Biblioteca de Publicações de Acesso Aberto da Rede Europeia

Foi lançada, em 6 de outubro de 2010, a OAPEN (Biblioteca de Publicações de Acesso Aberto da Rede Europeia ou, do original em inglês Open Access Publishing in European Networks).

A OAPEN é uma iniciativa colaborativa que promove um modelo sustentável de acesso aberto a  livros acadêmicos em Ciências Humanas e Ciências Sociais de alta qualidade acadêmica. A Biblioteca OAPEN visa  aumentar a visibilidade e usabilidade de pesquisa acadêmica de elevada qualidade, agregando publicações de acesso aberto de toda a Europa.

A OAPEN visa, ainda, a promover altos estadares de qualidade de peer-review e licenças abertas para livros acadêmicos.

Veja esta animação que descreve a iniciativa em maiores detalhes e mais informações no link OAPEN Liabrary.

 

Encontro com David Wiley, na terça, 28 de setembro

David Wiley, pioneiro nos recursos educacionais abertos, vem pra um evento aqui em Sao Paulo na próxima semana.

David Wiley na Casa da Cultura Digital

Ele se animou com a possibilidade de dialogar com a nossa comunidade e agendamos um encontro pra terça, dia 28/09, às 17h, na Casa da Cultura Digital .

Quem foi já foi a algum encontro por lá, sabe que é tudo bem informal. Eu e a Lu preparamos alguns comes (se mais alguém puder ajudar, vai ser lindo), nos espalhamos por redes, almofadas e cadeiras pra trocar ideias e experiências.

O cara é sensacional e vale um esforço pra liberar a agenda!


Mais algumas informaçoes sobre ele:

http://rea.net.br/2010/04/21/david-wiley-no-ted-de-nova-iorque/
http://www.flatworldknowledge.com/our-team
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2009/10/27/a-educacao-ideal-boa-gratis-e-sem-professor-por-perto-mas-sem-diploma-tambem/
http://pt.wikiversity.org/wiki/Ambientes_Virtuais_de_Aprendizagem/Conte%C3%BAdos_Educacionais_Livres

Vocês ajudam a divulgar?

REA no Colégio Dante Alighieri

Começamos, aqui no Colégio Dante Alighieri, um projeto REA. Somos dois departamentos da escola, por enquanto (Tecnologia Educacional e Marketing), mas já estamos expandindo a rede de colaboração. Queremos compartilhar, neste blog, o passo a passo, nossos problemas e anseios, para que a comunidade REA nos ajude a construir uma experiência sólida e rica.

Como primeiro passo, pretendemos licenciar abertamente tudo o que é de nossa autoria: a revista, o boletim (ambos partir das próximas edições) e o planejamento de aulas da oficina Dante em Foco e de outros projetos realizados em parceria com o departamento de Tecnologia Educacional do Colégio.  Entraremos em contato com professores de outros departamentos para apresentar a proposta e convidá-los a participar dessa iniciativa, disponibilizando conteúdo para publicação.

Está sendo preparado um esboço do que será nosso espaço de publicação. Será produzida uma identidade visual que una o logo REA com o do Colégio Dante Alighieri. Vamos postar uma explicação da proposta na apresentação do site e começar a falar a respeito do tema aos professores, no boca a boca. A intenção é que, num curto espaço de tempo, alguns conteúdos sejam publicados. Explicaremos que se trata de uma postura adotada pelo colégio, mas que cabe a cada professor escolher se disponibilizará seu material ou não. Pretendemos colocar uma licença padrão do Creative Commons para o site todo.

Vamos fazer uma reunião com a Carolina Rossini pelo Skype, para que ela nos ajude a solucionar dúvidas legais, e daremos prosseguimento ao projeto em seguida.

