Robótica do MEC terá materiais pedagógicos abertos

Seja para uso dos alunos ou dos professores, licenciamento em Creative Commons passa a ser critério para compra pública para a área no Ministério da Educação


Mais uma vitória para a educação aberta na política educacional brasileira. O Ministério da Educação (MEC) lançou edital com exigência de licença aberta nos equipamentos e materiais de apoio pedagógico para projetos de robótica educacional que serão adquiridos por meio de compras públicas.


CC-BY-SA (https://www.flickr.com/photos/svofski/)

Por meio do Pregão Eletrônico nº 4/2018 o governo federal receberá registro de preços. Trata-se de um investimento estimado na casa de R$100 milhões de reais. Todo o material de apoio pedagógico, tanto para docentes quanto para alunos, deverá ser licenciado abertamente, fazendo uso de uma licença Creative Commons Atribuição Não-Comercial (CC-BY-NC). Isso permitirá que professores, alunos e outros interessados em robótica educacional possam adaptar, complementar, remixar e compartilhar os materiais sobre robótica livremente, desde que não façam uso comercial das obras.

Vale assistir a reportagem sobre a iniciativa, que também entrevistou especialistas que chamam a atenção para o fato de apenas distribuir equipamentos não ser o bastante, mas sim um trabalho educativo consistente. Segundo o MEC, esse investimento em robótica educacional segue a orientação pedagógica para a área recém-lançada, particularmente o Programa de Inovação Educação Conectada, que visa “fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica”.

A política de licenciamento aberto adotada nessa nova aquisição vem ao encontro do trabalho de formação e apoio pedagógico a gestores do MEC que vem sendo realizada pela Iniciativa Educação Aberta e ao Compromisso #6 do 3º Plano de Ação da Parceria Governo Aberto, o que também gerou, pela primeira vez na história, um edital do Programa Nacional do Livro Didático com exigência de licenciamento aberto para o material do professor, saiba mais em PNLD 2019.

Para ter acesso à documentação do pregão de robótica, é necessário acessar o portal de Compras do governo e seguir as orientações.

Licenças Creative Commons: flexibilizando os usos das obras criativas

Sempre que escrevemos um texto, tiramos uma foto, filmamos um vídeo ou compomos uma música, automaticamente os direitos autorais são atribuídos a nós mesmo que isso não seja declarado explicitamente. A legislação brasileira (Lei 9.610/1996) protege o autor ou o detentor dos direitos autorais no momento em que a obra é criada. Ou seja, se você usar um texto, imagem, vídeo ou qualquer outro tipo de recurso, esteja publicado na internet ou não, mesmo citando a fonte, mas sem autorização prévia do autor ou do detentor legal do direito autoral, você estará infringindo a lei.

Como a internet vem revolucionando as formas como as obras criativas podem ser distribuídas e reutilizadas por toda a sociedade, a Lei de Direito Autoral brasileira vem sendo rediscutida desde 2010 e existe um projeto de reforma que foi iniciado por consulta pública. Para saber mais, leia este artigo.

Vale lembrar que a questão do direito autoral vem sendo debatida no mundo todo a partir do novo contexto da sociedade digital. Nesse processo, enquanto não ocorre a mudança necessária, já existe uma maneira de driblar a rigidez desse sistema baseado no “todos os direitos reservados”. As licenças Creative Commons (CC) garantem o direto autoral ao autor da obra ao mesmo tempo que flexibilizam os usos que podemos fazer. As licenças CC possibilitam ao autor decidir que usos são permitidos, tais como cópia, distribuição, recombinação e adaptação

Hoje disseminado para mais de cem países (inclusive o Brasil), o CC tem respaldo legal e uma versão digital (camada HTML que permite que motores de busca como o Google consigam encontrar o conteúdo).

