Currículo+: plataforma REA da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo

O Projeto Currículo+ é uma iniciativa integrante do Programa Novas Tecnologias – Novas Possibilidades da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP). A plataforma traz sugestões de conteúdo digital (vídeos, animações, jogos digitais, simuladores, infográficos e áudios) como recurso pedagógico complementar, selecionados segundo o Currículo do Estado de São Paulo.A SEE/SP, a partir de desenvolvimento do projeto Currículo+, foi parceiro na construção da plataforma Escola Digital e no âmbito da estrutura física das plataformas,  o Currículo+ é uma “obra adaptada” da “obra original” Escola Digital  (uma vez que a licença “aberta” da plataforma Escola Digital permite que esta ação seja realizada).

Todos os conteúdos mapeados pela equipe responsável pela seleção e sugestão de conteúdos do Currículo+ são continuamente compartilhados com o Escola Digital, e vice-versa.  Dessa forma, quem ganha são os professores e alunos do Estado de São Paulo e do todo o Brasil.



É importante especificar que dentro da plataforma cada recurso mapeado apresenta uma ficha técnica de cada conteúdo sugerido e traz o tipo de licença da obra (licença “aberta” ou protegida nos termos da lei de Direitos Autorais). É necessário que o usuário fique atento a essas informações para identificar possíveis restrições quanto a ações específicas de uso, mesmo no caso dos conteúdos com licença aberta.

 Navegue: curriculomais.educacao.sp.gov.br 

Portal e-Unicamp disponibiliza conteúdo aberto

Lançado oficialmente há dez dias e com ampla divulgação na imprensa, o Portal e-Unicamp promete compartilhar o conhecimento gerado na universidade livremente à todas as pessoas.

O e-Unicamp foi desenvolvido com o intuito de impulsionar o uso de tecnologias educacionais que permitem a criação de novos relacionamentos entre professores, alunos e a comunidade em geral, visando a instigar a aprendizagem e disseminar o conhecimento a todos de forma simples e gratuita.

Não é preciso um login para ter acesso aos conteúdos e o site disponibiliza vídeos, animações, simulações, ilustrações e aulas, materiais criados pelos próprios professores da Unicamp.

A grande inovação da Unicamp em relação ao Unesp Aberta e ao e-Aulas da USP, é disponibilizar todos os materiais ou informações sob licenças flexíveis do Creative Commons, a CC-BY-NC-SA (use, copie, distribua, adapte, remixe – desde que – você atribua autoria, não faço uso comercial e compartilhe o material criado sob a mesma licença)

O grande “C” (copyright) na home do site, sem dúvida confunde, e pode gerar interpretações diferentes do que o objetivo do projeto deseja e comunica. Nenhum dos conteúdos testados por nós em todas as categorias disponíveis (imagem, animação e vídeo) acompanha indicativo de licença. Somente quem lê os termos de uso “descobre” o que pode ou não fazer com os conteúdos, fato que com certeza, dificulta a compreensão de quem acessa sobre as condições de uso.

O portal também disponibiliza a ferramenta de autoria ToolDo – software livre, que proporciona a criação de conteúdo multimídia organizado hierarquicamente em aulas, tópicos e páginas, oferece recursos que contribuem para a ampliação das possibilidades de ensino e aprendizagem. Tais recursos podem ser acessados e utilizados via Internet, sem necessidade de instalação de algum software específico. O produto final gerado é um endereço web de exibição do conteúdo, cuja navegação é fácil e dinâmica. Lembrando que somente os professores com vínculo institucional poderão utilizar o Portal e-Unicamp para publicar materiais didáticos.

Esperamos que a Unicamp facilite cada vez mais a compreensão do usuário em relação ao conteúdo aberto, e que além de licenças abertas, os formatos de conteúdo também sejam considerados.

Será que mais universidades adotarão esse modelo mais aberto? Vamos esperar pra ver!

YouTube já conta com 4 milhões de vídeos licenciados em Creative Commons

Cathy Casserly, CEO da Creative Commons, escreveu um artigo no blog oficial do YouTube  comemorando os 4 milhões de vídeos publicados no site com a licença CC, que podem ser “reutilizados, remixados e reimaginados”.

