Game Changers: Education and Information Technologies

O novo livro da Educause, “Game Changers: Education and Information Technologies” é um conjunto de capítulos e estudos de caso de faculdades e universidades.

“As instituições estão encontrando novos modelos e novas tecnologias que permitem repensar muitas das premissas da educação – local e tempo, créditos e credenciais, criação e compartilhamento de conhecimento.”

Destaque para os diversos capítulos dedicados ao tema conteúdo aberto.

É possível realizar download gratuito do livro em sua totalidade ou por capítulos.

Discussões sobre REA no site da UNESCO

Mensagem postada por Tel Amiel na lista de emails REA:

“Muitos integrantes da lista REA e das outras redes da comunidade REA Brasil (Facebook e Twitter) estão participando de eventos e trabalhando junto com a UNESCO nos eventos regionais que culminarão no “Congresso Mundial” que acontecerá em Paris no mês de junho. Nos próximos dois meses, queremos fomentar a discussão em torno da “carta REA” e outros temas relevantes.

Queremos utilizar a plataforma WSIS-KC da UNESCO (entre outras) para fomentar discussões. Ela tem uma lista bem ativa de usuários e atividades, e para o nosso contexto pode ser particularmente útil para fomentar discussões com colegas de língua portuguesa de outros países.

É possível registrar-se no próprio site que tem um formulário relativamente longo, mas propusemos ao pessoal da UNESCO que organizaríamos uma lista de interessados (nome completo e email) para facilitar o registro.”

Para os que tem interesse, por favor enviem um email diretamente para o professor Tel Amiel (tel.amiel@gmail.com) com as informações e ele repassará ao pessoal da UNESCO até o dia 12/5.

Hackathon: Desafio de Dados Abertos

A 1ª Maratona Hacker da Câmara Municipal de São Paulo é uma competição para estimular o uso criativo dos dados públicos da Câmara de Municipal de São Paulo. O objetivo, como em todo hackaton do tipo, é que sejam criados aplicativos, sites ou serviços que ajudem o poder público a trabalhar com as informações, ou serviços que possam ser úteis para a população. A competição faz parte do compromisso da Câmara Municipal objetivando ampliar o programa de dados abertos do parlamento.

A competição terá duas fases. Na primeira, os desenvolvedores inscritos terão 48 horas, sem intervalo, para avaliar os dados da câmara e submeter o esboço geral do aplicativo que deverá ser finalizado na segunda fase. As equipes disporão de um link para acessar os Dados Abertos no Portal da Câmara, mas também poderão usar dados extraídos de outros órgãos públicos, desde que indiquem a fonte.

Na segunda etapa, os participantes poderão aperfeiçoar os aplicativos que começaram a criar dentro da CMSP, melhorando a forma de uso, o design e o tratamento dos dados, mas não poderá mudar mais a estrutura original do trabalho.

O hackaton conta com a parceria da Open Knowledge Foundation e a W3C Brasil e as inscrições devem ser feitas no endereço http://desafiodadosabertos.org/inscricoes no período de 2 de maio a partir das 19h até as 18h00 do dia 10 de maio de 2012.

Fundador da Wikipedia criará site para pesquisas do Reino Unido financiadas com dinheiro público

No gancho do boicote internacional de pesquisadores à editora Elsevier, em que mais de 10.000 cientistas já se comprometeram a não enviar artigos para as revistas e ao pedido da Universidade de Harvard aos seus mais de 2000 pesquisadores para publicarem seus artigos em periódicos de acesso aberto, ou ainda, garantirem que seus trabalhos fiquem disponíveis na internet em sites ou blogs quando publicarem em revistas de acesso pago, David Willets, ministro do governo britânico anunciou o convite a Jimmy Walles (fundador da Wikipedia) a criar um site onde as pesquisas financiadas com dinheiro público nas universidades do Reino Unido possam ficar abertas ao público.

David Willets escreveu no The Guardian “Dar as pessoas o direito de andar livremente sobre a pesquisa com financiamento público vai inaugurar uma nova era de descoberta acadêmica e colaboração e vai colocar o Reino Unido na vanguarda da investigação aberta”.

É provável que haverá um repositório central que irá acolher todos os artigos de pesquisa que resultem de financiamento público. O objetivo é que, mesmo se um acadêmico publica seu artigo em um periódico de assinatura tradicional, uma versão do seu artigo aparece simultaneamente no repositório de acesso livre. O repositório também teria ferramentas para compartilhar, comentar e discutir artigos.

A iniciativa chamada “No 10” ficará pronta em 2 anos e tem alguns desafios pela frente. Um dos maiores para atingir a plena abertura de investigação será a resistência de editores de revistas para mudar seus modelos de negócios. Estima-se que cerca de 1,5 milhão de novos artigos são publicadoa anualmente em revistas pertencentes a um pequeno número de grandes empresas editoriais, incluindo Elsevier, Springer e Wiley. Outro desafio é referente a qualidade e a revisão por pares.

