Acaba de ser publicada a nova edição do Panorama Setorial da Internet que discute as possibilidades trazidas pelos recursos educacionais abertos, explorando os dados da TIC Educação 2013.
Segundo Bianca Santana, uma das possibilidades mais adotadas pelos professores é o uso de partículas de conteúdo — fotos, fragmentos de filmes e vídeos, questões, etc. Os dados da Pesquisa TIC Educação 2013 relacionados aos tipos de recursos utilizados pelos professores evidenciam essa realidade: imagens são utilizadas por 85% dos professores que responderam à pesquisa, textos por 83%, questões ou avaliações por 79%, vídeos, filmes e animações por 74%. Vídeos de aulas prontas e arquivos de apresentação, que reduzem a possibilidade de criação dos professores ao oferecer um conteúdo fechado, são menos utilizados que os conteúdos propiciadores de mais liberdade e autonomia docente. Vídeo-aulas, que trazem um encadeamento linear dos conteúdos de forma pré-definida, são utilizados por 61% dos professores, enquanto apresentações prontas, por 42%.
Quando questionados sobre as principais barreiras de usos dos recursos digitais, 69% dos professores ouvidos pela pesquisa citaram o receio sobre violação de direitos autorais. Para Santana, essa preocupação é real: a maioria dos conteúdos disponíveis na rede encontra-se protegida pela lei de direitos autorais (Lei 9.610/1996), tendo seu uso proibido sem autorização prévia. Enquanto almejamos a necessária reforma na lei, é necessário, então, investir em licenças alternativas, que possibilitam liberdades aos usuários e proteção aos autores, sem insegurança para nenhuma das partes.
Acesse o documento no Cetic.br e veja também a entrevista com Carolina Rossini sobre Recursos Educacionais Abertos e um tira-dúvida sobre direito autoral e educação digital de Carlos Affonso Souza e Sergio Branco.