Caminhos para a governança da educação digital no Brasil: diagnósticos e desafios

Pesquisadora da Iniciativa Educação Aberta integra equipe do estudo do GT Edtech da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que tem apoio da UNESCO

Aula na Oficina do Futuro com estudantes da rede municipal de Belém /Agência Belém

A pesquisadora da Iniciativa Educação Aberta, Priscila Gonsales, que também integra o Grupo de Trabalho sobre Educação e Tecnologias (GT Edtech) da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, fará parte, com Andressa Pellanda e Marcele Frossard, da equipe envolvida no estudo sobre Caminhos para Governança da Educação Digital no Brasil. Trata-se de uma iniciativa apoiada pela UNESCO que vai realizar um mapeamento de atores, pesquisas, situação de acesso, parcerias público-privadas, legislações, programas e políticas existentes sobre educação e tecnologias digitais. A temática vai incluir temas como:  acesso, conectividade, infraestrutura, violação de direitos à educação e direitos digitais, regulação, implementação, financiamento, e atores envolvidos nestes processos.

Diante da acelerada digitalização da educação, intensificada pela pandemia da COVID-19, e a difusão crescente de aplicações baseadas em Inteligência Artifical (IA), o estudo tem por objetivo ampliar o debate social em torno da compreensão de como e por quem novas ferramentas de Edtech são criadas, implementadas e avaliadas nos sistemas públicos de educação.

Ainda, é importante lembrar que somente 22% da população brasileira tem acesso significativo à internet. Com um discurso de inovação e eficácia inquestionáveis, atores privados têm aumentado a participação na gestão pública, por meio do fornecimento de soluções tecnológicas para o ensino, criando situações assimétricas em relação a parcerias, como relatou o relatório Educação em um Cenário de Plataformização e Economia de Dados do CGI.br. Aprovada em janeiro de 2023, a Política Nacional de Educação Digital (Lei nº 14.533/2023) abre caminhos para investimentos públicos na extensa digitalização da educação sem apontar atribuições claras e responsabilidades seja do setor governamental como do setor privado que fornece as tecnologias.  Isso exige a construção e implementação de estruturas de governança de educação digital com a participação de sujeitos de direito e a sociedade civil de maneira geral. 

O debate em torno de uma governança da educação digital que enfatize inovação com garantia de direitos tem reverberado em escala global, especialmente após o lançamento de interfaces “amigáveis” dos grandes modelos de linguagem natural (popularmente conhecidos como IA generativa). Pesquisadores e agências europeias têm frisado riscos pelo uso dessa tecnologia, tais como o aumento de desigualdades, mercantilização de serviços públicos e apropriação de dados, além de proteção de crianças e adolescentes no contexto da digitalização. De que forma as políticas de educação digital no Brasil contemplam as redes de relações, influências e gargalos de formação de gestores públicos em relação ao novo contexto da sociedade digital marcado por tecnologias de inteligência artificial?

No Brasil, não existe um diagnóstico que reúna todas as legislações, programas e atores envolvidos com o tema da Educação digital ou TDICs na Educação, trazendo uma visão sistêmica a partir de levantamento de legislação, políticas públicas, produções acadêmicas e notícias. Esse estudo vai ao encontro das conclusões de dois relatórios da UNESCO lançados em 2023, que apontam a falta de evidências de que as tecnologias digitais melhoram a qualidade, a equidade e a inclusão na educação, como o Relatório Geral de Monitoramento da Educação (GEM) e o estudo An ed-tech tragedy? Educational technologies and school closures in the time of COVID-19.

A publicação final, em formato de relatório está prevista para ser lançada em 2025.

Cátedra UNESCO em EaD e UniRede vão mapear panorama atual da IA no Ensino Superior no Brasil

Estudo conduzido por pesquisadores vinculados às duas instituições e também à Iniciativa Educação Aberta vai trazer recomendações para políticas de governança institucional das instituições públicas

Primeira interface de IA generativa lançada, ChatGPT segue com popularidade @Sanket Mishra

Cátedra UNESCO em EaD e a UniRede iniciam estudo analítico sobre o panorama atual de adoção e regulação de tecnologias de IA nas instituições públicas de ensino superior (IPES) no Brasil. O objetivo é elaborar um referencial de recomendações para a construção de políticas, considerando recomendações já existentes no país e no exterior, revisão de literatura crítica sobre IA e ensino superior, bem como mapeamento de tecnologias que estão sendo utilizadas.

