YouTube já conta com 4 milhões de vídeos licenciados em Creative Commons

Cathy Casserly, CEO da Creative Commons, escreveu um artigo no blog oficial do YouTube  comemorando os 4 milhões de vídeos publicados no site com a licença CC, que podem ser “reutilizados, remixados e reimaginados”.

Casserly convida os usuários a reutilizar o material, que está disponível para recriação. Segundo ela, o YouTube agrega a maior quantidade de vídeos do mundo sob a licença e, desde que disponibilizou a opção CC BY e criou sua biblioteca de vídeos copyleft no ano passado, já foi liberado o equivalente a mais de 40 anos de material audiovisual.

“Qualquer um, em qualquer lugar, pode editar, criar obras derivadas e republicar a biblioteca de vídeos gratuitamente graças à licença de atribuição em Creative Commons”, escreveu ela.

Entre as várias licenças Creative Commons, o YouTube optou apenas pela CC-BY 3.0, que permite remix e compartilhamento livre desde que a autoria e a licença sejam mencionadas na nova versão.

“Graças à CC BY, é fácil pegar emprestado imagens de vídeos de outras pessoas e inserir no seu próprio, porque a licença lhe concede permissões específicas para fazê-lo contanto que você dê crédito ao autor original”, escreveu Casserly.

“Ao permitir que outras pessoas brinquem com os seus vídeos, você os deixa entrar em uma caixa de areia global, dando início a uma equipe mundial de colaboradores. Todos nós ansiamos por criar e contribuir – agora você pode participar da diversão e abrir a porta à imaginação coletiva”, completou.

Veja aqui como utilizar a licença Creative Commons no YouTube.

Fontes:

Estadão e Blog Oficial do Youtube

19 vídeos sobre acervos digitais

Há pouco mais de um ano, de 26 a 29 de abril de 2010, aconteceu o Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, em São Paulo. Uma cobertura especial foi colocada em um blog criado para o evento, contendo vídeos com entrevistas realizadas com participantes do Simpósio.

Direitos autorais, acesso ao conhecimento, software livre e outras questões relacionadas ao tema são tópicos das entrevistas.

Acesse http://culturadigital.br/simposioacervosdigitais/2010/07/08/o-universo-dos-acervos-digitais-em-19-videos/ e assista aos vídeos.

Parceria entre MEC e Unicamp gera projeto de recursos educacionais abertos online

Quase 400 áudios, vídeos, softwares e experimentos de matemática estão disponíveis em um repositório da empresa Mais Educacional para quem quiser usar, e de graça. A produção dos recursos é resultado de um projeto que começou em 2008, financiado pelo MEC por meio de um edital lançado um ano antes, e foi levado adiante pelos professores Leonardo Barichello e Rita Santos Guimarães, prestadores de serviço da Unicamp. O público-alvo dos recursos do repositório são estudantes de Ensino Médio.

Leonardo e Rita resolveram, depois, abrir a Mais Educacional, empresa que presta serviços educacionais e ministra cursos e oficinas (inclusive online) para a formação continuada de professores. Algumas das oficinas, inclusive, utilizam os próprios recursos produzidos pelo projeto Matemática Multimídia (que faz parte de uma iniciativa maior liderada pelo MEC para oferecer recursos educacionais digitais no Portal do Professor) e exploram o uso de novas tecnologias na escola, campo ainda visto com receios por parte de alguns professores. O próprio Leonardo aponta as dificuldades que apareceram durante o desenvolvimento do material: “Na esfera educacional, os maiores desafios do projeto foram as mídias de áudio, pela falta de referências e experiências concretas, e o software, pela dificuldade em definir um caminho dentre tantas possibilidades oferecidas pela mídia. No roteiro dos vídeos, contamos com a contribuição da Sarah Yakhni, experiente inclusive em trabalhos de caráter educacional, o que facilitou muito as coisas”. Não é possível que qualquer pessoa publique conteúdo no repositório da Mais, mas  quem participa dos cursos e oficinas pode fazer isso ao final do processo.

Os recursos são diretamente relacionados a conteúdos específicos da disciplina, o que facilita a vida do professor no momento da definição dos objetos a serem explorados, mas não deixam de permitir a interdisciplinaridade. Um exemplo dado pelo próprio Leonardo é o vídeo “A Carta”, que trata de criptografia e traz dados técnicos a respeito, mas não deixa de contextualizar historicamente o seu surgimento e a sua utilização.

Os materiais criados pelo projeto Matemática Multimídia estão disponíveis em licenças abertas do Creative Commons. Entretanto, por exigência do MEC, os recursos educacionais financiados por eles estão licenciados da forma mais restritiva do Creative Commons: a chamada “atribuição-não comercial-compartilhe sob a mesma licença”, ou CC-BY-NC-SA.

A opção por uma licença aberta faz com que tais materiais sejam considerados recursos educacionais abertos em sua definição ampla, mas pode gerar barreiras futuras em relação à interoperabilidade legal dos mesmos, e até limitar a adoção de tais materiais por usuários. Isso porque uma licença CC que contenha a cláusula “compartilhe sob a mesma licença” determina a forma de  compartilhamento dos usuários daquele material e a cadeia de produção de materiais derivados. O software base desse projeto está licenciado por meio de uma licença GPL.

Vale ainda observar que um repositório foi construído com o uso da plataforma mediawiki, e que nele foram incluídos outros materiais não desenvolvidos pela Mais Educacional. Tais materiais (como os do CDME, da Universidade Federal Fluminense), têm suas próprias licenças abertas, detalhadas de acordo com cada autor.

“Todas as instituições que tenham interesse em usar e ajudar na divulgação deste material, por favor, entre em contato conosco, pois é de nosso interesse que esse material chegue até os professores de todo o Brasil, especialmente os da rede pública”, pede Leonardo.

Assista a um vídeo produzido pelo projeto Matemática Multimídia.

Para saber mais sobre cursos e oficinas da Mais Educacional, acesse http://www.mais.mat.br/.