UFPR realiza campanha de conscientização durante a Open Education Week

Com a distribuição de folders contendo informações sobre os Recursos Educacionais Abertos (REA), sua importância e os impactos sobre o ensino aprendizagem em todo o mundo, a UFPR participa hoje, às 11h30 no Restaurante Universitário do Centro Politécnico, da Open Education Week 2015, evento esse que prossegue até a próxima quinta-feira (12). As atividades de divulgação e conscientização da comunidade universitária serão realizadas sempre nos restaurantes dos vários campi da Instituição e em prédios como os da Reitoria e o histórico, na Praça Santos Andrade.

Além de divulgar a existência e ações desenvolvidas pelo Programa Paranaense de Práticas e Recursos Educacionais Abertos, desenvolvido pela UFPR em parceria com a UTFPR, o objetivo desta semana também é incentivar a produção de materiais para depois disponibilizá-los para a população em geral, via internet. A informação é da professora da UFPR, Marineli Meier, dirigente da Coordenadoria de Integração de Políticas de Educação a Distância (CIPEAD).

A docente explica que os REAs são materiais específicos de ensino, aprendizado e pesquisa disponíveis em qualquer suporte ou mídia. São de domínio público ou licenciados de maneira aberta, com permissão para que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. É fundamental que toda a comunidade universitária conheça e utilize esses recursos, ferramentas e práticas para melhorar o acesso e a eficácia educacional, destaca a dirigente.

Programação

Na programação da Semana Educacional Aberta está marcado a distribuição de material informativo para amanhã, terça-feira (10), às 07h30 na entrada do Campus Botânico e às 12h30 no RU Botânico. Na quarta-feira (11), às 07h30, receberão orientações dos integrantes do Programa, desenvolvido pela Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograd), a comunidade universitária da Reitoria. Neste mesmo horário e também às 11h30 e às 18h30 a divulgação será feita na Praça no Prédio Histórico (Santos Andrade). Às 11h30 será a vez dos frequentadores do RU Centro conhecer e tirar dúvidas sobre os REAs. Na quinta-feira (12), às 11h30, os integrantes do Programa visitarão o RU Agrárias.

Fonte: UFPR Notícias

Programação Semana da Educação Aberta – REA.br

A Open Education Week ou Semana da Educação Aberta acontece de 09 a 13 de março neste ano. O evento é uma celebração do movimento global da Educação Aberta e tem por objetivo conscientizar sobre a Educação Aberta e seu impacto sobre o ensino e a aprendizagem no mundo todo. A agenda geral será divulgada em alguns dias, mas aproveite para marcar no seu calendário a agenda brasileira que fará parte do evento.

Recursos Educacionais Abertos no Brasil (webinar)

A colaboração e a cooperação são valores cada vez mais fundamentais para a sociedade do século XXI. A internet evidenciou uma rede de informação, conhecimento e cultura na qual cada indivíduo passa a ser potencial autor. A era digital possibilita a troca e o compartilhamento, nesse sentido, a ideia dos Recursos Educacionais Abertos (REA) está baseada na concepção de que o conhecimento é um bem da humanidade e deve, portanto, estar acessível a todos.

Nessa webinar vamos fazer uma introdução aos Recursos Educacionais Abertos e mapear os principais projetos e políticas públicas no Brasil. Iremos usar o Google Hangout para a transmissão online e o link será divulgado 1 hora antes do horário marcado através das redes sociais do REA.br, Facebook (https://www.facebook.com/groups/reabrasil/) e Twitter (@reanetbr) hashtag #reabr

Data: 09/03/2015
Horário: 19h30
Local: Hangout
Facilitadora: Débora Sebriam
Website: www.rea.net.br



Edukatu: rede de aprendizagem pelo consumo consciente (webinar)

O Edukatu é uma rede de aprendizagem que visa incentivar a troca de conhecimentos e práticas sobre consumo consciente entre professores e alunos do Ensino Fundamental de escolas em todo o Brasil.

