News from Brazil: the power of the apples and open educational resources

During March 28th and April 1st, Brasilia is playing host to the Brazilian National Conference on Education – CONAE 2010, which will define directives for the next 10 years of educational policy in Brazil and includes the participation of more than 2000 delegates and representatives from all around Brazil. And the project Open Education Resources: Challenges and Perspectives (OER-Br), funded by the Open Society Institute, is there following the debates and inserting the concept of OER in the workshop conversations.

Carolina Rossini, coordinator of the OER-Br project, and the House of Digital Culture representatives – the educator and journalist Bianca Santana and the journalist Luciana Scuarcialupi – are hosting an ongoing conversation from an official CONAE exhibit stand granted them by the CONAE coordination. Their work is also institutionally supported by two Members of the Brazilian House of Representatives, UNESCO, and a network of Brazilian Universities and civil society organizations.

The activities at the OER Stand start with the distribution of apples under the famous phrase of Robert Shaw “If you have an apple and I have an apple and we exchange these apples then you and I will still each have one apple. But if you have an idea and I have an idea and we exchange these ideas, then each of us will have two ideas.”, which has been successful in attracting the attention of delegates to start the debate around OER, open education, open licensing and open standards for education. Giving out physical, rivalrous economic goods is a good way to illustrate the difference with digital, non-rivalrous goods like OER, and has been a great conversation starter with people who might otherwise have walked on by.

A series of materials in Portuguese explaining OER – such as a translation of the Cape Town Declaration on Open Education and the Green- Paper: The State and Challenges of OER in Brazil: From Readers to Writers?, and a folder explaining OER – which calls for the adoption of public policy on OER and Open Education mainly when there is tax payer money involved – is being distributed. One of the goals is to insert this debate in the center of the directives´ discussion.

The OER folder, besides explaining concepts, builds a dialogue with different types of actors, such as professors, teachers, students, policy makers, building upon the spirit of the of the Cape Town Declaration and ask for action and support. Some material pushing for the reform of the Brazilian Copyright Law, aiming broader exceptions and limitation for education is also being explained and distributed.
Daily reports will be published in Portuguese and some in English in the OER Brazilian Community Blog, where you also can see other creative art that is being used to raise awareness on OER and the reform of copyright law in Brazil and, soon, pictures.

Preparação do estande

A comunidade REA já sabe o motivo de tanto atraso pra publicar fotos e relatos. Infelizmente no domingo, dia 28, levaram nossas bolsas enquanto montávamos o estande: computadores, máquinas fotográficas, dinheiro, cartões documentos. Além da baqueada geral, ficamos sem o equipamento necessário à atualização constante. De qualquer maneira, a Conferência foi ótima em diversos aspectos! Tentaremos contar o que vivemos e sentimos nos próximos posts, publicados até a semana que vem.



Talvez alguém sinta falta de vídeos, mais fotografias ou depoimentos gravados em áudio. O melhor que conseguimos foram algumas fotos com o celular que a Carol conseguiu salvar e uma máquina emprestada do Alvaro (Secretário Galvani, que tão bem nos recebeu, obrigada de novo 😉 )

O Poder das Maçãs

Sob as frases de George Bernard Shaw, começamos as atividades na CONAE 2010, distribuindo maçãs e convidando para o debate sobre a importância dos recursos educacionais abertos. Das 9h às 11h da manhã, distribuímos as 100 maçãs que havíamos levado para a semana. O bacana é que pudemos quantificar quantas ideias trocamos nesse curto espaço de tempo… imaginem que muita gente já tinha tomado café da manhã, o que mostra a intensidade do dia 😉

 Entretanto, essa medida de sucesso é pequena, se pernsarmos que no restante do dia quase 500 unidades dos cartões apresentando nossa proposta para a emenda 90, do eixo 2,  foram distribuidos para delegados de todo o Brasil:

Nossa aspiração é inserir os REA no texto final oficial que definirá as diretrizes para os próximos 10 anos de política educacional no Brasil. Mas como funciona esse processo?

Após um ano de conferências regionais, municipais e estaduais, dois mil delegados, representantes de entidades da sociedade civil, governos, escolas e universidades, definiram o texto básico a ser consolidado e aprovado na CONAE.