Dame Janet Finch, um dos acadêmicos mais experientes e respeitados do Reino Unido, está produzindo um relatório onde constem as medidas necessárias para tornar possível o desenvolvimento do projeto. Espera-se traçar um rumo para um mundo em que artigos acadêmicos estejam disponíveis livremente e abertamente.

Fontes:
Life after Elsevier: making open access to scientific knowledge a reality

Harvard University says it can’t afford journal publishers’ prices

Universidade Harvard reclama do preço de revistas científicas

Open, free access to academic research? This will be a seismic shift

Wikipedia founder to help in government’s research scheme

Criador da Wikipedia criará site para pesquisas britânicas

Os “novos Einsteins” serão os cientistas que compartilham

Em janeiro de 2009, um matemático da Universidade de Cambridge chamado Tim Gowers decidiu usar seu blog para executar a experiência Polymath. Ele escolheu um problema matemático e tentou resolvê-lo usando seu blog para postar ideias e progressos parciais. Ele também lançou um convite aberto para que outros contribuíssem com suas próprias ideias, considerando que muitas mentes são mais poderosas do que apenas uma.

Algumas horas depois de aberta a discussão, um matemático húngaro-canadense postou um comentário, quinze minutos mais tarde um professor de matemática da Arizona High School e três minutos depois, o matemático Terence Tao da UCLA contribuiu. A discussão se inflamou e em apenas seis semanas o problema matemático havia sido resolvido.

Este trabalho é um exemplo de experimento na ciência em rede dos muitos que estão sendo feitos para estudar de galáxias a dinossauros. Estes projetos utilizam ferramentas online como ferramentas cognitivas para potencializar a inteligência coletiva. As ferramentas online são uma maneira de conectar as pessoas certas para os problemas certos no momento certo, ativando o que seria uma competência latente.

O trabalho em rede tem o potencial de acelerar a descoberta em todas as ciências. Pode-se notar o processo do dia-a-dia da pesquisa científica que muda mais rapidamente nas últimas décadas do que nos últimos três séculos.

Entretanto, ainda existem grandes obstáculos para a concretização deste objetivo, empreendimentos como o projeto Polymath continua a ser a exceção e não a regra.

Considere a ideia de compartilhar dados científicos online. O exemplo mais conhecido disto é o projeto do genoma humano, cujos dados podem ser baixados por qualquer pessoa. Quando você lê a notícia de que um determinado gene está associado a uma determinada doença, você está certamente vendo uma descoberta que se tornou possível através da política do projeto de dados abertos.

Apesar do valor dos dados abertos, a maioria dos laboratórios não fazem nenhum esforço sistemático para compartilhar dados com outros cientistas.

Por que os cientistas não compartilham?

Se você é um cientista/pesquisador candidato a um emprego ou uma bolsa de estudos, o maior fator determinante do seu sucesso será o seu registro de publicações científicas. Se esse registro é grande você vai se sair bem, caso contrário, você tem um problema. Então ,você dedica suas horas de trabalho escrevendo artigos para serem publicados em revistas científicas.

Mesmo se você acha que seria muito melhor para a ciência compartilhar dados online com curadoria apropriada, exceto em alguns campos, o compartilhamento de dados não é algo que seus colegas lhe darão crédito por ter feito.

Há outros caminhos que alguns cientistas ainda não dominam, como o uso de ferramentas on-line. Considere por exemplo, as wikis científicas abertas lançadas por alguns pioneiros corajosos em áreas como a computação quântica, teoria das cordas e genética. Wikis especializadas poderiam servir como espaços online de referência das mais recentes pesquisas em um campo específico. Elas podem incluir descrições de grandes problemas científicos não resolvidos e servir como uma ferramenta para encontrar soluções.

Mas a maioria das wikis falharam! Elas têm o mesmo problema que o compartilhamento de dados abertos. Mesmo que os cientistas acreditem no valor da contribuição, eles sabem que escrever um único papel medíocre (artigos convencionais) vai contar muito mais para as suas carreiras.

Os cientistas terão que abraçar e recompensar o compartilhamento aberto de todas as formas de conhecimento científico, não apenas a publicação em revista tradicional. Ciência em rede deveria ser a ciência aberta. Mas como chegar lá?

Um bom começo seria as agências de fomento governamentais trabalharem com os cientistas/pesquisadores para desenvolver requisitos para o compartilhamento aberto de conhecimento. Essas políticas já ajudaram a criar conjuntos de dados abertos como o genoma humano, mas elas devem ser ampliadas para exigir o compartilhamento de dados mais cedo e mais amplamente. Os órgãos de fomento também deveriam incentivar os cientistas a apresentar novos tipos de evidências de suas descobertas não apenas em periódicos científicos tradicionais como parte de seus pedidos de financiamento.

A própria comunidade científica precisa ter uma conversa sobre o valor dessas novas ferramentas online. Tem-se que derrubar a ideia de que é um desvio do trabalho “real” quando os cientistas realizam pesquisas de alta qualidade em campo aberto. Ciência financiada com dinheiro público deve ser uma ciência aberta.