Marcella Chartier
Fernando Homem de Montes – Departamento de Marketing

Valdenice Minatel
Verônica Cannatá
Renata Pastore – Departamento de Tecnologia Educacional

Curriwiki

Buscando por Recursos Educacionais Abertos (REA), mas não sabe por onde começar a procurar? O blog do Curriwiki elaborou uma lista com 10 ferramentas de busca especializadas em REA, onde é possível encontrar desde objetos de aprendizagem até cursos inteiros. O detalhamento de cada ferramenta pode ser visto no blog do Curriwiki (Em inglês).

♦ Curriki Advanced Search

♦ OpenCourseWare Finder

♦ Learning Objects

♦ Google University Learning

♦ OER Dynamic Search Engine

♦ Federal Resources for Educational Excellence

♦ Knowledge Hub from TEMOA

♦ Commonwealth of Learning Knowledge Finder

♦ DiscoverEd

♦ OERCommons

Audiência sobre REA no Ministério da Educaçao

Ontem, pouco mais de um mês depois do seminário na Câmara dos Deputados, tivemos uma audiência com o Ministro da Educação – Fernando Haddad – e Rodrigo Lamego T. Soares, chefe da assessoria parlamentar do MEC. Participamos eu, Bianca Santana, e Carolina Rossini, da Comunidade REA; Bráulio Araújo, do Gpopai e o Deputado Federal Paulo Teixeira.



O objetivo do encontro era apresentar o conceito de recursos educacionais abertos ao Ministro, de maneira mais genérica; falar da necessidade de regularização dos bancos de conteúdos do MEC (principalmente no que diz respeito ao licenciamento e aos formatos em que estão disponíveis os conteúdos); tratar das compras de materiais didáticos feitas pelo governo; e convidar o Ministério a participar das conversas que temos encaminhado com a Câmara para criar algum estímulo legal à produção de REA.
Encontramos um Ministro muito bem informado, consciente dos avanços trazidos pelo PNLD, pelo PNBE e pelos repositórios de conteúdos do MEC, como o portal Domínio Público, o Banco de Teses Capes e o Banco Internacional de Objetos Educacionais. Fernando Haddad conhece muito bem o mercado editorial dos didáticos no Brasil, participou ativamete da publicação de conteúdos nas plataformas do Ministério, e a conversa foi bastante qualificada. Concordamos que o MEC tem alguns desafios a enfrentar, com os quais a Comunidade REA pode colaborar:

1. como envolver as editoras – importantes atores na produçao de material didático de qualidade na produção descentralizada, aberta e colaborativa de conteúdos?

2. como pensar em duas fases para as compras do governo: conteúdos e exemplares físicos dos livros, em vez da compra casada que temos hoje?

3. como estimular que autores independentes concorram nos editais de compra de conteúdo didático?

4. como regularizar as licenças autorais e padrões de arquivos disponíveis nos repositórios do MEC?

O Ministro nos pareceu especialmente interessado na regularizacão dos repositórios por meio de licenças livres. E assim como nós acredita
que a produção de REA pode ser uma maneira interessante de educação e valorização de professores. Ao final do encontro, falamos sobre a reforma da Lei do Direito Autoral e entregamos ao Ministro as propostas de alteração da lei relacionadas à educação, formuladas pela Rede pela Reforma da Lei do Direito Autoral, da qual fazemos parte.

A Comunidade REA tem muito trabalho pela frente e isso é motivo de comemoração!
Agradecemos mais uma vez ao Deputado Paulo Teixeira, que tanto tem apoiado a causa REA, e às suas assessoras Fabiana e Tatiana, que viabilizaram mais este encontro 🙂

Lei do Direito Autoral: o que mudar para melhorar a Educação?

Como já foi dito aqui, o Ministério da Cultura colocou em consulta pública uma proposta de reforma da lei de direitos autorais. Grupos ligados à educação da Rede pela Reforma da Lei – da qual fazemos parte – elaboraram uma posição coletiva sobre artigos que têm impacto sobre práticas educacionais. Aqui, manifestamos apoio a algumas alterações propostas e sugerimos outras que ampliariam o potencial de acesso ao conhecimento trazido pela reforma.

