Está no ar a comunidade Openredu

Openredu lança site para informar sobre ambiente de aprendizagem e formar comunidade de colaboração em tecnologias educacionais

No último dia 29 de agosto foi lançado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo o projeto Openredu. Na ocasião o professor Alex Sandro Gomes (CIn/UFPE) proferiu a palestra De Redu.com ao Openredu.org: a trajetória do software livre para educação onde apresentou à comunidade acadêmica o caminho percorrido pela Rede Social Educacional (Redu) até se tornar Openredu.

O evento também serviu como momento para lançamento da comunidade Openredu, um espaço online produzido exclusivamente para informar os passos do processo de abertura do código, além de funcionar como uma rede colaborativa de comunicação, organizada pelos perfis dos participantes, entre eles professores, desenvolvedores, designers e apoiadores.

O website, que pode ser acessado através do endereço http://openredu.cin.ufpe.br, reúne informações sobre o que é e como funciona o ambiente de aprendizagem, que inclui uma versão de demonstração, além do acesso ao e-book gratuito Educar com o Redu que apresenta explicações precisas sobre métodos e técnicas de ensino no Openredu.

O processo de abertura do código da Redu, que culminou na criação da comunidade Openredu, é mais do que a construção coletiva de um software livre, é também a solidificação de um espaço de construção de rede e troca de conhecimento entre os atores envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem a distância. O principal objetivo é trabalhar em prol de uma ressignificação da comunicação e da prática educativa entre pais, alunos, professores e instituições de ensino lançando mão do auxílio da internet e das mais poderosas tecnologias digitais aplicadas à educação.

O projeto Openredu está aberto a participação e convida a todos os interessados para colaborar com o desenvolvimento da iniciativa. Quem deseja utilizar o Openredu já pode participar das capacitações que estão sendo oferecidas pela equipe que coordena a comunidade. A ideia é que, muito em breve, todos os interessados possam utilizar a plataforma em instituições de ensino, assim como é feito com o Moodle, tendo em vista que o Openredu, além de 100% brasileiro, é um ambiente moderno com interface mais amigável e totalmente integrada às mídias sociais e dispositivos móveis.

Entre os colaboradores atuais estão o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE), a Empresa Municipal de Informática da Prefeitura do Recife (EMPREL), a Abble Tecnologias para a Educação e a editora Pipa Comunicação.

Mais informações: 
http://openredu.cin.ufpe.br
https://www.facebook.com/Openredu 

Fonte:
Pipa Comunicação – Esse post está licenciado em CC-BY-ND

Mapeamento e Análise Colaborativa de Projetos. Vamos participar?

Convidamos todos os interessados à participar de um mapeamento e análise colaborativa dos projetos citados no texto do veto ao PL 989/2011 (PL REA do Estado de São Paulo), veja aqui.

Essa ação faz parte da estratégia definida pelos contribuintes na reunião aberta de encaminhamento de Política Pública de REA no Estado de SP – realizada na Ação Educativa em 22/01/2013 (http://rea.net.br/site/proximos-passos-e-acoes-para-politica-publica-de-rea-no-estado-de-sao-paulo), e também, pelas propostas enviadas posteriormente por pessoas que não puderam estar presencialmente. Nosso prazo é 05/2013.

 Nosso objetivo é entender em que medida cada projeto citado se enquadra na perspectiva de Recursos Educacionais Abertos ou não.

 Projetos citados como REA no texto do veto:

 1 – Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP

2 – Portal do Pesquisador

3 – Bases de Dados que compõem a Rede de Informação e Conhecimento

  • “reúne e organiza fontes de informação de 12 Institutos e Centros de  Documentação da instituição, além de oferecer recursos como Periódicos  online (CAPES), SCAD, Biblioteca Cochrane, SciELO, Diretório de Eventos,  Localizador de Informação em Saúde, Legislação em Saúde, e outros  serviços, facilitando a localização e o acesso à informação.”

  • Perfil dos Acervos Integrados a Biblioteca do Instituto Adolfo Lutz

  • Centro de Documentação/CCD/SES-SP

  • Programa de Pós-Graduação/CCD/SES-SP e Núcleo de Documentação Técnico-Científica/CVS

Pontos para Mapeamento e Análise – (sugestões abaixo, insiram as suas também)

  • Nome do projeto e link de acesso
  • Objetivo do projeto
  • Perguntas para ter em mente: qualquer pessoa pode ter acesso a esse material mediante login ou não? Eu consigo fazer download desse material? Quais o formatos oferecidos para download? Eu posso distribuir esse material? Eu posso remixar esse material?
  • Termos de uso
  • Tipo de licença adotada
  • O que mais seria interessante adicionar ou mesmo deletar???

