REA em grupo de estudos aberto

Para quem está chegando à conversa sobre REA, cultura livre, cultura digital e usos de tecnologias na sala de aula, o mundo de informações disponíveis na rede pode assustar. O Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital é uma ótima oportunidade para se iniciar e aprofundar o debate sobre as relações e possibilidades entre educação e tecnologias digitais.

Além de textos introdutórios e a indicação de referências importantes, o grupo convida seus participantes a construírem conhecimento juntos, de maneira colaborativa. As conversas não tem hora marcada e é possível participar no horário mais conveniente para cada um.

Todo o conteúdo oferecido pela organização do grupo e construído por seus participantes está licenciado em CC-BY-NC (Creative Commons Não-Comercial), que permite remix e compartilhamento desde que se atribua a autoria e não seja utilizado com fins comerciais. Na página interna do grupo, disponível aos usuários cadastrados, é possível ver o logo da licença.

A participação é gratuita e aberta a educadores e demais interessados no tema. Basta fazer o cadastro: http://educarnaculturadigital.org.br/01_formulario.asp

Para saber mais sobre o grupo e os outros temas propostos visite: http://educarnaculturadigital.org.br/default.asp?pag=01_ogrupo.asp

Divulgando REA: cursos gratuitos online

O professor Fernando Nogueira da Costa, do Instituto de Economia da Unicamp, divulgou em seu blog iniciativas de cursos e palestras gratuitos online oferecidos por instituições dos EUA e do Brasil. Os temas variam bastante – há cursos de gestão empresarial, astronomia e história da arte, entre outros -, sendo que alguns oferecem certificados.

Veja a lista completa no post do professor: http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/12/23/aulas-e-palestras-gratuitas-na-internet/#comment-739

REA na Declaração final de Educação do Fórum Social Mundial

Uma declaração produzida por organizações ligadas à educação, movimentos sociais e estudantis, entre outros grupos participantes do Fórum Social Mundial deste ano envolveu pelo menos dois pontos totalmente relacionados a REA. O Fórum ocorreu em fevereiro em Dacar, capital senegalesa.

O trecho em que aparecem as referências aos recursos educacionais abertos é o que convoca educadores e profissionais envolvidos com educação a “convidar as redes mundiais a oferecer acesso aos materiais educativos produzidos entre seus membros” e a “utilizar e expandir o software livre, a garantia de banda larga como direito fundamental das pessoas e o acesso livre ao conhecimento”.

Para ler toda a declaração, acesse http://fundacionses.blogspot.com/2011/02/declaracion-final-de-la-asamblea-de.html.

Objetos educacionais para o ensino de Matemática

Material educacional em áudio, vídeo e animações com licenças livres estão disponíveis no Portal Dia-a-dia Educação, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED). Os objetos educacionais são produtos de uma ampla parceria, entre essa secretaria, a de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) do mesmo estado, o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (LACTEC) e as universidades Federal do Paraná (UFPR) e Estadual de Londrina (UEL). O trabalho é resultado de um edital lançado pelo MEC e está inserido no âmbito do Projeto Condigital.
Simuladores e experimentos matemáticos também estão disponíveis e, apesar de a maior parte do conteúdo ser livre, há materiais em copyright. É possível fazer downloads aquiaqui.
O Portal Dia-a-dia Educação é um espaço aberto para outras iniciativas de produção de materiais que possam ser acessados e utilizados por qualquer usuário.

O testemunho de um professor de matemática que usa REA

Um professor de matemática chamado Dan Meyer, usuário e criador de recursos educacionais abertos, publicou em seu blog um testemunho interessante sobre como esses recursos são importantes em seu dia a dia. Trata-se de um vídeo, sua inscrição para um programa da Apple de educação, o Apple Distinguished Educator Program.

No post e no próprio vídeo, Meyer fala sobre como livros didáticos ajudam no aprendizado, mas, ainda assim, com limitações que podem ser transpostas pela tecnologia. Ele mostra um exemplo de recurso, que disponibiliza como REA, explica porque o faz e defende a ideia apresentando os bons resultados que ela pode trazer, compartilhando material na rede com profissionais do mundo todo.

Assista ao vídeo (em inglês):

[vimeo http://vimeo.com/19507645]

 

Como ficam os repositórios do MEC com a extinção da SEED?

A Secretaria de Educação a Distância (SEED) foi extinta pelo MEC neste novo governo. A medida faz parte de um processo de reestruturação ainda em andamento, segundo a assessoria do próprio Ministério. Não se sabe, ainda, o que ocorrerá com os projetos desenvolvidos por essa secretaria, apesar de a matéria publicada na Folha Dirigida anunciando o corte conter a informação de que nada será interrompido, mas sim remanejado.

Vários projetos dessa pasta – como o Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br)- estavam a caminho de uma configuração REA. Por isso, tentamos contato com o MEC para descobrir se esse caminho será prejudicado, que planos existem para a educação a distância no país, como está sendo feita a avaliação para a escolha de licenças abertas dos projetos sob tal pasta e a serem contratados no futuro pelo governo etc. Por conta da reestruturação em andamento, segundo representantes do MEC que estavam vinculados à SEED, não há ainda respostas claras para essas questões.

