Resenha do livro REA é publicada na Revista Teias

Uma resenha do livro Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e práticas públicas, escrita por Tatiana Stofella Sodré Rossini, foi publicada no novo número da Revista Teias (v. 13, n. 30, 2012 – Cibercultura, Educação Online & Processos Culturais). Tatiana Rossini é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (Proped) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e membro do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC).

A Revista Teias é uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ, está atualmente indexada às seguintes base de dados: Clase, Latindex, IBICT/SEER, Portal LivRe e Inep/BVE, além de todas as bibliotecas virtuais que utilizam o sistema OAI para consultas.

Veja os primeiros trechos da resenha:

“Na presente obra sobre Recursos Educacionais Abertos (REA), os autores buscam apresentar os desafios para pensar a educação universalizada e de qualidade em uma sociedade globalizada e conectada via internet. Trata-se de uma reflexão sobre as relações entre as políticas públicas, REA e a educação.”

“Os autores enfatizam a necessidade de políticas, planos e programas públicos que forneçam infraestrutura de rede digital adequada para interligar as escolas com o mundo, propiciem a formação de professores e promovam a produção de materiais educacionais abertos e livres, levando em conta os usos das tecnologias digitais pelos docentes e discentes. Conceitos como coautoria e criação colaborativa precisam ser inseridos na educação formal e também em suas novas formas de expressão, como por exemplo, a Educação Aberta.”

Acesse o arquivo aqui.

Podcast REA no Simpósio Hipertexto

O Projeto REA Brasil participou de uma mesa-redonda na 4ª edição do Simpósio Hipertexto e Tecnologias na EducaçãoA Profª Ms. Débora Sebriam – Instituto Educadigital/REA Brasil, Prof.  Dr. Ricardo Amorim – FACAPE/UNEB e Anderson Duarte – Diretor Executivo do Redu, trouxeram suas impressões e a questão das políticas públicas para REA teve destaque na discussão com a plateia.

Os áudios de mesas-redondas do Simpósio Hipertexto se transformaram no projeto #PodcastHipertexto. A série de abertura é sobre Recursos Educacionais Abertos (REA). Ouça e compartilhe!

Fonte: Nehte

São Paulo Legislative Assembly Passes 989/2011 OER Bill

On December, 20th 2012, the São Paulo Legislative Assembly (ALESP) approved Bill 989/2011 (OER State Bill), authored by state chamber representative Simão Pedro, establishing a policy whereby educational resources developed or purchased with government funds must be made freely available to the public under an open copyright license. Next, the Governor must sign the bill for it to become law.

This is a result of almost 2 years of dialogue led by the OER Brazil-Project, supported by growing OER community in Brazil, and by folks at ALESP that understand that OER is a better policy for public spending. In June 2011, Simão Pedro in partnership with OER Brazil Project organized a seminar on Digital Teaching Materials, Open Educational Resources and Quality in Education at ALESP, when experiences from Brazil and around the world were discussed with the presence and intervention of educators, journalists, editors, lawyers and internet activists. It was the spark needed to gather more political support. The OER State Bill was introduced just after that.

Simao Pedro saw that OER is a key to the modernization of education and the dynamic of technology entrance into the classroom, and saw the power of the market dynamic where the state is the biggest purchaser. In an interview published in the book Open Educational Resources: collaborative practices and public policy, Simão Pedro says of the impact of OER in society “… the teachers wins, they will have more incentives to improve their classes by adapting content, and will be able to produce and disseminate content to their peers. Students will have more interesting and efficient content. And also the government wins, it will save a great amount of resources. I think all this will reflect in a great advance in the quality of education.” 

The legislator explained that currently “… the model of purchasing courseware leads to a double expense. The government subsidizes the production – paying teachers, consultants and researchers – and then is forced to buy what it has subsided. OER solves this problem because it creates an arrangement whereby content produced and funded with public funds is also open to public use.”

After conducting a seminar on the subject in the Legislative Assembly and created the Bill, Simão Pedro participated in several debates, meetings, programs on TV Assembly, meeting with the State Secretary of Education, Herman Voorwald, beyond his participation in  World Open Educational Resources Congress at UNESCO.

The bill received its first assent in late 2011 the Committee on Constitution and Justice. In 2012, the Bill was then approved by other two Comissions: Education and Culture and Finance, Budget and Planning, respectively in February and May.