Com a adoção acelerada de serviços e tecnologias baseadas em IA – especialmente a IA generativa – nos espaços de ensino e pesquisa, novas formas de criação de conteúdo desafiam o papel da avaliação tradicional e provocaram novos debates sobre autoria, integridade da informação, bem como proteção de dados e desenvolvimento cognitivo de estudantes e professores. Trata-se de desafios universais que afetam diretamente a produção e o intercâmbio de conhecimento também no ensino superior.

O setor privado tem sido o principal vetor de avanço e promoção do uso de ferramentas de IA, em muitos casos sem o devido cuidado com direitos humanos essenciais, como privacidade e equidade. Muitos serviços de IA hoje são integrados de forma automática em plataformas privadas já adotadas por instituições públicas de ensino superior brasileiras (e.g. Google Workspace, Microsoft 365) e são utilizadas de maneira informal por alunos e professores (como ChatGPT). Embora já exista um projeto de Lei federal em tramitação com foco em medidas regulatórias, ainda é incipiente o debate interno nas universidades sobre a importância da elaboração de políticas institucionais de governança. Em vista disso e de sua atuação em prol da educação a distância, aberta e flexível, a Cátedra UNESCO de EaD, coordenada pelo professor Tel Amiel (UnB) convidou a UniRede para uma parceria de pesquisa que vai envolver também pesquisadores da Iniciativa Educação Aberta.

A publicação final, em formato de relatório ou guia de recomendações, está prevista para ser lançada em agosto de 2024.

Pesquisadora brasileira integra o grupo de convidados da Relatoria da ONU em Direitos Humanos para reunião sobre IA e educação

Marcada para o dia 20 de junho, em Genebra, na Suíça, a reunião vai gerar insumos para o próximo relatório que será apresentado na Assembleia Geral da ONU de 2024

A pesquisadora da Iniciativa Educação Aberta (IEA), Priscila Gonsales, está em Genebra, na Suíça, a convite da Relatoria Especial da ONU em Direitos Humanos. O evento é organizado pela relatora especial, Farida Shaheed, com o objetivo de obter uma escuta qualificada com pesquisadores e especialistas de diversas regiões do mundo sobre os impactos do avanço da adoção de plataformas e outras aplicações de IA na educação. 

Em março de 2024, a ONU realizou uma chamada aberta para receber contribuições sobre o tema, com ênfase na garantia do direito à educação.  A Iniciativa Educação Aberta enviou a contribuição em coautoria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação

A seguir, listamos os principais estudos e pesquisas em que a Iniciativa Educação Aberta esteve  envolvida em relação ao tema, tanto no Brasil como na América Latina, que serão apresentadas na reunião:  

1) Análise descritiva dos Termos de Uso e Políticas de Privacidade dos pacotes education da Google e Microsoft mostra que as empresas não cumprem a Lei Geral de Proteção de Dados; 

2) Estudo Educação em um Cenário de Plataformização e Economia de Dados, organizado pelo CGI.br, aborda conceitos contemporâneos sobre plataformização, assimetrias em parcerias entre big techs e governo e também a questão da soberania digital. Lançamento consolidado será no dia 26 de junho

3) Nota técnica em coautoria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação sobre o Programa Escolas Conectadas do MEC reforça a importância das escolhas participativas e dos recursos e tecnologias abertas; 

4) Estudo sobre governança da educação digital, organizado pela Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) a ser lançado no VII Seminário da Educação Brasileira na UNICAMP, destaca a interoperabilidade não regulamentada de tecnologias de IA em aplicações e plataformas edtech; 

5) Observatório Educação Vigiada, iniciativa que mapeia a exposição da educação pública da América Latina e África  ao capitalismo de vigilância.  

Em 2022, Priscila Gonsales que também é diretora do Educadigital, pesquisadora da UNICAMP e visiting fellow do CenSoF/Universidade de Bristol, já participou da consultoria para o Relatório Especial sobre os Impactos da Digitalização da Educação no período pandêmico. Pode ser consultado neste link.

Iniciativa Educação Aberta se transforma em grupo de pesquisa

Mudança traz foco às ações de pesquisadores, docentes, alunos e ativistas em grupo de pesquisa na Universidade de Brasília

A Iniciativa Educação Aberta (IEA) foi inaugurada em 2017 como uma ação cojunta de dois grupos com longeva atuação na Educação Aberta: a Cátedra UNESCO em Educação Aberta (Unicamp) e o Instituto Educadigital. O IEA nasceu com objetivo de unir esforços para difundir e pesquisar a Educação Aberta no Brasil e na região. Desde 2018, com o fechamento da Cátedra UNESCO em Educação Aberta na Unicamp, uma nova fase foi iniciada com a entrada da Cátedra UNESCO em Educação a Distância (UnB) no IEA. A Cátedra, uma das mais antigas do mundo, comemora 30 anos em 2023.

