Ambiente Educacional Web

“Todos os direitos e conteúdos são de uso compartilhado”


O sistema “Ambiente Educacional Web do Estado da Bahia” (AEW) é um ambiente pedagógico que tem como público alvo educação fundamental, média, profissional e universitária

No AEW, a comunidade escolar pode encontrar conteúdos digitais registrados em licenças livres, ter acesso a softwares livres que auxiliam na produção de mídias e a sites temáticos das disciplinas e dos temas transversais. O Ambiente é composto pelas seguintes seções:

  • Conteúdos Digitais: mais de dois mil conteúdos digitais educacionais livres, entre jogos, animações, simulações, experimentos, vídeos e áudios, que são organizados seguindo as matrizes curriculares (por modalidades de ensino, componente curricular e temas) e estão acompanhados de documentos de orientação pedagógica.
  • Sites Temáticos: desenvolvidos por instituições parceiras que disponibilizam Conteúdos Digitais Educacionais das mais variadas áreas de conhecimento e temas transversais.
  • Ambientes de Apoio: Softwares livres e ambientes digitais pedagógicos de aplicação específica para o apoio à produção de conteúdos digitais, colaboração e outras ações educacionais. Tais recursos podem contribuir para o processo de aprendizagem, favorecendo a interação entre os sujeitos, seja na modalidade presencial ou online.
  • Professor Web: oferece dicas para ajudar estudantes e professores a utilizar a Internet em sala de aula, e fora dela também.
  • TV Anísio Teixeira: material audiovisual para a comunidade escolar da rede educacional de ensino da Bahia. A programação pretende favorecer uma maior aproximação da comunidade escolar com temáticas próprias do universo do ensino e aprendizagem.

Futuramente, será possível interagir e compartilhar produções através de uma Rede Social Educacional.

Acesse: ambiente.educacao.ba.gov.br

Caberá Recursos Educacionais Abertos nessa Mochila Digital?

Apesar das grandes desigualdades de nosso país e dos problemas com a banda larga, o uso de computadores e dispositivos móveis já é uma realidade em um grande número de escolas.

De acordo com a matéria Mochila Digital publicada no Estadão, para o ano letivo de 2014, o Ministério da Educação (MEC) aplicou R$ 67 milhões em ferramentas digitais complementares aos livros impressos. Essa quantia corresponde a 6% do total de R$ 1,1 bilhão gasto por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em material dos ciclos Fundamental e Médio. O edital de compra para 2015 já prevê a aquisição de livros digitais e obras multimídia, com vídeos, animações, mapas interativos e outros recursos associados aos textos escritos.

Nesse novo contexto, além de comprar o papel (do livro didático) o governo também comprará objetos digitais de aprendizagem e em breve o próprio livro digital.

Como bem lembrou Bianca Santana, membro da comunidade REA Br, imaginem se essa imensidão de recursos digitais pagos com dinheiro público estivessem disponíveis pra todos nós, educadores e educadoras com a possibilidade de adaptar esses recursos às realidades locais ou simplesmente aos objetivos específicos de cada um ou cada contexto.

Da minha parte, imaginem ser dada a possibilidade de não consumirmos mais conhecimento enlatado e que haja a liberdade de se colocar como protagonista do processo. Que venha o professor autor! Que venha o professor com um jeito hacker de ser (como sempre nos lembra brilhantemente o Prof. Nelson Pretto).

E concordo com a Bianca, pensem se o MEC investisse em recursos educacionais abertos!

Fonte: Mochila Digital

Parceria Google, Microsoft e Governo do Estado de São Paulo

Esse post foi publicado no Pimentalab pelo Prof. Henrique Parra após a necessidade de verificar os termos de cooperação entre empresas e governo ser levantada pela comunidade REA.

No final do ano o Governo do Estado de São Paulo anunciou duas parcerias da Secretaria de Educação com as empresas Google e Microsoft, conforme noticiado abaixo:

[1]http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=234431

[2]http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/11/1365358-estudantes-de-sp-terao-office-gratuito-para-ate-5-pcs-apos-parceria-com-microsoft.shtml

As reportagens sugerem a criação de iniciativas de colaboração para projetos educacionais mediante a oferta de serviços e recursos educacionais gratuitos a estudantes e professores da rede.

