ReaCamp

O melhor registro do ReaCamp, sem dúvidas, foi feito pela Mila Tonarelli, em tempo real, no PiratePad. A Mila, aliás, propôs uma dinâmica interessante pro encontro: cada um dizer, em poucas palavras, as ideias REA que gostaria de ver acontecendo. Isso permitiu que todas as pessoas tivessem seu momento de fala garantido, sem impedir a troca – com acordos, dúvidas e saudáveis embates.

ReaCamp no Fórum da Cultura Digital 2010

Estavam presentes professores – com uma visão bem pragmática do que são REA no chão da escola; editores – com preocupações comerciais e logísticas; pesquisadores – com um viés mais investigativo e comparativo dos temas; gestores de diferentes projetos e pessoas que se encaixavam em mais de um perfil. Os temas abarcaram desde a necessidade de produçao massiva de conteúdo em língua portuguesa (e como tornar isso viável) , passando por um tira-dúvidas bem prático sobre como licenciar materiais de educandos, até como a cultura digital pode estar em toda a produçao de conhecimentos na escola, e não só nos recursos e conteúdos.

As quase quatro horas de encontro foram bastante intensas e levantaram questões interessantes para continuarmos a debates. Elenco algumas delas abaixo e peço aos que estavam lá que me ajudem a completar:

– Como pensar REA além de uma concepção conteudista da educação?

– Como expandir REA para fora da escola? Para experiências educativas que não sejam formatadoras e – segundo alguns – falidas, como a escola?

– Como criar massa crítica para saber que materiais traduzir, publicar?

– Como trabalhar a expressividade de alunos na produçao de conteúdos em diferentes linguagens?

– Como fomentar que as universidades produzam material didático livre?

– Como estimular que educadores e educandos sejam autores, reconhecidos como tal?

– Como fomentar a cultura de colaboração e compartilhamento nas escolas?

– Como as universidades e as escolas podem se engajar na produção de conteúdo em língua portuguesa?

– Seria mais efetivo estimular que indivíduos ou grupos produzam REA? Ambos? Como?

– Como engajar professores e estudantes em produzir conteúdo relevante em vez de se dedicarem a atividades “educativas” sem sentido?