Depois de mais de cinco anos de atuação conjunta, com reconhecimento nacional e internacional no trabalho de formação e construção de políticas públicas, a Iniciativa se torna, em 2023, um grupo de pesquisa com sede na Universidade de Brasília, mantendo sua parceria com a Cátedra UNESCO em EaD.

A IEA se tornou um grupo de pesquisa, mas mantem sua essência ativista. Reúne atores da academia, sociedade civil, governo e iniciativa privada dedicando suas ações à promoção, investigação e crítica da Educação Aberta, na perspectiva da promoção e defesa dos direitos digitais.

Itinerancia Autoral MD – Castellano

¡Oye, todavía estamos trabajando por aquí! Cuidado…

Bienvenidos a nuestro espacio para compartir los hallazgos de la investigación producidos durante el proceso de redacción de la tesis: “Itinerancia Autoral Docente para Producción de Materiales Didácticos [MD] en Tiempos de Cibercultura: Tensiones y Potencialidades” que fue articulada por Daniel Pinheiro y dirigida por el Prof. Dr. Nelson Pretto en el ámbito del Grupo de Investigación Educación, Comunicación y Tecnologías (GEC) del Programa de Posgrado en Educación de la Universidad Federal de Bahía (PGEDU/FACED/UFBA).

Las tecnologías digitales en red se han extendido por el tejido social como un virus, que infecta instituciones, relaciones colectivas y los propios sujetos, en la actualidad. La cibercultura es, por tanto, el entorno sociotécnico en el que se procesan las más diversas prácticas sociales, entre ellas, las acciones educativas en las que se ven involucrados estudiantes, docentes y comunidades escolares. La itinerancia de los profesores compone ese escenario y, cuando se orienta a la producción de materiales didácticos, establece una interfaz fructífera para la estructuración de creaciones autorales vinculadas al ejercicio efectivo de su profesión.

De esta forma, y ​​atravesada por las contingencias pandémicas derivadas de la emergencia sanitaria provocada por el SARS-CoV-2, la investigación emprendida buscó comprender cómo el actual contexto de cibercultura tensiona y potencia la itinerancia autoral de los docentes para la creación de materiales didácticos. La metodología adoptada partió de un abordaje cualitativo, habiéndose definido a priori el perfil de los sujetos – docentes de enseñanza media/secundaria que se declararon creadores de materiales didácticos. Como resultado de las articulaciones impulsadas en el ámbito del Proyecto Interinstitucional “Conexión Escuela-Mundo: espacios innovadores para la formación ciudadana”, se posibilitó el acceso a diferentes comunidades escolares y se permitió a la investigadora interactuar directamente con varios docentes, de los cuales seis se integraron efectivamente como sujetos en esta investigación.

La producción de datos se realizó a través de entrevistas semiestructuradas realizadas con estos profesores que trabajaban en una escuela de Bahía/Brasil y en dos escuelas de Cataluña/España. También se realizó un análisis descriptivo de tres materiales didácticos proporcionados por los participantes. El proceso de intervención interpretativa con los datos se movilizó a partir de las estrategias proporcionadas por el Análisis Textual Discursivo, que, combinado con la articulación de los supuestos teóricos convocados para marcar las manifestaciones del problema en cuestión, permitió identificar la incidencia de cinco dimensiones estructurantes de la Itinerancia Autorial dos de ellas (Dimensión Conceptual y Dimensión Técnica) están más relacionadas con la apropiación de materiales didácticos en la contemporaneidad y tienen un perfil transversal, y las otras (Dimensión Curaduría; Dimensión Producción Creativa; Dimensión Compartir) son procesada de manera diferente, no lineal y dinámica a lo largo de la itinerancia autoral de los docentes siendo potenciada por los regímenes de colaboración y coautoría establecidos a partir de y a través de las tecnologías digitales y por las dinámicas de producción/fomento de los Recursos Educativos Abiertos (REA); además, esta itinerancia también se ve tensionada, por ejemplo, por los nuevos contornos que ha ido tomando la profesionalidad docente frente a las demandas contemporáneas.

Finalmente, también se identificó que la pluralización de los aprendizajes y de todo el proceso educativo a partir del concepto de “Educaciones” se revela como una demanda urgente, ya que su promoción efectiva puede engendrar y retroalimentar itinerancias autorales docentes.

