REA-OSF é uma das três iniciativas brasileiras no TechCamp Montevideo

A importância de disseminar o conceito de Recursos Educacionais Abertos entre os educadores foi uma das questões-chaves apontadas pelos grupos de discussão organizados no TechCamp Montevideo (Uruguai), uma conferência  em formato interativo que permite o compartilhamento efetivo de ideias entre os participantes.

O projeto REA da Open Society Foundation, a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e a Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações foram os três representantes brasileiros convidados para participar do evento, realizado entre os dias 29 de setembro e 1 de outubro, que reuniu um grupo restrito de 80 pesquisadores, governantes, membros de ONGs e instituições multilaterais dos vários países do continente americano, tais como Costa Rica, El Salvador, Chile, Peru e EUA.

Idealizado pelo Departamento de Estado Norte Americano, o TechCamp visa promover o intercâmbio de experiências e o compartilhamento de desafios trazidos para a educação pelos constantes avanços das TIC. Seus objetivos são: formar redes catalisadoras de novas parcerias entrepaíses e comunidades; criar e organizar um fórum educacional de discussão; apoiar e fortalecer a capacidade digital da sociedade civil.

O primeiro dia de TechCamp trouxe a temática “Oportunidades Digitais: Aproveitando a Tecnologia para Expandir a Educação e a Participação Econômica”, com três paineis distintos (Igualdade, Qualidade e Avaliação de Impacto) formados por experiências concretas de uso das TIC para a educação. O segundo e o terceiro dia enfatizaram a importância da troca e da participação efetiva de todos os presentes por meio de projetos apresentados em  “fast-paced” (apresentações rápidas e sequenciais), além de pequenos grupos de discussão específicos divididos em tópicos temáticos de livre escolha (celulares e videogames na educação, formação continuada de professores, avaliação de projetos em TIC, ensino de idiomas, TIC em áreas rurais, redes interativas de aprendizagem, dentre outros). Cada grupo de discussão preparou duas questões-chaves cuja busca de soluções deveria ser compartilhada entre todos.

Alguns projetos e/ou iniciativas  destacados no evento:

  • Concepção do  Portal do Plan Ceibal, integrante do projeto do governo do Uruguai que entregou laptops para todos os alunos da rede, e que já nasceu com a concepção de disponibilizar conteúdos abertos para as escolas;
  • Recém-criado Portal do Aluno, do Ministério da Educação do Brasil, que pretende oferecer uma oportunidade de prática inovadora com TIC aproveitando o crescente interesse da população, especialmente dos mais jovens pelas redes sociais;
  • Rede social gratuita de educação iEarn, ativa em 130 países, com projetos em mais de 30 idiomas, existente desde 1988, pioneira no engajamento de jovens em desenvolver projetos compartilhados;
  • Rede Interamericana de Educação Docente (Ried), liderada pela Organização dos Estados Iberoamericanos (OEA) , que reúne ferramentas interativas e cursos online gratuitos em língua espanhola e inglesa para docentes;
  • Formação professores e aprendizagem de alunos como foco da  Sociedade Internacional para Tecnologia na Educação (ISTE), que também se dedica a medir e avaliar os resultados efetivos com o uso das TIC;
  • Gestão de mensagens SMS para grupos oferecido pelo software livre Frontline, que requer apenas sinal de celular, sem necessidade de acesso à Internet.

Experiências de politica pública para REA

Esta semana, dois eventos muito interessantes aconteceram nos EUA e foram transmitidos em forma de “webinar”.

O primeiro – “How to drive college costs down and quality up in TX and CA: Emerging textbooks solutions” – aconteceu na terça-feira, dia 16 de novembro, e focou soluções para a diminuição de preço de livros didáticos, ao mesmo passo em que a qualidade é mantida e aprimorada. Experiências dos estados da Califórnia e do Texas, nos EUA, foram discutidas, assim como novos modelos de negócio na área de publicação de livros didáticos e técnico-científicos. Foram palestrantes o Senador Dean Florez pela Califórnia, Dr. Charles Cook – vice-chanceler dos colégios comunitários de Houston, Texas, Eric Frank, president da Flat World Knowledge e Denins Passovoy, da Universidade de Texas em Austin.