Para realizar esse trabalho usaremos o Public Pad. Acesse, participe, guarde no seus favoritos, convide mais pessoas para participar: http://okfnpad.org/ze88DG1hxc

Esse espaço é de todos nós! Vamos fazer juntos?

Conhece algum projeto REA? Colabore com a UNESCO!

Quem quiser colaborar com informações sobre iniciativas e projetos de recursos educacionais abertos tanto da rede particular como governamentais no Brasil para pesquisa da UNESCO IITE (Institute for Information Technologies in Education) pode entrar em contato com a Dra Andreia Inamorato, no email ainamorato@gmail.com. A pesquisa que ela está fazendo engloba aspectos tecnológicos, legais, pedagógicos, curriculares e financeiros dos projetos. Quaisquer outras considerações e/ou sugestões também são bem-vindas.

Parceria entre MEC e Unicamp gera projeto de recursos educacionais abertos online

Quase 400 áudios, vídeos, softwares e experimentos de matemática estão disponíveis em um repositório da empresa Mais Educacional para quem quiser usar, e de graça. A produção dos recursos é resultado de um projeto que começou em 2008, financiado pelo MEC por meio de um edital lançado um ano antes, e foi levado adiante pelos professores Leonardo Barichello e Rita Santos Guimarães, prestadores de serviço da Unicamp. O público-alvo dos recursos do repositório são estudantes de Ensino Médio.

Leonardo e Rita resolveram, depois, abrir a Mais Educacional, empresa que presta serviços educacionais e ministra cursos e oficinas (inclusive online) para a formação continuada de professores. Algumas das oficinas, inclusive, utilizam os próprios recursos produzidos pelo projeto Matemática Multimídia (que faz parte de uma iniciativa maior liderada pelo MEC para oferecer recursos educacionais digitais no Portal do Professor) e exploram o uso de novas tecnologias na escola, campo ainda visto com receios por parte de alguns professores. O próprio Leonardo aponta as dificuldades que apareceram durante o desenvolvimento do material: “Na esfera educacional, os maiores desafios do projeto foram as mídias de áudio, pela falta de referências e experiências concretas, e o software, pela dificuldade em definir um caminho dentre tantas possibilidades oferecidas pela mídia. No roteiro dos vídeos, contamos com a contribuição da Sarah Yakhni, experiente inclusive em trabalhos de caráter educacional, o que facilitou muito as coisas”. Não é possível que qualquer pessoa publique conteúdo no repositório da Mais, mas  quem participa dos cursos e oficinas pode fazer isso ao final do processo.

Os recursos são diretamente relacionados a conteúdos específicos da disciplina, o que facilita a vida do professor no momento da definição dos objetos a serem explorados, mas não deixam de permitir a interdisciplinaridade. Um exemplo dado pelo próprio Leonardo é o vídeo “A Carta”, que trata de criptografia e traz dados técnicos a respeito, mas não deixa de contextualizar historicamente o seu surgimento e a sua utilização.

Os materiais criados pelo projeto Matemática Multimídia estão disponíveis em licenças abertas do Creative Commons. Entretanto, por exigência do MEC, os recursos educacionais financiados por eles estão licenciados da forma mais restritiva do Creative Commons: a chamada “atribuição-não comercial-compartilhe sob a mesma licença”, ou CC-BY-NC-SA.

A opção por uma licença aberta faz com que tais materiais sejam considerados recursos educacionais abertos em sua definição ampla, mas pode gerar barreiras futuras em relação à interoperabilidade legal dos mesmos, e até limitar a adoção de tais materiais por usuários. Isso porque uma licença CC que contenha a cláusula “compartilhe sob a mesma licença” determina a forma de  compartilhamento dos usuários daquele material e a cadeia de produção de materiais derivados. O software base desse projeto está licenciado por meio de uma licença GPL.

Vale ainda observar que um repositório foi construído com o uso da plataforma mediawiki, e que nele foram incluídos outros materiais não desenvolvidos pela Mais Educacional. Tais materiais (como os do CDME, da Universidade Federal Fluminense), têm suas próprias licenças abertas, detalhadas de acordo com cada autor.

“Todas as instituições que tenham interesse em usar e ajudar na divulgação deste material, por favor, entre em contato conosco, pois é de nosso interesse que esse material chegue até os professores de todo o Brasil, especialmente os da rede pública”, pede Leonardo.

Assista a um vídeo produzido pelo projeto Matemática Multimídia.

Para saber mais sobre cursos e oficinas da Mais Educacional, acesse http://www.mais.mat.br/.