MEC lança curso online sobre Linux para professores

O Ministério da Educação lançou um curso online para professores que trabalham com Linux. O conteúdo foi desenvolvido por conta da alta demanda, principalmente dos profissionais da rede pública, já que o governo usa o sistema e muitos deles ainda não estão familiarizados. O Linux Educacional está dividido em cinco módulos que compreendem desde uma introdução ao uso de computadores até a utilização de aplicativos livres e de ferramentas de autoria.

O material foi produzido pela extinta SEED (Secretaria de Educação a Distância) e coordenado pelo então Diretor de Produção de Conteúdos e Formação em Educação a Distância, Demerval Bruzzi. “A demanda surgiu de estados e municípios que compõem o ProInfo Integrado, programa no qual já temos mais de 450 mil professores formados. O material também pode servir de apoio às formações presenciais nas escolas públicas”, conta o ex-diretor. O cargo de Bruzzi também foi extinto e ainda não há informações sobre o que ocorrerá com os projetos encampados por essa diretoria.


Objetos educacionais para o ensino de Matemática

Material educacional em áudio, vídeo e animações com licenças livres estão disponíveis no Portal Dia-a-dia Educação, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED). Os objetos educacionais são produtos de uma ampla parceria, entre essa secretaria, a de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) do mesmo estado, o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (LACTEC) e as universidades Federal do Paraná (UFPR) e Estadual de Londrina (UEL). O trabalho é resultado de um edital lançado pelo MEC e está inserido no âmbito do Projeto Condigital.
Simuladores e experimentos matemáticos também estão disponíveis e, apesar de a maior parte do conteúdo ser livre, há materiais em copyright. É possível fazer downloads aquiaqui.
O Portal Dia-a-dia Educação é um espaço aberto para outras iniciativas de produção de materiais que possam ser acessados e utilizados por qualquer usuário.

Como ficam os repositórios do MEC com a extinção da SEED?

A Secretaria de Educação a Distância (SEED) foi extinta pelo MEC neste novo governo. A medida faz parte de um processo de reestruturação ainda em andamento, segundo a assessoria do próprio Ministério. Não se sabe, ainda, o que ocorrerá com os projetos desenvolvidos por essa secretaria, apesar de a matéria publicada na Folha Dirigida anunciando o corte conter a informação de que nada será interrompido, mas sim remanejado.

Vários projetos dessa pasta – como o Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br)- estavam a caminho de uma configuração REA. Por isso, tentamos contato com o MEC para descobrir se esse caminho será prejudicado, que planos existem para a educação a distância no país, como está sendo feita a avaliação para a escolha de licenças abertas dos projetos sob tal pasta e a serem contratados no futuro pelo governo etc. Por conta da reestruturação em andamento, segundo representantes do MEC que estavam vinculados à SEED, não há ainda respostas claras para essas questões.

Especificamente, na data de publicação deste post,  existiam 7932  objetos educacionais publicados no Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/recursos.html). O guia do usuário destes objetos afirma que “Todos os recursos publicados no Portal do Professor podem ser baixados – em seu computador, pendrive, CD, DVD ou outros – copiados e distribuídos, sendo vedada qualquer utilização com finalidade lucrativa”. Contudo, cada material possui sua própria licença, e nem todas estão em Creative Commons.

Desde 2008, o projeto REA vem conversando com o MEC (houve, inclusive, uma reunião com o Ministro Haddad: http://rea.net.br/2010/08/19/audiencia-sobre-rea-no-ministerio-da-educacao/) para tentar ajudar no processo de licenciamento aberto e na estruturação de uma política de propriedade intelectual aberta para projetos e compras realizadas por eles. Esperamos seguir colaborando com o Ministério na nova configuração.

Nós do projeto REA estamos à disposição do MEC para auxiliar neste caminho rumo à educação aberta, inclusiva, e que se desenvolva claramente sob a bandeira de que recursos educacionais pagos com investimento público devem ser licenciados abertamente para a sociedade – que, no final, é quem paga os impostos que sustentam tal ciclo de criação