REA Brasil no Anuário ARede de Inclusão Digital 2012/2013

A bandeira da liberdade na produção e no acesso a conteúdos educacionais se ergue em debates, projetos e parcerias.


A equipe gestora do Projeto REA Brasil, esteve presente no evento de entrega do Prêmio ARede 2012, onde a Bit Social lançou o 4º Anuário ARede de Inclusão Digital. A publicação retrata iniciativas de todo o país, realizadas pelo terceiro setor, setor privado e sociedade civil organizada.

Projeto REA Brasil

O REA Brasil é uma das iniciativas retratadas no Anuário ARede de Inclusão Digital 2012/2013.  O texto aborda as recentes conquistas do movimento REA no Brasil, como o Decreto do município de São Paulo, em que, a Secretaria Municipal de Educação instituiu licenciamento de toda a produção de material didático em Creative Commons, a chegada da proposta também para o Estado de São Paulo em 2011 e o PL Federal. Os eventos regionais que buscam empoderar professores, gestores públicos, advogados, analistas de sistema, etc, para levar REA para outros estados do Brasil também foi citado.

Veja abaixo a íntegra do Anuário e confira o texto sobre o REA Brasil nas páginas 58 e 59.

Premiados e homenagem

Prêmio ARede 2012 reconheceu este ano 14 iniciativas para inclusão sociodigital de jovens de baixa renda, idosos, grupos étnicos e pessoas com deficiência, distribuídos nas modalidades Terceiro Setor, Setor Público e Setor Privado.

O projeto Enter Jovem Plus recebeu o prêmio na modalidade Especial Educação. Do terceiro setor, foram premiados os projetos Um Olha para a Cidadania, Mawo – Casa de Cultura Ikpeng, Revista Espírito Livre, Conexão Amazônia – Barco Hospital Abaré e Rede de Jovens Comunicadores do Semiárido Mineiro.

Do setor público, os vencedores foram Uso do QR Code em Etiquetas Acessíveis para Deficientes Visuais, Universidade do Trabalho, Rede São Paulo Saudável e Projeto Particular.  Os premiados  do setor privado foram Voz Móvel: Mobilidade, Informação e Comunicação ao Alcance de Todos, Projeto Eu-Cidadão: Inclusão Digital e Cidadania e Rio sem Dengue.

Beatriz Tibiriçá, a Beá,  recebeu o título de Personalidade do Ano. Ativista da inclusão sociodigital, ela trabalhou no Governo Eletrônico de São Paulo, criado na época em que a ministra da Cultura era prefeita. Beá lembrou que ainda há muito a ser feito, como desenvolver os telecentros para serem mais do que pontos de acesso à internet, mas nós de redes microrregionais, regionais e, por fim, universais.

Para ter acesso a todos os projetos vencedores clique aqui.

Fonte: ARede

Lançamento SciELO Books – os livros bons são eternos

No lindo auditório do Instituto de Artes da UNESP, em 30 de marco, foi lançado o projeto SciELO Books. Abel Paker, coordenador gestor do SciELO Books, abriu os trabalhos explicando o projeto e resumindo seus quatro grande objetivos, incluindo acessibilidade, usabilidade e impacto.

Foi dada ênfase a questão da necessidade de acesso aberto ao conhecimento científico formalizado em artigos científicos e livros. Nesse sentido, o projeto adota uma licenca aberta do Creative Commons, especificamente a CC-BY-NC-SA.  Tivemos a oportunidade de entrevistar Abel Paker sobre a missão e planos do SciELO para o projeto, veja abaixo.

Carolina Rossini: O que representa o Scielo Books no contexto do acesso ao conhecimento científico?