After being voted in plenary on December 20th, the Bill now goes to final approval by the executive branch.

The OER Brazil project, and the OER community in Brazil and abroad are closely watching and working to ensure the bill will be passed into law in the beginning of 2013. So, show your support and help us spread the news. Tweet using the tag #reabr.

USP negociará com revistas científicas acesso aberto às suas pesquisas

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) que publicam artigos em revistas científicas devem passar a negociar com as editoras contratos que permitam que o material fique disponível gratuitamente em uma página da instituição. Hoje, muitas vezes instituições públicas financiam pesquisas e, quando os resultados são publicados, as próprias universidades têm de pagar para acessá-los.

A determinação do reitor João Grandino Rodas foi oficializada com a resolução n.º 6.444, publicada em 22 de outubro. As pesquisas serão publicadas na Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP (www.producao.usp.br), recém-inaugurada. A iniciativa faz parte de um movimento global pelo acesso aberto à ciência. Unesp e Unicamp planejam estratégia semelhante e outras, como a Universidade de Brasília (UnB) e as federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), já têm seus repositórios, como são chamadas essas bibliotecas online.

Segundo a diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (Sibi), Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, a decisão já vinha sendo discutida havia alguns anos. “Dessa forma, a USP dá um retorno maior, trazendo para a sociedade o que ela investiu e, ao mesmo tempo, aumentando a visibilidade do que é produzido.”

Tudo o que é publicado na nova biblioteca digital, que já tem 30 mil registros, aparece no Google Acadêmico. “Quanto maior a presença na internet, maior a visibilidade da universidade e sua posição nos rankings. Com tanta tecnologia, há rankings que medem a presença dos estudos nas redes sociais, por exemplo”, diz Sueli. Entra na BDPI toda a produção acadêmica, exceto teses e dissertações, que já vinham sendo publicadas em acesso aberto em teses.usp.br.

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Aprovação do PL REA Estadual: Repercussão Nacional e Internacional

Post atualizado em 24/01/2013

Passados dois dias da aprovação do PL REA do Estado de São Paulo pelos deputados paulistas, as comunidades nacional e internacional comemoram essa grande conquista e muitas publicações na imprensa, blogs e mídias sociais começaram a surgir.

Site do Deputado Simão PedroAprovado PL 989/2011 de Simão Pedro sobre disponibilização de Recursos Educacionais Abertos

Site REAAprovado PL 989/2011 sobre disponibilização de Recursos Educacionais Abertos

UOL EducaçãoDeputados paulistas aprovam projeto de lei para disponibilizar recursos educacionais na internet

EstadãoAssembleia legislativa de SP aprova projeto de lei que prevê utilização livre de recursos educacionais

ARedeAlesp aprova projeto de lei para distribuição online de recursos educacionais

Todos pela EducaçãoDeputados paulistas aprovam projeto de lei para disponibilizar recursos educacionais na internet

Creative CommonsSão Paulo Legislative Assembly Passes OER Bill

InfoJusticeOER Law Passes in São Paulo, Awaits Governor’s Signature

Comunidade Open Educational Resources (UNESCO)OER is now a law in São Paulo state, Brazil!

Associação de Leitura do BrasilAprovado PL 989/2011 sobre disponibilização de Recursos Educacionais Abertos

Site do Deputado Paulo TeixeiraAprovado PL sobre disponibilização de Recursos Educacionais Abertos

PorVir – Deputados paulistas aprovam projeto de lei para disponibilizar recursos educacionais na internet

Folha de São PauloEducação aberta tem futuro para brasileiros

A2KAcesso aos Livros e Materiais Didáticos

Observatório da Educação – Projetos de educação aprovados na Alesp aguardam sanção de Alckmin

Observatório da Educação – Projeto aprovado em São Paulo institui política para compartilhamento e reutilização de materiais didáticos

Lista de emails da comunidade REA Brasil

Várias mensagens chegam todos os dias, vejamos algumas reações da comunidade REA Brasil.

Carolina Rossini, fundadora e ex-coordenadora do Projeto REA Brasil dá a notícia a comunidade.

Sueli Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP.

Everton Zanella, Open Knowledge Foundation e autor do livro Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas.

