Portal e-Unicamp disponibiliza conteúdo aberto

Lançado oficialmente há dez dias e com ampla divulgação na imprensa, o Portal e-Unicamp promete compartilhar o conhecimento gerado na universidade livremente à todas as pessoas.

O e-Unicamp foi desenvolvido com o intuito de impulsionar o uso de tecnologias educacionais que permitem a criação de novos relacionamentos entre professores, alunos e a comunidade em geral, visando a instigar a aprendizagem e disseminar o conhecimento a todos de forma simples e gratuita.

Não é preciso um login para ter acesso aos conteúdos e o site disponibiliza vídeos, animações, simulações, ilustrações e aulas, materiais criados pelos próprios professores da Unicamp.

A grande inovação da Unicamp em relação ao Unesp Aberta e ao e-Aulas da USP, é disponibilizar todos os materiais ou informações sob licenças flexíveis do Creative Commons, a CC-BY-NC-SA (use, copie, distribua, adapte, remixe – desde que – você atribua autoria, não faço uso comercial e compartilhe o material criado sob a mesma licença)

O grande “C” (copyright) na home do site, sem dúvida confunde, e pode gerar interpretações diferentes do que o objetivo do projeto deseja e comunica. Nenhum dos conteúdos testados por nós em todas as categorias disponíveis (imagem, animação e vídeo) acompanha indicativo de licença. Somente quem lê os termos de uso “descobre” o que pode ou não fazer com os conteúdos, fato que com certeza, dificulta a compreensão de quem acessa sobre as condições de uso.

O portal também disponibiliza a ferramenta de autoria ToolDo – software livre, que proporciona a criação de conteúdo multimídia organizado hierarquicamente em aulas, tópicos e páginas, oferece recursos que contribuem para a ampliação das possibilidades de ensino e aprendizagem. Tais recursos podem ser acessados e utilizados via Internet, sem necessidade de instalação de algum software específico. O produto final gerado é um endereço web de exibição do conteúdo, cuja navegação é fácil e dinâmica. Lembrando que somente os professores com vínculo institucional poderão utilizar o Portal e-Unicamp para publicar materiais didáticos.

Esperamos que a Unicamp facilite cada vez mais a compreensão do usuário em relação ao conteúdo aberto, e que além de licenças abertas, os formatos de conteúdo também sejam considerados.

Será que mais universidades adotarão esse modelo mais aberto? Vamos esperar pra ver!

Oficina REA na Universidade Federal do Paraná (UFPR)

No dia 4 de maio, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID da Universidade Federal do Paraná, promoveu o II Workshop de Novas Tecnologias aplicadas à Educação. Integraram a programação mesas redondas e oficinas, abordando os mais variados assuntos referentes à maneira como as novas tecnologias podem ser utilizadas para promover e qualificar as práticas educacionais.

Fui convidada para ministrar uma oficina sobre Recursos Educacionais Abertos. Estiveram presentes mais de 30 pessoas vindas das licenciaturas e do curso de Ciências Sociais e a grande maioria ouviu sobre o tema pela primeira vez.

Abordamos o conceito de REA, a cultura digital e a ética hacker, licenças e formatos abertos, análise de experiências brasileiras, políticas públicas e experimentações práticas de busca de material livre e escolha de formato e licença para alguns tipos de materiais criados por eles.

O debate foi além de REA e os participantes pontuaram que questões como a integração de tecnologia ao currículo são pouquíssimo exploradas nas licenciaturas, normalmente com uma disciplina semestral e sem conexão com o resto das disciplinas de curso.

Abaixo o guião da oficina que costumamos ministrar aos “iniciantes”. Bom remix!

Outros colegas (inclusive que fazem parte de nossa comunidade) também ministraram oficinas. Veja abaixo:

  • Renata Aquino (PUC-SP): O Uso de Tablets na Educação.
  • Monica Mandaji (PUC-SP): Web Rádio na Escola.
  • Neli Maria Mengali (PUC-SP/SEED-SP): Comunidades de Prática e S-Mobile: Olhares para integrar os recursos computacionais no currículo educacional e avaliar os níveis individuais e coletivos no aprendizado social.
  • José Erigleidson (Mackenzie): Blogs na Educação.
  • Débora Sebriam (Instituto Educadigital): Recursos Educacionais Abertos.
  • Patrícia Rodrigues (Teleaulaead): Corpo e Voz na Teleaula: Cuidados para Ministrar Aulas em Vídeo.
  • Maysa Brum Bueno (PUC-GO): Redes Sociais Digitais em Educação.
  • Cláudio Martin Rocha (UFPR): Usos da Lousa Digital.
  • Valdeni Franco (UEM): Geometrias Não-Euclidianas em Ambiente de Geometrias Dinâmicas.
  • Mirna Tonus (UFU): Fazendo Webjornalismo na Escola.