Apresentações do seminário na Câmara dos Deputados

Bráulio Araújo (GPOPAI-USP). pdf

Carolina Rossini (Direito GV e Universidade de Harvard).pdf

Carolina Rossini (Direito GV e Universidade de Harvard).ppt

Mary Lane Hutner (Secretaria de Educação do Estado do Paraná).pdf

Mary Lane Hutner (Secretaria de Educação do Estado do Paraná).ppt

OBS: as apresentações estão no formato proprietário ppt porque, infelizmente, esta versão do WordPress não permite o upload do formato livre odp.

Encaminhamentos da Audiência na Câmara dos Deputados

Muito melhor que qualquer relato é ter acesso, sem edição, ao que foi dito nos microfones da Plenária 10 da Câmara dos Deputados – Sala Deputado Florestan Fernandes – na manhã de 8 de julho de 2010. Agradecemos, portanto, à Câmara que já publicou os vídeos e áudios de todas as intervenções públicas do encontro, além das preciosas reportagens que republicamos aqui no blog. No nosso Flickr, há um álbum com fotos do evento. E nos próximos dias subiremos aqui os arquivos com as apresentações dos palestrantes.

Precisamos também agradecer ao Deputado Paulo Teixeira, pelo constante apoio à Comunidade Brasileira de Recursos Educacionais Abertos e pela exemplar condução do encontro, e a todas e todos que se dispuseram a iniciar tal debate naquele importante espaço de definições das políticas brasileiras. Saímos de lá com a certeza de que muito será feito entre a comunidade, parlamentares, assessores, consultores legislativos e servidores do executivo lá presentes.

Saímos de lá com cinco metas:

1. sistematizar recomendações de como o governo deve produzir/ financiar a produção de recursos educacionais abertos e comprar material didático;

2. agendar e realizar uma audiência com o Ministro Fernando Haddad, abrindo diálogo oficial com o Ministério da Educação;

3. pensar com a assessoria legislativa da Câmara se há possibilidade de desenvolver um estímulo legal à produção de REA. Por mais que possamos fazer muito sem uma lei específica, seria interessante elaborar uma lei nesta direção?

4. colocar todo o material referente à audiência disponível a todas as pessoas;

5. formular ações concretas para a formação de gestores e servidores públicos para a realização de REA:

Por mais que uma sexta meta não tenha sido explicitada como tal, ficou clara a necessidade de contribuir – até 28 de julho – com a Consulta Pública para a Modernização da Lei de Direito Autoral.

Muito trabalho para continuarmos por aqui e na nossa lista de e-mails!

Direitos autorais precisam ser reformados, argumentam debatedores

Post originalmente publicado no endereço: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/149564-DIREITOS-AUTORAIS-PRECISAM-SER-REFORMADOS,-ARGUMENTAM-DEBATEDORES.html

A necessidade de reforma da Lei dos Direitos Autorais (Lei 9.610/98) foi um dos pontos discutidos no seminário sobre recursos educacionais abertos, realizado nesta quinta-feira pelas comissões de Educação e Cultura; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Segundo os educadores que participaram do debate, a legislação em vigor restringe o processo educativo ao não permitir que imagens, filmes e textos sejam usados para fins didáticos e educacionais.

O pesquisador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP (Gpopai) Bráulio Araújo lembrou que mesmo as obras fora de circulação não podem ser reproduzidas. Há também o obstáculo do custo dos livros, principalmente no ensino superior. “Um aluno de classe média gastaria 40% da renda familiar para adquirir a bibliografia básica de um curso”, destacou.

A professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Carolina Rossini, coordenadora de projeto sobre recursos educacionais abertos, sugeriu que as editoras reavaliem os modelos de negócios para viabilizar o acesso livre às suas obras. “Nos Estados Unidos, editoras liberaram os seus conteúdos on line e vendem cópias impressas sob demanda, para iPads e celular. Isso inclusive aumentou o faturamento”, afirmou.