Além de reunir informações e materiais de referência sobre o consumo consciente, o Edukatu convida os participantes a realizar atividades por meio de circuitos de aprendizagem, e também, é um instrumento de mobilização, facilitando o desenvolvimento de uma comunidade de engajamento contínuo em favor do tema.

Um ponto importante de convergência com a cultura digital é que parte dos materiais educacionais disponibilizados em sua plataforma, alguns originariamente desenvolvidos em outros projetos do Akatu, estão disponibilizados em um formato REA (Recursos Educacionais Abertos), ou seja, estão sob domínio público, o que permite sua utilização ou adaptação por terceiros.

Iremos usar o Google Hangout para a transmissão online e o link será divulgado 1 hora antes do horário marcado através das redes sociais do Instituto Educadigital, Facebook (https://www.facebook.com/institutoeducadigital) e Twitter (@ieducadigital).

Data: 10/03/2015
Horário: 19h30
Local: Hangout
Facilitadoras: Priscila Gonsales e Silvia Sá
Website: http://edukatu.org.br/



Revista ARede.Educa: caminhos da abertura (webinar)

A Revista ARede sempre teve como proposta difundir e estimular as boas práticas de inclusão social por meio do uso das Tecnologias da Informação e das Comunicações (TICs). Nesse contexto o software livre e a Educação Aberta sempre tiveram espaço de destaque em nossas publicações.

Nesse ano sofremos algumas mudanças, agora somos ARede.Educa e 100% online. O nosso site foi totalmente reformulado e desenvolvido em software livre, além de ter uma licença aberta do Creative Commons.

Entre nossas pautas, terá destaque um canal totalmente voltado para o debate sobre Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos. A coluna Livre Saber será desenvolvida em parceria com o Instituto Educadigital.

Iremos usar o Google Hangout para a transmissão online e o link será divulgado 1 hora antes do horário marcado através das redes sociais do Instituto Educadigital, Facebook (https://www.facebook.com/institutoeducadigital) e Twitter (@ieducadigital).

Data: 11/03/2015
Horário: 19h30
Local: Hangout
Facilitadoras: Priscila Gonsales, Débora Sebriam e Áurea Lopes
Site: http://www.arede.inf.br/



Design Thinking para Educadores: transformando desafios em oportunidades (webinar)

O Design Thinking é uma nova maneira de pensar e abordar problemas ou, dito de outra forma, um modelo de pensamento centrado nas pessoas. A abordagem popularizada pela pela Ideo, consultoria global de design que expandiu o método para a área de educação, com o objetivo de desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de inovação dos estudantes, foi trazida para o Brasil pelo Instituto Educadigital (IED).

O IED acredita na abordagem do Design Thinking, que sugere um processo intencional para se chegar a soluções criativas e criar impacto positivo na vida das pessoas a partir de cinco fases:  descoberta, interpretação, ideação, experimentação e evolução.

O IED realizou a adaptação da versão, composta por um livro base e um caderno de atividades e busca aproximar o conteúdo à realidade brasileira. Na versão em português, diferentemente da original, os interessados também tem a opção de fazer o download do material por capítulos.

O Design Thinking para Educadores é um remix, um recurso educacional aberto (REA), isso significa que o conteúdo pode ser compartilhado e adaptado para diferentes formatos.

Data: 12/03/2015
Horário: 12/03
Local: Hangout
Facilitador: Priscila Gonsales
Website: http://www.dtparaeducadores.org.br/


REA.br participa da Campus Party Brasil 2015

Campus Party Brasil é um dos principais acontecimentos tecnológicos do país nas áreas de inovação, ciência, cultura e entretenimento digital, reunindo milhares de pessoas para debater os principais temas de cada um destes universos.

O movimento REA participa anualmente da Campus Party desde 2011 e já contribuímos com oficinas e palestras. Esse ano vamos propor uma atividade em parceria com a Revista ARede que mobilize pessoas para criação de conteúdo.

