Open Knowledge Repository – Banco Mundial

O Banco Mundial anunciou nova política de acesso aberto de seu acervo.  Como primeira fase dessa política, lançou o Open Knowledge Repository (OKR) e aprovou o uso de licenças Creative Commons.

A maioria do conteúdo do OKR está licenciado sob uma licença CC-BY, ela permite que qualquer pessoa possa distribuir, reutilizar, criar obras derivadas e fazer uso comercial da obra, desde que dado o crédito pela criação original. Entretanto, algumas obras estão disponíveis em outros termos. Essas obras serão claramente identificados com os termos de licença específicas em que essas obras podem ser utilizados.

Embora grande parte dos materiais do Banco Mundial estarem disponíveis gratuitamente no site da instituição e em outros canais, a nova política de acesso aberto marca uma mudança significativa na forma como o conteúdo Banco é divulgado e compartilhado. O OKR é interoperável com outros repositórios e permite a reutilização do conteúdo através do Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) e Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting (OAI-PMH). Já a adoção das licenças Creative Commons permitem que o usuário baixe e use legalmente os documentos repeitando os termos de uso.

O OKR contém atualmente mais de 2.100 obras de todas as regiões do mundo. O acervo inclui o Relatório de Desenvolvimento Mundial, livros acadêmicos,  estudos de países, relatórios analíticos e outros. O repositório também contém artigos dos periódicos World Bank Economic Review (WBER) e World Bank Research Observer (WBRO) no período de 2007-2009.

O acervo do Banco Mundial pode ser acessado aqui.

Fonte: World Bank

Desconferência REA no Festival de Cultura Digital

Passaram pela desconferência REA, no Festival de Cultura Digital no último dia 03/12, pelo menos 40 pessoas. Educadores, psicólogos, advogados, curiosos e pessoas realmente engajadas com a causa trouxeram seus apontamentos e experiências.

Reflexões acerca do próprio conceito de REA, licenças abertas, produção de REA dentro dos espaços educativos, professor autor, aluno autor, direito autoral, projetos de lei e experiências práticas de alguns dos presentes foram destaque.

Um relato muito interessante, foi o da profª Juliana Bastos da UniRio. Ela conta sobre o projeto Wikipédia na Universidade, voltado para que o aluno trabalhe com edição crítica na Wikipédia através de elaboração de conteúdo em História Antiga.

Para Juliana, usar a Wikipédia com os alunos é uma excelente oportunidade para que eles trabalhem habilidades e competências importantes, como leitura crítica, redação acadêmica, adequação a audiências específicas, criação de material didático e diálogo com o ambiente fora da academia.

Confira o depoimento de Juliana Bastos ao blog REA.



Nossa petição pública online também foi divulgada na desconferência, se você ainda não manisfestou o seu apoio não deixe de assinar.

Em breve mais relatos dos participantes e todas as fotos da desconferência aqui no blog.

Coréia do Sul irá substituir livros didáticos impressos por digitais

Em setembro de 2011, a Coréia anunciou sua estratégia para a educação online.  O país pretende implementar o sistema digital em todas as escolas do país até 2015, visando modernizar o sistema educacional e facilitar o acesso.

A modernização do sistema educacional ocorrerá em 3 direções:

  • Adoção de livros didáticos digitais, conteúdo multimídia, aulas e avaliações online.
  • Formação de professores.
  • Construção um sistema de computação em nuvem entre todas as escolas, para facilitar o acesso a biblioteca de livros digitais de qualquer ponto.

Para promover o desenvolvimento e o uso de conteúdos digitais, as leis de direitos autorais serão revistas e um novo conteúdo nacional de educação e sistema de gestão de direitos autorais será construído. A cultura de “dar e compartilhar para professores e alunos” será criada por meio da adoção de licenças Creative Commons.

Saiba mais: FutureGov1 e FutureGov2

Serpro licencia 14 cursos EAD em Creative Commons

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) anunciou a disponibilização de 14 cursos licenciados em Creative Commons para instalação em ambiente Moodle.

O conteúdo dos cursos foi elaborado pela Universidade Corporativa do Serpro (UniSerpro) e compõem a grade de treinamento dos empregados e clientes, na modalidade Educação a Distância. Uma das vantagens para o Serpro em liberar esse material é aproveitá-lo nos telecentros do Programa Serpro de Inclusão Digital (PSID).

Os temas dos cursos são variados, vão desde sensibilizações até introdução a tecnologias conhecidas. Confira a relação:

  • Administração do Tempo,
  • Água para Todos,
  • Correio Expresso,
  • Desvendando a Informática,
  • Ética na Escola Pública,
  • Fundamentos da Linguagem PHP5,
  • Introdução à Gerência de Projetos,
  • Introdução à Linguagem Java,
  • Introdução à Programação Orientada a Objetos,
  • Primeiro Emprego,
  • Sensibilização para Uso do Software Livre,
  • Ubuntu,
  • UML e
  • Usando o Mozilla Firefox.

Nesse primeiro momento, os conteúdos foram licenciados sob a licença (BY-NC-ND), Creative Commons “Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0”. O objetivo do Serpro é avaliar os conteúdos e adequá-los a uma licença mais permissiva, como a CC-BY-SA ou a CC-BY-SA-NC.

Fonte: Portal SERPRO

Agradecemos ao Paulo Pastore por divulgar na lista da Comunidade REA-Brasil e aguardamos as novidades.

O sucesso do “Open Access” apresentado em mais de 30 histórias

Open Access – livre, imediato e online!

Mais de 30 histórias foram coletadas pela Europa para mostrar esta transformação em ação. As histórias são de mais de 11 países e todas demonstram os benefícios do acesso aberto. Todo o acervo disponível está aberto para reutilização e licenciado em Creative Commons.

