quarta-feira, 28 de abril de 2010
Vanessa e Adriana, do EducaRede, participaram do encontro na Casa da Cultura Digital, no dia 27, e nos alegraram com este excelente relato • O texto foi publicado originalmente no EducaRede por aí.
por Vanessa Rodrigues (@vanerodrigues), coordenadora de Comunicação Estratégica do Programa EducaRede Brasil
Logo de cara, quando você entra nesta charmosa vila italiana na Barra Funda, a vontade que dá é a de ficar pelos jardins jogando conversa fora! A vantagem é que com o pessoal que circula por lá, mesmo a conversa fiada pode resultar numa ideia nova, numa troca, numa descoberta, num novo saber.
Na tarde desta terça-feira (27), Adriana Vieira (@adrianasv) e eu estivemos na Casa da Cultura Digital participando do Encontro Recursos Educacionais Abertos: um diálogo internacional para a construção de projetos e políticas públicas.
Você sabe o que são Recursos Educacionais Abertos (REA)?
Quaisquer materiais educacionais que possam ser utilizados, alterados, remixados e compartilhados livremente por todas as pessoas. São livros, planos de aula, softwares, jogos, resenhas, trabalhos escolares, vídeos, áudios, imagens e outros recursos compreendidos como bens educacionais essenciais ao usufruto do direito de acesso à educação e à cultura. Leia o folder de divulgação, aqui.
Junto com a gente, Anderson Alencar, do Instituto Paulo Freire, cujos conteúdos estão em sua maioria sob licença Creative Commons (CC), e Fernanda Campagnucci, do Ação Educativa, que ao apresentar o site Observatório da Educação comentou: “Em geral, o professor nunca é considerado fonte de informação na imprensa”. Estiveram também o advogado especialista em direitos intelectuais, Guilherme Carboni, as educadoras Barbara Dieu e Lilian Starobinas (@liliansta) e muito mais gente interessante.
Da Casa da Cultura Digital, Carolina Rossini (@carolinarossini), cuja frase pegamos emprestada para dar título a este post, Bianca Santana (@biancasantana), ambas do REA-Brasil, Luciana Scuarcialpui, do P2PU, e Sergio Amadeu (@samadeu), que chegou depois.
Além disso, contamos com convidados internacionais: Richard Baraniuk, do Projeto Connexions – plataforma que permite aos professores compartilhar e modificar os materiais livremente, em qualquer lugar do mundo; e Eric Frank, da Flat World Knowledge – que publica e compartilha livros escolares online grátis para download.
Os trabalhos – O evento seria dividido em duas partes: a primeira, uma rodada de apresentação, e a segunda, já com os grupos de trabalho, na qual nos reuniríamos para trocar idéias e conversar sobre “multilinguismo”, “licenças livres”, “formatos e padrões livres” e por aí. No meio disso, o “Café na Vila”, que era isso mesmo: o café… na vila!
Tudo seguiu conforme o combinado até a hora do café, que se manteve, felizmente. Luciana, que mais tarde iria nos apresentar o P2PU, se encarregou da mesa de pãezinhos, suquinhos e uma maravilhosa torta de ricota, tão boa que todos pediram, brincando, que a receita tivesse licença Creative Commons!
No entanto, as duas partes tiveram que se resumir a uma. O interesse em conhecer as ações presentes fez com que a formação de grupos de trabalhos fosse adiada para um próximo encontro.
Adriana apresentou o portal EducaRede como um espaço de compartilhamento de informação livre e gratuita, enfatizando que embora nossas publicações ainda não tenham o selo CC, todo o nosso material impresso está disponível para download. Destacamos também a rede social educativa Minha Terra como uma ação inovadora ao trabalhar redes sociais e web 2.0 na escola, publicando conteúdos elaborados de maneira colaborativa entre educadores e estudantes.
Muitas coisas foram ditas e conhecimentos trocados. Para você entender melhor, deve clicar em todos os links disponíveis neste post, conhecer as ações e procurar o pessoal da Casa de Cultura Digital caso queira se envolver mais no assunto. Você também pode saber mais sobre este Encontro, clicando na tag #reabr no twitter (@educaredebrasil e @reanetbr).
Enquanto isso, saiba que para ser considerado REA um conteúdo precisa estar:
• licenciado de maneira flexível, por meio de licença Creative Commons.
• publicado na internet.
• num formato acessível a quem utiliza diferentes softwares. Ou seja, PDFs não servem, já que não podem ser editados, mexidos e adaptados.
O Creative Commons (CC) disponibiliza opções flexíveis de licenças que garantem proteção e liberdade para artistas e autores e têm sido adotadas por várias instituições e projetos que querem disponibilizar seus conteúdos livremente na rede. Siga o Creative Commons no twitter: @CC_Br