REA: entenda o que são recursos educacionais abertos

Por Fernanda Duarte / Edição:Ana Elisa SantanaFonte:Portal EBC / Licença:CC-BY

Uma das tendências que emergem com o surgimento da internet e o uso das mídias na educação é a da Educação Aberta. Norteada pela colaboração e interatividade da cultura digital, a proposta deste movimento é a de que todos devem ter a liberdade de usar, personalizar, melhorar e redistribuir ferramentas educativas, sem restrições, ampliando assim o conhecimento. E para isso, é necessária a utilização de Recursos Educacionais Abertos (REA).

Os REA vêm conquistando a atenção de pesquisadores, educadores e governos em todo o mundo por representarem uma alternativa econômica para a ampliação do acesso ao ensino e melhoria da qualidade da educação.

Em seminário realizado em Brasília, o Portal EBC conversou com alguns especialistas e ativistas sobre o tema.

O que é REA?

De acordo com a definição dada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2002, pode ser considerado recurso educacional aberto qualquer tipo de ferramenta, material ou técnica de ensino e pesquisa, desde que seja suportado por uma mídia e esteja sob domínio público ou sob uma licença livre, de forma a permitir sua utilização ou adaptação por terceiros.

Assista ao vídeo explicativo sobre REA produzido pelo Projeto MIRA:



Seminário Internacional REA em Brasília na íntegra

O Seminário Internacional REA foi um sucesso de público e de interação online. Quem não pode acompanhar ou deseja rever alguma parte do evento, disponibilizamos uma playlist da gravação realizada pela equipe da Deputada Jandira Feghali.



No término do evento convidamos todos a contribuir para uma carta direcionada ao Ministro da Educação, e também, aos presidentes da Comissão de Cultura e de Educação.

E por último, estamos mapeando tudo o que saiu na mídia sobre o evento, se você quiser colaborar pode nos enviar o link que encontrar pelos comentários ou pelas nossas redes sociais. Até o momento temos:

EBC – http://www.ebc.com.br/…/pesquisadores-debatem-uso-de-recurs…
EBC – http://www.ebc.com.br/…/rea-entenda-o-que-sao-os-recursos-educacionais-abertos
UOL – http://educacao.uol.com.br/…/pesquisadores-debatem-uso-de-r…
ANEC – http://anec.org.br/…/comissoes-da-camara-realizam-seminari…/
Correio do Brasil – http://correiodobrasil.com.br/profissionais-debatem-uso-de…/
PT na câmara – http://www.ptnacamara.org.br/…/24035-especialistas-e-govern…
Olhar Direto – http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp…
Camara Noticias – http://www2.camara.leg.br/…/494198-ESPECIALISTAS-DEFENDEM-U…

Faça a sua inscrição para o Seminário Internacional REA

O Seminário Internacional Recursos Educacionais Abertos que será realizado na Câmara dos Deputados no dia 19/08, por iniciativa conjunta das Comissões de Cultura e de Educação é resultado de um grande esforço do projeto REA.br em prol da causa da educação aberta na política pública brasileira.

O evento vai promover um debate sobre educação aberta, iniciativas e práticas pedagógicas abertas, formação do professor-autor e políticas públicas com convidados nacionais e internacionais.

Conheça a programação e inscreva-se gratuitamente aqui: bit.ly/REA-inscrição

Saiba mais sobre o evento (aqui) e os palestrantes (aqui).

9h – Mesa de abertura

  • Deputado Félix Mendonça – Presidente da Comissão de Cultura
  • Deputado Saraiva Felipe – Presidente da Comissão de Educação
  • Deputada Jandira Feghali – requerente da Comissão de Cultura
  • Deputado Aliel Machado – requerente da Comissão de Educação
  • Renato Janine Ribeiro – Ministro da Educação
  • Juca Ferreira – Ministro da Cultura
  • Gabriel Sampaio – Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça

10h – REA: conceito, histórico e iniciativas internacionais

  • Coordenador de mesa: Deputado Paulo Teixeira (autor do PL 1513/2011)
  • Carolina Rossini – fundadora do Projeto REA.br e vice-presidente da Public Knowledge
  • Jan Gondol – pesquisador, professor e consultor em política pública de dados abertos do Ministério do Interior da República da Eslováquia

11h30 – Palestra Magna

  • Hal Plotkin – pesquisador e consultor sênior do Creative Commons USA, trabalhou nos últimos cinco anos (2009-2014) na implementação da política pública de REA no governo Obama, quando foi consultor sênior de política pública no Departamento de Educação dos Estados Unidos.

