O Departamento de Inovação Tecnológica (DIT/PRPE/UFSC), o Grupo de Estudos em Direito Autoral e Informação (GEDAI/UFSC) em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (CTS/FGVRio) promovem dias 26 e 27/04, das 8h30 às 12h30 a II Semana do do Direito Autoral.
Estão previstos seminários sobre Propriedade Intelectual e a busca de um equilíbrio desejado na Sociedade Informacional, além de workshops com apresentação das pesquisas que estão sendo realizadas pelos pesquisadores pertencentes ao GEDAI/UFSC e CTS/FGVRio sobre a Produção Cultural e a Socialização do Conhecimento.
O evento será em Florianópolis, na UFSC, no auditório térreo do Departamento de Informática e Estatística (INE) no Centro Tecnológico da UFSC. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local do evento.
A College of Education and Human Development (CEHD) da Universidade de Minnesota anunciou a criação de um catálogo on-line “de livros abertos” para ajudar as universidades a encontrar opções de livros didáticos a preços mais acessíveis.
O Open Academics é o primeiro de seu tipo hospedado em uma importante instituição de pesquisa. De acordo com Provost Karen Hanson, “a Universidade de Minnesota deve ser líder na oferta de conteúdo aberto e de opções de livros didáticos eletrônicos e vai beneficiar professores e alunos.” Essa iniciativa da CEHD é uma de uma série de iniciativas em e-learning que vai ajudar os alunos a obter uma educação de alta qualidade que também seja mais acessível.
O catálogo inclui atualmente 84 livros abertos que estão em uso nas salas de aula nos Estados Unidos. A College of Education and Human Development (CEHD) irá apoiar professores que optarem por analisar e aprovar os livros abertos com bolsas de US$ 500 – 1.000.
Os estudantes universitários irão gastar média média de $ 1.168 em materiais para o curso de 2011-2012. Preocupações sobre custos dos livros didáticos têm alimentado um crescente movimento em direção aos livros abertos e outros recursos educacionais abertos. O The Student Public Interest Research Groups (PIRGs) descobriram que usando livros didáticos abertos existe uma economia de em média 80% dos custos em relação ao preço dos livros tradicionais.
Nove membros do corpo docente da College of Education and Human Development já estão explorando os livros abertos através do catálogo e substituindo os materiais tradicionais do curso por eles. A economia está na ordem de mais de US$ 100.000 em custos dos livros didáticos do próximo ano.
Todos os calouros da College of Education and Human Development recebem iPads, o que permite aos alunos usar os formatos digitais e mais baratos de livros abertos.
O Portal TECA é uma iniciativa da Fundação Cecierj. Nele, é possível ter acesso a materiais didáticos, tais como imagens, animações, vídeos, áudios e textos com uso liberado para o público em geral; bem como outras informações sobre a instituição e seus projetos.
Os materiais são disponibilizados sob Licença Creative Commons, que possibilita ao usuário compartilhar suas criações com outros, permitindo a reprodução de sua obra, desde que esta seja feita sem fins comerciais e respeitando os direitos autorais.
Para acessar o portal é necessário realizar cadastro.
Foi lançado o Directory of Open Access Books – DOAB. O principal objetivo é aumentar a divulgação de livros de acesso aberto. O DOAB fornece um índice de pesquisa de livros com links para os textos completos das publicações no site da editora ou repositório.
Editoras acadêmicas estão convidadas a fornecer os metadados de seus livros para o DOAB. No início do serviço há pouco mais de 20 editores que participam com cerca de 750 livros. O Directory of Open Access Books foi lançado em uma versão beta para permitir o feedback dos usuários e aprimorar o serviço. Espera-se aumentar consideravelmente o número de editores e livros de acesso aberto nos próximos meses, e assim, criar um recurso valioso para a comunidade acadêmica e público interessado.
A maioria do conteúdo do OKR está licenciado sob uma licença CC-BY, ela permite que qualquer pessoa possa distribuir, reutilizar, criar obras derivadas e fazer uso comercial da obra, desde que dado o crédito pela criação original. Entretanto, algumas obras estão disponíveis em outros termos. Essas obras serão claramente identificados com os termos de licença específicas em que essas obras podem ser utilizados.