No início do ano, solicitei à SEE/SP, mediante Lei de Acesso à Informação, informações sobre os convênios ou termos de cooperação existentes. Recebi da SEE/SP, dentro do prazo correto, cópia dos dois termos de intenções. Anexei-os nos links abaixo:

https://saravea.net/file/view/15943/termo-de-intencoes-google-e-seesp
https://saravea.net/file/view/15942/termo-de-intencoes-microsoft-e-seesp

Pra resumir, os documentos são idênticos e não apresentam, por hora, informações relevantes, salvo a intenção de firmar essas parcerias. Todavia, interessa-nos saber os termos e condições dessas parcerias com essas empresas. São diversos os fatores que nos preocupam, por isso acho fundamental que acompanhemos de maneira atenta a evolução deste caso.

Encontro discute acesso à informação, educação e direitos humanos

Nos próximos dias 8 e 9 de fevereiro, o Observatório da Educação, da Ong Ação Educativa, com apoio da Wikimedia Foundation, realiza debate sobre o acesso ao conhecimento no Brasil e sua relação com outros direitos, em especial com o Direito Humano à Educação.

Marcando o início da parceria entre as duas organizações, o encontro é voltado para ativistas da cultura livre e colaborativa, pesquisadores, organizações da sociedade civil, membros da comunidade escolar e demais interessados. O debate do sábado contará com discussão sobre Educação e acesso ao conhecimento e com o compartilhamento de experiências. Já no domingo, os participantes deverão realizar atividades autogestionadas e avaliação geral do encontro.

Programação

Sábado

9h – Café de boas-vindas

9h30 – Abertura

  • Denise Carreira – Coordenadora da área de Educação da Ação Educativa
  • Oona Castro – Coordenadora do projeto Wikimedia na Ação Educativa
  • Gustavo Paiva – Coordenador do Observatório da Educação

10h – Educação e Acesso ao Conhecimento

  • Nelson Pretto – Grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (UFBA)
  • Alexandre Hannud Abdo – Membro do Movimento Pelo Conhecimento Livre
  • Luís Henrique Nascimento – Projeto Caminho Melhor Jovem
  • Veridiana Alimonti – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)
  • Priscila Gonsales – Instituto Educa Digital – a confirmar
  • Geovani Santos – Wikipedista e estudante de Direito (via Skype)

14h – Compartilhamento de Experiências

  • Bianca Santana – comunidade REA Br
  • Vinícius Siqueira – membro do grupo de usuários da Wikimedia no Brasil

Domingo

10h – Atividades Autogestionadas

14h – Avaliação do Encontro

Quando: dias 8 e 9 de fevereiro
Local: Ação Educativa – Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque – São Paulo, SP
Inscrições: pelo e-mail observatorio@acaoeducativa.org
Mais informações: observatorio@acaoeducativa.org / (11) 3151-2333, ramais 170 e 185
 

Em debate, especialistas acreditam que professores poderiam disponibilizar mais conteúdos online

*Texto de Desirèe Luíse do Portal Net Educação

“A maioria das pessoas ainda não se enxerga como produtoras de conteúdo”, acredita a gestora de comunicação do projeto REA Br, Débora Sebriam. Para ela e outros especialistas da área de recursos educacionais abertos (REA) — materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia que estão sob domínio público ou são licenciados de maneira aberta —, qualquer pessoa pode construir e publicar coisas na internet que contribuam para o ensino e aprendizagem.

Produzir conteúdo e disponibilizar de graça na internet pode configurar uma atividade em direção ao REA. “Às vezes você já faz isso e não sabe que tem um nome”, apontou o pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada a Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Tel Amiel. A mestre em ciência da computação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Salete Almeida, disse ter percebido, por meio de uma pesquisa que fez no estado, que para os professores, o REA é ainda algo muito obscuro. “E mesmo depois de saber do que se trata, há resistência em disponibilizar conteúdos na internet”, contou.