Os participantes da atividade deverão realizar entrevistas com participantes da Campus Party no formato de vídeo de celular de no máximo 1 minuto. As pessoas entrevistas deverão responder a pergunta “o que é Educação Aberta pra você”? Os vídeos serão inseridos pelos próprios participantes no canal do Vímeo do Instituto Educadigital e será escolhida uma licença Creative Commons. No final da atividade serão sorteados brindes como camisetas, adesivos, bombons e etc.

Já fechamos parceria com a Imprensa Jovem do projeto Nas Ondas do Rádio, mas reforçamos o convite para todos que estarão presentes.

Essa atividade também marca o início de uma feliz parceria entre o Instituto Educadigital (REA.br) e a Revista ARede. Iremos iniciar uma coluna mensal, a “Livre Saber”, para falar de REA e Educação Aberta.

Quando? 06/02 das 14h às 16h
Onde? Cantinho da Revista ARede. A gente se vê na Campus 🙂

Crédito de Imagem: Márcio de Assis / CC-BY-SA

Conhecimento livre e universal

Conceito que defende conteúdos e práticas educacionais abertos, criado pela Unesco, começa a se disseminar no Brasil.


Texto Fatima Fonseca | Fonte ARede | Licença CC-BY-SA

 ARede nº 101 – especial novembro de 2014

A CONCEPÇÃO de educação aberta se dissemina pelo Brasil, incentivando a produção de conteúdos para o uso comum e de políticas públicas para uma educação livre. O conceito de Recursos Educacionais Abertos (REA), elaborado em 2002, em um congresso da Unesco, já é aplicado em 22 países. O Instituto Educadigital (IED) criou, em 2008, o REA.br, projeto vencedor do Prêmio ARede 2014.

São considerados recursos educacionais abertos conteúdos, metodologias e práticas em qualquer suporte ou mídia de domínio público ou sob licença de uso flexível. A proposta agrega quatro premissas: usar, aprimorar, recombinar e distribuir. “A ideia é que professores e alunos se tornem produtores de conhecimento, não apenas meros usuários”, explica Priscila Gonsales, diretora do IED.

Jornalista com especialização em comunicação, educação e tecnologias digitais, Priscila atua na área desde 2001. Em 2009, se engajou na comunidade REA – sigla em português para Open Educational Resources. Em 2011, assumiu a gestão do projeto, que tem no conselho consultivo, entre outros, a advogada e especialista em propriedade intelectual e direito da internet, Carolina Rossini; e o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Nelson Pretto.

“Com o salto possibilitado pela tecnologia, educadores e educandos passam a ser produtores de formação e conhecimento, mas para isso precisam entender o que realmente é gratuito e aberto”, comenta Priscila, informando que rede REA tem se dedicado a ajudá-los a entender políticas como a do creative commons.

Ainda há muito terreno a ser conquistado no Brasil. Uma das razões, acredita Priscila, é que nem tudo que está na internet pode ser usado livremente. “O entendimento do que pode ou não ser reproduzido precisa ser contextualizado de acordo com a nossa Lei de Direito Autoral”, explica. E dá um exemplo: pela lei, uma obra autoral só é de uso livre 70 anos após a morte do autor.

A comunidade REA.br reúne 273 profissionais em uma lista de e-mails e quase 8 mil no Facebook, mídias por meio das quais a rede articula seu trabalho, que tem três frentes. A primeira é a orientação de políticas públicas, que acontece em oficinas com representantes do setor legislativo, em uma articulação para que a educação aberta se torne lei. A comunidade já conseguiu a aprovação, pela Assembleia Legislativa de São Paulo, de um projeto de lei – que acabou vetado pelo governo do Estado. Também colocou o tema na pauta do legislativo do Paraná e do Distrito Federal, onde tramitam projetos similares. O tema está em debate ainda na Câmara dos Deputados.