Embora grande parte dos materiais do Banco Mundial estarem disponíveis gratuitamente no site da instituição e em outros canais, a nova política de acesso aberto marca uma mudança significativa na forma como o conteúdo Banco é divulgado e compartilhado. O OKR é interoperável com outros repositórios e permite a reutilização do conteúdo através do Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) e Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting (OAI-PMH). Já a adoção das licenças Creative Commons permitem que o usuário baixe e use legalmente os documentos repeitando os termos de uso.
O OKR contém atualmente mais de 2.100 obras de todas as regiões do mundo. O acervo inclui o Relatório de Desenvolvimento Mundial, livros acadêmicos, estudos de países, relatórios analíticos e outros. O repositório também contém artigos dos periódicos World Bank Economic Review (WBER) e World Bank Research Observer (WBRO) no período de 2007-2009.
Esta semana conversamos com Duda Nogueira, criador e gestor do Duda Library, um software livre que mapeia, indexa, armazena e redistribui Recursos Educacionais Abertos promovendo o uso educativo em escolas com pouca ou nenhuma conexão com a Internet.
De acordo com Duda Nogueira:
O objetivo do Duda Library é: mapear, indexar e redistribuir REAs do mundo inteiro, disponibilizando-os de modo offline em escolas e comunidades com pouca ou nenhuma conexão com a Internet.
O Duda Library usa Software Livre como base (Python e Django), e também é um Software Livre ele mesmo, uma vez que o código é aberto e está disponível. Por causa disso, ele pode (e deve!) ser compartilhado e instalado/explorado por empresas, escolas, comunidades, etc. É exatamente este o objetivo e, por isso, fazer este projeto como Software Livre faz todo o sentido.
No lindo auditório do Instituto de Artes da UNESP, em 30 de marco, foi lançado o projeto SciELO Books. Abel Paker, coordenador gestor do SciELO Books, abriu os trabalhos explicando o projeto e resumindo seus quatro grande objetivos, incluindo acessibilidade, usabilidade e impacto.
Foi dada ênfase a questão da necessidade de acesso aberto ao conhecimento científico formalizado em artigos científicos e livros. Nesse sentido, o projeto adota uma licenca aberta do Creative Commons, especificamente a CC-BY-NC-SA. Tivemos a oportunidade de entrevistar Abel Paker sobre a missão e planos do SciELO para o projeto, veja abaixo.
Carolina Rossini: O que representa o Scielo Books no contexto do acesso ao conhecimento científico?
Abel Paker: o livro é um meio clássico de comunicação de pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento. Na base de dados de periódicos do SciELO Brasil os livros recebem em torno a 22% das citações de todos os artigos. Mas, nas ciências humanas essa porcentagem é maior que 50%. O SciELO Livros complementará o SciELO Periódicos e deve constituir-se em referência de indexação, publicação e acesso de livros acadêmicos em formato digital. O acesso deverá crescer em taxas crescentes a medida que aumenta o número de livros, como aconteceu com os periódicos da coleção SciELO Brasil, que, em 2011, receberam uma média de 1,2 milhões de downloads por dia.
Carolina Rossini: Qual a missão do Scielo Books?
Abel Paker: O SciELO Books tem a missão de fortalecer e desenvolver capacidades e infraestruturas para a editoração e publicação de livros acadêmicos de qualidade crescente seguindo o estado da arte internacional. O SciELO Books trabalhará juntamente com as editoras nos processos de controle de qualidade, editoração e montagem dos livros nos formatos de livros eletrônicos, como o EPUB por exemplo. O SciELO Livros utilizará todos os meios e soluções disponíveis para maximizar a visibilidade, acessibilidade, uso e impacto dos livros. Nesse processo, a perspectiva é promover a inserção internacional da editoração e publicação de livros acadêmicos do Brasil e demais países que venham integrar a Rede SciELO Livros.
Carolina Rossini: Qual o atual modelo de sustentabilidade do Scielo Books?
Abel Paker: A sustentabilidade do SciELO Books está baseada, em primeiro lugar, no compartilhamento de recursos humanos e infraestruturas do Programa SciELO; em segundo lugar, na contribuição que as editoras aportarão com base no número de livros que disponibilizarão anualmente; e, em terceiro lugar, na comissão das vendas dos livros que venham a ser comercializados pela editoras. Como o SciELO Books vai privilegiar o acesso aberto nossa expectativa é desenvolver projetos e convênios com instituições governamentais ou de interesse público ou de patrocinadores para o financiamento da publicação de coleções de livros por meio do SciELO Livros.