Melhorar a maneira que a ciência é feita significa, por exemplo, acelerar a descoberta da cura do câncer, resolver o problema das alterações climáticas e lançar a humanidade de forma permanente no espaço.

Nos próximos anos, tem-se uma oportunidade extraordinária para reinventar a própria descoberta. Mas para isso, é necessário criar uma cultura científica que envolva o compartilhamento aberto do conhecimento.

Fonte: The Wall Street Journal

Imagem CC-BY: http://www.flickr.com/photos/barockschloss/4928969062/

Desenvolvimento e Promoção do Acesso Aberto

A publicação “Policy guidelines for the development and promotion of open access” da UNESCO, tenta desmistificar o conceito de Acesso Aberto e proporcionar medidas concretas de implementação de políticas pertinentes. O documento passou por uma consulta aberta e revisão por pares na Comunidade de Acesso Aberto WSIS Knowledge Communities

Esta publicação ajudará no desenvolvimento de políticas de Acesso Aberto. O objetivo é promovê-lo nos Estados Membros, facilitando a compreensão de questões relevantes relacionadas com o acesso aberto.

Para mais informações e download clique aqui.

Versão 4 das licenças Creative Commons aberta para comentários

A versão 4 das licenças Creative Commons está aberta para comentários e contribuições. Esta versão é o resultado de um longo (e inédito) período de coleta de requisitos que envolve a entrada de filiados CC, comunidade e interessados. Este primeiro esboço foi articulado durante o 2011 Global Summit e engloba os seguintes objetivos:

  • Produzir a versão 4.0 que aborda os desafios de adotantes importantes, inclusive em países onde a versão localizada de licenças CC não existe, e nunca poderá, por qualquer número de razões;
  • Maximizar a interoperabilidade, reduzindo a proliferação de licença e promover a normalização, sempre que possível,
  • Longevidade e facilidade de uso.

Uma das grandes prioridades é garantir na medida do possível que as licenças 4.0 funcionem perfeitamente em muitas jurisdições. O Creative Commons convida a todos para ajudar a identificar as disposições que poderiam ser melhoradas para funcionar melhor em sua localidade e para as comunidades que adotam CC.

Saiba mais aqui.

Participe acessando a wiki

II Semana do Direito Autoral

O  Departamento de Inovação Tecnológica (DIT/PRPE/UFSC), o Grupo de Estudos em Direito Autoral e Informação (GEDAI/UFSC) em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (CTS/FGVRio) promovem dias 26 e 27/04, das 8h30 às 12h30 a II Semana do do Direito Autoral.

Estão previstos seminários sobre Propriedade Intelectual e a busca de um equilíbrio desejado na Sociedade Informacional, além de workshops com apresentação das pesquisas que estão sendo realizadas pelos pesquisadores pertencentes ao GEDAI/UFSC e CTS/FGVRio sobre a Produção Cultural e a Socialização do Conhecimento.

O evento será em Florianópolis, na UFSC, no auditório térreo do Departamento de Informática e Estatística (INE) no Centro Tecnológico da UFSC. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local do evento.

Confira a programação completa aqui.

O evento será transmitido pela internet, veja aqui

Open Academics Textbooks: catálogo de livros didáticos abertos

A College of Education and Human Development (CEHD) da Universidade de Minnesota anunciou a criação de um catálogo on-line “de livros abertos” para ajudar as universidades a encontrar opções de livros didáticos a preços mais acessíveis.

O Open Academics é o primeiro de seu tipo hospedado em uma importante instituição de pesquisa. De acordo com Provost Karen Hanson, “a Universidade de Minnesota deve ser líder na oferta de conteúdo aberto e de  opções de livros didáticos eletrônicos e vai beneficiar professores e alunos.” Essa iniciativa da CEHD é uma de uma série de iniciativas em e-learning que vai ajudar os alunos a obter uma educação de alta qualidade que também seja mais  acessível.

O catálogo inclui atualmente 84 livros abertos que estão em uso nas salas de aula nos Estados Unidos. A College of Education and Human Development (CEHD) irá apoiar professores que optarem por analisar e aprovar os livros abertos com bolsas de US$ 500 – 1.000.

Os estudantes universitários irão gastar média média de $ 1.168 em materiais para o curso de 2011-2012. Preocupações sobre custos dos livros didáticos têm alimentado um crescente movimento em direção aos livros abertos e outros recursos educacionais abertos. O The Student Public Interest Research Groups (PIRGs) descobriram que usando livros didáticos abertos existe uma economia de em média 80% dos custos em relação ao preço dos livros tradicionais.

Nove membros do corpo docente da College of Education and Human Development já estão explorando os  livros abertos através do catálogo e substituindo os materiais tradicionais do curso por eles. A economia está na ordem de mais de  US$ 100.000 em custos dos livros didáticos do próximo ano.

Todos os calouros da College of Education and Human Development recebem iPads, o que permite aos alunos usar os formatos digitais e mais baratos de livros abertos.

Saiba mais aqui.

Acesse Open Academics Textbooks