Os temas discutidos foram a disparada de preços de livros universitários e didáticos, o impacto desses custos para estudantes, professores, instituições e governo; os esforços atuais na Califórnia e no Texas para a incorporação do livro didático aberto e de recursos educacionais abertos; os esforços de treinamento de professores no uso e elaboração de recursos educacionais abertos; e a possibilidade de redução de custos estudantis em quase 80 porcento, enquanto aumenta a qualidade, a acessibilidade e a inovação na educação. O seminário completo pode ser visto e ouvido aqui (em inglês). Outros webinars promovidos pela Flat World Knowldge podem ser vistos aqui.

Um dos exemplos de sucesso apresentados, e derivado da preocupação em relação aos altos custos de livros didáticos (nos EUA os preços de livros didáticos triplicaram na ultima década) e a necessidade de garantir o acesso dos estudantes a livros, foi a da Faculdade Comunitária de Cerrito (para uma versão mais completa, ver pagina 8 desta revista), que, desde 2008 adota livros didáticos abertos. Mas o beneficio não e somente a diminuição de custos para estudantes, mas também os benefícios para professores. Os livros, em suas versões digitais e online, funcionam como uma plataforma de trabalho que dá liberdade e controle sobre o conteúdo para o professor, aumentando a sua eficiência e motivação.

O segundo seminário – promovido pelo Open Couseware Consortium – aconteceu na quinta-feira, dia 18 de novembro, e contou com a apresentação de Reuven Carlyle, deputado estadual do estado de Washington, também nos EUA.

Naquele estado foi feita uma pesquisa de custos de livros diáaticos utilizados em 82% dos cursos com maior numero de estudantes (200.000 estudantes no total). Nesse sentido, cursos como o de história, biologia, matemática, entre outros foram abarcados na pesquisa. Deste estudo e outros complementares sobre a utilização de tecnologia para aprimorar a eficiência do aprendizado, gerou-se o “Plano Estratégico de Tecnologia” para aquele estado.

Esse plano liderou a mudança das compras públicas daquele estado de conteúdo proprietário para conteúdo aberto, garantindo ao estado e aos estudantes grandes economias. Para o Deputado Carlyle, a situação gerada foi de “win-win-win”, ou seja, alunos, professores e o os cidadãos que pagam impostos ganham. Para o estudante o ganho é claro: redução de custos relativos à sua educação, para os professores o ganho é relativo à ampliação de possibilidades de materiais, aprendizado e compartilhamento de técnicas de ensino, e para o contribuinte o ganho é a eficiência dos impostos, que acabam por ser investidos em um bem aberto a todos.

Nesse sentido o deputado apresentou uma iniciativa de investimento em recursos educacionais abertos e livros didáticos abertos que terá um custo de 750 mil dólares e gerará economias para aquele estado na faixa de 41 milhões de dólares. [1][2]

Adicionalmente, foi aprovada uma regulamentação naquele estado que determina que todo e qualquer financiamento pelo governo no desenvolvimento de recursos educacionais deve resultar em recursos educacionais licenciados abertamente à sociedade. Na concepção e justificação dessa regulação, o direito de acesso ao conhecimento por meio de recursos educacionais é considerado um direito básico daquela população. Parte da política que compreende o acesso ao conhecimento como uma questão de justiça social.

Acesso Livre, Licenças Flexíveis, REA e Comunidades de Prática

Open Access 101 é um vídeo feito por Karen Rustad da ONG Right to Research . A autora explica como funciona a indústria editorial de artigos acadêmicos e comenta como o alto custo para o usuário final faz com que o conhecimento fique em silos fechados, restrito àqueles que podem pagar mais. A alternativa é o Acesso Livre, que dá possibilita ao autor de:

disponibilizar livremente na Internet a literatura de caráter científico, permitindo a qualquer utilizador pesquisar, consultar, descarregar, imprimir, copiar e distribuir, o texto integral de artigos e outras fontes de informação científica. (Wikipedia)

O vídeo estava em inglês, o que dificulta a compreensão daqueles que não têm o domínio da língua. Logo resolvi que iria traduzí-lo para facilitar o acesso. A licença Creative Commons BY/NC/SA , usada pela criadora do vídeo, me diz que posso utilizar sua obra, distribuí-la e remixá-la desde que dê a atribuição, o uso não seja comercial e que eu compartilhe o resultado desse remix com a mesma licença.

Resolvi testar o Universal Subtitles, um projeto (ainda em beta) da Participatory Culture Foundation. A ferramenta permite a criação colaborativa de legendas para vídeos online. Tem como objetivo central fortalecer as comunidades de legendagem e aprimorar a acessibilidade do conteúdo de video online.