Meedan: conectando conhecimento entre diferentes culturas e idiomas

Compreender distintas culturas, trocar ideias, informações e conhecimentos entre diferentes idiomas, essa é a ideia do Meedan! Para entender melhor o trabalho dessa organização e sua relação com os Recursos Educacionais Abertos, conversamos com Caio Almeida, brasileiro, engenheiro de software que faz parte do time.

REA Brasil: O que é Meedan e como vocês atuam? Qualquer pessoa interessada pode contribuir?

Caio Almeida: o Meedan é uma organização sem fins lucrativos que atua com tecnologia social e tem base em São Francisco, Estados Unidos. A missão do Meedan é promover a compreensão entre culturas distintas e colaboração, fornecendo tecnologias avançadas para troca de ideias, informações e conhecimentos entre idiomas, com foco primário em inglês e árabe.

Os times de engenharia e design do Meedan trabalham para desenvolver ferramentas de código aberto para conectar conteúdos entre idiomas distintos, enquanto o time de programa do Meedan trabalha para implementar estas tecnologias com organizações parceiras trabalhando em jornalismo em novas mídias e recursos educacionais abertos.

REA Brasil: Quem pode fazer parte do Meedan? Qualquer pessoa interessada pode contribuir?

Caio Almeida: Atualmente o Meedan possui um time de colaboradores ao redor do mundo, e há sempre o interesse em atrair novos. Há várias formas de contribuir com o Meedan, seja através da tradução de conteúdo, criação de conteúdo, desenvolvimento de ferramentas, utilização das ferramentas, parceria para desenvolvimento de novos projetos ou promoção da causa e dos valores que a organização acredita e defende.

O Meedan mantém uma comunidade crescente de tradutores profissionais e voluntários. Os tradutores compartilham suas experiências e colaboram em traduzir textos sofisticados, além de mobilizar e recrutar novos voluntários para responder a eventos urgentes.

REA Brasil: Vocês tem diversos projetos, e entre eles, um projeto de Recursos Educacionais Abertos, como funciona esse projeto? Quem cria os recursos? Estão disponibilizados online para qualquer pessoa?

Caio Almeida: Permitir o acesso a recursos educacionais abertos é uma grande prioridade da organização. O projeto de recursos educacionais abertos é uma parceria do Meedan com outras organizações que compartilham do mesmo objetivo, como a Fundação Qatar Internacional, para criar uma comunidade sustentável para compartilhamento de recursos educacionais abertos em árabe.

Dentre as diversas iniciativas, pode-se citar o importante projeto Open Book, que é uma iniciativa para expandir o acesso a recursos educacionais abertos, livres e de alta qualidade, em árabe, com foco em ciência e tecnologia e aprendizado online. O objetivo deste projeto é criar recursos educacionais abertos em árabe e traduzir para este idioma recursos educacionais abertos existentes, além de disseminar os recursos sem custos através dos parceiros e suas plataformas, e oferecer suporte a governos, educadores e estudantes para que os recursos existentes sejam colocados em uso e para que possam desenvolver seus próprios REAs.

O Meedan também formou uma parceria com a Taghreedat (iniciativa voluntária para tradução de conteúdo árabe) para trabalhar conjuntamente na promoção da adaptação e tradução de recursos educacionais abertos para o idioma árabe. O foco da colaboração é a tradução de recursos educacionais abertos para o árabe e o aumento da disponibilidade destes recursos para usuários ao redor do mundo, em especial, estudantes.

Promovendo REA na sala de aula

Caio teve a oportunidade e o prazer de trabalhar em 2012 como engenheiro de software em projetos para promover o acesso a recursos educacionais abertos entre salas de aula e de professores para professores.

O primeiro foi o YALLAH 2.0 (sigla inglês para “Juventude Aliada para Aprender, Liderar E Ajudar”), um fórum de discussão online entre idiomas para os alunos participantes dos programas de intercâmbio de estudantes da Fundação Qatar Internacional (QFI). A ideia surgiu de dois alunos do programa, que visionaram uma comunidade de cidadãos globais, liderada por jovens, capazes construir ligações mais fortes com seus pares, superando as barreiras geográficas e culturais. Esta plataforma utiliza tradução automática de conteúdo, mas com possibilidade de alteração por usuários, e hospeda discussões moderadas sobre os mais diversos tópicos, nos idiomas inglês, português ou árabe, independentemente do idioma original em que foi escrito.