Durante este trabalho, apresentamos o conceito dos REA e da necessidade de padrões tecnológicos e licenças autorais livres. Também discutimos – com a distribuição da Carta Aberta da sociedade civil e do caderno da Ação Educativa  – o impacto do direito autoral na educação e a proposta de reforma da Lei de Direito Autoral para o acesso ao conhecimento, via ampliação das exceções e limitações aos direitos autorais.

Muitos dos testemunhos que ouvimos durante nossas “trocas de ideias” foram emocionantes por darem cara às discussões teóricas que travamos em nossa Comunidade REA, como a questão do professor-autor, da adaptação para realidades regionais e as necessidades da educação especial, visto que nossa lei somente prevê a exceção para Braile.

Depoimentos interessantes foram, dentre muitos, a questão dos livros didáticos tratando sobre a imigração japonesa, que são utilizados na região de mangue da Bahia, por comunidades ribeirinhas que nunca viram um japonês, enquanto tais livros não apresentam, em momento algum, elementos da cultura daquela comunidade. Ou de um delegado do Maranhão, professor de ensino fundamental, que, ao discutir licenças livres, se deu conta de que ele mesmo era autor de muito dos materiais utilizados em suas aulas e, por isso mesmo, tinha o poder de participar desse movimento colaborativo.

Outra indignação constante foi quando apresentávamos todo o ciclo de investimento público direto e indireto – por meio de isenção tributaria a cadeia produtiva de livros, compras públicas, orçamentos universitários, etc – em recursos educacionais que são fechados, como demonstrou o trabalho do GPOPAI/USP e o livro verde sobre REA.

O termo “pirataria” também provocou muitas reflexões, inclusive a constatação de que “todos somos piratas”, visto que nossa Lei de Direito Autoral esta entre as mais restritivas do mundo e não incorporar práticas rotineiras da sala de aula. Mas piratas são os que compartilham o conhecimento ou os que querem restringí-lo, por “estarem em busca de ouro”? Nesse sentido, também escutamos muitas vezes que “cópia é cópia, e roubo é roubo”, uma frase interessante que ilustra esse fato é que “o roubo diminui, alguém fica com menos, a cópia aumenta, permite que todos fiquem com mais”.

Estamos felizes que ao final deste primeiro dia todas nós estamos mais magras, não só por termos falado muito e comido pouco, mas por termos distribuído boa parte dos 60 quilos de materiais que trouxemos para a CONAE.  😉

Obrigada a todos os nossos parceiros oficiais, sem esquecer o Daniel Cara e os deputados Carlos Abicalil e Paulo Teixeira, que conseguiram o espaço pra gente.

Um curso aberto de Física

Dando uma olhada na página do Open Learning Initiative verifica-se que entre as várias áreas, existe a de Física.

Na área de Física há um curso aberto de física geral:

“The Andes Physics course currently provides over 500 problems that are suitable for both calculus and non-calculus introductory physics courses at the college or advanced high school level.

Numa tradução livre:

O curso de Física Andes atualmente fornece cerca de 500 problemas que são adequados tanto para cursos introdutórios (com ou sem cálculo) de física para nível universitário ou secundário (ensino médio).

O curso usa uma plataforma de tutoria de física chamada Andes desenvolvida pela Universidade de Pisttburgh.

Infelizmente a plataforma Andes só roda em ambiente windows e o curso, obviamente, está em inglês.

Professores podem se cadastrar na ferramenta para criar seus problemas e cursos na plataforma.

Estudantes e entusiastas de física podem criar uma conta e começar o curso a qualquer momento.

Talvez não seja o curso aberto mais amigável ao público brasileiro, mas fica a dica de uma iniciativa de recurso educacional aberto a inspirar professores e instituições de ensino brasileiras.

Aula sobre recursos educacionais abertos na próxima terça, em São Paulo

Na próxima terça, Alexandre Abdo vai dar uma aula sobre recursos educacionais abertos no Centro Cultural São Paulo, às 19h. Segue a descrição dele enviada para a lista sobre recursos educacionais abertos:


Oi pessoal,

Aqui é o ale abdo!
Quem?
Bem, alguns da lista me conhecem apesar de eu não fazer parte dela.

Vim convidá-los para participar duma aula sobre REA que darei como parte
do curso que estou organizando no CCSP (Centro Cultural São Paulo)

A idéia é ter gente da lista para conversar com os alunos sobre o
assunto, a comunidade REA no Brasil, etc.

