Apesar das grandes desigualdades de nosso país e dos problemas com a banda larga, o uso de computadores e dispositivos móveis já é uma realidade em um grande número de escolas.
De acordo com a matéria Mochila Digital publicada no Estadão, para o ano letivo de 2014, o Ministério da Educação (MEC) aplicou R$ 67 milhões em ferramentas digitais complementares aos livros impressos. Essa quantia corresponde a 6% do total de R$ 1,1 bilhão gasto por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em material dos ciclos Fundamental e Médio. O edital de compra para 2015 já prevê a aquisição de livros digitais e obras multimídia, com vídeos, animações, mapas interativos e outros recursos associados aos textos escritos.
Nesse novo contexto, além de comprar o papel (do livro didático) o governo também comprará objetos digitais de aprendizagem e em breve o próprio livro digital.
Como bem lembrou Bianca Santana, membro da comunidade REA Br, imaginem se essa imensidão de recursos digitais pagos com dinheiro público estivessem disponíveis pra todos nós, educadores e educadoras com a possibilidade de adaptar esses recursos às realidades locais ou simplesmente aos objetivos específicos de cada um ou cada contexto.
Da minha parte, imaginem ser dada a possibilidade de não consumirmos mais conhecimento enlatado e que haja a liberdade de se colocar como protagonista do processo. Que venha o professor autor! Que venha o professor com um jeito hacker de ser (como sempre nos lembra brilhantemente o Prof. Nelson Pretto).
E concordo com a Bianca, pensem se o MEC investisse em recursos educacionais abertos!
Fonte: Mochila Digital