Escolher e adotar uma licença CC é muito fácil, basta acessar o site  e responder a duas perguntas:

  1. Quero permitir uso comercial ou não?
  2. Quero permitir adaptações ou não?

A combinação dessas respostas envolve quatro condições básicas: atribuição, uso não comercial, não a obras derivadas e compartilhamento pela mesma licença. Essas quatro condições combinadas geram 6 tipos de licença que vão da mais flexível à mais restritiva:

  • CC-BY (atribuição): permite que outros distribuam, recombinem (remixem), adaptem ou criem obras derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado crédito ao autor.
  • CC-BY-SA (atribuição + compartilhamento pela mesma licença): permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas ainda que para fins comerciais, contanto que o crédito seja atribuído ao autor e que essas obras sejam licenciadas sob essa mesma licença.
  • CC-BY-NC (atribuição + uso não comercial): permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
  • CC-BY-ND (atribuição + não a obras derivadas): permite a redistribuição, comercial e não comercial, desde que o trabalho seja distribuído inalterado e no seu todo, com crédito atribuído ao autor.
  • CC-BY-NC-SA (atribuição + uso não comercial + compartilhamento pela mesma licença): permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, desde que atribuam a você o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.
  • CC-BY-NC-ND (atribuição + uso não comercial + não a obras derivadas): permite que outros façam download dos seus trabalhos e os compartilhem, desde que atribuam crédito a você, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.

É muito importante que a licença escolhida esteja visível no material e, ao publicá-lo na internet, é igualmente importante usar o código html que o gerador de licenças dá na página web de publicação. Dessa forma, sempre que alguém usar motores de busca como Google, que oferece a opção de pesquisa por direito autoral em sua busca avançada, vai encontrar a sua obra no tema pesquisado.

Se você usa serviços como Youtube, Vimeo, Flickr, Picasa, Slideshare, Scribd, Soundcloud, Wikimedia Commons também é possível escolher a opção de filtrar conteúdo apenas com licenças Creative Commons na busca avançada, além, é claro, de escolher uma licença ao fazer o upload do arquivo.

Apesar dos avanços e de um número cada vez maior de pessoas que entendem e adotam licenças abertas em suas obras criativas, ainda pode ser um pouco confuso entender o que de fato significam as licenças e como referenciar as obras corretamente. Uma maneira de identificar sites que contenham licenças CC e de ver como fazer a atribuição é usar O Open Attribute, uma extensão que funciona em seu navegador de internet e marca o endereço URL com um símbolo CC, caso exista material licenciado na página visitada.

Encontrar material licenciado abertamente ainda é um desafio, mas já existem diversas opções para quem busca repositórios, imagens, vídeos, apresentações, documentos e etc. O site REA.br criou recentemente a seção “Mão na Massa” que traz um levantamento de locais em que se pode encontrar material aberto.

As licenças CC são perpétuas e gratuitas, ou seja, não têm data de validade e não é necessário fazer qualquer pagamento para a  utilização. Ao usar esse tipo de licença declaramos ao mundo a nossa vontade de uma maneira legal, contribuímos com a disseminação do conhecimento e contribuímos com o espírito colaborativo da internet convidando outras pessoas a fazer parte dessa cultura. Veja aqui um pequeno vídeo sobre CC:



Para saber mais:
Creative Commons – https://creativecommons.org/licenses/

Branco, S., Britto, W. O que é Creative Commons? Novos modelos e direito autoral em um mundo mais criativo. Acesso em 18 maio de 2015.

O Estado do Commons

Na sua essência, o Creative Commons é uma ideia simples. É a ideia de que quando as pessoas compartilham sua criatividade e conhecimento com o outro coisas incríveis podem acontecer. Não é uma ideia nova. As pessoas adaptam e constroem sobre o trabalho de outros por séculos. Músicos usam batidas da música de outro autor. Artistas criam novas obras a partir de imagens de outras pessoas. Professores trocam atividades e planos de aula entre si.

O Creative Commons acredita que o compartilhamento é uma das formas que a sociedade tem de crescer, é como a cultura se desenvolve e como a inovação acontece. Acreditamos, também, que o direito autoral pode muitas vezes ficar no caminho, geralmente sem a intenção do portador dos direitos autorais. É por isso que a licenças Creative Commons foram criadas.

Milhões de criadores usam as licenças do CC para dar aos outros permissão para usar o seu trabalho. Esses milhões de usuários são a prova de que o Creative Commons funciona.

Mas medir o tamanho dos Commons sempre foi um desafio. Não há nenhum repositório central ou catálogo de obras licenciadas pelo CC. Portanto, é impossível dizer com precisão quantos trabalhos licenciados existem, onde se encontram as pessoas que estão usando as licenças Creative Commons e como estão usando.

Este relatório dá um grande passo em direção a uma melhor medição do tamanho dos Commons. Todos os dados e metodologia estão compartilhados aqui.