A maior conquista, até agora, foi um decreto da prefeitura de São Paulo, que orienta os princípios da educação aberta. “Na Câmara, a matéria está em discussão para que o PL seja desvinculado da Lei do Direito Autoral, de modo a não dificultar o encaminhamento”, informa Priscila.

No Distrito Federal, o conceito REA foi encampado pela Secretaria de Educação. “Trabalho em uma área que trata do uso pedagógico das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e estamos implantando uma rede social de aprendizagem, toda em software livre”, relata Cristina Moreira, coordenadora de modernização da gestão da educação. “É um projeto de plataforma livre e um dos diferenciais teóricos é o conhecimento livre, o que compreende acesso aberto, software livre e recursos educacionais abertos”, diz a coordenadora. Segundo ela, uma das ações do projeto, que será lançado em 2015 pela Secretaria de Educação, é um portal. “Nossa proposta é ter uma biblioteca digital REA no DF para que os professores depositem o material didático e façam consultas”, informa.

FORMAÇÃO DE GESTORES
O segundo foco é a formação de gestores públicos. As oficinas também são organizadas a partir da interlocução com a comunidade REA. Este ano, na Bahia e no DF, foram capacitadas 95 pessoas. “Nas oficinas explicamos os conceitos e fazemos exercícios práticos do uso da licença”, explica a diretora do IED. Por último, há o foco na pesquisa, na produção do conhecimento e na disseminação da informação. “No site postamos informações e referências sobre direito autoral, educação aberta, licenças livres, além de notícias e entrevistas sobre iniciativas REA no Brasil e no mundo”, conta Priscila.

O REA.br é financiado pela Open Society Foundation, que destina anualmente US$ 90 mil ao projeto, o que cobre 80% dos custos. O restante vem de doações e da receita obtida com cursos, palestras e oficinas. Além do parceiro financiador e do apoio institucional da Unesco, tem apoio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Creative Commons Brasil, da Wikimedia Foundation, do Impact Hub São Paulo e da Ashoka Brasil. O site foi construído com a ferramenta WordPress e as apresentações são feitas em LibreOffice. Além da lista de discussões no Google e do Facebook, são usadas ferramentas de outras mídias sociais, como Twitter, Flickr, Youtube e Slideshare.

Panorama Setorial da Internet discute as possibilidades trazidas pelos REA

Acaba de ser publicada a nova edição do Panorama Setorial da Internet que discute as possibilidades trazidas pelos recursos educacionais abertos, explorando os dados da TIC Educação 2013.

Segundo Bianca Santana, uma das possibilidades mais adotadas pelos professores é o uso de partículas de conteúdo — fotos, fragmentos de filmes e vídeos, questões, etc. Os dados da Pesquisa TIC Educação 2013 relacionados aos tipos de recursos utilizados pelos professores evidenciam essa realidade: imagens são utilizadas por 85% dos professores que responderam à pesquisa, textos por 83%, questões ou avaliações por 79%, vídeos, filmes e animações por 74%. Vídeos de aulas prontas e arquivos de apresentação, que reduzem a possibilidade de criação dos professores ao oferecer um conteúdo fechado, são menos utilizados que os conteúdos propiciadores de mais liberdade e autonomia docente. Vídeo-aulas, que trazem um encadeamento linear dos conteúdos de forma pré-definida, são utilizados por 61% dos professores, enquanto apresentações prontas, por 42%.

Quando questionados sobre as principais barreiras de usos dos recursos digitais, 69% dos professores ouvidos pela pesquisa citaram o receio sobre violação de direitos autorais. Para Santana, essa preocupação é real: a maioria dos conteúdos disponíveis na rede encontra-se protegida pela lei de direitos autorais (Lei 9.610/1996), tendo seu uso proibido sem autorização prévia. Enquanto almejamos a necessária reforma na lei, é necessário, então, investir em licenças alternativas, que possibilitam liberdades aos usuários e proteção aos autores, sem insegurança para nenhuma das partes.

Acesse o documento no Cetic.br e veja também a entrevista com Carolina Rossini sobre Recursos Educacionais Abertos e um tira-dúvida sobre direito autoral e educação digital de Carlos Affonso Souza e Sergio Branco.

REA.br vence Prêmio ARede 2014 na modalidade Especial Educação

O projeto REA.br foi o grande vencedor na modalidade na modalidade Especial Educação do Prêmio ARede2014.


A revista ARede, editada pela Bit Social, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, idealizou essa premiação para valorizar e dar visibilidade a iniciativas de inclusão social que utilizam as Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs). O prêmio contempla, anualmente, os melhores trabalhos desenvolvidos no Brasil, por iniciativa de empresas, diretamente ou por meio de fundações e institutos por elas mantidos; por organizações da sociedade civil, e pelo setor público (nos âmbitos federal, estadual e municipal). As modalidades são Setor Público, Setor Privado, Terceiro Setor, Especial Educação e Personalidade do Ano.

Esse prêmio é o reconhecimento do trabalho de toda a comunidade de Recursos Educacionais Abertos (REA) que desde 2008 atua para fomentar política pública de REA no Brasil e também para informar e formar pessoas para essa causa. Ao longo desses anos temos 5 projetos de lei apresentados, participação em inúmeros eventos pelo país, atualmente vários trabalhos de formação organizados pelo Instituto Educadigital e reformulação constante de nosso site na internet com o intuito de ser a porta de entrada para as pessoas interessadas no universo dos REA.

Deixo uma homenagem especial e mais que merecida a Carolina Rossini que foi a fundadora desse movimento no Brasil, coordenou o projeto até 2011 e atualmente é nossa conselheira. Parabenizo também Priscila Gonsales, atual responsável pela coordenação do projeto pela sua dedicação e por todas as conquistas ao longo desses três anos.

Agradecemos a todos vocês pela participação e pelo apoio!

Acesse as fotos do evento aqui.

Semana de Integração das Tecnologias e Educação Aberta do Paraná

A Semana de Integração das Tecnologias e Educação Aberta do Paraná articula ações de interesse comum, que envolvem a educação mediada pelas tecnologias digitais. Integram o desenvolvimento profissional docente nos vários níveis da educação representados pela UFPR, UTFPR, IFPR e SEED-PR – Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

Objetivos

  • Consolidar a parceria entre as Instituições de Ensino federais ( UFPR, UTFPR, IFPR) e a SEED.
  • Debater a integração das tecnologias digitais com enfoque na educação aberta.
  • Compartilhar conhecimento e experiências sobre a educação.

Lançamento das seguintes ações:

  • Programa Paranaense de Práticas e Recursos Educacionais Abertos – PPPREA
  • REA nos repositórios digitais da UFPR e da UTFPR
  • LIFE – Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores UFPR/CAPES

Inscrições

Até 23/11/2014 no www.utfpr.edu.br/prograd/eventos

Fonte: CIPEAD e UFPR

Vídeo: saiba o que são os Recursos Educacionais Abertos e como encontrá-los

Texto de Jamila Venturini

É com grande satisfação que a Open Knowledge Brasil (OKBr), o Instituto Educadigital (IED), o Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) e a Escuela Superior Politécnica del Litoral (ESPOL) lançam o vídeo “Recursos Educacionais Abertos”. A iniciativa é um dos resultados do projeto MIRA – Mapa Interativo de Recursos Abertos.

O vídeo – disponível em português e com legendas em inglês e espanhol – explora o conceito e o universo dos Recursos Educacionais Abertos (REA), sua relação com práticas abertas, cultura digital e software livre e os avanços que as novas tecnologias trazem para a educação. Ele está licenciado em Creative Commons, Atribuição, Compartilhe pela mesma Licença, o que significa que qualquer pessoa pode compartilhar, reproduzir ou remixá-lo.

Acesse aqui uma versão do vídeo em alta resolução.

MIRA

Resultado de uma parceria entre OKBr, IED, NIED e ESPOL, o MIRA identificou projetos que disponibilizam recursos abertos em 24 países da América Latina. O Mapa foi financiado pela Hewlett Foundation que apoiou iniciativas de mapeamento de REA em todo o mundo.