Casserly convida os usuários a reutilizar o material, que está disponível para recriação. Segundo ela, o YouTube agrega a maior quantidade de vídeos do mundo sob a licença e, desde que disponibilizou a opção CC BY e criou sua biblioteca de vídeos copyleft no ano passado, já foi liberado o equivalente a mais de 40 anos de material audiovisual.

“Qualquer um, em qualquer lugar, pode editar, criar obras derivadas e republicar a biblioteca de vídeos gratuitamente graças à licença de atribuição em Creative Commons”, escreveu ela.

Entre as várias licenças Creative Commons, o YouTube optou apenas pela CC-BY 3.0, que permite remix e compartilhamento livre desde que a autoria e a licença sejam mencionadas na nova versão.

“Graças à CC BY, é fácil pegar emprestado imagens de vídeos de outras pessoas e inserir no seu próprio, porque a licença lhe concede permissões específicas para fazê-lo contanto que você dê crédito ao autor original”, escreveu Casserly.

“Ao permitir que outras pessoas brinquem com os seus vídeos, você os deixa entrar em uma caixa de areia global, dando início a uma equipe mundial de colaboradores. Todos nós ansiamos por criar e contribuir – agora você pode participar da diversão e abrir a porta à imaginação coletiva”, completou.

Veja aqui como utilizar a licença Creative Commons no YouTube.

Fontes:

Estadão e Blog Oficial do Youtube

Curso sobre educação aberta e REA incentiva o remix

O pesquisador Tel Amiel, do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Unicamp, coordenou um curso sobre educação aberta e recursos educacionais abertos incentivando o remix de recursos educacionais de acordo com a realidade dos alunos e professores, seus equipamentos e preferências. Foram dois conjuntos de seminários, realizados entre fevereiro e maio, maio e julho, respectivamente, envolvendo participantes de atuações variadas: professores da rede pública, gestores educacionais com interesse em REA, acadêmicos e alunos de áreas da pedagogia, computação e licenciaturas. Alguns deles vieram de instituições estadunidenses, já que os seminários foram feitos em cooperação com o programa de intercâmbio do CAPES-FIPSE, realizado entre Unicamp e Universidade Federal do Ceará no Brasil e as universidades da Geórgia e Estadual de Utah, nos EUA. Os participantes brasileiros, portanto, também estiveram – alguns ainda estão – nas universidades dos EUA.

A escolha pelo foco no remix e no reuso (apesar de também ter ocorrido produção de recursos), especialmente partindo da perspectiva dos professores do ensino básico público, deu-se por conta da importância dessa etapa para que o compartilhamento seja efetivo e garanta o uso do que já existe na internet – somente uma pequena parte do que está disponível é em português. “Muitas vezes, por causa não apenas de licenças, mas também de sistemas, diferenças nos contextos no processo de ensino-aprendizagem, de idiomas, o professor acaba optando por criar seu recurso do zero. Torna-se a opção mais fácil”, afirma Tel Amiel. A ideia central dos seminários foi ajudar a problematizar a transformação de recursos já existentes, pensando em questões culturais, recursos físicos e condições de trabalho de professores e alunos. Como base, foram feitas leituras específicas, discussões e tarefas durante os encontros semanais de duas horas de duração.

Já estão no ar as ementas de dez artigos, além de reflexões dos alunos sobre REA. Até o final do ano, uma biblioteca digital conterá todos os resumos críticos (em português) dos artigos em inglês utilizados nos seminários. Uma lista de repositórios focados em recursos abertos estará disponível até o final de outuro. Paralelamente, alunos participantes do seminário criaram, por meio do remix, um Caderno de orientação sobre REA para professores do ensino básico que será publicado também em outubro e servirá de base para oficinas a serem realizadas com o corpo docente de escolas públicas.  Tudo em CC-BY.

O projeto de intercâmbio de alunos termina em 2012, quando acaba o financiamento do CAPES. Mas as atividades continuam, com novos seminários, e existe a intenção de que um curso aberto seja ofertado na Unicamp.

Para conhecer parte do programa de discussões e leituras, acesse http://educacaoaberta.org/rea/.

Para saber mais sobre um simpósio internacional sobre remix e cultura promovido na universidade de Utah como parte do programa, acesse http://educacaoaberta.org/rea/eventos/symposium. Os anais também serão publicados em outubro.