O outro projeto, foi o C2C (sigla em inglês para “De Sala de Aula para Sala de Aula”), plataforma educacional para a Fundação Qatar Internacional (QFI), uma comunidade online para educação global e aprendizado social, dedicada também a descoberta de recursos.

Conheça o Meedan

Acesse: http://meedan.org

Conheça Caio Almeida

Caio é engenheiro de software no Meedan, nasceu em Salvador, onde vive atualmente. Ele conheceu o mundo do software livre em 2005, antes de entrar na Universidade, e se apaixonou por ele. Ele se formou em Ciência da Computação na Universidade Federal da Bahia e atualmente faz mestrado na mesma instituição.

Caio colabora com alguns projetos de software livre como o Noosfero, Moodle, Inkscape, JavaScript e participa de eventos como o Moodle Moot, Conferência Web W3C,  Fórum Internacional de Software Livre, entre outros.

Caio gosta de desenvolver aplicações web interativas usando apenas JavaScript, padrões abertos e tecnologias abertas, mostrando que um mundo sem flash é possível.

Conhecimento colaborativo muda forma de material didático

Produção, compartilhamento, reutilização, divulgação. É assim o fluxo de funcionamento dos Recursos Educacionais Abertos, uma tendência no que diz respeito à confecção de materiais ditáticos. Em pesquisa realizada na Faculdade de Odontologia da USP, o doutorando Carlos Henrique Jacob dedica-se a estudar as características do licenciamento flexível e suas possibilidades perante a lei brasileira.

Fotos e vídeos, que estão sob domínio público ou licenciados de maneira que possam ser alterados por terceiros para fins educacionais, são exemplos de Recursos Educacionais Abertos (REA). Jacob explica que uma fotografia, por exemplo, é um objeto educacional fechado, mas torna-se um REA quando seu licenciamento é modificado para permitir as intervenções e usos de casa autor.

Jacob enxerga muitas possibilidades para trabalhar com os REA tanto na odontologia quanto em outras áreas de estudo, pois o conhecimento passa a ser visto de forma global e interdisciplinar, não mais segmentado em disciplinas ou instituições. Ele explica: “Se os autores julgarem oportuno, um material produzido na Poli poderia ser utilizado na Faculdade de Odontologia e vice-versa”.

Licenças flexíveis

Essa ampla divulgação e compartilhamento pode gerar o questionamento sobre uma possível perda dos direitos autorais sobre cada material. O pesquisador explica que a lei atual é “boa e restritiva”. Desta forma, ela protege o autor, mas ainda não prevê o uso aberto da informação e como ela pode ser utilizada.

Jacob explica que, para sanar o problema, tem sido utilizada a Creative Commons, que permite a escolha do tipo de licenciamento desejado pelo autor. O Brasil foi o terceiro país a incentivar o uso da ferramenta, depois da Finlândia e do Japão. “Ao invés de abrir mão completamente dos direitos autorais, é possível escolher uma nuance de licença de acordo com a necessidade de cada um”. A ideia, portanto, é que se deixe claro para o leitor como pode ser feita a reprodução daquele material.

Entre as vantagens da Creative Commons está a construção da autoria e do conhecimento colaborativos, pois a ferramenta exige que, nos usos posteriores, sejam incluídos os autores que participaram da criação do material. Jacob vê o processo de forma bastante vantajosa para o professor e para a universidade, pois “se o material for bom, o autor terá uma rede de colaboradores cada vez maior, o que traz maior visibilidade para ele e para a escola”.

Assim, quanto mais aberto for o material divulgado pelo professor, aumentam-se as chances de ele ser reutilizado. Para o pesquisador, seria interessante a criação de um mecanismo de avaliação docente que se baseasse não apenas em sua produção acadêmica e científica, mas também na confecção dos materiais didáticos. “Seria um incentivo tanto para o professor se dedicar mais aos materiais de aula quanto para a escola, que teria um docente mais engajado”, explica.

Adaptar-se é preciso

Segundo Jacob, o advento da Internet exigiu que a mudança do jeito que registram-se informações. “Se antes as ondas sonoras de uma música eram guardadas fisicamente nos discos, agora tudo é desmaterializado numa sequência de zero e um”, compara.

A adaptação a esse novo sistema mostra-se bastante necessária, especialmente porque a tendência no ensino é que os REA e as ferramentas online sejam progressivamente mais utilizados. Para isso, no entanto, Jacob ressalta a necessidade de capacitar os professores para o contato com esses recursos. Paralelamente, a cultura do compartilhamento também deve ser difundida. “As pessoas precisam acreditar que tanto a atribuição da autoria a terceiros quanto a criação colaborativa são ações boas e adequadas”.