O Universal Subtitles, no entanto, aceita (por enquanto) somente alguns sites online como o YouTube e o blip.tv e os formatos FLV e ogg. Como o filme original está no Vimeo e eu o tinha baixado em mp4, teria que convertê-lo para ogg e transportá-lo para o blip.tv. Não tinha no meu computador aplicativos para fazer a conversão….grrr

Felizmente, naquele exato momento vi (através do chat do Gmail) Ewout Ter Haar, um dos fundadores do Stoa e membro ativo da comunidade REA. Mandei um SOS. Ewout gentilmente me ajudou a converter o mp4 em poucos minutos, permitindo assim que eu tivesse a versão em ogg para a legendagem. Assim funcionam as comunidades de prática 🙂 Obrigada, Ewout e aqui está o resultado. Legendei primeiro em inglês e depois fiz a tradução para o português.

Deixo aqui um pequeno exemplo de colaboração entre membros de uma comunidade de prática e remixagem de conteúdo aberto com uma licença flexível que resultou em um Recurso Educacional Aberto. Este pode ser agora compartilhado e também modificado pela comunidade já que o Universal Subtitles permite que outros usuários participem e melhorem o que foi feito.

Apresentações do seminário na Câmara dos Deputados

Bráulio Araújo (GPOPAI-USP). pdf

Carolina Rossini (Direito GV e Universidade de Harvard).pdf

Carolina Rossini (Direito GV e Universidade de Harvard).ppt

Mary Lane Hutner (Secretaria de Educação do Estado do Paraná).pdf

Mary Lane Hutner (Secretaria de Educação do Estado do Paraná).ppt

OBS: as apresentações estão no formato proprietário ppt porque, infelizmente, esta versão do WordPress não permite o upload do formato livre odp.

Sergio Amadeu discute REA

Sergio Amadeu discute a importancia de REA para gerar autonomia para professores e alunos, e afirma:


COM TECNOLOGIAS ABERTAS, professores podem pesquisar e recriar conteúdos para serem avaliados pelos estudantes, que também devem ser pesquisadores do que estudam. Sérgio Amadeu da Silveira


Leia na Revista ARede nº58 de maio de 2010!!


Paulo Freire escreveu que ensinar exige pesquisa. No livro Pedagogia da Autonomia, afirmou: “Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”. Todavia, estamos assistindo, nos últimos anos, um lamentável avanço dos sistemas privados de ensino que buscam transformar a Educação em algo semelhante a uma fábrica de salsichas.

Livros didáticos e “power points motivacionais” são vendidos com a finalidade alegada de “facilitar” a “vida do professor” e “elevar a qualidade de ensino”. Será que cumprem essa missão? Tudo indica que não. São textos úteis para sustentar um processo em que o professor não tem tempo para pesquisar e refletir sobre qual o melhor modo de envolver os seus alunos e construir processos de aprendizagem. Na realidade, os professores estão sendo cada vez mais afastados do processo de busca do conhecimento. Contraditoriamente, isso ocorre em um cenário de expansão das redes informacionais. Nunca foi tão viável estruturar pesquisas e organizar processos de compreensão da realidade.

Em um caminho oposto, para utilizar todo o potencial informacional, interativo e colaborativo das redes é que surgiu um movimento que defende a produção de recursos educaionais abertos, também conhecido por REA. Nos dias 14 e 15 de setembro de 2007, o Open Society Institute (OSI) e a Fundação Shuttleworth (do criador do Ubuntu) convocaram os defensores da Educação aberta para uma reunião na Cidade do Cabo, na África do Sul. Desse encontro, surgiu a “Declaração de Cidade do Cabo para Educação Aberta” .

Continue a ler aqui!

Entrevista: Biblioteca Digital de Ciências da Unicamp!

O REA.net.br da inicio a uma serie de entrevistas focadas em experiências nacionais e internacionais com recursos educacionais abertos Nessa semana, nosso entrevistado é o Prof. Eduardo Galembeck, da UNICAMP, membro do comitê de educação da IUBMB, co-editor da Revista Brasileira de Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular, editor da Biblioteca Digital de Ciências e membro do corpo editorial da Biochemistry and Molecular Biology Education. Eduardo fala com o Rea.net.br sobre a Biblioteca de Digital de Ciências (BDC) da UNICAMP


Rea.net.br: Como nasceu a idéia da Biblioteca de Digital de Ciências (BDC) da UNICAMP?