Abel Paker: o livro é um meio clássico de comunicação de pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento. Na base de dados de periódicos do SciELO Brasil os livros recebem em torno a 22% das citações de todos os artigos. Mas, nas ciências humanas essa porcentagem é maior que 50%. O SciELO Livros complementará o SciELO Periódicos e deve constituir-se em referência de indexação, publicação e acesso de livros acadêmicos em formato digital. O acesso deverá crescer em taxas crescentes a medida que aumenta o número de livros, como aconteceu com os periódicos da coleção SciELO Brasil, que, em 2011, receberam uma média de 1,2 milhões de downloads por dia.

Carolina Rossini: Qual a missão do Scielo Books?

Abel Paker: O SciELO Books tem a missão de fortalecer e desenvolver capacidades e infraestruturas para a editoração e publicação de livros acadêmicos de qualidade crescente seguindo o estado da arte internacional. O SciELO Books trabalhará juntamente com as editoras nos processos de controle de qualidade, editoração e montagem dos livros nos formatos de livros eletrônicos, como o EPUB por exemplo. O SciELO Livros utilizará todos os meios e soluções disponíveis para maximizar a visibilidade, acessibilidade, uso e impacto dos livros. Nesse processo, a perspectiva é promover a inserção internacional da editoração e publicação de livros acadêmicos do Brasil e demais países que venham integrar a Rede SciELO Livros.

Carolina Rossini: Qual o atual modelo de sustentabilidade do Scielo Books?

Abel Paker: A sustentabilidade do SciELO Books está baseada, em primeiro lugar, no compartilhamento de recursos humanos e infraestruturas do Programa SciELO; em segundo lugar, na contribuição que as editoras aportarão com base no número de livros que disponibilizarão anualmente; e, em terceiro lugar, na comissão das vendas dos livros que venham a ser comercializados pela editoras. Como o SciELO Books vai privilegiar o acesso aberto nossa expectativa é desenvolver projetos e convênios com instituições governamentais ou de interesse público ou de patrocinadores para o financiamento da publicação de coleções de livros por meio do SciELO Livros.

Carolina Rossini: Quais os próximos passos do projeto e seus maiores desafios?

Abel Paker: Por um lado, o SciELO Livros continuará o desenvolvimento da sua plataforma metodológica e tecnológica para cumprir plenamente seus objetivos de melhorar a qualidade e aumentar a visibilidade, o uso e impacto dos livros publicados. Em segundo lugar, expandir a rede com novas editoras do Brasil e estabelecendo coleções nacionais nos demais países que pertencem à Rede SciELO.

O evento também contou com autoridades das universidades e instituições de pesquisa associadas ao SciELO Books: UFBA, FIOCRUZ, UNESP e organizações que apoiaram o desenvolvimento do projeto incluindo IBiCT/MCT e BIREME/OPAS/OMS. Também foi destacado a importância do projeto para acesso as produções na área de humanidades e áreas interdisciplinares. Abel Parker encerrou a mesa de abertura comentando sobre os desafios de profissionalização e internacionalização que vão alimentar o processo de construção do Scielo Livros. Abel está confiante no sucesso do projeto visto o engajamento dos parceiros do projeto e também destacou o objetivo do projeto de atingir países de língua portuguesa, aumentando a cooperação e possibilidade de mercado.

Em seguida, apresentaram a Prof. Ana Paula Mathias de Paiva – a história do livro, Nicholas Cop – sobre dispositivos e-readers, o Prof. Rogerio Meneghini – sobre o livro que marcou sua vida, Fábio Batalha – sobre o processo de desenvolvimento técnico, e Carolina Rossini do Projeto REA Brasil – sobre oportunidades e desafios para livros digitais.  Fábio Batalha , um dos desenvolvedores técnicos do projeto SciELO Livros apresentou todo o processo de desenvolvimento técnico, desde o primeiro dia o SciELO Livros privilegiou padrões técnicos abertos em todos os níveis de desenvolvimento do projeto.

Para unirem-se ao SciELO Books, universidades e instituições de pesquisa devem seguir o  procedimento disponível aqui.

Veja como foi a programação aqui.

A partir de quinta-feira (05/04) as apresentações serão disponibilizadas no site do evento.