REA

Segundo a Unesco, REA são “materiais de ensino, aprendizagem e investigação em quaisquer suportes, digitais ou outros, que se situem no domínio público ou que tenham sido divulgados sob licença aberta que permite acesso, uso, adaptação e redistribuição gratuitos por terceiros, mediante nenhuma restrição ou poucas restrições. O licenciamento aberto é construído no âmbito da estrutura existente dos direitos de propriedade intelectual, tais como se encontram definidos por convenções internacionais pertinentes, e respeita a autoria da obra”. No Brasil, o movimento em favor dos REA e da educação aberta se organiza em torno do projeto REA Br, além da página, é possível se envolver com o movimento pela lista de e-mails e grupo no Facebook.

A equipe agradece a Xavier Ochoa, Ewout Ter Haar e Jamila Venturini pela colaboração na tradução das legendas do vídeo.

Saiba mais:

Unesco e Unicamp lançam cátedra em educação aberta

Por Jamila Venturini em Open Knowledge Brasil

Será inaugurada no dia 11 de novembro, a Cátedra em Educação Aberta da Universidade de Campinas (Unicamp) em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura). Na ocasião, Celso Costa, diretor Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal Fluminense, dará a palestra inaugural com o título “Trajetória da educação aberta nos meus caminhos de professor”. Costa foi coordenador geral da Universidade Aberta do Brasil e atualmente coordena o grupo de pesquisa Formação de professores e Tecnologias de Informação e Comunicação (CNPq). Para participar do evento, basta se inscrever aqui.

A iniciativa busca promover pesquisa e capacitação na área de educação aberta e recursos educacionais abertos, facilitando a colaboração entre pesquisadores e professores da área no Brasil e no mundo. Seus objetivos são: desenvolver e implementar atividades que busquem compreender como as práticas e espaços do ensino público básico e de ambientes não-formais de aprendizado podem implementar o uso e produção de Recursos Educacionais Abertos (REA); fomentar a adoção e disseminação de políticas de acesso aberto e licenciamento aberto; promover a criação e disseminação de recursos digitais que possam ser utilizados em ambientes educacionais, entre outros. Além disso, a proposta é se criar uma rede de colaboração internacional ao redor dos temas de educação aberta e REA que possa facilitar a troca de conhecimentos nos níveis nacional, regional e global.

Leia a seguir entrevista com Tel Amiel, coordenador da Cátedra, Pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) na Unicamp e coordenador do projeto Mapa de Iniciativas de Recursos Abertos (MIRA) feito em parceria entre a OKBr, Instituto Educadigital e a ESPOL (Ecuador).

O que é educação aberta? Como essa ideia dialoga com o movimento mais amplo pelo conhecimento livre?

No Livro REA eu defini educação aberta como: “Fomentar (ou ter a disposição) por meio de práticas, recursos e ambientes abertos, variadas configurações de ensino e aprendizagem, mesmo quando essas aparentam redundância, reconhecendo a pluralidade de contextos e as possibilidades educacionais para o aprendizado ao longo da vida”. O essencial, para mim, é pensar na articulação de vários modelos e propostas. É ir além da noção simplista e recorrente de que a mudança educacional precisa necessariamente suplantar algo que já existe. Podemos agregar novas configurações de ensino e novas oportunidades de aprendizagem ao que já existe. É nesse embate que geramos mudança no que está posto e calibramos as novas propostas.

Você poderia resumir um pouco o histórico e características principais da parceria que resultou na cátedra?

