Organização e Tecnologia
1. Gerenciamento e Organização
2. Custos e Benefícios
3. Tecnologia Educacional
4. Inovação e Mudança
5. Desenvolvimento Profissional e Apoio ao Corpo Docente
6. Serviços de Apoio ao Estudante
7. Formas de Assegurar a Qualidade

Nível Micro – Ensino e Aprendizagem em EAD
1. Design Instrucional
2. Interação e Comunicação em Comunidades de Aprendizagem
3. Características de Aprendizes

 

Oficina REA no EducaParty

A 5ª edição da Campus Party Brasil chega com uma importante novidade para os campuseiros e educadores preocupados com os paradigmas da educação no Século 21. Em parceria com a Fundação Telefônica, oferecemos a eles atividades especiais focadas na aprendizagem com novas tecnologias.

O EducaParty é, portanto, o espaço perfeito para que educadores conectados compartilhem suas experiências profissionais. Um total de 250 pessoas, entre professores de escolas públicas, ONGs e universidades, virão ao Anhembi entre os dias 7 e 10 de fevereiro para participar de atividades especiais.

Das diversas atividades planejadas, estão oficinas sobre o uso de ferramentas na web e nos celulares, visita guiada e debates com especialistas. A ideia é encontrar e sugerir à sociedade soluções de métodos que possam alinhar a evolução das plataformas digitais com um modelo de educação atualizado e atraente.

Entre as diversas atividades programadas, o Instituto Educa Digital, parceiro do Projeto REA-Brasil, promovera um workshop de formação de professores em desenvolvimento de recursos educacionais abertos. Mais noticias em breve!

Open Educational Resources in Brazil: State-of-the-Art, Challenges and Prospects for Development and Innovation

O livro “Open Educational Resources in Brazil: State-of-the-Art, Challenges and Prospects for Development and Innovation” da pesquisadora brasileira Andreia Inamorato dos Santos, é a segunda publicação dentro da série de estudos de caso do Unesco Institute for Information Technologies in Education. O estudo contém uma visão geral do panorama educacional brasileiro, a política nacional de educação e as estratégias de utilização das TIC na educação.

A autora descreve alguns repositórios de conteúdo digital aberto, com a devida ênfase sobre a situação de direitos autorais e considera vários exemplos de projetos bem sucedidos de Recursos Educacionais Abertos internacionais que envolveu parceiros brasileiros.

Segundo Andreia, uma tradução para o português deverá sair nos próximos meses. Em relação a licença do livro, a autora esclareceu no grupo REA no Facebook e na lista REA:


“a UNESCO detém os direitos autorais. Eles admitem a controvérsia, principalmente porque essa é uma publicação sobre REA, mas a discussão para tornar as publicações da UNESCO abertas (com o uso de licenças apropriadas) é institucional e já está tramitando. Tudo precisa passar por várias fases administrativas antes da implementação, mas estão caminhando para isso. Em relação a essa publicação, a UNESCO pretende estudar a possibilidade de oferecer algum tipo de permissão para remix, mas isso não será algo imediato. Talvez um outro tipo de licença seja algo que possamos conseguir para a versão em português. De qualquer maneira, o livro está disponível gratuitamente e pode ser distribuído.”


O download está disponível aqui. Boa leitura!

Grande Prêmio Wikimedia Brasil: a qualidade contra o tempo

Foi durante a Wikimania 2011, evento que reúne centenas de voluntários dos projetos da Wikimedia Foundation, como a Wikipédia, num pequeno restaurante em Haifa, que surgiu a notícia. A maior fabricante de computadores populares do Brasil, o Grupo Positivo, está interessado em instalar uma versão da Wikipédia offline instalada em seus produtos. Todos nós da Wikimedia Brasil que estavam presentes se entusiasmaram, pois era sabida a importância deste fato para difusão da enciclopédia e de sua missão. Em outras palavras, isso significava versões da Wikipédia em aproximadamente 13% do mercado nacional de computadores pessoais e com maior representatividade nas camadas de menor renda.



Apesar da boa notícia, começou uma corrida contra o tempo. Era necessário preparar a versão offline da Wikipédia em português, com 5.000 mil artigos de boa qualidade, num prazo de tempo muito curto, março de 2012. O desafio era enorme e para superá-lo precisaríamos pisar fundo no acelerador.

A lista dos 5.000 artigos que deveriam compor a versão offline foi preparada em apenas três meses, com grande ajuda dos voluntários da Wikimedia Brasil, mas a qualidade ainda não era suficiente e seria preciso melhorá-los. Foi então que surgiu a ideia de um grande prêmio, como as grandes corridas automobilísticas. Sem carros e sem voltas, mas com artigos para serem melhorados e muitos prêmios para os “pilotos” que aceitarem esse desafio. Assim começou o “I GP Wikimedia Brasil“, onde cada artigo melhorado é uma volta completada.

A largada será dada em janeiro de 2012 e para participar é muito fácil. Basta se inscrever em uma das equipes existentes ou formar uma equipe nova. As inscrições vão até o dia 07 de janeiro de 2012 e no momento há 71 inscritos divididos em 22 equipes, porém a previsão é chegar aos 100 participantes. Afinal, esse é um Grande Prêmio onde todos ganham.

Os prêmios serão distribuídos conforme as equipes melhorarem a qualidade dos artigos que integram a lista. São botons, adesivos, cadernos e camisetas com a marca da Wikipédia, além de troféus e medalhadas nas páginas dos usuários participantes. As regras da premiação serão divulgadas logo após a formação das equipes, mas sabemos que o prêmio maior é a versão offline da Wikipédia em língua portuguesa!

Imagine um mundo onde cada ser humano compartilhará livremente a soma de todo o conhecimento. Imagine, agora, um Brasil onde milhares de pessoas – algumas sem acesso à Internet – compartilharão uma pequena soma deste conhecimento. É isso que vamos fazer. Integre uma equipe e também participe desse Grande Prêmio!

(Texto escrito colaborativamente pela comunidade Wikimedia Brasil)

Ver também

Portal Índio Educa – Festival da Cultura Digital

O que é ser índio no Brasil? Imagine essa história contada pelo povo indígena e usando todo o potencial da internet para compartilhar e construir a cultura colaborativamente?

Sebastian Gerlic, coordenador do projeto Índio Educa, esteve presente na Desconferência REA no Festival de Cultura Digital e compartilhou conosco este interessante projeto. “O Índio Educa tem o compromisso de levar a verdadeira história e cultura dos povos indígenas a todas as pessoas e através das mais variadas formas, especialmente via internet.”

Abaixo o depoimento de Sebastian Gerlic ao Blog REA.



Atualmente, o portal adota a licença BY-NC-ND, mas após a desconferência e o entendimento sobre o que é REA,  a possibilidade de oferecer uma licença mais flexível que permita obras derivadas está sendo discutida.

Veja todas as fotos da Desconferência REA no Festival de Cultura Digital.

Recursos Educacionais Abertos no relatório do PNE

Recursos Educacionais Abertos entram como recomendação no relatório do  Plano Nacional de Educação, que determina as prioridades educacionais para os próximos 10 anos no Brasil.

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:

7.10) Selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas.
7.12) Implementar o desenvolvimento de tecnologias educacionais, e de inovação das práticas pedagógicas nos sistemas de ensino, inclusive a utilização de recursos educacionais abertos, que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos.