Criando uma bibliografia sobre EA/REA em português

Organizar referências acadêmicas sobre Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (EA/REA)! Esse é um projeto realizado em parceria com a Athabasca U., que mantém o OER Knowledge Cloud (Nuvem de Conhecimento sobre REA) e conta com mais de 500 artigos catalogados, todos em inglês.

A meta do projeto é fazer com que a Nuvem possa se expandir, primeiro com artigos em português e depois incorporando outros idiomas, objetivando construir um panorama multinacional sobre a pesquisa desenvolvida na área.

O projeto transcorrerá em duas instâncias:

  1. A primeira, moderada, porém completamente aberta e colaborativa — utilizando o Zotero (um gerenciador de referências bibliográficas que pode ser usado online ou desconectado). Além da organização, permite uma fácil integração com editores de texto (livres ou proprietários) para gerenciar referências em textos acadêmicos. O grupo para esse tema está disponível nesse link: https://www.zotero.org/groups/edaberta. Primeiro é necessário abrir uma conta (grátis) no Zotero, e depois escolher se inscrever no grupo.
  2. De tempos em tempos, haverá uma curadoria desse material para que possa ser incluída na OER Knowledge Cloud, verificando os dados e a adequação do escopo.

De acordo com o prof. Tel Amiel (UNICAMP), até o momento levantou-se somente 28 artigos em português e ele pede o apoio de todos para contribuirem com outros artigos acadêmicos de revistas e congressos que possam compor a lista (inclusive os publicados por membros da comunidade REA).

Fonte: Educação Aberta e lista de emails da Comunidade REA Brasil

Entrevista: grupo do Pará prepara TCC sobre Recursos Educacionais Abertos

A primeira entrevista de 2013 acaba de sair!

Maria do Socorro Braga Reis, José Pereira Smith Júnior e Joneson Rosa dos Reis são professores de escolas públicas no Estado do Pará e estão escrevendo o seu Trabalho de Conclusão de Curso na área de recursos educacionais abertos. Esse contato nasceu à partir do compartilhamento e da discussão trazida pelos componentes do grupo no Facebook do REA Brasil.

O primeiro questionamento foi Objetos de Aprendizagem e REA são a mesma coisa? Essa é uma boa pergunta para brincarmos nos comentários desse post, não é mesmo?

Acesse a entrevista completa aqui.

Um post e novas ideias borbulham (mesmo que no início)

O post da Maria do Socorro trouxe outros membros que também pretendem se debruçar na questão dos REA e em breve vão compartilhar conosco as suas experiências!

A Flávia Martins, por exemplo, tem objetivo até omomento apresentar e analisar a metodologia de objetos de aprendizagem como recursos educacionais aberto em ambientes formais e informais de aprendizagem on-line (com 3 cases inicialmente). O estudo está no início ainda, em fase de pesquisa de referências.

Já a Zil Araújo quer fazer o seu TCC sobre a importância e impacto de REA e Oas na Sociedade de Aprendizagem. E por fim, a Kassandra Camago Silva, que é da área de ciência da computação,  estará mais focada no desenvolvimento de tecnologias envolvidas.

Vamos ajudá-los nessa caminhada?

Maria do Socorro Braga Reis, José Pereira Smith e Joneson Rosa dos Reis

Maria do Socorro Braga Reis. Licenciada em Letras pela UFPA – 2002. Professora da rede pública estadual, lecionando Língua Portuguesa e Informática na Educação, no ensino médio na Escola Profª Yolanda Chaves, em Bragança-PA e Língua Portuguesa no ensino fundamental na escola Profª Rosa Athayde em Augusto Corrêa-PA.  Discente do 5º período (penúltimo) do Curso de Licenciatura em Computação UFRA/PARFOR. 2010/2 – Polo Capanema-PA

José Pereira Smith Júnior. Licenciado em Matemática pela Universidade Estadual do Pará- 2005. Professor de ensino fundamental e médio da Secretaria de Estado de Educação nas escolas de Capanema-PA e Primavera-PA Discente do 5º período (penúltimo) do Curso de Licenciatura em Computação UFRA/PARFOR. 2010/2 – Polo Capanema-PA

Joneson Rosa dos Reis. Discente do 5º período (penúltimo) do Curso de Licenciatura em Computação UFRA/PARFOR. 2010/2 – Polo Capanema-PA atua como professor na sala de informática EMEF Padre Leandro Pinheiro em Quatipuru-PA, e também lotado na SEMED.


Entrevista concedida a Débora Sebriam em 03/2013

REA Brasil: Como e quando vocês descobriram os Recursos Educacionais Abertos?

Os REAs fazem parte da nossa rotina pedagógica, usamos o Linux Educacional 4.0 nas Salas de Informática, e que possui uma grande suíte de aplicativos, mas efetivamente começamos a usar a partir dos conteúdos das disciplinas da Licenciatura em Computação.

REA Brasil: Para vocês o que é REA?

Para nós os REAs são qualquer material que potencialize a construção da aprendizagem.

REA Brasil: Como surgiu a motivação para escrever um TCC sobre REA?

Surgiu a partir de pesquisas feitas na Disciplina Projeto Integrador I, onde fizemos uma coletânea de Objetos de Aprendizagem (OA), tipo Hagáquê, RIVED e muitos outros, que foi aplicado em nossa prática, o curso nos deu suporte para aprendermos programação, o Smith Júnior se aperfeiçoou em Java, então começamos a nos questionar sobre a possibilidade de criar OAs para atender a nossa realidade. Assim, foram surgindo os OAs, isso nos deu uma motivação maior para escrever sobre os OAs, e assim apresentar as nossas crias, claro que temos a professora Janaina Costa que acreditou na gente, e é nossa orientadora e faz muita diferença.

REA Brasil: Vocês estão desenvolvendo objetos de aprendizagem disponibilizados no blog http://jogoseducativoss.blogspot.com.br Quais os formatos desses Objetos de Aprendizagem? Vocês irão implementar licenças flexíveis, como as do Creative Commons?

Os nossos OAs são instrucionais, uns possuem áudio, bem simples. Assim que tivermos concluído o projeto, vamos sim disponibilizar os códigos, implementando uma licença no formato uso não comercial. Assim, poderão fazer adaptações. Ainda não chegamos a um consenso de como faremos. Mas a certeza que temos que os códigos serão disponibilizados de forma livre.

REA Brasil: Como vocês acham que o estudo de vocês pode contribuir para que mais professores adotem e criem REAs?

É interessante o uso dos REAs nas metodologias aplicadas em sala de aula, principalmente se pode ser executado em locais sem internet, fica ainda melhor. Por isso, nos preocupamos com a questão dos Objetos e Aprendizagem poderem ser carregados em qualquer mídia, por exemplo, funcionam muito bem no pen drive e nos Cds. Eles podem ser usados para a verificação da aprendizagem da aula dada. Estamos tendo experiências muito positivas quanto ao uso dos REAs em sala de aula. Estamos fazendo uma verdadeira peregrinação para disponibilizar os OAs para os professores, principalmente os das escolas do meio rural, lá tem computador, mas sem conexão com internet. Os professores estão utilizando no pen drive.

REA Brasil: O que diriam para os educadores que desejam começar a trabalhar por e com REA?

Hoje, temos que nos adaptar as mudanças que a tecnologia faz em nossas vidas, os alunos estão sedentos por metodologias diferenciadas, afinal eles são nativos digitais, faz parte da cultura deles, ser íntimos das tecnologias que transbordam a todo instante. A escola não pode ficar a margem disso tudo, os paradigmas mudaram, hoje somos mediadores do conhecimento, antes éramos os portadores, aliás, fazer uso dos recursos disponíveis, e não poucos já é uma exigência do contexto escolar, nós vemos que o cerco está se fechando, aqui no Pará todos os professores de ensino médio vão receber um Tablet. Este evento vai forçar a utilização dos REAs na educação. A Socorro, em 2011 executou um projeto com o 1º ano ensino médio onde os alunos catalogaram muitos REAs que poderia ajudar o professor a melhorar a sua metodologia com as ferramentas disponíveis na escola. O trabalho foi no Facebook e no Blog da Escola, o encarte foi impresso, na tentativa de cercar todas as possibilidades e também mereceu uma postagem no Portal do Professor (MEC). Um dos caminhos para potencializarmos os conteúdos passa pela inserção das tecnologias na escola. Quando isso acontecer efetivamente vamos ter um arsenal fantástico de  troca de saberes, onde a vivencia pedagógica não será mais unilateral.

Relatores são contrários ao veto total de Alckmin ao PL REA Estadual (989/2011)

Após veto total do Governador Geraldo Alckmin, o PL 989/2011 retornou para reexame da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, passando novamente nas Comissões de Constituição Justiça e Redação (CCJR),  de Educação e Cultura (CEC) e de Finanças Orçamento e Planejamento (CFOP).

Os relatores especiais Alencar Santana Braga, pela Comissão de Constituição Justiça e Redação e José Zico Prado, pela Comissão de Educação e Cultura, publicaram recentemente parecer favorável ao projeto de lei e contrário ao veto total do Governador Alckmin.

Conforme parecer 324/2013, do relator especial Alencar Santana Braga pela Comissão de Constituição Justiça e Redação:

“…não foi visualizado qualquer óbice de natureza constitucional ou legal à aprovação do projeto, tendo em vista que a matéria é de natureza legislativa e, quanto ao poder de iniciativa, de competência concorrente, nos termos dos artigos 19 e 24, caput, da Constituição do Estado, combinados com os artigos 145, §1º, e 146, III, ambos do Regimento Interno Consolidado.

O inciso V do artigo 237 da Constituição do Estado garante aos indivíduos o direito de ter pleno acesso ao conhecimento científico e tecnológico e cabe ao Poder Público formular políticas públicas para efetivar tal direito.

Este P.L tem por finalidade cumprir uma prerrogativa constitucional do Estado e está em plena concordância com os preceitos constitucionais.

Em face do exposto, nos aspectos que nos compete examinar, manifestamo-nos favoravelmente ao Projeto de Lei n.º 989, de 2011, e, por consequência, contrariamente ao veto consignado pelo Senhor Governador.”

O parecer 325/2013, do relator especial José Zico Prado, pela Comissão de Educação e Cultura, também é favorável ao projeto e contra o veto:

“… Deputado Simão Pedro avocou o Direito Fundamental à educação (Art. 6º. CF.) e a igualdade ( ART. 5º. CF.) ao apresentar essa proposta de lei.

A disponibilização de recursos educacionais comprados ou desenvolvidos pela Administração Direta e Indireta estadual, em sitio eletrônico das instituições afins, trata-se de otimização de recursos públicos e garantia de inclusão social. Ademais atende a preceito constitucional que garante aos indivíduos o direito de ter pleno acesso ao conhecimento cientifico e tecnológico.

Face ao exposto, manifestamos-nos favoravelmente ao Projeto de Lei n° 989, de 2011, e, consequentemente, contrários ao veto total oposto pelo Excelentíssimo Senhor Governador.”

O PL REA foi incluído na ordem do dia de 19/03, durante a 28ª sessão ordinária. O próximo passo é a votação em plenário em alguma das sessões e não existe nenhum prazo ou previsão para que seja realizada.

Acesse todo o trâmite desse projeto de lei e tenha acesso a todos os pareceres aqui.

Leia também:

Carta Aberta da Comunidade REA Brasil ao Governador do Estado de São Paulo
Você apoia a Educação Aberta em São Paulo?
Alckmin valida a necessidade de REA, mas veta a proposta de lei no Estado de São Paulo
Opinião da comunidade sobre o veto do PL REA
Próximos passos e ações para Política Pública de REA no Estado de São Paulo
 

Recursos Educacionais Abertos promovem inclusão e economia de gastos

Facilitar o acesso das pessoas ao conhecimento, garantir a liberdade e a criatividade de produção de materiais didáticos e incentivar práticas de colaboração e de compartilhamento. Esses são alguns diferenciais dos chamados Recursos Educacionais Abertos (REA) na promoção da inclusão educacional. Essas características têm motivado vários países e universidades de ponta a disponibilizarem sua produção – especialmente aquela desenvolvida com recursos públicos – a todo e qualquer interessado.

Os REA são todo e qualquer tipo de material utilizado em educação – desde que esteja disponível sob licença flexível de direito autoral e num formato aberto (um formato editável, ou seja, textos, layout e diagramação, por exemplo, podem ser ajustados)

Cursos completos, módulos de cursos, livros didáticos ou artigos de pesquisa, dentre outros tipos de materiais, podem ser classificados como REA, se atenderem a essas duas características.  “O acesso a materiais de qualidade é essencial para quem quer aprender sozinho, para quem quer montar um grupo de estudos fora da escola, pra quem estuda em colégios privados e quer acessar material didático de qualidade”, explica Bianca Santana, diretora do Instituto Educadigital.

Em meio a esse cenário, São Paulo correria o risco de andar na contramão, dizem os críticos, em consequência do veto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao projeto de lei que instituiria a política de REA no estado. O projeto vetado integralmente pelo governador em fevereiro havia sido aprovado pela Assembléia Legislativa.

O texto, de autoria do deputado Simão Pedro (PT), estabelece que todo conhecimento produzido ou comprado pela administração pública estatal, direta ou indireta, seja licenciado como REA e disponibilizado na internet. Dessa forma, qualquer pessoa que quisesse teria acesso e poderia usar livremente essa produção. O objetivo é fomentar o acesso e a difusão de conhecimento.

“Perdemos a oportunidade de tornar a publicação aberta uma regra, uma política pública permanente”, analisa a diretora de Educação do Instituto Educadigital.

O veto se apoiou, de um lado, no argumento de que somente o Executivo teria competência para propor medidas relacionadas ao uso de informática e da internet no seu âmbito de atuação. De outro, o texto do veto chamou a atenção para iniciativas voltadas para a democratização do acesso ao conhecimento já existentes, tais como a biblioteca eletrônica SciELO e o Portal do Pesquisador.

“Os benefícios principais dos REA são a ampliação do direito à educação e um maior aproveitamento, gerando economia dos recursos públicos. Hoje, só quem estiver matriculado nas escolas têm acesso ao material didático pago com dinheiro público”, argumenta Santana. Mas se o material for oferecido como REA na internet, qualquer pessoa que domine a língua portuguesa pode ter acesso a ele.

O conceito de REA se sustenta no pressuposto de que material didático pago com dinheiro público deve pertencer ao público. “Uma vez que o governo pagou pela produção de um material educacional – remunerando autoras, editores, revisores e toda a cadeia de produção do material – ele passa a ser público. Não faz sentido pagar mais de uma vez pelo mesmo conteúdo como acontece hoje em dia”.

No Brasil, já existem várias iniciativas nesse campo, voltadas tanto para professores quanto para alunos. A cidade de São Paulo foi pioneira na regulamentação de REA, por meio de um decreto municipal que oficializa que toda a produção de material didático financiada e produzida no município deve estar disponível na internet sob licença livre e em formato aberto. Outros exemplos são o Portal do Professor, do Ministério da Educação (MEC), que contém aulas, cursos e diversos tipos de materiais didáticos destinados à educação básica.

Nos Estados Unidos, há investimentos do governo federal na produção de REA e estados como o da Califórnia passaram a comprar somente materiais digitais para os estudantes. O site da comunidade REA-Brasil disponibiliza uma lista de iniciativas no Brasil e no mundo.

*Texto publicado em Com Ciência – Revista Eletrônica de Jornalismo Científico

Chamada de trabalhos abertas: vamos falar sobre REA?

Dois grandes eventos que serão realizados em São Paulo, abrem oportunidade para todos os interessados e estudiosos dos Recursos Educacionais Abertos, levarem a temática ao conhecimento de mais pessoas! Vamos participar?

O II Congresso de Recursos Digitais na Educação está com chamada aberta para submissão de artigos, minicursos e comunicação oral. O evento ocorrerá na Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre os dias 23 e 25/05. O congresso é dedicado à reflexão e troca de conhecimentos sobre o uso de Tecnologias no Ensino Fundamental, Médio e Superior, bem como em outras situações de Ensino e Aprendizagem, tais como Treinamento Corporativo, Educação de Jovens e Adultos, etc. Entre os diversos eixos temáticos estão os REAs e software livre no ensino. Fique atento as datas! A submissão de artigos e minicursos vai até 05/04/2013.

A 4ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (CONFOA 2013) também está com chamada aberta para posters e comunicações. O evento será realizado no Brasil, na Universidade de São Paulo, no período de 6 a 9 de outubro de 2013 e pretende reunir interessados em atividades de pesquisa, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto à produção científica produzida em instituições luso-brasileiras de pesquisa e ensino superior. O objetivo é promover o compartilhamento, a discussão, a geração e a divulgação de conhecimentos, práticas e pesquisas sobre o acesso aberto em todas as suas dimensões e perspectivas, servindo de catalisador à disseminação de políticas, pesquisa e desenvolvimento na área. As submissões podem ser feitas até 10/05/2013.

Para mais informações:

II Congresso de Recursos Digitais na Educação

 4ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto

Agenda da Semana: Open Education Week e Dia do Bibliotecário 2013

Essa semana está repleta de eventos que tem Recursos Educacionais Abertos como pauta! Vamos participar?

A Open Education Week, semana voltada para a disseminação dos REAs no mundo, ocorre de 11 a 15/03. Em 2012, o Projeto REA Brasil participou do evento, com intervenções de Carolina Rossini e Débora Sebriam, falando respectivamente sobre políticas públicas no Brasil e REAs na educação (relembre aqui). Em 2013, o diretor executivo do FGV Online, Stavros Xanthopoylos, fará o webinar  “Os REAs no Brasil como Instrumentos de Acesso a Qualificação, o Papel do Poder Público na geração de REAs e Estudos de Casos: FGV e Estado de São Paulo”, no próximo dia 14. O webinar será transmitido via internet, a partir das 18 horas (horário de Brasília), pelo link http://migre.me/dAmiC.

No dia 15/03, a convite do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, o Projeto REA Brasil participará do evento em Comemoração ao Dia do Bibliotecário 2013. O seminário terá intervenções da Profa. Dra. Sueli Mara Ferreira – Universidade de São Paulo,  Profa. Dra. Gema Bueno de la Fuente – Universidad Carlos III de Madrid e Profa. Mestre Débora Sebriam – Projeto REA Brasil.  O evento ocorrerá no auditório da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, das 14h às 17h. As pré-inscrições podem ser realizadas aqui. A IPTV/USP fará a transmissão ao vivo do evento, acesse o link aqui.

Para estar sempre informado sobre os eventos que ocorrem no Brasil e no mundo, consulte o nosso calendário.

Políticas de Recursos Educacionais Abertos no Mundo

Em tempos de veto ao Projeto de Lei que previa REA no Estado de São Paulo, é interessante analisarmos o inquérito realizado pela UNESCO e Commonwealth of Learning (COL) e financiado parcialmente pelo William e Flora Hewlett Foundation, preparado durante o Congresso Mundial de REA (ver aqui e aqui) em junho/2012, para verificar o andamento de iniciativas e políticas públicas de REA pelo mundo.

Os questionários foram enviados aos Ministérios de Educação dos países da OCDE e da Commonwealth e também aos 195 estados membros da UNESCO.

Na América Latina e Caribe, participaram os seguintes países: Argentina, Bahamas, Belize, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, El Salvador, C. A., Grenada, Guatemala, Jamaica, Mexico, Paraguai, Peru, Saint Vincent and the Grenadines, St. Kitts and Nevis, Trinidad e Tobago, Uruguai.

 Na análise do relatório, o Brasil apresenta uma série de iniciativas:

  • Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE): armazena os objetos de acesso aberto produzidos pelo Ministério e por parceiros em todo o mundo. A maioria deles são liberados sob licenças Creative Commons.
  • Portal do Professor: permite aos professores criar e sugerir conteúdos que podem ser livremente acessados ​​e distribuídos. Existem incentivos para que o conteúdo seja reproduzido por outros professores e republicado no portal como um novo conteúdo.
  • TV Escola: cria e licencia material multimídia aberto dirigido a professores e alunos, embora não seja possível editar esses materiais.
  • Condigital: centra-se na produção de conteúdos digitais para as escolas de educação básica. O conteúdo está licenciado sob a Creative Commons como exigido pelo edital, que permite a tradução, edição e distribuição. O Ministério tem uma política de distribuição que beneficia os sistemas público e privado, como o conteúdo é armazenado em plataformas abertas.

Carolina Rossini, analisou alguns dos projetos listado em seu “Green-­Paper: The State and Challenges of OER in Brazil: From Readers to Writers?” publicado em 2010 e já chamava atenção para certa confusão sobre o entendimento do conceito e potencialidades dos Recursos Educacionais Abertos. O relatório da Unesco evidenciou o mesmo fenômeno, muitos projetos são orientados para permitir o acesso online a conteúdos educativos digitais, mas os próprios materiais  não estão explicitamente declarados como REA.

A pesquisa demonstra não parecer haver grande interesse em REA em todas as regiões do mundo, entretanto, a própria pesquisa despertou o interesse e a consciência dos REA em países que não conheciam o conceito.

Dadas as conclusões deste relatório, foram feitas as seguintes recomendações para serem consideradas em relação ao trabalho nessa área:

  • A Unesco e COL, reconhecem que é necessário um estudo mais aprofundado com os países. Principalmente, porque alguns países enviaram resposta após o prazo de fechamento desse relatório.
  • Vários países têm expressado explicitamente seu desejo de tornar-se mais envolvidos no movimento REA e desenvolver políticas públicas. Consequentemente, é útil estimular esse interesse enfatizando as experiências existentes em países que permitem aos usuários usar e acessar livremente materiais.
  • Pode ser útil realizar estudos sobre o panorama de REA em várias regiões, especialmente observando a sua eficácia, custo-efetividade e impacto para motivar e incentivar os países a adotar políticas e práticas. Também pode ser útil a criação de um repositório de pesquisa REA para permitir aos decisores políticos consultar os resultados.

Acesse: Survey on Governments’ Open Educational Resources (OER) Policies

Transformação 3.0: avaliando os 4 “erres” do REA

*Atualizado em 11/03/2013

O Transformação 3.0 é um curso destinado aos professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, que busca incentivar o uso das novas tecnologias em sala de aula. Esse curso e outros, estão disponíveis na plataforma Educopédia e está licenciado em CC-BY-NC-SA. A aula 23 do curso é toda dedicada a apresentar os recursos educacionais abertos aos professores.

Para ter acesso ao curso visite a Educopédia e bom aprendizado e remix a todos!

Próximos passos e ações para Política Pública de REA no Estado de São Paulo

No dia 22/02, membros da comunidade REA Brasil se reuniram presencialmente, para refletir sobre as próximas ações  e encaminhamentos para fomentar uma política pública de REA no estado de São Paulo, após o veto do PL 989/2011. Um convite aberto foi publicado na lista de emails da comunidade REA Brasil e compartilhamos para quem não pode comparecer um Pad com todas as ideias e sugestões que surgiram por lá. O convite para juntar-se à discussão continua aberto!

Ações definidas após discussão para serem planejadas imediatamente

  1. Inicialmente mapear os Projetos de Lei aprovados em dezembro e ver o que foi vetado e o que foi aprovado,
  2. Analisar justificativas de veto ou de aprovação e ver se a base aliada do governo foi privilegiada,
  3. Propor seminário de políticas para REA com: os projetos citados por Alckmin no veto do PL REA para se apresentarem e convidar o Secretário de Educação, SEE/SP, Legislativo, etc
  4. Movimento dos vetados: propor reunião com os representantes dos PLs vetados na Alesp. Produzir adesivos “vetados” para colar na porta dos gabinetes dos deputados,
  5. Entrevistinha com deputados: vc derrubaria o veto do PL REA? Filmar o posicionamento deles. Depois editar: se  falamos separadamente com cada um e eles derrubariam o veto, pq não se juntam na assembleia para derrubarem juntos?
  6. Contato com as pessoas da Avaaz para enviar email para quem assinou a petição de Educação Aberta e avisar do veto dos PLs e da próxima ação que será o seminário aberto
  7. Nota pública entre os projetos vetados: REA, transparência nas escolas, publicidade infantil, que mais? Assinada por REA + Apeosp + transparência. *Apoio para carta através do Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Todos pela Educação, Undime, etc

Ideias que surgiram

  • Veto generator: escreva seu projeto e ele já vem com o veto, porque propor PL é privativo do governador
  • Joguinho do veto – sancione ou vete PLs e descubra se o Alckmin te representa

Das ideias vieram as primeiras ações, e assim nasceu a versão beta do joguinho “Você pensa como Alckmin?”, elaborado por Daniela Silva e Pedro Markun. Se você tivesse os poderes do governador Geraldo Alckmin, você vetaria ou sancionaria os projetos de lei aprovados na Assembleia Legislativa? Descubra se o governador do Estado de São Paulo representa a sua opinião ou não. Jogue aqui.

Acesse o Pad, fique por dentro de como foi a reunião e fique à vontade para sugerir e ajudar nas ações.