A lo largo de la elaboración de la tesis buscamos dar respuesta a la siguiente pregunta, la cual fue definida a partir de nuestro problema:

¿Cómo el actual contexto de cibercultura tensiona y potencializa la itinerancia autoral del docente para la creación de materiales didácticos? Esta pregunta orientadora, a su vez, da origen al objetivo general que orientó la conducción del trabajo de investigación: Comprender cómo el actual contexto de cibercultura tensiona y potencia la itinerancia autoral de los profesores para la creación de materiales didácticos.

También se destacaron otros tres objetivos específicos que colaboraron para arrojar luz sobre la pregunta orientadora y el objetivo central:

a) Analizar las dimensiones estructurantes del proceso de itinerancia autoral docente para la creación de materiales didácticos;

b) Identificar potencialidades del contexto contemporáneo de la cibercultura para procesos de enseñanza itinerante autoral a partir de las dimensiones identificadas;

c) Identificar tensiones en el proceso de itinerancia autoral en el contexto contemporáneo de la cibercultura.

La tesis tiene siete capítulos. Aquí puedes conocer las discusiones que tuvieron lugar en cada uno de ellos:

  • En la introducción, te contamos un poco lo desafiante que fue realizar una investigación que tomó forma efectiva en medio del contexto de la pandemia. También buscamos discutir las condiciones que surgieron en este escenario.

 

  • Inmediatamente después de la introducción, por tanto, expresamos nuestros Fundamentos, es decir, nos ocupamos de la composición y discusión del problema que dio origen a este trabajo, constituyendo su abordaje a partir de cuatro temas que consideramos fundamentales para enfrentar los desafíos que nos propusimos analizar en esta investigación como lo son las comprensiones sobre la función social y el posicionamiento contemporáneo de la Educación Escolarizada; la ampliación de significados e identificación de la etapa actual de crecimiento de la Cibercultura, con todos sus derrames a las distintas esferas de la vida de los sujetos, instituciones y grupos sociales; el establecimiento de significados sobre lo que es la Profesionalidad Docente y cómo engendra procesos de producción autoral; y finalmente, ubicamos la itinerancia autoral docente como un proceso complejo que se ve, por un lado, potenciado por el contexto actual de la cibercultura y, por otro lado, tensionado por los males persistentes que continúan azotando los contextos educativos y particularmente enseñando. Una vez planteado el ambiente que conforma el problema, enumeramos al final del capítulo el problema que nos movilizó en este esfuerzo de investigación así como los objetivos que se definieron para enfrentarlo.

 

  • Con el fin de brindar al lector un panorama de nuestras incursiones en el campo de la investigación, las aproximaciones con los temas y las dinámicas vinculadas a la producción de datos, se estructuró el tercer capítulo, que recibió el sobrenombre de Itinerario de Investigación y también orienta la compromisos éticos asumidos por el investigador, además de las necesarias consideraciones respecto a la crisis del conocimiento científico frente al notorio contexto de negación de la ciencia que, como sociedad, hemos visto intensificarse.

 

  • En el cuarto apartado, el análisis de datos toma protagonismo en nuestro discurso, por lo que destacamos las interpretaciones realizadas a partir del marco teórico que se recopiló para sustentar la operación con los datos que surgieron de campo durante la investigación. De manera detallada, se discuten los libros de texto como objetos técnicos que primero representaron los recursos que asumen un carácter didáctico y de sistematización del saber curricular en el universo de la educación escolar.

 

  • Pasamos luego a las dimensiones de apropiación de los Materiales Didácticos, que dan nombre al capítulo, desde una perspectiva conceptual y técnica que resultó fundamental para la profundización de las preguntas de investigación que conformaron el alcance de nuestra tesis.
    Seguimos esta opción identificando y analizando las dimensiones que operan interrelacionadas con la Itinerancia Autoral de los docentes para la composición de materiales didácticos también en el capítulo cinco, en el que precisamente se describen y analizan los pasos de este proceso creativo. En este punto, realizamos nuevas articulaciones discursivas con los datos producidos a través del diálogo con los participantes y el análisis descriptivo realizado con los materiales didácticos que ellos pusieron a disposición para componer el corpus de investigación.

 

  • En el sexto y último capítulo, Objetivos y Horizontes, buscamos construir un ejercicio para volver a los datos analizados para componer un conjunto de síntesis provisionales directamente vinculadas a los objetivos de la tesis. Al lector, esta sección le puede servir para retomar las principales discusiones desde un punto de vista panorámico, pero igualmente profundo y comprometido. La inserción de una tabla al comienzo de este último capítulo es uno de los esfuerzos por ampliar los significados de los hallazgos de nuestra investigación y fomentar nuevas apropiaciones creativas de los resultados encontrados.

