4ª Conferência Luso-Brasileira sobre Acesso Aberto

A 4ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto tem como objetivo promover o compartilhamento, a discussão, a geração e a divulgação de conhecimentos, práticas e pesquisas sobre o acesso aberto em todas as suas dimensões e perspectivas, servindo de catalisador à disseminação de políticas, pesquisa e desenvolvimento na área.

O evento será realizado na Universidade de São Paulo, no período de 6 a 9 de outubro de 2013 e pretende reunir interessados em atividades de pesquisa, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto à produção científica produzida em instituições luso-brasileiras de pesquisa e ensino superior.

Temas a serem tratados no âmbito da Conferência :

  • Políticas públicas de acesso aberto, mandatos em instituições de ensino, de pesquisa e desenvolvimento e em agências financiadoras de ciência
  • Softwares abertos, protocolos de interoperabilidade entre repositórios e outros sistemas de informação de apoio à atividade científica e acadêmica
  • Repositórios de publicações e dados científicos, revistas científicas e outros
  • Impacto do acesso aberto na comunidade científica e nos rankings tradicionais e alternativos
  • Acesso aberto para uma ciência e uma pesquisa aberta
  • Auto-arquivamento e envolvimento da comunidade científica na construção de repositórios
  • Direitos de autor

No dia 09/10, ocorrerá a oficina Gestão de Propriedade Intelectual para o Acesso Aberto ao Conhecimento Científico, em que pessoas do REA Brasil irão colaborar.

Ministrantes: Carolina Rossini– SPARC/ARL e conselheira OKFN Brasil e Projeto REA-Brasil (coordenação), John Wilbanks – Sage Bionetworks, Everton Zanella – OKFN Brasil, Alexandre Hannud Abdo – OKFN Brazil e USP, Debora Sebriam – Projeto REA Brasil e Instituto Educadigital

Carga horária: 03 horas

Programa:

Este workshop tem como objetivo proporcionar um espaço de debate e reflexão sobre o acesso aberto, recursos educacionais abertos e dados abertos como formas primordiais para publicação e gestão do conhecimento gerado na universidade pública.

Partindo de um mapeamento do atual estado de acesso aberto no Brasil, de exemplos de políticas implementadas em algumas universidades/países e da solidificação de conceitos sobre o acesso aberto e interoperabilidade legal e técnica, este workshop irá fornecer dicas e instruções sobre como divulgar seu trabalho por meio de estratégias de Acesso Livre, assim como proteger seus direitos de autor na cultura digital. O debate tratará de questões institucionais relacionadas a transferência de tecnologia e respectivas estratégias de embargo de depósito e publicação.

Também englobará exercícios práticos e guiados para que os participantes compreendam melhor sobre as licenças do Creative Commons, GPL e outras licenças em geral, e aprendam como escolhê-las, implementá-las, como interoperam com outras licenças e como medir seu impacto.

Informações complementares

Verifique a programação completa no site oficial.

Estados Unidos: lei de acesso à pesquisa financiada pelo governo é apresentada

Deputados americanos apresentaram em fevereiro passado, legislação para aumentar a abertura, transparência e acessibilidade dos resultados de pesquisa científica com financiamento público.


A Fair Access to Science and Technology Research Act (FASTR) exige que as agências federais com orçamentos anuais de pesquisa na ordem de US$ 100 milhões ou mais, devem oferecer ao público o acesso online para pesquisas decorrentes da investigação financiada pelo governo no prazo de seis meses após a publicação.

Na opinião do deputado Mike Doyle, este projeto vai dar ao povo americano maior acesso aos resultados de pesquisas científicas que foram pagas pelos contribuintes, e ainda, uma maior colaboração entre os pesquisadores poderá acelerar a inovação científica.

Para o deputado Zoe Lofgren, a lei beneficia a comunidade científica que pode colaborar e compartilhar resultados impulsionando descobertas futuras e os contribuintes não deveriam ser obrigados a pagar duas vezes pela pesquisa financiada pelo governo federal.

Alguns pontos da lei:

  • Exigir de departamentos e agências federais, com um orçamento anual de pesquisa de US$ 100 milhões ou mais, se financiado total ou parcialmente por um departamento ou agência governamental, a apresentar uma cópia eletrônica do artigo final que foi aceito para publicação.
  • O artigo deve estar em um repositório digital mantido por essa agência ou em outro repositório adequado que permita o acesso público gratuito, interoperabilidade e preservação a longo prazo.
  • Exigir que cada artigo financiado pelo contribuinte seja disponibilizado online e sem custo para o público, no prazo máximo de seis meses após publicação.
  • Exigir das agências a verificação de opções de licenciamento aberto para trabalhos de pesquisa que disponibiliza ao público, como resultado da política de acesso público, iria promover a reutilização produtiva e análise computacional dos trabalhos de pesquisa.

Leia mais aqui.