Reportagem – Rachel Librelon
Edição – João Pitella Junior

Educadores defendem acesso público a conteúdo de livros didáticos

Post originalmente publicado no endereço: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/149565-EDUCADORES-DEFENDEM-ACESSO-PUBLICO-A-CONTEUDO-DE-LIVROS-DIDATICOS.html

Apesar de comprar 60% dos livros didáticos vendidos pelas editoras e de ser responsável por 40% do faturamento gerado pelo segmento, o Poder Público não tem nenhum direito sobre o conteúdo adquirido. Em outras palavras, o governo financia a produção de livros didáticos — inclusive com isenção fiscal —, mas não pode dispor dos textos como bem entender, por meio de cópias em papel ou na internet, por exemplo. Os dados são do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP (Gpopai).

Esse modelo de aquisição de livros didáticos no Brasil foi questionado nesta quinta-feira no seminário Recursos Educacionais Abertos: desafios e perspectivas, realizado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Os recursos educacionais abertos são materiais que podem ser alterados, ampliados e compartilhados por todas as pessoas.

Para os educadores, em vez de comprar as publicações em papel o governo deveria investir na aquisição do conteúdo. Segundo o pesquisador do Gpopai Bráulio Araújo, essa medida reduziria os custos de impressão e de distribuição, pois o material poderia ser impresso mais próximo ao destino. Além disso, haveria a possibilidade de textos ficarem disponíveis para o público. “Os autores também se beneficiariam, já que poderiam concorrer em licitações do conteúdo. As editoras não fariam mais a pré-seleção [dos autores]”, afirmou Araújo.

Ainda de acordo com o Gpopai, o valor gasto pelo governo com as publicações por ano varia entre R$ 200 milhões e R$ 650 milhões, dependendo se o ano for de troca ou de reposição do material. No entanto, a concentração dos gastos limita ainda mais o poder de barganha. Aproximadamente 90% dos títulos escolhidos pelos professores da rede pública são editados por apenas sete grupos editoriais.

Democratização
A democratização do acesso a publicações didáticas também foi defendida pela professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Carolina Rossini, que é coordenadora de projeto sobre recursos educacionais abertos. “Os recursos educacionais pagos pelo contribuinte devem ser abertos, ter acesso livre”, defendeu.

De acordo com ela, além de permitir a consulta e impressão do material a nova política para livros didáticos deve dar ao professor a possibilidade de enriquecer e aperfeiçoar o material, num sistema semelhante ao da wikipedia. “Isso já é feito em muitos países e é uma mudança para ser realizada ao longo de uma década. O Brasil já tem projetos que encorajam essa participação, mas ainda faltam recursos operacionais legais e técnicos”, afirmou Carolina.

Livro público
Uma das iniciativas para a elaboração de livro didático público foi concretizada no Paraná. Lá, em 2005, professores da rede pública foram convidados a participar de uma edição colaborativa que deveria ser usada no ensino médio. “Partimos do princípio de valorizar o trabalho do professor na sala de aula”, explicou a representante da Secretaria de Educação do estado, Mary Lane Hutner.

O resultado foi um livro público, que pode ser totalmente reproduzido, e muito mais barato. A impressão sai até por R$ 12. Mesmo com a edição do material, o trabalho feito em colaboração pelos professores continua em um portal na internet. As publicações de textos ou experiências valem pontos para promoção na carreira. “O nosso objetivo é valorizar a capacidade intelectual do professor e a apropriação do conhecimento”, declarou.

Economia
Segundo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que sugeriu a realização do seminário, além de representar economia para o governo, um modelo com acesso livre viabilizaria a agregação de conhecimento. Ele lembrou que não há restrições legais ao compartilhamento de publicações, desde que exista uma licença legal adequada. “De qualquer forma, pode-se pensar em ajustes na legislação para simplificar esse processo”, ressaltou.

Reportagem – Rachel Librelon
Edição – João Pitella Junior