    12h30 – Pausa para almoço

    14h – Educação Aberta na Cultura Digital

  • Coordenador de mesa: representante Comissão de Cultura
  • Priscila Gonsales – Instituto Educadigital
  • Tel Amiel – Cátedra Unesco em Educação Aberta – Unicamp
  • Camila Garroux – Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br)

15h – Práticas de REA no Brasil e a Valorização do Professor

  • Coordenador de mesa: representante Comissão de Educação
  • Sebastian Gerlic – Projeto Índio Educa
  • Fernando Almeida – Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
  • Nelson Pretto – Universidade Federal da Bahia

16h30 – Encerramento

  • Deputada Margarida Salomão – relatora do PL 1513/2011
  • Cristina Moreira – Universidade de Brasília
  • Débora Sebriam – Instituto Educadigital/Projeto REA.br

    Local: Auditório Nereu Ramos

    Data: 19/08/2015
    Horário: 9h às 17h30

Saiba quem são os convidados do Seminário REA na Câmara

Nosso esforço de advocacy pela causa da Educação Aberta e dos Recursos Educacionais Abertos, visando a ampliação e a universalização do acesso ao conhecimento, teve uma importante conquista! As comissões de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados vão organizar conjuntamente o primeiro evento sobre o tema no dia 19 de agosto.

Marcado para o dia 19 de agosto e aberto ao público, o evento vai contar com os seguintes convidados internacionais:

 Hal Plotkin – atualmente pesquisador e consultor senior do Creative Commons USA, trabalhou nos últimos cinco anos (2009-2014) na implementação da política pública de REA no governo Obama, quando foi consultor sênior de política pública no Departamento de Educação dos EUA.

Plotkin já esteve no Brasil em 2011 para acompanhar o Seminário REA na Assembleia Legislativa de SP: http://www.rea.net.br/site/rea-na-alesp-uma-rica-troca-de-ideias-e-experiencias/
Site pessoal: http://plotkin.com/

Veja a entrevista que fizemos com ele ano passado: http://www.rea.net.br/site/hal-plotkin/

Carolina Rossini – advogada especialista em propriedade intelectual e direito na internet, fundadora do projeto REA.br e conselheira do Instituto Educadigital, atualmente é vice-presidente da Public Knowledge, em Washington DC. Carolina tem se dedicado à causa REA no Brasil desde 2008, em parceria com diversas instituições do país como FGV-SP, Creative Commons Brasil, Casa da Cultura Digital e Instituto Educadigital, e organizações internacionais como Unesco, Wikimedia Foundation, OpenKnowledge Foundation, sempre no intuito de articular pessoas das mais diversas áreas em torno do tema. Hoje, a comunidade REA-Brasil já conta com 200 pessoas engajadas e mais de 12 mil simpatizantes no grupo do Facebook. Carolina foi co-organizadora do livro REA, primeira publicação brasileira sobre o tema.
Site pessoal: http://carolinarossini.net/
Entrevista para o GPOPAI-USP: http://www.rea.net.br/site/entrevista-carolina-rossini/
Entrevista para AsBoasNovas: http://asboasnovas.com/genteboa/a_luta_de_carolina_rossini_pela_abertura_da_educacao/
Vídeo sobre as licenças Creative Commons: https://www.youtube.com/watch?v=G7n1SxNJXBs

Jan Gondol –  pesquisador, professor e consultor em política pública de dados abertos, vem pela primeira vez ao Brasil. Trabalha no Ministério do Interior da República Eslovaca no projeto COMSODE, que cria ferramentas para publicação de dados abertos e recursos educacionais abertos. Membro do Open Government Partnership, do qual o Brasil também é signatário, Jan vai trazer um panorama da política de abertura de dados e recursos educacionais na Europa.
Mais informações: https://www.linkedin.com/in/jangondol

Dentre os convidados brasileiros, estão:

 Priscila Gonsales – fundadora e diretora-executiva do Instituto Educadigital, empreendedora social reconhecida pela Ashoka, com forte atuação no desenvolvimento de projetos educacionais na cultura digital e formação de educadores para criação de práticas abertas, colaborativas e inovadoras com tecnologia digital a partir da abordagem do design thinking. Representou a sociedade civil brasileira no Congresso Mundial de REA da Unesco em 2012

Tel Amiel – coordenador do grupo de pesquisa em Educação Aberta da Unicamp e coordenador da cátedra Unesco de Educação Aberta, atualmente vem se dedicando ao mapeamento global de REA junto a parceiros e instituições de vários países.