Continue lendo

Novas plataformas educacionais potencializam ideias

Texto do Prof. Ewout ter Haar do Instituto de Física da USP (IFUSP), membro do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada (CEPA) e  coordenador do Grupo de Apoio Técnico-pedagógico da USP.


Publicado no Estadão

Desde que Sócrates duvidou da palavra escrita para ensinar os jovens, o uso de tecnologias novas para a educação é questionado. Você questiona as palavras escritas, ele observou, e elas não respondem. Segundo Sócrates, o jeito correto de usar palavras é plantá-las na mente fértil de um aprendiz, deixando crescer conhecimento e ideias. A humanidade aprendeu a aproveitar a tecnologia da palavra escrita para fazer justamente isso. Mas nunca vamos parar de debater como adaptar qualquer nova tecnologia para, por um lado, disseminar e transmitir ideias, e, por outro, usá-la para construir o conhecimento.

Essa antiga oposição entre transmissão e construção de conhecimento é especialmente relevante para o uso de tecnologia em ambientes educacionais. Hoje, discutindo tecnologia educacional, geralmente falamos do uso da internet e das suas aplicações. O sucesso da internet se deve ao seu caráter aberto e neutro: ser uma plataforma livre, onde cada um pode criar suas inovações sem pedir permissão a algum órgão central que controlaria o que pode e o que não pode ser feito. Essa característica da infraestrutura é essencial para uma universidade como a USP, que depende da excelência e da autonomia de suas unidades, grupos de pesquisa e professores.

As plataformas educacionais novas, quando implementadas de forma aberta e neutra, potencializam o talento e as ideias. Com essas plataformas, não existe oposição entre transmissão e construção de conhecimento. A web, em particular, consegue combinar em uma única plataforma as funcionalidades de comunicação e disseminação de informação e a construção de ambientes colaborativos e participativos. A web permite a todos os membros da comunidade USP divulgar seus conhecimentos além dos muros da universidade, transmitindo bits sem as limitações do transporte de átomos. E essa mesma infraestrutura pode ser usada para implementar os processos colaborativos próprios à construção do conhecimento, sem as limitações da distância física.

Na USP, a internet está sendo usada para apoiar uma enorme variedade de atividades educacionais. A universidade mantém ambientes online com recursos didáticos de altíssima qualidade e feitos por equipes profissionais e especializadas em ensino a distância. E essa mesma infraestrutura dá suporte às ideias pedagógicas de milhares de professores e dezenas de milhares de alunos, cada um com ideias próprias sobre o que é uma boa aula.

Vejo um futuro brilhante para tecnologias que ajudam os professores a implementar suas ideias pedagógicas. Que permite inovação, mas deixe transparente o que funcionou e o que não funcionou. Para tecnologias que podem ser adaptadas ao contexto e às necessidades dos educadores e alunos, em todas as suas variedades. A USP depende do talento e do trabalho dos seus alunos, funcionários e docentes. Serão as tecnologias educacionais abertas e neutras, usando a internet ou inspirada nela, que vão potencializar esse talento.

Livro Didático Aberto para Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Está no ar o site do livro “Aprender para Contar: alfabetização de pessoas jovens e adultas”, de autoria de Bianca Santana, membro da comunidade brasileira de recursos educacionais.

“A educadora ou educador que agora pega este material também tem sua história com a EJA, suas experiências, pesquisas, leituras e vínculos afetivos. E essa riqueza, presente em cada alfabetizadora ou alfabetizador, permite adequar este livro às diferentes realidades e melhorá-lo cada vez mais. Apresentamos aqui um ponto de partida que certamente será ampliado com outras referências, ou reduzido em algumas situações, de acordo com as necessidades de cada turma. Este livro, portanto, é de todos nós. E ele está aberto, na internet, para ser melhorado, remixado e compartilhado livremente.”

