O auditório Teotonio Vilela, na Assembleia Legislativa de São Paulo, permaneceu lotado desde as 10 da manhã, quando começou o seminário REA, até as 18 horas, quando ele se aproximava do final. Educadores, jornalistas, editores, advogados e militantes da internet livre ajudaram a garantir a qualidade dos debates, o que, para o projeto REA Brasil, serve como a indicação dos melhores e mais democráticos caminhos possíveis.
A primeira mesa, aberta pela coordenadora do projeto REA Brasil Bianca Santana e pelo deputado estadual Simão Pedro, grande apoiador da causa sem o qual o evento não teria sido possível, resumiu compromissos de cada participante com os REA. Seguiu-se o cronograma com as quatro mesas previstas e a desconferência, com uma dinâmica mais informal e a participação de todos os que desejassem se colocar.
“Sem formatos abertos não existem recursos educacionais abertos”, afirmou o professor da UFABC Sergio Amadeu da Silveira, introduzindo a segunda mesa, que tratou da importância na consonância do contexto atual para a plena consolidação dos REA. John Wilbanks, do Creative Commons, esclareceu questões relacionadas às licenças e apresentou números que comprovam o uso em massa delas pelo mundo: só no Flickr, site de compartilhamento de imagens, são mais de 190 milhões de fotos licenciadas em CC.
Experiências públicas, como o Projeto Folhas, e novas iniciativas privadas, como o portal OCW do Colégio Porto Seguro e o projeto do Colégio Dante Alighieri foram apresentadas, encorpando ainda mais o cabedal brasileiro de recursos educacionais abertos e colocando nosso país entre os mais avançados na área, como disse o ex-diretor de elearning e educação aberta do estado de Washington, Cable Green.
Braulio Araújo, do GPOPAI, abriu as apresentações da terceira mesa oferecendo esclarecimentos importantes acerca do funcionamento do mercado editorial e da forma como os direitos autorais – ou empresariais, como ele preferiu definir para o caso, por conta de o maior retorno financeiro permanecer com as editoras – são recolhidos. Pouco depois, Guilherme Canela, da Unesco, ressaltou a importância de também se atentar a problemas gerais da educação quando se pensa em REA.
A última mesa, dedicada à elaboração de políticas públicas, foi concluída com uma apresentação da coordenadora do projeto REA Brasil Carolina Rossini. Todas as apresentações e fotos do evento estão disponíveis aqui e aqui, respectivamente.
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