Nelson Pretto – professor da UFBA e ativista da cultura livre, doutor em Comunicação pela USP e pesquisador do CNPq, tem dedicado suas pesquisas e práticas em torno da formação do professor-hacker e atualmente é colunista da revista ARede.educa

Fernando Almeida – professor da PUC-SP, atualmente é diretor de orientação técnica da secretaria municipal de Educação de São Paulo, a SME-SP é a primeira iniciativa efetiva de política pública de REA com a promulgação do decreto 52.681/2011, que dispõe sobre o licenciamento obrigatório das obras intelectuais produzidas com objetivos educacionais, pedagógicos e afins, no âmbito da rede pública municipal de ensino

Alexandre Barbosa –  gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br), coordenador da pesquisa TIC Educação, que traz anualmente um panorama do uso educativo da internet por professores e estudantes, com uma seção específica sobre recursos educacionais abertos

Sebastian Gerlic presidente OSC Thydewa, instituição que promove diálogos interculturais e potencializa as vozes indígenas; apoiando a produção de livros, cds, vídeos e páginas na internet, estimulando os REA.

Divulgue nas suas redes sociais e contatos!

Recursos Educacionais Abertos será tema de Seminário Internacional em Brasília

Seminário reunirá decisores políticos, acadêmicos e sociedade civil para debater os Recursos Educacionais Abertos em Brasília. Articulado pelo projeto REA.br e políticos que defendem a abertura e democratização do conhecimento, o evento foi aprovado e será realizado em conjunto pela Comissão de Cultura e pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Essa é uma grande vitória de toda a Comunidade REA Brasil, formada por um grupo de mais de 12000 profissionais de diversas áreas do conhecimento e que vem se firmando como uma das mais representativas na área de educação e cultura digital.

Além dos especialistas e proponentes de projetos de lei brasileiros, o evento contará com a presença de especialistas internacionais na implantação de políticas públicas de REA nos Estados Unidos e na Europa. A disponibilização de recursos educacionais abertos vem ao encontro de várias metas dos Planos Nacionais de Cultura e de Educação, no que tange a ampliação e universalização do acesso ao conhecimento. Para além da democratização do acesso, a discussão sobre REA também enfatizará temas como a Educação Aberta, o papel e a formação do educador, iniciativas e práticas pedagógicas com REA.

Nunca ouviu falar do tema? Aproveite para saber mais sobre REA, licenças livres e iniciativas nacionais, acessando a entrevista de Priscila Gonsales a FTD Digital.

Hewlett Foundation e o futuro dos REA

O ótimo encontro anual da Hewlett Foundation tornou-se quase uma conferência sobre REA, na linha da OEC (Internacional), OE (EUA) e OER (Inglaterra). O enfoque é o encontro dos grupos e organizações que receberam algum apoio financeiro da Hewlett além de observadores e pessoas que trabalham nessa área. É uma das fundações que mais apoia o movimento REA, e o faz há muito tempo.

No encontro desse ano ficou claro um interesse no “mercado” e retornos financeiros como redução de gasto, por exemplo. Houve também demanda por pesquisas que possam demonstrar uma relação entre os recursos e o aprendizado dos alunos. A grande mensagem foi: “encontre um problema onde REA possa ser uma solução e ataque”. Estamos nos EUA e por aqui, a crise do ensino superior domina o discurso particularmente o alto custo de livros didáticos (veja a alternativa oferecida pelo OpenStax). Não por menos, o filme que vimos para fomentar uma discussão foi Ivory Tower.

Puxando a sardinha para o nosso lado, houve maior espaço dedicado a pensar nos grandes desafios internacionais e na necessidade de articulação global sobre o tema. Em um dos encontros discutimos a situação de refugiados, a necessidade de produção colaborativa e articulada de recursos, além de um renovado interesse em fomentar awareness (sensibilização), o que alguns já davam como ultrapassado. Nesse sentido, continuou a boa discussão em torno do OER World Map (mapa global REA, participamos com o MIRA e continuamos como parceiros estratégicos) que além de uma boa estrutura de dados básicos, terá um enfoque em histórias sobre pessoas, projetos e organizações ao redor do planeta. É uma ótima ferramenta para diversificar os exemplos e modelos que usamos para falar de REA (ainda) focados particularmente nos EUA, e em inglês.