Lilian Starobinas, Escola Vera Cruz e autora do livro Recursos Educacionais Abertos: Práticas colaborativas e políticas públicas.

Nas mídias sociais a notícia tem sido amplamente compartilhada

Alexandre Schneider, ex-Secretário Municipal de Educação de São Paulo e pioneiro na adoção de política pública sobre REA no Brasil, parabeniza o deputado Simão Pedro pelo Twitter.

O Deputado Federal Paulo Teixeira, responsável pelo PL Federal (em tramitação), também envia o seu recado taravés de sua página oficial no Facebook.

Secretaria da Educação de São Paulo.

Claudia Costin, Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro também divulgou a notícia em seu Twitter.

Pablo Ortellado, professor doutor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP e coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), destaca a grande vitória do movimento REA no Brasil.

Marcos Wachowicz, do Grupo de Estudos de Direito Autoral e Informação (GEDAI) da Universidade Federal de Santa Catarina, também destaca a importância do PL REA.

Priscila Gonsales e Bianca Santana, coordenadoras do Projeto REA no Brasil parabenizam a comunidade REA Brasil nas redes sociais.

Sérgio Amadeu, sociólogo, representante da sociedade civil no CGI.br. Professor da UFABC. Pesquisador de cibercultura e membro da comunidade do software livre.

Open Knowledge Foundation Brasil.

Guilherme Varella, advogado do Idec na área de acesso à cultura e ao conhecimento e telecomunicações. Mestrando em Direito de Estado na USP e pesquisador em políticas culturais.

Abel Caine Fiji, OER Programme Specialist – UNESCO, divulga as boas novas para a comunidade internacional.

Creative Commons e Cable Green divulgam a notícia para a comunidade internacional.

Dean Florez, 20 Million Minds Foundation.

Vamos divulgar juntos?

Pessoal, todas as mensagens divulgadas nesse post são apenas algumas das coletadas até o momento. O site REA registra mais de 100 compartilhamentos diretos sobre a aprovação do PL REA.  A comunidade REA Brasil divulgou amplamente pelas redes sociais. Vamos continuar esse movimento juntos?

Publique no seu blog (e manda o link pra gente inserir aqui), tuite usando a tag #reabr e compartilhe pelo Facebook e Google Plus!

Aprovado PL 989/2011 sobre disponibilização de Recursos Educacionais Abertos

Foi aprovado no início da madrugada desta quinta-feira (20/12) o PL 989/2011, de autoria do deputado Simão Pedro, que institui a política de disponibilização de Recursos Educacionais comprados ou desenvolvidos por subvenção da administração direta e indireta estadual.

Início da Caminhada

Há aproximadamente 2 anos, começaram as conversas entre o movimento REA e o deputado Simão Pedro. Ele enxergou no movimento a chave para a modernização da dinâmica de aquisição de material didático por parte do Estado. Em entrevista publicada no livro  “Recursos Educacionais Abertos: Práticas colaborativas e políticas públicas”, Simão Pedro diz que os benefícios de um modelo como o de REA gera muitos ganhos para a sociedade, segundo ele …ganha o professor, que vai ter incentivo muito maior para melhorar suas aulas, adaptar conteúdos e vai poder produzir e divulgar conteúdos para seus colegas. Os alunos vão ter conteúdos mais interessantes e eficientes. E ganha também o poder público, que vai economizar um montante muito grande de recursos, já que ele hoje compra livros nos quais não pode mexer. Creio que isso tudo se reflita em um avanço muito grande na qualidade do ensino”. O parlamentar explica que atualmente “…o modelo de compra de material didático acarreta um duplo gasto. O governo subsidia a produção – pagando professores e pesquisadores – e depois é obrigado a comprar o que subsidiou. O REA resolve esse problema, pois cria um acordo em que um conteúdo produzido por instituição pública, financiado com recurso público, seja também de uso público”.

Em junho/2011, o deputado Simão Pedro em parceria com o Projeto REA Brasil embarcou nessa luta fomentando o Seminário Material Didático Digital: Recursos Educacionais Abertos e Qualidade na Educação, onde foram debatidas experiências de diversas instituições e contou com a presença e intervenção de educadores, jornalistas, editores, advogados e militantes da internet livre que ajudaram a garantir a qualidade dos debates, o que, para o projeto REA Brasil, serve como a indicação dos melhores e mais democráticos caminhos possíveis.