Prof. Eduardo: A BDC é um projeto do Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE) do departamento de Bioquímica – IB – UNICAMP. Acumulávamos uma série de softwares e CDs com sites próprios, o que estava ficando difícil de gerenciar. A idéia da BDC foi agregar em uma única plataforma toda produção do LTE, expandindo ainda para permitir a submissão de material de terceiros mediante aprovação por um sistema de avaliação por pares. Surgiu por uma necessidade, pois não achamos nenhum ambiente aberto para publicação do nosso conteúdo que fosse totalmente compatível com nossas necessidades.

Rea.net.br: Explique para os nossos leitores qual a missão da Biblioteca de Digital de Ciências (BDC) da UNICAMP? Quem vocês pretendem atingir com a disponibilização desses recursos educacionais?
Prof. Eduardo: A missão da BDC é oferecer a autores um ambiente para publicação de conteúdos digitais e oferecer ao usuários conteúdo de qualidade. Nosso público é composto por professores e estudantes da educação básica ao ensino superior, além pessoas não envolvidas com ensino de ciências com interesse nos conteúdos publicados na BDC.

Rea.net.br: Qual foi a reação da UNICAMP em relação a BDC?
Prof. Eduardo: Apesar de ser um portal já bastante consagrado, que atinge o todas as regiões do Brasil e muitos países do exterior, principalmente os de língua portuguesa, a BDC é, e deve continuar sendo, um projeto de um grupo de pesquisadores e não um projeto de iniciativa institucional ou governamental. A repercussão tem sido excelente entre os interessados, surgiram demandas específicas, que foram atendidas com a criação sub-áreas com editorias próprias, como o Geociências Virtual, sob responsabilidade de pesquisadores do IG-UNICAMP e o GAMA (Guia de Arvores da Mata Atlântica), e sob responsabilidade de pesquisadores do IAC. O Sistema BDC também é usado pela SBQ em sua publicação mais recente, a Química Nova Interativa, mas mantido em portal próprio, de forma independente.

Rea.net.br: Quem contribuiu e pode contribuir para a BDC? De onde vem o conteúdo que é depositado na BDC?
Prof. Eduardo: A BDC é um ambiente de publicação de conteúdos digitais aberto a quem queira contribuir, desde que seja autor e detenha os direitos do material a ser enviado. A maior parte do conteúdo da BDC ainda é de produção própria do LTE, mas vários materiais depositados foram enviados por não vinculados ao LTE.

Rea.net.br: Qual o modelo de financiamento da BDC?
Prof. Eduardo: A BDC foi desenvolvida e posta em operação principalmente com recursos próprios do laboratório e com trabalho voluntário de pesquisadores e alunos. Indiretamente alguns projetos do laboratório, financiados com recursos públicos também resultaram em grandes avanços à BDC, destaco entre as principais fontes de financiamento que contribuíram com o desenvolvimento da BDC, bolsas do CNPq e UNICAMP e financiamento do MEC e MCT para produção de conteúdos digitais.

Rea.net.br: Notamos que alguns materiais disponibilizados na BDC são licenciados por Creative Commons. Isso vale para todos os materiais? Qual a licença escolhida? Por que?
Prof. Eduardo: O autor de cada material que opta pela licença a ser adotada. No caso do material desenvolvido pelo laboratório, adotamos a CC-by-nc, que também é a licença estabelecida pelo MEC para os produtos por eles financiado.

Rea.net.br: Como foi o processo de adoção do Creative Commons? Vocês encontraram alguma dificuldade? Os professores e autores apoiaram a iniciativa?
Prof. Eduardo: Os primeiros produtos publicados com a licença CC foram por sugestão de um colaborador quando passamos a publicar os códigos fonte de softwares. A idéia era inclusive de receber obras derivadas para publicação na BDC com um sistema de controle de versão para as obras derivadas. Esse sistema ficou no ar por quase um ano sem recebermos nenhuma submissão de obra derivada. O sistema acabou sendo retirado para ser refeito e introduzido futuramente, mas ainda não foi implementado. A adoção de CC não é uma imposição do portal, mas foi adotada por outros colaboradores. O maior problema que vejo na CC é na parte de software e direito de imagem, acabamos por colocar apenas o selo. De maneira geral fica complicado a atribuição da licença em materiais multimídia, o usuário precisa se dar conta que tem partes da obra que têm restrições. Para um texto, uma foto de um objeto tudo bem.