É prudente a chamada por mais pesquisa e projetos que tenham maior foco e resultados mais claros; é um sinal de maturidade quando conseguimos identificar problemas específicos e apresentar evidências de sucesso. Ao mesmo tempo corre o risco de alimentar um ciclo vicioso em busca de grandes impactos de curto prazo. Mas estamos no coração do Silicon Valley onde há sempre um embate entre a ética e a eficiência. Por um lado precisamos criar, compartilhar e difundir REA simplesmente porque as práticas e modelos associados a REA estão alinhados a educação que queremos, mesmo que esse processo não seja eficiente, comparativamente. Podemos aprimorar nossas práticas enquanto “práticas abertas”, e não necessariamente em comparação com outro modelo mais eficiente. O foco excessivo em métricas leva a um grande risco, tão evidente na área de tecnologia educacional, da busca  por relações tênues entre o uso de recursos abertos e a melhoria do aprendizado (pra começar, vale ler um clássico. Quando o resultado não aparece, joga-se fora a iniciativa, mesmo que essa pudesse contribuir com outros objetivos. Esse não é, como nos demonstra a história, um caminho frutífero.

Foi também proposta uma discussão sobre os grandes temas da área, um rascunho chamado Foundations for OER Strategy Development. O documento está aí e disponível para comentários e sugestões (em inglês). É um resumo dos problemas, tensões e algumas sugestões para o movimento REA. Durante a discussão em grupo realizada no evento, questionamos o significado de um documento como esse. Precisamos, alguns perguntaram, de mais um documento de alto nível para apontar grandes problemas e questões? Dois documentos recentes apoiados pela Helwett seguem a mesma linha:

West, P. G., & Victor, L. (2011). Background and action paper on OER. The William and Flora Hewlett Foundation.

Atkins, D. E., Brown, J. S., & Hammond, A. L. (2007). A Review of the Open Educational Resources (OER) Movement: Achievements, Challenges, and New Opportunities. The William and Flora Hewlett Foundation.

Isso indica que ainda nos falta articulação e maturidade? Ou é um exercício de reflexão que precisa acontecer periodicamente?

*Tel Amiel é pesquisasor da UNICAMP, membro da comunidade REA Brasil, coordenador da Cátedra UNESCO em Educação Aberta e conselheiro do Instituto Educadigital.
*Esse texto foi publicado originalmente em Educação Aberta e possui licença CC-BY.

Mapeamento de REA para o Ensino Básico na América Latina

Projeto de mapeamento de Recursos Educacionais Abertos (REA) em português e espanhol para ensino básico na América Latina recebe 25 mil dólares da Fundação Hewlett para iniciar desenvolvimento. O grupo é coordenado por Tel Amiel (NIED/Unicamp) em parceria com Open Knowledge Brasil, Instituto Educadigital/REA.br e EPSOL, no Equador.


 O projeto

Inicialmente, haverá duas áreas de atuação, sendo o objetivo da primeira delas fornecer um mapa de até 5 dentre as mais relevantes iniciativas relacionadas a REA em cada um dos seguintes 24 países: Argentina, Chile, Guatemala, Colômbia, Guiana, México, Belize, Haiti, Nicarágua, Suriname, Bolívia, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru, Brasil, Cuba, Jamaica, Paraguai, Venezuela, República Dominicana, Equador e Uruguai.

Um estudo profundo de cada iniciativa será conduzido para obter informações sobre o número de recursos que possuem, o tipo de descrição (registros e metadados), o software utilizado, os serviços técnicos oferecidos (Search, RSS, OAI-PMH, SQI API services), a origem dos recursos, dentre outros. Ou seja, será elaborada uma pesquisa sistêmica com informações descritivas importantes.

O conteúdo das iniciativas pesquisadas consiste no chamado “ensino básico” (K-12, em inglês) nos idiomas português e espanhol. Esta definição busca combater a escassez de estudos e discussões globais sobre casos que não sejam referentes nem aos Estados Unidos, nem à Europa. Ao unir parcerias na América Latina, o projeto também pode ajudar a promover o intercâmbio de ideias e recursos entre estes países, sobretudo entre Brasil, o único lusófono, e os demais. Da mesma maneira, a opção pelo ensino básico contraria a tendência observada de se pesquisar apenas REA aplicados ao ensino superior.