Especificamente, na data de publicação deste post,  existiam 7932  objetos educacionais publicados no Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/recursos.html). O guia do usuário destes objetos afirma que “Todos os recursos publicados no Portal do Professor podem ser baixados – em seu computador, pendrive, CD, DVD ou outros – copiados e distribuídos, sendo vedada qualquer utilização com finalidade lucrativa”. Contudo, cada material possui sua própria licença, e nem todas estão em Creative Commons.

Desde 2008, o projeto REA vem conversando com o MEC (houve, inclusive, uma reunião com o Ministro Haddad: http://rea.net.br/2010/08/19/audiencia-sobre-rea-no-ministerio-da-educacao/) para tentar ajudar no processo de licenciamento aberto e na estruturação de uma política de propriedade intelectual aberta para projetos e compras realizadas por eles. Esperamos seguir colaborando com o Ministério na nova configuração.

Nós do projeto REA estamos à disposição do MEC para auxiliar neste caminho rumo à educação aberta, inclusiva, e que se desenvolva claramente sob a bandeira de que recursos educacionais pagos com investimento público devem ser licenciados abertamente para a sociedade – que, no final, é quem paga os impostos que sustentam tal ciclo de criação

Universidade africana lança portal com REA

African Virtual University (AVU) pôs no ar, em janeiro, um portal interativo de recursos educacionais abertos. São 219 cursos de várias disciplinas (como matemática, química, biologia etc), com mais de 100 vídeos disponíveis. O material contempla três idiomas: francês, inglês e português, e a iniciativa foi financiada pelo African Development Bank. 12 universidades de 10 países africanos participaram do desenvolvimento dos recursos.

A AVU existe desde 1997 e já formou 40 mil estudantes africanos.

Conferência mostra iniciativas REA nos EUA

Casos exemplares de REA foram apresentados e comentados por especialistas na área em uma web conferência no dia 22 de fevereiro. A Sharing Open Educational Resources: State Projects foi promovida por uma coalizão de instituições: a International Association of K-12 Online Learning, o Council of Chief State School Officers, a State Educational Technology Directors Association, e a EducationCounsel.
Participaram das discussões nomes reconhecidos no universo REA: Cable Green, da Washington State Board for Community and Technical Colleges, Gary Lopez, do Monterey Institute for Technology and Education e Jeff Mao,  diretor do Maine Learning Technology.

Concurso da SaferNet premia iniciativas em REA

O Concurso InternÉtica 2011, organizado pela SaferNet Brasil, premiará educadores e estudantes que elaborarem os melhores recursos educacionais abertos – entre outras produções. A proposta do edital é a de mostrar o que tem sido feito “pelo uso ético e seguro da internet”: os professores podem contribuir com planos de aula e os estudantes, com “a aula que gostariam de ter”, como aparece no vídeo explicativo abaixo:[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ucsW4X5lQC8]

Rodrigo Nejm, diretor de Prevenção da SaferNet (que acompanha a lista de discussão REA), nos concedeu uma pequena entrevista sobre a importância da contemplação de REA no edital.

Qual a importância, para vocês, de os resultados serem REA? E quais os objetivos que esperam alcançar com eles?

Para nós os temas cidadania, ética e segurança na Internet são considerados de grande interesse público na sociedade da informação. Como a proposta de REA é diretamente ligada aos Direitos Humanos e à educação, consideramos que precisamos concentrar esforços em materiais de amplo acesso e com mínimas restrições para compartilhamento, distribuição e adaptações. Para nós é vital que materiais educativos sejam gratuitos, e que possam ser adaptados aos mais diferentes contextos sócio-culturais brasileiros, o que já não é nada fácil mesmo com direito à derivação nos materiais. O fato de estimularmos as produções dos concursos em REA e CC ajuda a fortalecer esse espírito colaborativo e solidário das discussões em torno do REA e dos Direitos Humanos, que devem passear muito além dos interesses financeiros, da competitividade e da exclusão.

É a primeira vez que vocês emitem um edital contemplando REA?

Passamos a nos envolver mais diretamente com as discussões da comunidade REA no início de 2010. Como este é o primeiro concurso organizado e coordenado pela própria SaferNet, é sim a primeira vez que fazemos um edital com estes termos, mas certamente manteremos esta abordagem nas iniciativas futuras. Vale destacar que temos estimulado organizações parceiras a fazerem o mesmo.

Por que a escolha da licença CC-NC-SA?

A SaferNet licencia seus materiais de forma aberta desde sua fundação. Todos os conteúdos de http://netica.org.br/educadores e as cartilhas em http://www.safernet.org.br/cartilha estão em CC para facilitar a criação de derivados e a distribuição dos conteúdos em ações educativas.
Nós também desenvolvemos alguns softwares livres para operar nossos canais e a própria estrutura da Rede Nética é em SL (Noosfero), criação de nossos parceiros da Colivre –  Cooperativa de Tecnologias Livres.

As inscrições no concurso podem ser feitas até o dia 11 de abril. Acesse aqui o edital.