Ainda em 2011, o parlamentar apresentou o Projeto de Lei 989/2011, que institucionaliza Recursos Educacionais Abertos como política pública em São Paulo.

O Caminho da Consolidação

Após realização de seminário sobre o assunto na Assembleia Legislativa, o deputado Simão Pedro criou o Projeto 989/11 e participou de diversos debates, encontros, programas na TV Assembleia, reuniões com o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, além de sua participação no Encontro Mundial sobre Recursos Educacionais Abertos.

O PL recebeu seu primeiro parecer favorável no final de 2011 na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Em 2012, o projeto recebeu mais dois pareces favoráveis importantes na Comissão de Educação e Cultura e Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, respectivamente nos meses de fevereiro e maio.

Próximos Passos

Depois de ser aprovado em plenário na noite de ontem, o PL 989/2011 segue para o Poder Executivo.

Contamos com o apoio de toda a Comunidade REA Brasil para divulgar a notícia em seus blogs e mídias sociais. Tuite usando a tag #reabr, divulgue o nosso grupo no Facebook (facebook.com/groups/reabrasil) e a nossa lista de emails.

Fontes:

Assembleia Legislativa – http://www.al.sp.gov.br/a-assembleia/agencia-de-noticias/noticia?id=332093

Site do Deputado Simão Pedro – http://simaopedro.com.br/aprovado-pl-9892011-de-simao-pedro-sobre-disponibilizacao-de-recursos-educacionais-abertos/

Entrevista do deputado Simão Pedro publicada no livro REA – http://www.artigos.livrorea.net.br/2012/05/uma-politica-estadual-de-rea-para-beneficiar-professores-alunos-e-o-poder-publico/

Federação Educa Brasil (FEB)

Recebemos da Profª Rosa Vicari do Instituto de Informática da UFRGS e coordenadora de uma Cátedra Unesco, uma nova iniciativa de compartilhamento de objetos de aprendizagem.

O FEB – (Federação de Repositórios Educa Brasil), é um serviço experimental da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O FEB tem o propósito de organizar diversos repositórios em um sistema hierárquico chamado federação, que centraliza as informações contidas desses repositórios em um único portal. Portanto, o FEB fornece mecanismos para integrar vários repositórios de OAs, através da recuperação de seus metadados, tornando-os acessíveis por um sistema de busca global. O serviço destina-se basicamente a qualquer instituição educacional ou de pesquisa que deseje expandir o reuso e/ou compartilhar seus repositórios de OAs além da própria instituição que os criou.

A solução proposta pelo SE-FEB permite a inclusão de qualquer repositório de OAs desde que esses objetos – como slides, materiais didáticos, ou qualquer conteúdo digital – estejam mapeados em algum esquema de metadados. O sistema suporta nativamente os padrões de metadados Dublin Core, LOM e OBAA que são mapeados para o esquema de metadados adotado pela confederação, ou seja, para o padrão OBAA. Além disso, é possível incluir repositórios descritos em qualquer padrão de metadados. Neste caso, o mapeamento para OBAA será previamente cadastrado. Vale ressaltar que a solução manipula apenas os metadadados dos repositórios e não o conteúdo dos mesmos. Ademais, há uma ferramenta de sincronismo que atualiza periodicamente a confederação com seus repositórios, ou seja, o sistema periodicamente consulta seus repositórios consistindo seus dados – por exemplo, incluindo novos OAs detectados nos repositórios e/ou excluindo os que foram removidos. Já a ferramenta de busca permite o usuário pesquisar por objetos em todo os repositórios da confederação, ou apenas em um repositório em particular, onde no resultado da pesquisa são apresentados links aos OAs que atendem ao critérios da busca, informando também o repositório de origem desse objeto.

Parceiros

Atualmente o FEB possui 9 instituições parceiras, totalizando 12 repositórios em funcionamento.

  • UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
    • LUME –  Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
    • CESTA – Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na Aprendizagem
    • OBAA – Repositório de Objetos de Aprendizagem Baseados em Agentes
  • MEC – Ministério da Educação
    • BIOE – Banco Internacional de Objetos Educacionais
  • Fundação Biblioteca Nacional
    • BNDIGITAL – Biblioteca Nacional Digital Brasil
  • Fiocruz
    • ARCA – Repositório Institucional da Fiocruz
  • UFMA – Universidade Federal do Maranhão
    • Biblioteca de Teses e Dissertações
    • Portal de Periódicos
    • Publicações Científicas
  • IFRS – Instituto Federal do Rio Grande do Sul
    • Repositório do Campus Canoas
  • IFSUL – Instituto Federal Sul-Rio-grandense
    • ENGEO – Repositório de Objetos Educacionais para Engenharia Geotécnica
  • UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
    • Repositório Institucional
  • LACLO – Confêrencia Latinoamericana de Objetos e Tecnologias de Aprendizagem
    • Federação LaFlor – Latin American Federation of Learning Object Repositories

 Política de Acesso (o que posso consumir e como)

A infra-estrutura instalada pelo SE-FEB será principalmente utilizada para auxiliar no compartilhamento de Objetos de Aprendizagem (OAs) entre as instituições usuárias do serviço. Portanto, o conteúdo compartilhado engloba qualquer material de apoio ao processo de aprendizagem como conteúdo áudio visual, apostilas, tutoriais, artigos científicos, teses, dissertações, e similares, disponibilizados em algum formato digital, pelas instituições participantes. Os OAs são apresentados aos usuários através de um único ponto de busca que recupera informações sobre os objetos, entre elas os links, os quais propiciam acesso aos objetos, nos seus repositórios de origem. Vale lembrar que é responsabilidade do provedor de conteúdo/repositório a qualidade do material, as restrições de acesso e direitos autorais dos mesmos.

FGV sedia Congresso Global de Propriedade Intelectual e o Interesse Público

Entre os dias 15 e 17 de dezembro, o Centro de Tecnologia e Sociedade CTS da DIREITO RIO recebeu o segundo “Global Congress on Intellectual Property and the Public Interest”. Trata-se de um dos eventos mais importantes da agenda política nacional e internacional devido à discussão sobre o equilíbrio entre direitos autorais, interesse público e acesso ao conhecimento. Esta edição do encontro teve especial preocupação com os desafios e oportunidades atualmente observados nos países em desenvolvimento.

Os mais de 20 palestrantes convidados fizeram apresentações divididas em três atos:

  • “O Momento Presente”: teve por objetivo analisar acontecimentos recentes como as mobilizações contra o ACTA, SOPA e PIPA, a Primavera Árabe, o Marco Civil e os debates em torno da Ley Lleras na Colômbia.
  • “A Narrativa Maior”: teve como foco as mudanças na estrutura, composição nos movimentos de acesso ao conhecimento e acesso a medicamentos ocorridas nos últimos 20 anos.
  • “Futuro” do movimento global em direção a regimes mais equilibrados de propriedade intelectual, ponderando sobre questões de acesso, inovação e criatividade.

O Projeto REA Brasil participou de diversas palestras e workshops com Priscila Gonsales e Carolina Rossini, ex-coordenadora do Projeto no Brasil. Carolina foi uma das palestrantes do ato “futuro”, nos dias 15 e 17.

O dia 15 foi aberto ao público e os palestrantes convidados tinham 15 minutos para expor as suas ideias inseridos nos “três atos” propostos para o evento. Todas as intervenções do dia 15/12 estão no canal da FGV Palestras. No vídeo abaixo, temos as intervenções dos pesquisadores brasileiros Ronaldo Lemos, Cláudia Chamas e Carolina Rossini (arquivo da apresentação aqui).

Recursos Educacionais Abertos

O tema teve uma sessão no dia 16/12 com o professor Michael W. Carroll da American University WCL. A sessão sobre REA teve como primeiro objetivo mapear a relação entre as limitações e exceções dos direitos autorais e do sucesso de modelos de REA. Em seguida os participantes deveriam apresentar os desenvolvimentos regionais nos marcos legais necessários para produzir REA de alta qualidade, com foco sobre as estruturas necessárias para atrair autores, incluindo modelos de compensação e modelos de manutenção e sustentabilidade. A sessão dará origem a um pequeno relatório (que ainda será publicado) tendo em mente 3 perguntas:

  1. Onde estão os mais importantes fóruns onde uma agenda positiva para limitações e exceções serão consideradas no próximo ano?
  2. Quais são as prioridades de investigação e análise para promover uma agenda positiva nesses fóruns?
  3. Que compromissos o grupo ou subseções se comprometem a fazer para a pesquisa, política ou outra colaboração para satisfazer as necessidades prioritárias identificadas?

