Como criar e compartilhar Recursos Educacionais Abertos acessíveis desde o design?

Infográficos são parte de uma série de materiais para orientar a criação de REA com acessibilidade. Confira também o Guia para Professores da Educação Especial!

Infográfico que explica a Audiodescrição. Os textos contidos na imagem estão replicados abaixo da imagem para acessibilidade. No topo uma faixa verde com texto branco maiúsculo diz

Conteúdo textual do infográfico: Audiodescrição


Por que fazer?

  • Apoia a construção de significado
  • Pode auxiliar o desenvolvimento de linguagem em crianças

O que fazer?

  • Crie um roteiro de texto de audiodescrição
  • Use adjetivos e advérbios para descrever tudo o que aparece na cena
  • Insira a audiodescrição entre diálogos, sem interferir com outros elementos sonoros;
  • Fale normalmente, evite uma narração robótica ou monótona
  • Use linguagem objetiva e engajada com os demias elementos do audiovisual

Como fazer?

Alguns software livres que podem auxiliar são: Openshot, Kdenlive, e Shotcut.

Saiba mais

Conheça o repositório do Proedu em: proedu.rnp.br.

Para conhecer mais sobre software livre que você pode usar para promover a acessibilidade, conheça o Escolha Livre: escolhalivre.org.br

Infográfico que explica Janela em Libras, texto abaixo repete o que está no gráfico

Conteúdo textual do infográfico: Janela de Libras


Por que fazer?

  • Permite que surdos e ensurdecidos tenham acesso aos conteúdos
  • Complementa a legendagem, pois existem surdos que não leem português.

O que fazer?

  • Não sobrepor quaisquer outras informações sobre a janela
  • Retirar a janela do vídeo em momentos em que não ocorrerem falas ou diálogos
  • Usar roupas contrastantes com a cor do fundo da gravação
  • Usar, de preferência, chroma key ara diexar o fundo da janela transparente
  • Inserir em metade da tela em altura ou em 1/4 da tela em largura, desde que não prejudique a visualização dos elementos do vídeo principal

Como fazer?

Alguns software livres que podem auxiliar são: Openshot, Kdenlive, e Shotcut.

Saiba mais

Conheça o repositório do Proedu em: proedu.rnp.br

Para conhecer mais sobre software livre que você pode usar para promover a acessibilidade, conheça o Escolha Livre: escolhalivre.org.br

Conteúdo textual do infográfico: Legendagem para Surdos e Ensurdecidos

Mídias: animações e vídeos.

Quem favorece?

Pessoas surdas ou ensurdecidas proficientes em Língua Portuguesa, pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

O que é?

Transcrição em língua portuguesa, dos diálogos, efeitos sonoros, sons do ambiente e demais informações que não poderiam ser percebidos ou compreendidos por pessoas com deficiência auditiva.

Por que fazer?

  • Permite acesso ao conteúdo disponibilizado na língua portuguesa, em vídeos e animações, para surdos e ensurdecidos bem como favorece o acesso ao conteúdo para pessoas com transtornos neurológicos como TDAH.
  • A legendagem não é um recurso que resolva o problema de acesso a conteúdo de vídeos e animações, pois existem surdos que não leem em português. Legendagem e interpretação/tradução em Libras são complementares.

O que fazer?

  • As legendas devem ser agregadas ao produto original, sem prejuízo a visualização pelo público alvo (surdos e ensurdecidos).
  • Número de linhas: usar no máximo duas linhas de legenda.
  • Para velocidade da fala (no audiovisual) entre 145 e 180 palavras por minuto recomenda-se 32 caracteres em média por segmentação.
  • As linhas das legendas devem estar alinhadas ao centro.
  • As legendas têm em média 3 segundos de duração/exposição na tela.
  • Deve-se editar e resumir o texto quando há muita informação na fala e não há tempo na cena para transcrever literalmente o áudio.
  • Efeitos sonoros, músicas, identificação dos falantes são sinalizados de forma específicas

Como fazer?

Softwares e hardwares necessários: de gravação/edição de áudio e de edição de vídeo. Edição de legendas: Gnome Subtitles, Subtitle Edit, Media Subtitler (não livre), Subtitle Workshop.

Saiba Mais

Sobre o projeto

Para auxiliar no desenvolvimento de REA acessíveis aos mais diferentes públicos, a Iniciativa Educação Aberta está disponibilizando uma série de infográficos. O objetivo do material é sensibilizar e promover a criação de recursos educacionais abertos que garantam a acessibilidade no planejamento e no design

A produção dos materiais de apoio para acessibilidade em REA está sendo liderada pelo Prof. Dr. Raymundo Filho, colaborador do IEA e professor do IFSul, com design de Bruna Gugliano, e apoio do  Prof. Tel Amiel (IEA/UnB). Os conteúdos têm como base a publicação aberta: Recomendação Técnica de Acessibilidade em Recursos Educacionais Digitais disponível no PROEDU.

“A quebra de barreira no acesso à conteúdo educacional é um ponto fundamental para que se promova a permanência e êxito dos alunos com deficiência nos sistemas escolares; sendo que, invariavelmente, a preparação de conteúdo, na rede de educação básica e superior brasileira e mundial, recai sobre o próprio professor. Neste sentido, nos colocamos com a responsabilidade de compartilhar conhecimento sobre esse tema de forma aberta. O conhecimento produzido no projeto do Repositório de Recursos Abertos para Rede de Educacional Profissional, Cientifica e Tecnológica (Proedu) passa a ser compartilhado de forma pública a fim de contribuir para o acesso universal à educação e que os conteúdos produzidos com acessibilidade possam ser utilizados, adaptados e remixados seguindo as premissas da Educação Aberta”, ressalta o Prof. Raymundo Filho.

Acessibilidade e inclusão compõem um dos cinco objetivos principais da Recomendação REA da UNESCO. O documento, aprovado pela Conferência Geral da UNESCO em 2019, incentiva o acesso a recursos educacionais abertos de qualidade, para todos:

(iii) acesso efetivo, inclusivo e equitativo à REA de qualidade: apoiar a adoção de estratégias e programas, inclusive através de soluções tecnológicas relevantes que garantam que a REA em qualquer meio seja compartilhada em formatos e padrões abertos para maximizar o acesso equitativo, a cocriação, a curadoria e a possibilidade de encontrá-los, inclusive para aqueles que fazem parte de grupos vulneráveis e pessoas com deficiência

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