Compartimos con otros investigadores y con la sociedad, parte de los diálogos producidos en el transcurso de nuestra tesis para colaborar, por ejemplo, con nuevos esfuerzos de investigación.

Está a disposición el diálogo del investigador con el Profesor ES-2, que ejerce como docente en un Instituto de la ciudad de Cardedeu, en las afueras de Barcelona, ​​Cataluña/España.

Puedes descargar directamente aquí:

Compartimos con otros investigadores y con la sociedad, parte de los diálogos producidos en el transcurso de nuestra tesis para colaborar, por ejemplo, con nuevos esfuerzos de investigación.

Está a disposición el diálogo del investigador con el Profesor ES-5, que ejerce como docente en un Instituto de la ciudad de Cardedeu, en las afueras de Barcelona, ​​Cataluña/España.

Puedes descargar directamente aquí: 

Infografía [en Portugues]

Descubre la Bibliografía de la Tesis

Itinerância Autoral MD – Dados Abertos

Ei, ainda estamos trabalhando por aqui! Fique atento(a)…

Bem vindo(a) ao nosso espaço de compartilhamento dos achados de pesquisa produzidos durante o processo de composição da tese: “Itinerância Autoral Docente para Produção de Materiais Didáticos [MD] em Tempos de Cibercultura: Tensionamentos e Potencialidades” que foi articulada por Daniel Pinheiro e orientada pelo Prof. Drº Nelson Pretto no âmbito do Grupo de Pesquisa Educação Comunicação e Tecnologias (GEC) do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Bahia (PGEDU/FACED/UFBA).
 

As tecnologias digitais em rede tem se disseminado através do tecido social tal qual um vírus, que contagia instituições, as relações coletivas e os próprios sujeitos, no tempo presente. A cibercultura é, portanto, a ambiência sociotécnica na qual se processam as mais diversas práticas sociais, dentre elas, as ações educativas nas quais estão envolvidos estudantes, professores e comunidades escolares. A itinerância dos docentes compõe este cenário e, quando orientada à produção de materiais didáticos, estabelece uma interface profícua para a estruturação de criações autorais vinculadas ao exercício efetivo de sua profissionalidade.

Desta maneira, e atravessada pelas contingências pandêmicas decorrentes da emergência sanitária provocada pelo SARS-CoV-2, a pesquisa empreendida buscou compreender como o contexto atual da cibercultura tensiona e potencializa a itinerância autoral docente para criação de materiais didáticos. A metodologia assumida partiu de uma abordagem qualitativa, tendo sido definido aprioristicamente o perfil dos sujeitos – professores do ensino médio/secundário que se auto declarassem criadores de materiais didáticos. Em função das articulações promovidas no âmbito do Projeto Interinstitucional “Conexão Escola-Mundo: espaços inovadores para formação cidadã”, o acesso a diferentes comunidades escolares foi viabilizado e permitiu a interlocução direta do pesquisador com vários docentes, dos quais seis efetivamente integraram-se como sujeitos nesta pesquisa.

A produção dos dados se deu através de entrevistas semi estruturadas realizadas com estes professores que atuavam numa escola da Bahia/Brasil e em duas escolas na Catalunha/Espanha. Também foi procedida a análise descritiva de três materiais didáticos cedidos pelos participantes. O processo de intervenção interpretativa junto aos dados foi mobilizado com base nas estratégias propiciadas pela Análise Textual Discursiva o que, aliado à articulação dos pressupostos teóricos convocados para balizar as manifestações do problema em tela, permitiu identificar a incidência de cinco dimensões estruturantes da Itinerância Autoral Docente sendo que duas delas (Dimensão Conceitual e Dimensão Técnica) relacionam-se mais detidamente com a apropriação dos materiais didáticos na contemporaneidade e possuem um perfil transversal, e as demais (Dimensão de Curadoria; Dimensão Criativa de Produção; Dimensão de Compartilhamento) se processam de maneira não linear e dinâmica ao longo da itinerância autoral dos professores sendo potencializadas pelos regimes de colaboração e co-autoria estabelecidos com base e por meio das tecnologias digitais e pelas dinâmicas de produção/fomento aos Recursos Educacionais Abertos (REA); além disto, essa itinerância também se vê tensionada, por exemplo, pelos novos contornos que a profissionalidade docente vem assumindo em face das demandas contemporâneas. 