Fonte: State of the Commons

Infográfico: O Estado do Commons

A crescente adoção de licenças abertas em livros didáticos

Em recente publicação, Cable Green – diretor de aprendizagem do Creative Commons, classifica a atual indústria do livro como “inchada e ineficiente”. Como exemplo, Green usa o estado de Washington nos Estados Unidos, onde aponta que o estado gasta US$ 130 milhões na compra de livros didáticos anualmente, totalizando um gasto médio de US$ 130 por criança a cada ano. Ele ainda chama a atenção para o fato do período de duração previsto para os livros que é de aproximadamente 5 anos, resultando que as crianças não podem ficar com os livros ou escrever neles. Esses livros estão disponíveis apenas no formato em papel e muitas vezes são entregues aos alunos com 7 a 10 anos de defasagem.

Como alternativa a esse modelo, Cable Green aponta uma solução simples. Ao invés de gastar 130 milhões de dólares por ano, o estado poderia realizar um investimento único de US$ 100 milhões. O governo poderia fazer um chamado aos professores/autores que quisessem participar, inclusive atraindo excelentes professores universitários e a condição seria ter um livro didático com licenças abertas (como as do Creative Commons), afinal, esse material didático é pago com o dinheiro vindo dos impostos dos contribuintes.

Baseado nesse novo modelo, a propriedade intelectual que resulta destas compras seria de propriedade do público e o estado custearia somente a atualização dos livros anualmente, investindo cerca de US$ 10 milhões por ano, o que significaria uma economia significativa de US$ 120 milhões anuais. Além de ser gratuito para download online, as escolas poderiam imprimir versões em papel por menos de US$ 5 por cópia. E talvez, mais importante que o próprio preço final, seria permitido às crianças permanecer com o livro.

As chamadas licenças Creative Commons comemoraram 10 anos em dezembro passado (2012). Embora o estado de Washington ainda tenha que adotar uma reforma referente as compras públicas de material didático para as escolas, vários governos, tanto nos Estados Unidos, como em outros países ao redor do mundo, estão avançando nessa discussão e implementado políticas baseadas nos Recursos Educacionais Abertos, para baratear o custo, aumentar o acesso e prover o uso mais eficiente do dinheiro público, rompendo com a indústria anacrônica do livro.

A filosofia por trás deste objetivo é simples, “o público deve ter acesso ao que é pago com dinheiro público”, diz Green. O slogan é “comprar um, obter um”. Se você comprar algo, você deve ter acesso a ele. No início de 2013, o Federal Reserve Bank de Nova York, anunciou que a dívida do empréstimo a estudantes chega a cerca de US$ 1 trilhão e uma contribuição significante para o crescimento desse montante tem sido o aumento do custo de livros.

No cenário brasileiro, o Município e o Estado de São Paulo são os grandes pioneiros em matéria de políticas públicas que garantam a economia aos cofres públicos através do bom uso dos impostos dos contribuintes e acesso da população ao material comprado pelos governos. Em 2011, a Secretaria de Educação Municipal via decreto, instituiu política de Recursos Educacionais Abertos, adotando licenças Creative Commons e conforme relatos do ex-Secretário de Educação, Alexandre Schneider, possibilitou a outras redes de ensino, normalmente pequenas e com pouco orçamento, a adotarem as obras disponibilizadas na internet a custo zero e sem burocrática, uma vez que, a autorização de distribuição já está na própria licença de uso escolhida.

Como relatamos exaustivamente aqui no site e nas redes sociais do Projeto Rea Brasil, no fim de dezembro de 2012, a Assembleia Legislativa do Estado aprovou o PL 989/2011, que a exemplo do município, também instituiu a política de disponibilização de Recursos Educacionais comprados ou desenvolvidos por subvenção da administração direta e indireta no Estado de São Paulo. A lei agora precisa ser sancionada pelo governador, e por isso, é de máxima importância que todos nós membros da comunidade REA Brasil, estejamos atentos a essa questão. (Ver mais aqui e aqui).

Um relatório da California State Auditor, realizado em 2008, constatou que o custo médio anual de livros da faculdade era de até US$ 905 e os custos estão aumentando em quatro vezes a taxa de inflação. Segundo o relatório, os livros didáticos podem ter 60% dos custos totais dos alunos que cursam as faculdades comunitárias. Uma pesquisa revelou que 7 em cada 10 estudantes universitários irão evitar a compra de um livro texto por causa do alto preço.