Publicado em Agência Universitária de Notícias – 25/04/2013 – Ano: 46 – Número: 149

Diálogo Virtual sobre Recursos Educacionais Abertos

O Portal Educacional das Américas da Organização dos Estados Americanos (OEA) irá realizar um diálogo virtual sobre REA na América Latina. O evento começa dia 29/04l e se estende até 10/05. Esse diálogo permitirá a participação de especialistas em educação, representantes de governos e da sociedade civil para compartilhar, analisar e discutir temas fundamentais relacionadas aos REA na região.

Na América Latina, o conceito de REA está em diferentes níveis de desenvolvimento e sua implementação enfrenta desafios diferentes, dependendo do contexto local e os atores envolvidos. Sem dúvida, esse diálogo é uma boa oportunidade para trocar experiências com colegas de países vizinhos.

O projeto REA Brasil participará dos fóruns fechados e também do aberto, voltado as pessoas interessadas em REA e com foco em aumentar a conscientização sobre REA na América Latina.

Como funciona?

  • Três fóruns de discussão destinado a órgãos políticos, instituições e organizações não-governamentais, e ao público em geral com interesse no tema e seu desenvolvimento na região. Estes especialistas serão moderados pelo Portal Educacional das Américas da OEA, com a colaboração da Universidad Santiago de Cali, Colômbia.
  • Uma série de apresentações por especialistas na área de Recursos Educacionais Abertos, transmitido ao vivo durante a semana. Estas apresentações serão abertas e incluirá uma sessão de perguntas e respostas para o público participante.

Como participar?

Todos os participantes serão distribuídos em diferentes fóruns de acordo com o seu perfil e experiência profissional.

Se você deseja participar do fórum de discussão voltada para o público em geral é preciso preencher esse fomulário. Para acessar o formulário, você precisa se cadastrar como usuário do Portal Educacional das Américas. Para se inscrever, clique aqui.

Os fóruns de discussão de representantes de governos e pessoas que atuam em instituições e ONGs relacionadas ao tema REA será fechado. Se você acredita que seu perfil profissional se encaixa em um destes fóruns, você pode enviar um email para portal@oas.org.

Oficina REA na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

A Secretaria Municipal de Educação e o Instituto Educadigital promoveram essa semana a Oficina de Recursos Educacionais Abertos: material didático, produção colaborativa e autoria na era da informação, para gestores de informática educativa e diretores de DOT-P.

As  oficineiras já disponibilizaram o material utilizado. Você pode baixar aqui do REA Brasil e também na página da SME-SP.

CTA traduz licença CERN de Hardware Aberto

Nos dias de hoje, as formas de licenciamento dos materiais de suporte ao conhecimento adquirido na universidade são tão importantes quanto a sua qualidade, uma vez que é o licenciamento que vai orientar como os materiais de suporte poderão ser utilizado pelo profissional ao ingressar no mercado profissional. Neste sentido é fundamental a compreensão das formas licenciamento de obras intelectuais, utilizadas como material de apoio em todas as áreas do conhecimento.

Obras licenciada de maneira permissiva, que permitem a criação de derivações, são muito mais interessantes para os alunos e para os professores pois permitem que estes se apropriem efetivamente deles. Isto compõe o que a UNESCO chama de Recursos Educacionais Abertos, definido como:

“Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos Educacionais Abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.”

Unesco/Commonwealth of Learning com colaboração da Comunidade REA-Brasil

Para alunos de áreas científicas e tecnológicas o licenciamento aberto dos equipamentos utilizados em laboratórios de ensino trazem uma nova dimensão para as possibilidades de criação em cima do que aprendem e usam. O CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), em um movimento inédito, está licenciando instrumentos desenvolvidos para dar suporte aos seus aceleradores e experimentos científicos de maneira aberta (veja aqui), tendo inclusive composto uma Licença de Hardware Aberto que garante quatro liberdades fundamentais para quem utiliza seus projetos ou seus derivados, as liberdades de utilizar, estudar, modificar e distribuir os equipamentos.

Para que os falantes da língua portuguesa possam entender melhor os termos da Licença de Hardware Aberto do CERN, o Centro de Tecnologia Acadêmica lança a primeira tradução não oficial desta licença. Com isto, a tradução é apontada na Wiki da Licença CERN de Hardware Aberto sendo a primeira a constar na página.

Esta é uma conquista para os criadores do site e uma possível semente que abrirá muitas mais portas aos criadores, colaboradores e usuários do CTA.

A tradução pode ser conferida aqui e foi realizada por Tatiana Pereda com a revisão de Rafael Pezzi.