A aula será esta terça e vai das 19h00 às 22h00 na Sala Zero do CCSP.
Não precisaria chegar na hora nem ficar até o fim.

A frequência do curso tem sido de ao menos 30 pessoas, bastante
interessadas no tema.

Se quiserem conhecer, aqui está o link na wikiversidade

http://pt.wikiversity.org/wiki/O_Futuro_da_Informação

O curso todo, naturalmente, é construído somente com REA: textos que
venho produzindo no seu decorrer, o áudio de todas as aulas, comentários
e futuros trabalhos dos alunos – tudo sob uma licença livre.

Um grande abraço! E contactem-me por e-mail ou tel: 11-8150-8747

ale
~~


[Atualização]

  • Qualquer um pode comparecer à aula, não precisa estar envolvido nem fazer parte da lista sobre rea;
  • O endereço específico para a aula de terça é só clicar aqui.
  • e-mail do autor do curso (Ale Abdo): abdo “arrôba” member “ponto” fsf “ponto” org

[/Atualização]
Vejam no link acima o material sendo produzido pelo professor Alexandre, todo ele com uma licença CC-by-SA usando a plataforma da Wikiversidade.

Notas para os Delegados da CONAE

As notas abaixo foram escritas pelo Professor Nelson Pretto e enviadas por e-mail para os delegados da Conae.  Publicamos aqui, na íntegra, por tratar de temas comuns à nossa comunidade REA.

Olá amig@s,
enviei para os delegados que estarão no CONAE este email (meio em tom de notas) e queria compartilhar com vcs..
abracos

Nelson Pretto
FACED/UFBA

Estimados(as) colegas.

inicialmente peço desculpas pelo email a la spam! Alguns dos destinatários são da minha lista, amigos e colegas, outros apenas conhecidos, não tão próximos. Destes últimos peguei o email no site do CONAE.

Havia recebido da Anped um convite/sondagem para estar no CONAE. Como não recebi mais nenhuma posição, imagino que lá não estarei. No entanto, gostaria de trazer alguns pontos, com o respeito de tod@s, que considero importantes. Não falo nem represento ninguém, mas também considero que tento fazer uma pescagem de todas as listas e redes que participo – incluindo, claro a nossa FACED/UFBA e o Conselho de Cultura do Estado da Bahia, no qual sou membro titular.

Farei em termos de tópicos e, em pelo menos dois casos, farei referencia ao documento básico, vol 1, por já existir uma redação circulando numa das listas que me referi.

1. Um dos aspectos que considero básico e que tem sido um grande problema, no meu entendimento, para as políticas públicas em educação no país é a dificuldade que o MEC tem em “falar” com os demais Ministérios e, consequentemente, com as políticas públicas de Cultura, Comunicações e C&T mais particularmente. Aqui destaco, de maneira geral algumas ações que me parecem fundamentais:

1.1 – Articulação intensa e necessária com os Pontos de Cultura (MinC) política pública de fundamental importância no fortalecimento da cultura “vindo de baixo” em todo o pais, com especial destaque para a questão da cultura digital. A frase lema desse aspecto poderia ser: “As escolas não falam com os Pontos de Cultura!”.

1.2 – a discussão sobre a reforma da Lei de Direito Autoral, que o MinC está propondo e que tem que ser objeto de uma análise e uma atuação mais contundente dos educadores. Não vi referencia a isso…

1.3 – A política de Arquivos Abertos (MCT/IBICT) que gerou o SEER (Sistema de Editoração Eletrônica de Revistas Acadêmicas, com 1349 revistas já adotando essa política precisa ser intensificada, transformando-se em política pública.

1.4 A reforma na lei Rouanet (MinC) que trata da questão do direito autoral e que favorece a produção e circulação de bens culturais para a educação

1.5 – Maior ação e apoio INTEGRAL ao Plano Nacional de Banda Larga e a atuação da RNP e do MCT na sustentação da internet no Brasil. Precisamos de todo o sistema educacional público integrado em rede de alta velocidade já!

1.6 – Maior articulação como MCT no campo dos museus de ciências, divulgação científica entre outros.

1.7 – Intensificação e maior articulação com Min. Plan no campo do software livre e aberto, parta todo os sistema educacional e para os chamados programas de inclusão digital (infocentros e telecentros). Penso ser esse um aspecto básico e funbdamental que precisa estar presente em todo o sistema educacional público.

