Opinião: realizações, progresso e esforços para promoção de REA no mundo

No fim de outubro, Fred Mulder (UNESCO chair in OER – Open Universiteit in the Netherlands), em entrevista ao “elearningeuropa.info”, fala das realizações e dos esforços para se promover a temática REA em todo o mundo.

De acordo com Mulder, o movimento REA já não é realizado por “militantes” e especialistas em educação e tecnologia. Atualmente é um movimento de muitas instituições e um número crescente de governos está ciente da importância de REA. Segundo o pesquisador, o movimento precisa de 20 ou 30 anos para chegar a sua realização final em todo o mundo.

Quando questionado sobre os próximos passos para o desenvolvimento de REA, Mulder afirma que os governos precisam se tornar mais ativos e comprometidos com políticas públicas de REA e que as instituições devem explorar mais iniciativas REA. Para ele, os governos devem saber que os REA tem o potencial de aumentar a acessibilidade, a qualidade e a eficiência da educação. As instituições devem estar cientes das grandes oportunidades que REA tem a oferecer e que existe um campo de experimentação aberto pela frente.

Para Fred Mulder, a princípio, REA pode reduzir as desigualdades na educação, porque o acesso aos materiais de aprendizagem é de 100% se eles estiverem disponíveis na internet, mas isso não significa que não existem barreiras. Ele cita o exemplo da conectividade, que pode não existir ou ser problemática. Aqui no Brasil, sabemos que a questão da banda larga é uma grande barreira para o acesso em vários locais do país. Ele cita também a relevância do componente cultural e lembra que simplesmente traduzir material não é suficiente, a adaptação ao contexto cultural é necessária.

Quando o que está em jogo é o custo do material didático, o pesquisador cita o exemplo dos livros didáticos abertos adotados em alguns estados dos Estados Unidos, onde além de se observar a redução de custos em relação aos preços aplicados pelas editoras tradicionais, a redução de custos também decorre do fato de que não é mais necessário que várias universidades ou equipes de autores desenvolvam cursos completos partindo do zero, uma vez que, é possível remixar ou aprimorar bons materiais que já estão disponíveis.

Leia a entrevista completa aqui.

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