A Cátedra nasceu de um bate papo que tive durante uma conferência com Rory McGreal, que é coordenador da Cátedra Unesco em REA na Athabasca University. Desta conversa veio outra, em Paris com Abel Caine, que coordena as iniciativas relacionadas à REA na Unesco e incentivou a criação do projeto. Já começamos a trabalhar em parceria com outras Cátedras em temas relacionados (estas existem atualmente no Canadá, Eslovénia, Holanda, Nova Zelândia e México). A criação de redes internacionais de colaboração é um objetivo central da instauração de Cátedras pela Unesco. Para nosso projeto, o enfoque é o no ensino básico e na formação docente, o que complementa o trabalho dos outros parceiros que agem com maior esforço em outras áreas (como no ensino superior).

Qual a importância dessa cátedra para a pesquisa na área de educação aberta e REA no Brasil? Que atividades se pretende desenvolver?

O estabelecimento da Cátedra vem para reconhecer o trabalho que é feito no Brasil por ativistas, professores, pesquisadores e educadores, particularmente no que tange a área de recursos educacionais abertos. Esperamos que ela fortaleça e possa dar maior exposição a toda essa produção. Com a Cátedra, temos como intenção de continuar e expandir a nossa linha de trabalho. Isso inclui a produção de material e oportunidades para formação e a pesquisa. Em 2013 fizemos um projeto piloto com um grande número de parceiros, um Curso Aberto sobre “abertura” que buscaremos replicar em 2015. Continuamos o trabalho em torno do Caderno REA e da Bibliografia REA que servem como porta de entrada para o tema. Ainda esse ano, entregaremos uma análise detalhada dos portais de recursos abertos na América Latina por conta do projeto MIRA e continuaremos nossa colaboração central na construção de uma cartografia global sendo desenvolvida sobre REA. Buscaremos expandir nosso trabalho de pesquisa em torno da Universidade Aberta do Brasil (grupo coordenado pela UFF, em parceria com a UEL).

Como as universidades e pesquisadores brasileiros têm trabalhado o tema da educação aberta? Como você avalia a pesquisa que tem sido desenvolvida nessa área?

A noção de uma “educação aberta” pode ser interpretada de múltiplas maneiras, portanto não é fácil definir uma linha de trabalho comum. Parte do nosso esforço futuro será o de juntar noções históricas e contemporâneas sobre abertura. Isso inclui o legado da educação alternativa do início do século XX, caminhando pela educação progressiva e o movimento do “open education” nos anos 60-70. Hoje, propulsionado pelo crescimento do movimento REA, “educação aberta” está muito ligado às oportunidades de aprendizado que existem gratuitamente na web. É interessante buscar paralelos teóricos e práticos nessa trajetória, identificando como isso pode impactar nossa visão de escola e formação docente para o futuro. A história e pesquisa brasileira nessa área é rica e incluem desde a pedagogia crítica à projetos importantes em educação democrática.

Qual a importância de se criar uma rede de intercâmbio internacional sobre o tema?

A questão da “abertura” na educação tomou proporções globais e interdisciplinares. Precisamos nos conectar cada vez mais com outras iniciativas e trocar experiências com outros países e grupos de estudo. Serve para oxigenar o debate em torno de REA/EA, particularmente no ensino superior. Digo isso porque o que é discutido como inovador ainda é dominado pelo contexto de países ricos e falantes de inglês — precisamos de maior pluralidade.

Que iniciativas brasileiras na área de REA / Educação Aberta você destacaria?

Terminamos recentemente um projeto, o Mapa de Iniciativas de Recursos Abertos (MIRA) que tem como enfoque uma área ainda pouco estudada: repositórios voltados para o ensino básico na América Latina. Este recorte rendeu um mapa interativo e detalhado de vários projetos notáveis. Esperamos dar maior visibilidade a essas iniciativas, identificar boas práticas e compartilhar esse conhecimento. Além disso, a Comunidade REA (rea.net.br), da qual participo, é um projeto pioneiro no Brasil, que tem atuado fortemente para sensibilizar, formar e construir política pública sobre o tema. O Grupo de Trabalho sobre Ciência Aberta que conta com vários atores e projetos expressivos nessa área, é também uma referência. Um bom recurso para quem tem interesse na área e alguns de seus atores é o Livro REA.