A 20 Million Minds Foundation, uma organização sem fins lucrativos da Califórnia que defende e cria seus próprios livros com licenças abertas, estima que os alunos de faculdades da Califórnia sozinhos gastam 186 milhões de dólares por ano em livros didáticos, e prevê que a adoção de livros didáticos abertos poderia gerar um economia de até US$ 162 milhões.

Legisladores dos Estados Unidos, muitos lidando com orçamentos apertados, estão olhando para esses números. Ao longo dos últimos anos os organismos locais e nacionais, em um esforço para reduzir os custos, tem optado por adotar recursos educacionais abertos e os resultados até agora têm sido animadores.

No Brasil, o Gpopai (Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação – USP), realizou em 2008, um estudo sobre o acesso ao livro didático e ao livro técnico-científico no Brasil. O estudo constatou quero custo em 10 diferentes cursos na USP variava entre R$ 3.344,75 e R$ 5.810,46. Para mais de 70% dos estudantes, esse valor era superior à renda mensal de toda a família.

David Wiley, fundador da Open High School, é um dos pineiros do movimento de educação aberta. Entre os diversos projetos em que participa, desde 2010, ele trabalha com escolas públicas para introduzir um programa piloto de livros didáticos abertos para aulas de ciências do ensino fundamental e médio. As faculdades de ciências que participam do programa se reúnem uma vez por ano para examinar atuais opções de livros didáticos abertos para atualizar o material com o bojetivo de atender as suas necessidades. Lá, os distritos usam um serviço de impressão sob demanda, como CreateSpace da Amazon, para distribuir os livros para os alunos. Até agora, o programa piloto chegou a cerca de 6.000 alunos e a perspectiva é expandir para todos os 75.000 alunos.

No Brasil, especificamente na educação básica, temos a experiência do Projeto Folhas e do Livro Didático Público, implementada entre 2003 e 2010 no Estado do Paraná. O projeto Folhas foi basicamente um processo de formação continuada dos professores, por meio da produção colaborativa de textos de conteúdos pedagógicos, que constituíram material didático para os alunos e apoio ao trabalho docente. Devido a uma demanda da época (a compra de livros didáticos para o ensino médio), do Projeto Folhas acabou nascendo a ideia do Livro Didático Público.

Dean Florez, um ex-líder do Senado da Califórnia e agora CEO da Fundação 20 Million Minds, tem desempenhado um papel ativo na passagem de legislação específica em seu estado, que destinará 5 milhões de dólares para desenvolver livros abertos para os estudantes universitários. “A questão sempre foi simplesmente como fazer o corpo docente adotar esses livros, a adoção sempre foi a barreira”, diz ele.

Florez diz que os professores universitários estão cientes do aumento dos custos para os alunos (e provavelmente ficam irritados quando eles não compram os livros). Mais importante para eles é que os livros didáticos abertos tenham as mesmas características interativas e de qualidade dos livros que eles já estão acostumados. “Eles tem de ver todos os objetivos de aprendizagem, todos os tipos certos de gráficos, os diagramas que estão nos livros [tradicionais]”, diz ele.

Esse texto foi adaptado e contem tradução livre de The Growing Adoption of Creative Commons Textbooks, escrito por Simon Owens.

Amazon força Unglue.it a suspender publicação de ebooks com licenças Creative Commons

A plataforma de crowdfunding Unglue.it tem como propósito financiar a publicação online de títulos esgotados em licença Creative Commons. No modelo adotado por eles, o autor do livro estipula um determinado valor para que o livro passe a circular sem restrições. Quando uma campanha bate a meta estabelecida pelos detentores de direitos, a Unglue.it paga-lhes um valor estabelecido para licenciar o seu trabalho. Essas licenças tornam a edição livre e legal para todo mundo ler, copiar e redistribuir, em todo o mundo. 

No início de agosto, o site paralisou todos os projetos, pois recebeu a seguinte notícia: o seu sistema de pagamento, o Amazon Payments, não prestará mais serviços. Segundo o fundador do Unglue.it, o representante da Amazon disse que o problema não é o crowdfunding em si, pois Amazon Payments continua a trabalhar com o Kickstarter (outra plataforma semelhante).

Segundo uma matéria publicada na Wired, Amazon argumentou que o modelo da Unglue.it se diferencia de outras plataformas de crowdfunding e que a companhia não poderia dar suporte à esse modelo em função das particularidades do serviço. A Amazon não especificou qual era exatamente o problema.