No particular do software livre e dos Recursos Educacionais abertos, já existem circulando (algumas só minhas!) propostas de redação para os itens 54, 90 e 91

54 j) Laboratórios de ensino, informática, com software livre, brinquedoteca , em condições adequadas de uso.

90- O segundo diz respeito à dimensão dos direitos dos/as cidadãos/ãs e das obrigações do Estado, cabendo a este último ampliar a obrigatoriedade da educação básica superior; definir e garantir parâmetros (II, 10) de qualidade, incluindo a igualdade de condições para o acesso e permanência na instituição educativa; definir e efetivar diretrizes nacionais para os níveis, ciclos e modalidades de educação ou ensino; implementar sistemas de avaliação para subsidiar o processo de gestão educativa e para garantir a melhoria da aprendizagem; implementar programas suplementares; de acordo com as espeficidades de cada Estado, Distrito Federaç e Município, dos níveis e modalidades de educação como livro didático, privilegiando recursos educacionais abertos, alimentação (II, 11) escolar, saúde do/da estudante, transporte escolar, recursos tecnológicos livres, segurança nas escolas.

91. … no lugar de simplesmente laboratórios de informática deveríamos nos referir à tecnologias digitais de informação e comunicação, com software livre, e privilegiando os recursos educacionais abertos….

Observem que em todo os dois volumes, o tema Software Livre e Recursos Educacionais abertos é mencionado apenas como as aprovadas em menos de cinco estados, se corretamente fiz a leitura dos mesmos.

Aqui, um detalhe importante diz respeito ao licenciamento dos produtos que estão sendo elaborados e produzidos para a Universidade Aberta do Brasil (UAB) pelas nossas universidades públicas, com recursos públicos e, que, na minha modesta opinião, precisam ser abertos e livres igualmente.

Sobre a educação a distância, creio ser desnecessário dizer do absurdo de uma política que contrata tutores para serem professores com salário/bolsas aviltantes. Além da necessária insititucionalização da EAD das universidades e não do tratamento da mesma como “complemento” de atuação e salários para os docentes.

Colegas, perdoem-me mais uma vez tão longo email. Perdoem também serem apenas pontos soltos sem um grande aprofundamento. Mas a idéia é justo a de poder provocar e contribuir. Espero que compreendam a minha intenção.

Estou à disposição para complementações e esclarecimentos. Estou escrevendo algumas dessas coisas com mais links no meu blog, que pode ser acessado a partir de minha página na internet (que está de cara nova desde ontem! em www.pretto.info.

abracos fraternos

Sobre a Conae

De 28 de março a 1º de abril de 2010, acontece, em Brasília, a Conferência Nacional de Educação (Conae). Nela, serão aprovadas as diretrize para a educação brasileira nos próximos anos, finalizando um processo de diálogo e negociação entre a sociedade e o governo. Desde 2009, foram realizadas conferências municipais e estaduais que resultaram em dois documentos, a serem votados na próxima semana.

A comunidade brasileira de Recursos Educacionais Abertos, ativa desde 2009, precisou de tempo para amadurecer as questões que hoje tentamos apresentar com clareza. Ficamos fora das etapas municipal e estadual da Conferência, mas sabemos da enorme importância de levar a discussão do acesso ao conhecimento, da colaboração, das ferramentas e dos formatos livres à Conae. Com a ajuda do deputado Carlos Abicalil, do Daniel Cara, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do deputado Paulo Teixeira, conseguimos garantir um estande para levantar nossas bandeiras.

Durante a conferência, Bianca Santana, Carolina Rossini e Luciana Scuarcialupi, da comunidade REA, estarão disponíveis no estande para conversar sobre nossas propostas. Avaliaremos durante o encontro se vale convidar para uma mesa-paralela sobre os recursos educacionais abertos. E distribuiremos materiais produzidos pela Ação Educativa, pelo Instituto de Defesa so Consumidor e Fundação Getúlio Vargas, pela Rede da Reforma da Lei do Direito Autoral, o estudo da Carolina sobre o estado e os desafios dos REA no Brasil, cujo sumário executivo em Português pode ser encontrado aqui. Nos próximos dias publicaremos o folder que estamos elaborando para clarear o tema.