Carolina Rossini: Quais os próximos passos do projeto e seus maiores desafios?
Abel Paker: Por um lado, o SciELO Livros continuará o desenvolvimento da sua plataforma metodológica e tecnológica para cumprir plenamente seus objetivos de melhorar a qualidade e aumentar a visibilidade, o uso e impacto dos livros publicados. Em segundo lugar, expandir a rede com novas editoras do Brasil e estabelecendo coleções nacionais nos demais países que pertencem à Rede SciELO.
O evento também contou com autoridades das universidades e instituições de pesquisa associadas ao SciELO Books: UFBA, FIOCRUZ, UNESP e organizações que apoiaram o desenvolvimento do projeto incluindo IBiCT/MCT e BIREME/OPAS/OMS. Também foi destacado a importância do projeto para acesso as produções na área de humanidades e áreas interdisciplinares. Abel Parker encerrou a mesa de abertura comentando sobre os desafios de profissionalização e internacionalização que vão alimentar o processo de construção do Scielo Livros. Abel está confiante no sucesso do projeto visto o engajamento dos parceiros do projeto e também destacou o objetivo do projeto de atingir países de língua portuguesa, aumentando a cooperação e possibilidade de mercado.
Em seguida, apresentaram a Prof. Ana Paula Mathias de Paiva – a história do livro, Nicholas Cop – sobre dispositivos e-readers, o Prof. Rogerio Meneghini – sobre o livro que marcou sua vida, Fábio Batalha – sobre o processo de desenvolvimento técnico, e Carolina Rossini do Projeto REA Brasil – sobre oportunidades e desafios para livros digitais. Fábio Batalha , um dos desenvolvedores técnicos do projeto SciELO Livros apresentou todo o processo de desenvolvimento técnico, desde o primeiro dia o SciELO Livros privilegiou padrões técnicos abertos em todos os níveis de desenvolvimento do projeto.
Para unirem-se ao SciELO Books, universidades e instituições de pesquisa devem seguir o procedimento disponível aqui.
Aconteceu no Rio de Janeiro, dias 28 e 29/03 de 2012, o Fórum Regional REA América Latina. O evento organizado pela UNESCO, o Commonwealth of Learning e a Prefeitura do Rio de Janeiro com apoio de diversos parceiros, entre eles, o Projeto REA Brasil e o Nied Unicamp, visa incentivar governos a adotarem políticas públicas de desenvolvimento e adoção de Recursos Educacionais Abertos. Estiveram presentes representantes de países da América Latina, do Creative Commons, do Scielo, e de outras organizações civis e da academia. Veja aqui a programação completa do evento.
traçar o perfil atividades REA nas diferentes regiões;
obter mais detalhes sobre as políticas e intenções governamentais em REA;
solicitar a contribuição dos governos e sociedade civil para a Declaração que será apresentada no Congresso Mundial sobre Recursos Educacionais Abertos em junho de 2012 em Paris.
A COL e a UNESCO também estão coletando informações com os governos em uma pesquisa mundial para determinar quais países tem políticas para encorajar o licenciamento aberto e os REA, ou se eles planejam desenvolver tais políticas.
Para a contribuição para Declaração foram formados dois grupos de trabalhos, um formado pelos representantes de governos e outro pela sociedade civil (instituições e pessoas não necessariamente engajadas com organizações institucionais) que ao final no evento apresentaram suas conclusões que convergiram em vários pontos.
Alguns pontos:
Os grupos chamam a atenção para uma diferenciação clara entre licenças abertas, domínio público e standares abertos,
Ao final dos fóruns regionais contratar um tradutor juramentado para não haver problemas de tradução e entendimento para os diferentes idiomas,
Promover o fortalecimento de REA estimulando a criação de materiais educativos em outros idiomas que não sejam o inglês,
Promover um marco legal para falar de licenças abertas,
Promover conscientização sobre standares e repositórios que sejam válidos para todos (interoperabilidade)
Formação de alianças estratégicas,
Sustentabilidade (motivar e promover participação do setor privado para desenvolvimento de REA e criação que permita troca e uso de materiais entre diferentes países),
Promoção de políticas de fomento para ampliação do investimento privado em REA,
Fomentar avaliação, uso e impacto que os REA produzem na aprendizagem.
