Marcada para o dia 20 de junho, em Genebra, na Suíça, a reunião vai gerar insumos para o próximo relatório que será apresentado na Assembleia Geral da ONU de 2024
A pesquisadora da Iniciativa Educação Aberta (IEA), Priscila Gonsales, está em Genebra, na Suíça, a convite da Relatoria Especial da ONU em Direitos Humanos. O evento é organizado pela relatora especial, Farida Shaheed, com o objetivo de obter uma escuta qualificada com pesquisadores e especialistas de diversas regiões do mundo sobre os impactos do avanço da adoção de plataformas e outras aplicações de IA na educação.
Em março de 2024, a ONU realizou uma chamada aberta para receber contribuições sobre o tema, com ênfase na garantia do direito à educação. A Iniciativa Educação Aberta enviou a contribuição em coautoria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
A seguir, listamos os principais estudos e pesquisas em que a Iniciativa Educação Aberta esteve envolvida em relação ao tema, tanto no Brasil como na América Latina, que serão apresentadas na reunião:
1) Análise descritiva dos Termos de Uso e Políticas de Privacidade dos pacotes education da Google e Microsoft mostra que as empresas não cumprem a Lei Geral de Proteção de Dados;
2) Estudo Educação em um Cenário de Plataformização e Economia de Dados, organizado pelo CGI.br, aborda conceitos contemporâneos sobre plataformização, assimetrias em parcerias entre big techs e governo e também a questão da soberania digital. Lançamento consolidado será no dia 26 de junho.
3) Nota técnica em coautoria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação sobre o Programa Escolas Conectadas do MEC reforça a importância das escolhas participativas e dos recursos e tecnologias abertas;
4) Estudo sobre governança da educação digital, organizado pela Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) a ser lançado no VII Seminário da Educação Brasileira na UNICAMP, destaca a interoperabilidade não regulamentada de tecnologias de IA em aplicações e plataformas edtech;
5) Observatório Educação Vigiada, iniciativa que mapeia a exposição da educação pública da América Latina e África ao capitalismo de vigilância.
Em 2022, Priscila Gonsales que também é diretora do Educadigital, pesquisadora da UNICAMP e visiting fellow do CenSoF/Universidade de Bristol, já participou da consultoria para o Relatório Especial sobre os Impactos da Digitalização da Educação no período pandêmico. Pode ser consultado neste link.