No seu blog, os representantes do  Unglue.it estimulam as pessoas que acreditam no seu serviço e modelo de negócio a continuarem enviando sugestões de livros para relançamento e escreveram que um dia as pessoas se admirarão pelo fato de terem sido obrigadas a pagar pelos ebooks ao invés de ter livre acesso à eles!

Apesar da Amazon ter os obrigado a anular todas as autorizações pendentes, esse fato não afeta a publicação do ebook Oral Literature in Africa Campaign, produzido pela editora Open Book Publishers. Esse ebook está quase pronto para o lançamento e estará disponível sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) para usar, compartilhar, traduzir, remixar!

As redes sociais tem contribuído para que várias pessoas em todas as partes do mundo deixem seu apoio a iniciativa da plataforma crowdfunding!

Parece que novos modelos de negócio incomodam “muita gente” não?

Fontes:

Catarse –  Crowdfunding, Creative Commons e Amazon

Unglue.it – Open thread: Amazon forces Unglue.it to Suspend Crowdfunding for Creative Commons eBooks

Wired – Amazon Payments suspends contract of ebook crowdfunding platform Unglue.it

YouTube já conta com 4 milhões de vídeos licenciados em Creative Commons

Cathy Casserly, CEO da Creative Commons, escreveu um artigo no blog oficial do YouTube  comemorando os 4 milhões de vídeos publicados no site com a licença CC, que podem ser “reutilizados, remixados e reimaginados”.

Casserly convida os usuários a reutilizar o material, que está disponível para recriação. Segundo ela, o YouTube agrega a maior quantidade de vídeos do mundo sob a licença e, desde que disponibilizou a opção CC BY e criou sua biblioteca de vídeos copyleft no ano passado, já foi liberado o equivalente a mais de 40 anos de material audiovisual.

“Qualquer um, em qualquer lugar, pode editar, criar obras derivadas e republicar a biblioteca de vídeos gratuitamente graças à licença de atribuição em Creative Commons”, escreveu ela.

Entre as várias licenças Creative Commons, o YouTube optou apenas pela CC-BY 3.0, que permite remix e compartilhamento livre desde que a autoria e a licença sejam mencionadas na nova versão.

“Graças à CC BY, é fácil pegar emprestado imagens de vídeos de outras pessoas e inserir no seu próprio, porque a licença lhe concede permissões específicas para fazê-lo contanto que você dê crédito ao autor original”, escreveu Casserly.

“Ao permitir que outras pessoas brinquem com os seus vídeos, você os deixa entrar em uma caixa de areia global, dando início a uma equipe mundial de colaboradores. Todos nós ansiamos por criar e contribuir – agora você pode participar da diversão e abrir a porta à imaginação coletiva”, completou.

Veja aqui como utilizar a licença Creative Commons no YouTube.

Fontes:

Estadão e Blog Oficial do Youtube

Processo de abertura dos cursos livres do SERPRO

Ano passado o  Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) anunciou a disponibilização de 14 cursos elaborados pela Universidade Corporativa do Serpro licenciados em Creative Commons. Inicialmente, os conteúdos foram licenciados sob a licença (CC-BY-NC-ND), Creative Commons “Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0″.

Conversamos com o “China” (Chefe da Divisão de Metodologias e Tecnologias Educacionais) durante o Simpósio REA em São Paulo e ele conta um pouco sobre esse processo de abertura, a escolha da licença, os próximos passos e as dificuldades encontradas no caminho.

Versão 4 das licenças Creative Commons aberta para comentários

A versão 4 das licenças Creative Commons está aberta para comentários e contribuições. Esta versão é o resultado de um longo (e inédito) período de coleta de requisitos que envolve a entrada de filiados CC, comunidade e interessados. Este primeiro esboço foi articulado durante o 2011 Global Summit e engloba os seguintes objetivos:

  • Produzir a versão 4.0 que aborda os desafios de adotantes importantes, inclusive em países onde a versão localizada de licenças CC não existe, e nunca poderá, por qualquer número de razões;
  • Maximizar a interoperabilidade, reduzindo a proliferação de licença e promover a normalização, sempre que possível,
  • Longevidade e facilidade de uso.

Uma das grandes prioridades é garantir na medida do possível que as licenças 4.0 funcionem perfeitamente em muitas jurisdições. O Creative Commons convida a todos para ajudar a identificar as disposições que poderiam ser melhoradas para funcionar melhor em sua localidade e para as comunidades que adotam CC.

Saiba mais aqui.

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