Finalmente, também foi identificado que a pluralização das experiências de aprendizagem e de todo processo educacional baseada na concepção de “Educações” revela-se numa demanda urgente já que a sua promoção efetiva pode engendrar e retroalimentar as itinerâncias autorais docentes.

Ao longo da produção da tese buscamos responder a seguinte pergunta, que foi definida com base em nossa problemática:

Como o contexto atual da cibercultura tensiona e potencializa a itinerância autoral docente para criação de materiais didáticos? Desta questão norteadora, por sua vez, decorre o objetivo geral que orientou a condução dos trabalhos de pesquisa: Compreender como o contexto atual da cibercultura tensiona e potencializa a itinerância autoral docente para criação de materiais didáticos.

Foram destacados ainda outros três objetivos específicos que colaboraram para lançar luz à questão norteadora e ao objetivo central:

a)  Analisar as dimensões estruturantes do processo de itinerância autoral docente para criação de materiais didáticos;

b) Identificar potencialidades do contexto contemporâneo da cibercultura para processos de itinerância autoral docente com base nas dimensões identificadas;

c) Identificar tensionamentos ao processo de itinerância autoral docente no contexto contemporâneo da cibercultura.

 

A tese possui sete capítulos. Aqui, você fica por dentro das discussões tecidas em cada um deles:

  • Na introdução, contamos um pouco sobre como foi desafiador conduzir uma pesquisa que tomou forma efetivamente em meio ao contexto pandêmico. Buscamos discutir também as condicionantes que emergiram nesse cenário.

 

  • Imediatamente após a introdução,portanto, expressamos nossos Fundamentos, ou seja, nos ocupamos da composição e discussão da problemática que originou este trabalho constituindo sua abordagem a partir de quatro temáticas que julgamos basilares para o enfrentamento dos desafios aos quais nos propusemos analisar nesta investigação como são as compreensões a respeito da função social e posicionamento contemporâneo da Educação Escolarizada; a ampliação dos sentidos e identificação do atual estágio de incremento da Cibercultura, com todos os seus transbordamentos para as diversas esferas da vida dos sujeitos, instituições e coletivos sociais; o estabelecimento de sentidos sobre o que vem ser a Profissionalidade Docente e como esta engendra processos de produção autoral; e finalmente localizamos a Itinerância Autoral docente enquanto processo complexo que se vê, por um lado, potencializado em função do corrente contexto da cibercultura e, por outro, tensionado pelas persistentes mazelas que seguem assolando os contextos educacionais e particularmente a docência. Suscitada a ambiência que conforma a problemática, elencamos ao final do capítulo o problema que nos mobilizou nessa investida de pesquisa bem como os objetivos que foram definidos para confrontá-lo. 

 

  • Com vistas a oportunizar ao leitor um panorama de nossas incursões sobre  o campo de pesquisa, as aproximações com os sujeitos e as dinâmicas ligadas à produção dos dados, foi estruturado o terceiro capítulo que recebeu a alcunha de Itinerário de Pesquisa e também pauta os compromissos éticos assumidos pelo pesquisador além de necessárias considerações a respeito da crise do conhecimento científico em face do notório contexto de negacionismo da ciência que, como sociedade, temos visto recrudescer.

 

  • Na quarta seção, a análise dos dados assume a dianteira em nosso discurso, de maneira que evidenciamos as interpretações realizadas tendo como baliza o arcabouço teórico que foi reunido para subsidiar a operação com os dados que emergiram do campo durante a pesquisa. De maneira detida, são discutidos os livros didáticos enquanto objetos técnicos que primeiro representaram os recursos que assumem natureza didática e de sistematização dos saberes curriculares no universo da educação escolarizada. Passamos então às dimensões de apropriação dos Materiais Didáticos, que nomeiam o capítulo, sob uma ótica conceitual e técnica que se mostrou essencial para o aprofundamento das questões de pesquisa que compuseram o escopo de nossa tese.

 

  • Seguimos esta opção pela identificação e análise das dimensões que operam interrelacionando-se com a Itinerância Autoral dos docentes para composição de materiais didáticos também no capítulo cinco, em que são descritas e analisadas justamente as etapas desse processo criativo. Realizamos neste ponto novas articulações discursivas com os dados produzidos por meio da interlocução com os participantes e da análise descritiva procedida junto aos materiais didáticos que foram disponibilizados por eles para comporem o corpus da pesquisa. 

 

  • No sexto e último capítulo, Objetivos e Horizontes, buscamos construir um exercício de retorno aos dados analisados para compor um conjunto de sínteses provisórias diretamente atreladas aos objetivos da tese. Ao leitor, esta seção pode servir para retomada das principais discussões desde um ponto de observação panorâmico mas igualmente profundo e comprometido. A inserção de um quadro no início deste capítulo derradeiro é mais um dos esforços para ampliar os sentidos sobre nossos achados de investigação e fomentar novas apropriações criativas dos resultados encontrados. 