Rea.net.br: Existe alguma vinculação entre a Bdc e outras iniciativas de recursos educacionais abertos? E que forma a BC pode contribuir para esse movimento?
Prof. Eduardo: Vários dos materiais publicados na BDC deverão aparecer em breve no Portal do Professor do MEC e no Banco Internacional de Objetos Educacionais. Além dos conteúdos financiados pelo MEC que são publicados na BDC sob a licença CC não existe relação formal com outras iniciativas de recursos educacionais [abertos]. A BDC pode contribuir tanto ambiente de publicação de conteúdo, com o conteúdo publicado e ainda com a tecnologia do portal, já adotado por outras iniciativas sitadas anteriormente.

Rea.net.br: Você acredita ser a BDC um modelo a seguir para compartilhar o conhecimento desenvolvido na universidade publica?
Prof. Eduardo: O conhecimento compartilhado na BDC é ainda pouco valorizado na universidade pública e na comunidade acadêmica, que valoriza de forma exagerada a publicação científica em periódicos, que faz com que muitos professores universitários se dediquem mais às atividades de pesquisa do que às atividades de docência e de extensão comunitária. A produção de material didático também deveria ser uma preocupação dos docentes, mas essa produção não é valorizada, além de não existirem muitos veículos para publicação de divulgação do material didático produzido por professores.

Rea.net.br: Alguma consideração final?
Prof. Eduardo: Eu acredito que a BDC atinge os objetivos a que se propõem. A BDC tem uma grande importância para compartilhar um conhecimento que é desenvolvido na universidade, mas que ainda não é muito valorizado no mundo acadêmico Não sei se é um modelo a ser seguido, pois além de ser um ambiente de publicação de conteúdos digitais, a BDC também é um ambiente de pesquisa, foi desenvolvido para ser um ambiente colaborativo e permite vários mecanismos de interação com usuário. A BDC é também um ambiente de pesquisa. Sendo desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da área de tecnologia educacional, a BDC também permite a coleta de informações para desenvolvimento de softwares e de abordagens mais efetivas do uso de informática na educação. O que acho que deveria existir seria um portal agregador de iniciativas como a BDC, como o BEN Portal nos EUA, por exemplo.

Concurso Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais

A Revista Fórum e a Fundação Banco do Brasil lançam a segunda edição do Concurso Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais.

Projetos que envolvem Recursos Educacionais Abertos como metodologia para ensino do uso das TICs e produção de resultados livres são bem vindos! Inscreva-se e mostre a forca dos REA! Inscrições até 28 de junho de 2010!

OER-Br April workshops!

The OER-Br Project, in partnership with UNESCO, the Ministry of Education, the House of Digital Culture, the OER-Br Community, is organizing a series of workshops in Brazil during April 2010, funded by the Open Society Institute.

Two workshops are planned. On 26th of April, in Brasilia and on 27th of April, in Sao Paulo. You can find here the agenda for the 26th of April workshop. Registration is free and open, and simultaneous translation will be provided.

You can register and check more at the UNESCO “The Impact of ICT in Education” International Conference website.

We are in exciting moments in Brazil, fostering awareness and public policy discussions around Open Education and Open Educational Resources. Thank you all for your support!

REA vai a Brasilia: inscreva-se!

Olá a todos!

Veja aqui a programação do evento “Recursos Educacionais abertos: um diálogo internacional para a construção de projetos e políticas públicas” (versões em ingles, português e espanhol). Será no dia 26 de abril de 2010, na Sede do Conselho Federal da OAB, em Brasilia. Vamos discutir, com palestrantes internacionais e nacionais, projetos e políticas públicas para fomentar a expansão dos Recursos Educacionais Abertos no Brasil.

As inscrições são por tempo limitado!

Este workshop foi financiado pelo Open Society Institute e recebe apoio institucional da DireitoGV São Paulo, do Ministério da Educação, da UNESCO França e Brasil, da Casa de Cultura Digital e da Comunidade REA-Brasil.

Em seguida, no dia 27 de abril de 2010, realizaremos um workshop na Casa de Cultura Digital em São Paulo, com os convidados internacionais e nacionais. Maiores detalhes sobre este segundo evento serão publicados nos próximos dias.