As colaborações brasileiras na discussão podem ser lidas abaixo (tópicos extraídos das anotações compatilhadas em Wikiversidade):

  • Muitas pessoas de diferentes origens uniram-se para fazer as coisas acontecerem no Brasil. Um primeiro apoio financeiro veio da Fundação Ford.
  • A USP tinha uma política de permitir cópia de 10% dos livros e o Brasil foi colocado numa lista negra por isso. Editoras lançaram campanhas contra cópia educacional.
  • Um estudo do GPOPAI (grupo de pesquisa da USP) mostrou que o dinheiro de impostos era a principal fonte de renda das editoras comerciais no Brasil, através de isenções de impostos e grandes compras governamentais.
  • Na educação básica, os custos eram reduzidos pelo volume, mas a diversidade educacional era violentamente prejudicada. No Brasil, 88% dos livros científicos são produzidos por professores em tempo integral de instituições de educação pública. Em termos de subsídios, quando uma tese torna-se um livro, mais de 80% dos custos foram subsidiados pelo governo. Assim, o povo paga em dobro pelos mesmos produtos. No Brasil há apenas 6 grandes editoras.
  • Para mudar, precisávamos de apoio ativista e político. A Open Society Foundation apoiou uma análise dos projetos de repositórios de material educacional.
  • Agora estamos em um  grande momento em que o governo está trazendo tecnologia para a sala de aula, mas sem uma proposta para o currículo. Há até lugares com lousa eletrônica mas sem energia.
  • Ao longo do trabalho, identificamos pessoas próximas e abertas às ideias. No nível federal, houve problemas tanto com a lei de contratações como com a lei de direito autoral. Como as compras de livros são federais, os lobistas das editoras estão lá todos os dias.
  • Mas cidades e estados tem uma opção, ou eles adotam o livro federal, ou fazem seus próprios, que é o caso do estado e cidade de São Paulo.
  • No estado de São Paulo, temos uma lei sobre contratação que já passou pelas duas câmaras e aguarda assinatura do governador.
  • Na cidade de São Paulo, após poucas reuniões, o secretário de educação decidiu publicar todo material produzido no nível municipal com licença CC (BY-NC-SA).
  • Levamos alguns políticos para um evento sobre REA em Paris e a energia era tão boa que eles voltaram excitadíssimos dizendo que no que dependesse deles passariam as leis imediatamente.
  • Publicamos um livro de vozes nacionais sobre REA. Também organizamos uma FAQ (Perguntas Frequentes) sobre REA. Antes era um grande problema que não havia materiais em língua portuguesa.
  • Lei federal a caminho da plataforma e-democracia.
  • Editoras – Envolver-se com editoras pode até ser positivo, pois aos poucos elas vão percebendo como podem incorporar REA adaptando seu modo de trabalhar.

Possibilidades Educacionais da Lei de Direitos Autorais (publicado no site do IDEC)

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) participou de um debate sobre exceções e limitações educacionais, um tema tratado com prioridade pelo Instituto em seu trabalho pelo acesso dos consumidores aos bens e serviços educacionais e em pesquisas sobre livros universitários e a necessidade da cópia educacional privada.

A situação do Brasil é bastante negativa no que se refere às possibilidades educacionais da Lei de direitos autorais (LDA – Lei 9.610/98). Tão negativa que recebeu a pior nota (F) nos quesitos “duração da proteção”, “uso privado”, “uso educacional” e “uso das obras por bibliotecas” no ranking IP Watchlist da Consumers International, cujo processo de elaboração o Idec participa. Para reverter esse quadro,  foi iniciado um importante processo de reforma da LDA em 2007 pelo Ministério da Cultura (MinC). Este processo foi interrompido pela gestão do MinC entre 2011 e 2012, e só agora, com o novo Ministério, retomou-se a vontade política de finalizá-lo, enviando-o ao Congresso.