Queremos compartilhar com outros pesquisadores e com a sociedade, parte dos diálogos produzidos no transcurso de nossa tese a fim de colaborar, por exemplo, com novas investidas de pesquisa.

Conheça na íntegra o diálogo do pesquisador com o Professor ES-2, que atua como docente num Instituto na cidade de Cardedeu, arredores de Barcelona, Catalunha/Espanha.

Link para Download:

Queremos compartilhar com outros pesquisadores e com a sociedade, parte dos diálogos produzidos no transcurso de nossa tese a fim de colaborar, por exemplo, com novas investidas de pesquisa.

Conheça na íntegra o diálogo do pesquisador com o Professor ES-5, que também atua como docente num Instituto na cidade de Cardedeu, arredores de Barcelona, Catalunha/Espanha.

Link para Download:

Infográfico

Conheça a Bibliografia da Tese

Observatório Educação Vigiada: Lançamento

Lançamento do Observatório acontecerá em conjuto com o lançamento de dados inéditos sobre o capitalismo de vigilância na educação Sul Americana, no dia 09/09 (quinta-feira) as 16h00 (Brasília) no link: https://www.youtube.com/lavitsnetwork

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Serviços do Comunica! serão desativados

Após pouco mais de um ano em pleno funcionamento, os serviços da plataforma Comunica! serão desativados a partir de setembro de 2021. Criada pela Iniciativa Educação Aberta, com apoio da UNESCO Brasil, o Comunica! teve dois principais objetivos, o primeiro deles, foi propiciar a educadores e estudantes possibilidades de experimentação de sistemas em software livre de comunicação e produtividade (Jitsi, Mumble e Etherpad) durante a pandemia da COVID-19. O segundo objetivo teve como foco documentar o processo de criação de uma instância controlada de hospedagem e infraestrutura e os respectivos desafios de implementação e manutenção.

“Para manter o serviço de forma perene, com as devidas atualizações e manutenção, para além do custo dos serviços de hospedagem, que cresceram muito com a alta do dolar, precisaríamos contar com um suporte contínuo de um administrador de sistemas”, explicou o professor Tel Amiel, co-líder da Iniciativa Educação Aberta. Nesse período, foi feita uma busca ativa por recursos financeiros através de projetos em agências de fomento, bem como chamadas de organizações nacionais e internacionais. Há claro reconhecimento da demanda por esses servços, no entanto, esse reconhecimento não se converteu em oportunidades de financiamento.

Desde o lançamento, a Comunica! tem sido utilizada por diversos educadores e pesquisadores de educação que participaram do curso Líder Educação Aberta (206 inscritos em duas edições), do grupo no Telegram de apoiadores do projeto Educação Vigiada, atualmente com 104 membros e dos projetos de colaboração entre a UnB e UEMG (mais de 200 alunos) no âmbito do Escolha Livre.

O professor João Ras, coordenador do CEEJA de Marília-SP, fez uso da plataforma Comunica! em diversas atividades, incluindo aulas com estudantes da Educação de Jovens e Adultos e escrita colaborativa entre docentes. “Tanto o Jitsi como o Etherpad se mostram ferramentas muito úteis para o processo pedagógico. Pudemos utilizar as videoconferências para encontros com alunos, professores, gestores e servidores das mais variadas experiências com a tecnologia, com grupos grandes e pequenos. Na escrita colaborativa, chegamos a reunir aproximadamente 30 docentes para redigir uma postagem coletiva na plataforma do WordPress utilizada pela equipe escolar.”

O Comunica! mostrou que é possível implementar e manter um serviço útil e de qualidade para sistemas de comunicação e produtividade na educação baseado em software livre. Atualmente, a Iniciativa Educação Aberta tem se dedicado a disseminar a experiência do Comunica! a partir do diálogo com coletivos de organizações e atores da educação para a implementação da Rede Escolha Livre, que une infraestrutura de hardware e software livres. Para Tel Amiel, é importante fomentar a adoção da Rede Escolha Livre por sistemas públicos de ensino e pesquisa, hoje tão dependentes de serviços externos de grandes plataformas comerciais proprietárias.

Atenção para as datas de desativação:

  • Videoconferência (Jitsi) e comunicação por áudio (Mumble): dia 29/setembro/2021.
  • Escrita colaborativa (Etherpad): dia 29/outubro/2021, mais tempo para que todos possam baixar seus escritos com segurança.