Em breve, a UNESCO abrirá a versão consolidada durante esse encontro no site http://oercongress.weebly.com/paris-declaration.html para comentários. Todos estão convidados a contribuir enviando sugestões e comentários a declaração por meio desse site. A UNESCO revisará tais contribuições e consolidará as que julgar adequadas na versão final da declaração.
A 1ª Semana de Cultura Digital de Campinas e Região colocará em pauta do dia 26 a 29 de março os temas de maior relevância social frente ao novo paradigma digital. O evento contará com debates, oficinas, paineis e atividades descentralizadas.
O objetivo é refletir sobre o acesso às tecnologias digitais, software livre e transparência, Internet e mobilização Social, representatividade de São Paulo e região nos espaços digitais e iniciativas de Campinas no mundo virtual.
Os debates serão sobre: Plano Nacional de Banda Larga, telecentros, ações de cultura digital, transparência pública dos dados, formação dos professores no uso recurso educacionais livres, software livre nas esferas públicas, digitalização dos acervos de museus públicos, disponibilidade em licenças livres, entre outros.
Dia 27/03, das 14h às 16h, no CDI Campinas, terá uma oficina sobre Recursos Educacionais Abertos com o prof. Tel Amiel. A oficina tem 15 vagas e é gratuita, mas é necessário se inscrever. Veja a descrição da oficina:
“Esta oficina tem como objetivo uma introdução ao conceito de “Recursos Educacionais Abertos” (REA). Apresentará de maneira prática como REA podem contribuir para repensar relações entre alunos e professores além das dinâmicas de ensino e aprendizado. Discutiremos novos modelos na produção, disseminação e uso de recursos didáticos digitais e impressos partindo de noções sobre licenças e termos de uso flexíveis além de padrões e protocolos abertos. Conduziremos pequenas atividades relacionadas à REA.“
O Projeto REA Brasil esteve presente em Niterói, dia 20/03/2012, para o lançamento do Projeto Oportunidad que visa disseminar os conceitos de recursos e práticas educacionais abertas na Améria Latina (REA e PEA). O Consórcio Oportunidad inclui 12 universidades, sendo 8 na América Latina e 4 na Europa:
Università degli Studi Guglielmo Marconi (USGM, Italy), instituição coordenadora
Universitat Oberta de Catalunya (UOC, Espanha)
University of Lisbon (UL, Portugal)
University of Oxford (UOXF, Reino Unido)
Fluminense Federal University (UFF, Brasil)
Universidad Estatal a Distancia (UNED, Costa Rica)
Universidad Técnica Particular de Loja (UTPL, Equador)
Fundacion Uvirtual (Uvirtual, Bolivia)
Universidad Virtual del Sistema Tecnológico de Monterrey (UVTM, México)
Universidad de La Empresa (UDE, Uruguai)
Universidad Inca Garcilaso de la Vega (UIGV, Peru)
EAFIT University (EAFIT, Colômbia)
A parte da manhã foi marcada com apresentações de alguns dos membros do Consórcio e convidados. Além de apresentarem casos de sucesso envolvendo Recursos Educacionais Abertos e ressaltarem a importância do uso de licenças abertas, os palestrantes foram unânimes ao ressaltar o problema existente com metadados e standares para que os recursos sejam melhor aproveitados e que os diversos repositórios possam “conversar” entre si. Em breve a íntegra da transmissão online estará disponível ao público no portal de vídeos da Universidade Federal Fluminense.
A parte da tarde foi reservada para realização de três workshops:
Pedagogia e Prática: Compartilhamento de Abordagens Pedagógicas para REA,
Modelos de Negócio e Práticas Educacionais Abertas: REA e modelos institucionais,
Soluções Tecnológicas para REA: principais tecnologias, padrões, standards, especificações e infraestrutura
A convite de Andreia Inamorato, o projeto REA contribuiu na mediação do Workshop Modelos de Negócio em REA. Veja abaixo o arquivo de introdução da intervenção.