“É essencial que a LDA seja reformada, de modo a equilibrar os direitos dos usuários e consumidores com os direitos dos autores. O acesso ao conhecimento, à cultura e à informação são direitos fundamentais, garantidos na legislação brasileira, mas que não são compatíveis com os direitos dos criadores, que, por sua vez, não possuem efetiva proteção e garantia”, afirma o advogado do Idec Guilherme Varella.

Para o Idec, é preciso que a lei seja atualizada, incorporando as novas demandadas do mundo digital e o direito constitucional à educação. “A cópia educacional deve ser um direito de todo consumidor, especialmente dos estudantes, uma vez que a realidade no Brasil é de um mercado de livros extremamente caro e inacessível. E a própria cópia privada deve ser permitida, já que faz parte do direito do consumidor de usufruir integralmente do bem ou produto que adquiriu”, finaliza Varella.

Anotações sobre o Global Congress

Você pode ter acesso as anotações do evento aqui. (O nosso muito obrigado ao prof. Alexandre Hannud Abdo por organizar e compartilhar  as anotações).

Fontes:

Nature Publishing Group introduz a opção de licenças Creative Commons

Nature Publishing Group introduz a opção de licenças Creative Commons em 19 publicações


O grupo editorial Nature (NGP), dono de diversos periódicos acadêmicos, anunciou  em novembro que permitirá a seus autores optarem pelas licenças CC-BY, CC-BY-NC-ND e a CC-BY-NC-SA ao publicarem seus artigos em qualquer uma das 19 revistas que adotarão a mudança. Atualmente, 58 de suas 62 publicações acadêmicas têm alguma opção de licenciamento aberto.


“Queremos encorajar mais pesquisadores a tornar seus artigos mais acessíveis, e maximizar sua reutilização, e para isso damos aos autores uma escolha de licenças com que se sintam confortáveis”, disse David Hoole, Diretor de Mareting da NPG. “Desde a introdução do CC-BY na Scientific Reports, nossos autores vêm escolhendo continuamente alguma das três licenças CC, e estamos determinados a oferecer essas opções. A diferença no preço representa de maneira equilibrada a perda dos direitos de exclusividade pela NGO, especificamente a renda proveniente de reimpressões”.


O potencial do Creative Commons para o compartilhamento e colaboração são especialmente aproveitados quando se trata de Recursos Educacionais Abertos. A comunidade acadêmica revolve em torno de publicações científicas que são o meio de divulgação de novas ideias e descobertas.


“Estamos satisfeitos em poder oferecer aos autores a escolha do CC-BY, que permite a reutilização com fins comerciais, ao publicarem em qualquer periódico acadêmico que possuímos”, disse Martin Delahunty, Diretor da Academic Journals & Pharma Solutions, NPG.


Um sistema de direitos autorais demasiado rígido atravanca a livre circulação de informação, indo em sentido contrário ao interesse público e ao dos autores, que pretendem dar visibilidade a seus escritos.

Com a opção de uso das licenças Creative Commons, a Nature estende aos autores a possibilidade de publicarem de forma que o direito autoral não represente um empecilho à difusão da informação.

Fonte: esse post foi publicado em Creative Commons Brasil, não deixe de citá-los ao republicar a notícia.

Compêndio Recursos Educacionais Abertos: Casos da América Latina e da Europa na Educação Superior

A pesquisadora Andreia Inamorato deu as boas novas na lista de emails da comunidade REA Brasil, sobre o recém-lançado Compêndio – Recursos Educacionais Abertos: Casos da América Latina e da Europa na Educação Superior. A publicação foi lançada na Costa Rica pelo Projeto OportUnidad e é organizada por Andreia Inamorato dos Santos, Cristóbal Cobo e Celso Costa. A versão trilíngue está disponível para download: inglês, espanhol e português. Em breve arquivos individuais para cada idioma e formato iBook também estarão disponíveis no site do projeto.

Nas palavras de Susan D’Antoni na apresentação da publicação, “este compendium de estudos de caso serve para ilustrar algumas das mais diversas iniciativas de REA em duas regiões: América Latina e Europa. Os estudos de caso podem estimular a criatividade e promover contatos, colaborações e parceria pelo mundo. A série de entrevistas complementa os casos, promovendo contexto e comentário em alguns dos tópicos relacionados aos REA a partir da perspectiva de indivíduos bastante proeminentes na área“.

O compêndio está disponível para download e tem licença CC-BY-NC-SA.