Por se tratarem de software livre, é fácil encontrar outras instalações do Jitsi e do Etherpad para usar. Seguem algumas indicações:

Jitsi

Etherpad

Chega de dependência: Aplicativos livres para usar na educação

Por meio de um projeto colaborativo entre UEMG e UnB, estudantes de Pedagogia criaram tutoriais sobre aplicativos e redes sociais desenvolvidos em software livre. Os materiais acabam de ser disponibilizadas no portal Escolha Livre, da Iniciativa Educação Aberta.
 
O portal já conta com diversos tutoriais em vídeo para auxiliar alunos e professores a fazer uso de ferramentas e plataformas livres. Agora, conta também com orientações para diversas ferramentas ainda pouco conhecidas por grande parte dos educadores: redes sociais, buscadores, aplicativos de mensagens e muito mais!
 
Os alunos de Pedagogia autores dos novos tutoriais foram orientados pela Profa. Janaina Diniz (UEMG) e pelo Prof. Tel Amiel (UnB), ambos colaboradores da Iniciativa Educação Aberta. O projeto de cooperação entre os dois docentes já entra no terceiro semestre.
 
Os alunos de ambas as instituições se auto-organizam em grupos de trabalho por interesse. Ao longo de 4-6 semanas participam de aulas síncronas, reuniões em grupo com os professores e fazem uso de diversas ferramentas livres como Jitsi e Etherpad para trabalhar em grupo e construir um projeto final, licenciado de forma aberta. 
 
De acordo coma a Profa. Janaina Diniz, o projeto possibilita interação e troca de experiências de estudantes do curso de Pedagogia que estão em instituições distintas e geograficamente distantes. “Para além disso, permite que os futuros professores conheçam, reflitam e usem as tecnologias de forma crítica e emancipatória”.
 
Além de conhecer e utilizar as ferramentas, os alunos produzem relatos e análises críticas, partindo de questões como privacidade, vigilância, liberdade e abertura na educação. 
 
“O projeto me proporcionou oportunidade para desenvolvimento de habilidades na utilização de softwares livres de comunicação, edição e compartilhamento. Possibilitou conhecimentos sobre a importância de ensinar sobre o uso dessas ferramentas na educação, afim de fortalecer a formação e trabalho docente”, ressaltou Ana Lopes, aluna da UEMG, 
 
Foram criados tutoriais de introdução às seguintes plataformas: Pixelfed (compartlihamento de fotos/stories), Peertube (vídeos), Duckduckgo (buscador), Nextcloud (drive), Diaspora (rede social), Mastodon (microblog) e Element (mensagens).
 
O Escolha Livre foi lançado em 2020 pela Iniciativa Educação Aberta com apoio da UNESCO Brasil. Tem como objetivo ser um portal de conhecimento sobre os Recursos Educacionais Abertos e o Software Livre na educação. Agrega tutoriais, podcasts, vídeos e textos que auxiliam professores e alunos a incorporar práticas abertas na educação.

Leadership in Open Education: UNESCO Guidelines and Policy Game

Open Policy Game and UNESCO Guidelines for OER Policy used in course on Open Education Strategies

Students in the new Leadership in Open Education Masters program (UNG/Slovenia) course Open Education Strategies have created detailed analyses of open policy and practices focused on the UNESCO Guidelines for OER Policy (co-written by one of the teachers, Dominic Orr) and the Open Education Initiatives’ Open Education Policy Game (Tel Amiel, of the Open Education Initiative, was co-teacher in the course). The use of both instruments has shown itself as a powerful mechanism to analyze and create a roadmap for OER and Open Education policy for organizations an groups.

As the final assignment of the one semester course (winter 2020/21), students were asked to reflect on an existing case, which they knew well, and to apply what they had learnt in the course to considerations for developing an open education policy for this case. The authors and their academic supervisors are proud to share these reflections with the field in the hope that they may contribute to a rich and comprehensive debate around developing open education policies around the world.

  • The first case, written by Ms. Mojca Drevenšek, aims to foster multi-stakeholder communities around changes in use of clean energies.
  • The second case, written by Ms. Ana Fabjan, drafts an open policy roadmap for an existing online mentoring program entitled “Open Education for a Better World (OE4BW)”

In both cases, the authors are convinced that it is necessary to think comprehensively about developing and implementing a strategy that enables the initiatives to make full use of the potentials of open education and their communities to foster sustainable social innovations.

Both reports, which we hope can inspire similar initiatives, can be found in the LOE community in Zenodo.