Paralelamente, uma outra parte dos integrantes deverá fornecer uma meticulosa descrição e argumentação para a escolha de uma estrutura (framework) leve, de código aberto, baseada na web e de licença aberta, que seria a plataforma do mapeamento de iniciativas de REA em todo o mundo. Há uma outra importante opção a se destacar: a descentralização, ou federalização, em detrimento de um repositório central e unificado.

Fase 2

Após a reunião dos beneficiados, que ocorrerá em Abril, é possível que a Fundação Hewlett ofereça uma nova doação a um ou a alguns dos projetos já contemplados. Ainda que estejam indeterminadas estas informações, a continuidade de ao menos um projeto é esperada, já que todos serão protótipos de sistemas de mapeamento de todas as iniciativas globais em REA.

Neste momento, o foco do grupo será a construção da infra-estrutura definida que permitirá que sejam colhidos e conectados os múltiplos portais e iniciativas através de uma teia abertamente interligada de dados e de valores semânticos.

Por ser federado e descentralizado, o objetivo é permitir aos outros que “roubem este portal”, a fim de que façam a rede de recursos e a redundância dos dados crescerem. Dessa maneira, será permitido aos usuários a criação de coleções off-line para uso local dos REA, dado que a qualidade das conexões de Internet ainda é precária em algumas regiões da América Latina.

Realizadores

Tel Amiel é pesquisador do Núcleo de Informática aplicada à Educação (NIED/Unicamp. É coordenador do grupo de trabalho Educação Aberta, focado em realizar pesquisa e desenvolvimento em torno de configurações emergentes de ensino aprendizado envolvendo ambientes formais e não formais. Possui particular interesse na escola pública de ensino básico e atividades envolvendo novas mídias.

Everton Zanella Alvarenga é diretor executivo da Open Knowledge Brasil e tem participado nos último anos de diversos projetos que envolvem conhecimento livre, desde o desenvolvimento de softwares, até o acesso a recursos educacionais abertos. Trabalhou como consultor para a Wikimedia Foundation coordenando o Programa Wikipédia no Ensino no Brasil e trabalha com a Open Knowledge Foundation desde 2011, quando a sessão brasileira da organização foi proposta. Co-criou o projeto Stoa da Universidade de São Paulo, que visa criar um espaço público para a troca e produção de conhecimentos com foco em educação e ciência, e vem apoiando diversos projetos no contexto do movimento da cultura livre.

Xavier Ochoa é professor de Ciências da Computação na Escuela Superior Politécnica del Litoral (ESPOL), em Guayaquil, Equador. Junto a outros investigadores da região, coordena LACLO, a Comunidade Latino-Americana de Objetos e Tecnologías de Aprendizagem. Nesta comunidade nasceu a Iniciativa Latino-Americana de Livros de Textos Abertos (LATIn). Esta iniciativa busca a utilização de livros de texto de nível universitário, produzidos de maneira colaborativa e aberta por professores da região. Além deste projeto, Xavier participa da direção técnica de vários repositórios de material educativo a nível mundial, como é o caso de LA FLOR, na América Latina; ARIADNE, na Europa; e GLOBE, a federação mundial de repositórios. Seus interesses no campo da investigação estão ao redor de Tecnologias Educativas e, concretamente, em Analítica da Aprendizagem e Informática (medição da ciração e do consumo de informação).

Priscila Gonsales: Fellow Ashoka, máster em Educação, Família e Tecnologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca -Espanha, cursou Design Thinking no Centro de Inovação e Criatividade da ESPM-SP, tem pós-graduação em Gestão de Processos Comunicacionais pela ECA-USP e graduação em Jornalismo. Co-fundadora do Instituto Educadigital, atua na área de educação e tecnologia desde 2001. Como pesquisadora do CENPEC, coordenou o Programa EducaRede Brasil, uma iniciativa internacional de uso da Internet na educação presente em 8 países, que abrangia projetos de formação de educadores, comunidades virtuais de aprendizagem entre escolas, e elaboração de materiais didáticos de apoio, eletrônicos e impressos. Coordena o projeto REA.br desde 2011 e é uma das autoras do livro Recursos Educacionais Abertos.

 Texto adaptado de OKNF Brasil, publicado em 17/03/2014.