Fonte: Suporte CTA

MEC desenvolve plataforma nacional digital da educação

A ideia é de que as aulas digitais tenham níveis de complexidade, para que alunos em diferentes fase de evolução possam escolher o que fazer – objetivo é que haja opções do tipo de aula. O portal deve contar ainda com um sistema de avaliação que, além de monitorar o que o aluno aprendeu, já o direcione para um exercício ou conteúdo específico.

O plano inicial era começar a construção do projeto com uma plataforma voltada para os anos finais do ensino fundamental (do 6.º ao 9.º ano). Mas, segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, por causa da preocupação do governo federal com o ensino médio, essa etapa não será deixada de lado já no início. Se for para aplicar recursos federais na produção de conteúdos digitais, esse investimento será feito para suprir o ensino médio.

Desde o ano passado, a pasta está mobilizada com secretarias estaduais para fortalecer uma nova identidade para essa etapa. E, nesse plano, a tecnologia teria papel fundamental.

O conteúdo dessa nova plataforma estaria organizado de acordo com as expectativas de aprendizagem baseadas nos descritores da Prova Brasil. Além de prever a produção de conteúdo especialmente para formar o portal, o projeto também deve reunir iniciativas bem-sucedidas realizadas pelo País.

A ideia de um modelo nacional surgiu de uma dessas iniciativas, a da cidade do Rio de Janeiro. As escolas cariocas contam desde 2011 com a Educopédia, plataforma de conteúdo digital. Como todo o material é aberto, cerca de 200 municípios utilizam formal ou informalmente. “Em uma visita de integrantes do MEC ao Rio, começamos a pensar o que seria uma plataforma nacional, que pudesse ser customizada para cada Estado”, explica a secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin.

Segundo ela, cada rede poderá colocar seu próprio sequenciamento de aulas e currículo e também customizar conteúdos. “Apesar de ser mobilizada pelo MEC, com participação nossa e de outras secretarias, ainda haveria a possibilidade de as redes recriarem para diferentes contextos, sem que nada seja idêntico.”

A secretária lembra que durante muito tempo houve um debate sobre se colocar computadores na escola era desperdício, “e, de fato, só essa presença não mexeu com o processo de aprendizagem”. “Mas hoje o computador entrou como ferramenta de apoio ao professor e de aprendizagem do aluno. A utilização adequada de portais de aprendizagem permite uma educação personalizada, sem perder a escala”, diz ela, citando o que tem sido feito com o novo modelo de escola criado na cidade, o Gente.

Colaboração

Além de aulas prontas (divididas em três níveis de complexidade), a plataforma deve ser equipada com ferramentas de customização e criação de novas atividades, áreas de compartilhamento e orientações para os professores.

Um grupo de instituições e empresas já está participando das conversas. “Há uma série de inovações que a iniciativa privada pode trazer, além de reunir esforços para um projeto único”, diz Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare e portal Porvir. Anna tem colaborado na sistematização de uma proposta e também no mapeamento de ações realizadas pelo País e que podem ser aproveitadas.

*Publicado no Estadão

Educação Aberta no mundo: um roteiro para internacionalização

O principal objetivo deste trabalho é estimular a discussão sobre futuras questões em relação a Educação Aberta e os Recursos Educacionais Abertos (REA), em médio e longo prazo.

A principal questão discutida é como os Recursos Educacionais Abertos são utilizados internacionalmente.

  • Como os REA podem ser utilizados através das fronteiras?
  • Como os REA podem contribuir para melhorar a educação nos países menos desenvolvidos?
  • Como a Educação Aberta pode contribuir para uma melhor colaboração na Europa e no mundo?

Este trabalho identifica as principais questões e as possíveis soluções para aspectos internacionais em matéria de educação aberta. Utilizando uma metodologia de elaboração de roteiros, proponho medidas e recomendações para o avanço Educação Aberta.

Acesse o artigo aqui.

Por uma cultura hacker na Educação

Por uma cultura hacker na Educação, esse foi o tema do II Seminário Nacional de Inclusão Digital!

“Essa temática nasce da observação de que a escola, inserida em um contexto de conexão e de espaços digitais poderosos de autoria, deve mudar, apropriando-se das tecnologias de inclusão digital de forma inovadora, inusitada, revolucionária e criativa.”

O prof. Nelson de Luca Pretto (UFBA), em palestra de abertura do evento, destaca a importância de compartilhar o conhecimento.

Na noite de abertura, foi concedido o título honorífico “Professora Honoris Causa” para a Profa. Dra. Léa Fagundes, por seu trabalho realizado em favor da inclusão e utilização de plataformas digitais na educação.