O livro está dividido em três momentos: Estudo da Língua, Estudo da Matemática e Alfabetização Digital. Na versão online, é possível baixar o livro na íntegra ou consultar partes deles divididas em seções: Galeria de Textos, Galeria de Imagens, Temas, Atividades, Propostas de Conversa e Histórias de Vida.

 Copie, melhore, remixe e compartilhe: acesse aqui.

Lançamento do Livro Recursos Educacionais Abertos no Brasil

o Estado da Arte, Desafios e Perspectivas para o Desenvolvimento e Inovação


Será lançado no próximo dia 20/12, na sede do CETIC.BR (Centro de Estudos sobre a Sociedade da Informação), o livro o Estado da Arte dos Recursos Educacionais Abertos (REA) no Brasil. A tradução dessa obra para a língua portuguesa tem o objetivo de contribuir para registrar parte da história do desenvolvimento dos REA no Brasil, e também o de ajudar a consolidar a importância do tema no país, permitindo uma maior compreensão da trajetória dos REA no contexto nacional e a disseminação e discussão de alguns conceitos e práticas da área encontrados nas iniciativas apresentadas.

O livro faz distinção entre repositórios de conteúdos digitais disponíveis na rede e gratuitos e os REA. Isso porque, de maneira quase que geral, a comunidade internacional envolvida com os REA entende que nem todo conteúdo educacional disponibilizado na rede é um REA. De acordo com a definição de REA adotada pela UNESCO, o recurso educacional precisa possuir uma licença de utilização que permita ao usuário certas práticas de uso sem o infringimento dos direitos autorais, como a cópia, o compartilhamento, a modificação e a sua distribuição, dependendo do tipo de licença escolhida pelo autor desse recurso. São também consideradas REA as obras que estão em domínio público, o que no Brasil ocorre 70 anos após o falecimento do autor.

O livro foi originalmente publicado em dezembro de 2011 pela UNESCO em Moscou, mas a tradução agora é publicada com uma licença aberta e está disponível para download em: http://goo.gl/rSCLfp.

Escola Digital facilita a busca por Recursos Educacionais

Escola Digital é uma plataforma gratuita e aberta de busca que já conta com mais de 1,5 mil objetos e recursos digitais voltados a apoiar processos de ensino e aprendizagem dentro e fora da sala de aula. O site foi criado com o objetivo de facilitar o acesso de educadores, escolas e redes de ensino a materiais educativos de base tecnológica, de forma a enriquecer e dinamizar as práticas pedagógicas.

A plataforma é uma iniciativa do Instituto Inspirare e do Instituto Natura, construída com a colaboração do Instituto Educadigital, da TIC Educa e da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O projeto teve início com um vasto mapeamento, que envolveu entrevistas com educadores, empreendedores e especialistas, pesquisa online e uma chamada pública nacional. O processo foi intensificado com a colaboração de professores da rede estadual de São Paulo especialistas em currículo.

A Escola Digital funciona como um buscador de recursos digitais já existentes criados por produtores de conteúdo, o grande diferencial da plataforma é oferecer, de forma mais intuitiva, a busca pelos recursos que podem ser utilizados como ferramenta pedagógica. Além das categorizações habituais como disciplina, série, temas curriculares e também pelo tipo de mídia: vídeos, áudios, softwares etc, é possível refinar a pesquisa por disponibilidade, licenças de uso, acessibilidade, idioma, recursos pagos e gratuitos.

O projeto foi concebido como um recurso educacional aberto (REA) e pode ser utilizado, reproduzido ou mesmo adaptado por qualquer pessoa ou organização interessada.

O site também indica recursos digitais capazes de apoiar a criação de novos objetos de aprendizagem, o trabalho com temas transversais e a realização de projetos na comunidade, entre outras possibilidades educativas.

A plataforma deve continuar ampliando o seu acervo, por meio da contribuição dos próprios usuários, que poderão enviar sugestões de objetos, preenchendo um formulário disponível no site.

Navegue e colabore com a aumento do acervo: http://escoladigital.org.br/