Um exemplo é a Bioline International, uma plataforma para revistas revisadas por pares e publicadas nos países em desenvolvimento. Lançada em 1993, foi um dos projetos pioneiros do acesso aberto e age como um canal para pesquisa “de e para” o mundo em desenvolvimento. Durante o período de um mês, entre julho e agosto de 2011, 1.032.844 visitas foram registradas, vindas de 224 países.



Esta e outras histórias de sucesso do acesso aberto podem ser encontradas em Open Access Stories.

O download pode ser feito no site Knowledge Exchange.

Projeto de lei REA será analisado na Câmara

Na onda de boas notícias a serem comemoradas nesta semana de evento REA na ALESP, e como reconhecimento da importância da educação aberta para a sociedade brasileira, a Câmara dos Deputados irá analisar um projeto de lei que determina que obras educacionais financiadas por recursos públicos devem beneficiar a todos e estar disponíveis para uso por meio de uma licença aberta, como a do Creative Commons. O projeto também determina que o governo apoie o desenvolvimento de repositórios digitais federados e desenvolvidos com software livre, que permitam o arquivo, a publicação, a distribuição e o fácil acesso a tais materiais.

De iniciativa do Deputado Federal Paulo Teixeira, o projeto, especificamente, “dispõe sobre a política de contratação e licenciamento de obras intelectuais subvencionadas pelos entes do Poder Público e pelos entes de Direito Privado sob controle acionário de entes da administração pública.” O projeto também regulamenta o direito autoral das obras produzidas por funcionários públicos quando do exercício de sua função.

“Há muitos anos trabalho a questão de acesso ao conhecimento e entendo a Internet como instrumento fundamental a tal fim. Ao repensar a educação na era da sociedade do conhecimento, me deparei com o conceito de recursos educacionais abertos e percebi como nossa legislação não trabalha esta questão. O Brasil não pode ficar de fora deste debate, ainda mais porque nosso governo é um dos maiores financiadores de recursos educacionais, seja por meio de compras públicas, seja por meio de salários e bolsas de estudo e pesquisa, seja por meio de isenção de impostos em toda a cadeia produtiva de livros. Os números impressionam! Creio que todos, empresas e pessoas, que recebem tal montanha de dinheiro vindo dos cofres públicos, têm uma obrigação para com a sociedade: compartilhar o resultado de suas pesquisas e o desenvolvimento delas com a sociedade que o/a financiou, permitindo o uso livre de tal recurso educacional” – Deputado Paulo Teixeira

Para mais detalhes, leia o projeto, que também traz importantes  definiçoes sobre recursos educacionais abertos, licenças livres, entre outras.


“A Secretaria Municipal de Educação entendeu que não fazia sentido manter o material produzido com recursos públicos sob direito autoral restrito…”

Publicado originalmente em: http://www.portalsme.prefeitura.sp.gov.br/anonimosistema/detalhe.aspx?List=Lists/Home&IDMateria=769&KeyField=Arquivo%20de%20Not%C3%ADcias

A partir desta terça-feira, 7 de junho, todos os materiais didáticos produzidos pela Secretaria Municipal de Educação estarão sob licenças Creative Commons. Isso permitirá que outras redes de ensino, municípios e Estados utilizem os conteúdos produzidos pela Rede Municipal de Ensino, desde que para fins não comerciais. Quem usar o que foi produzido em São Paulo para produzir um novo material deverá licenciá-lo e disponibilizá-lo da mesma forma.

O Creative Commons é um projeto mundial, mas ainda pouco conhecido e considerado vanguardista. Essas licenças surgiram para acompanhar as novas necessidades criadas pela internet. O direito autoral impede a reprodução de materiais produzidos para quaisquer fins sem a devida autorização do autor. Isso dificulta o uso de dados para fins não comerciais e para a disseminação das informações.

A Secretaria Municipal de Educação entendeu que não fazia sentido manter o material produzido com recursos públicos sob direito autoral restrito, já que muitas vezes esses conteúdos são solicitados por outros municípios e Estados para fins didáticos e para a expansão de experiências educacionais bem sucedidas em uma das maiores cidades do país.

Entre os materiais disponíveis para download estão as Orientações Curriculares para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, Orientações Didáticas para a Educação de Jovens e Adultos, Programa Ler e Escrever (todos no site da Biblioteca Pedagógica) e os manuais produzidos pelo Departamento de Merenda Escolar.

Especialistas das áreas de Educação, Cultura e Tecnologia falaram sobre a iniciativa da Secretaria de Educação paulistana:

“No meio de tanta notícia ruim, uma luz se acende na capital paulista. Acabo de saber que a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo vai disponibilizar na internet – sob uma licença Creative Commons – todo o conteúdo de orientação aos professores, inclusive os guias de estudo e planos de aula. Isso significa que todos poderão compartilhar o material e criar obras derivadas, desde que assegurados os devidos créditos da criação original. É fácil imaginar o que isso significará em economia de recursos públicos para centenas de pequenos municípios brasileiros, que poderão adaptar o material às suas realidades sem gastar um centavo do orçamento. A luta pela educação pública de qualidade não pode ser vitimada por diferenças partidárias. O exemplo de São Paulo deveria ser seguido pelas demais administrações. Agora resta torcer para que os próximos prefeitos de São Paulo, não importando de que partidos sejam, mantenham essa importante iniciativa.”

Fernando Morais, escritor, ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo

“O futuro da educação está diretamente ligado à tecnologia. A criação de Recursos Educacionais Abertos (REA´s) é um passo importante na criação de uma infraestrutura educacional em sintonia com as possibilidades da tecnologia da informação. O uso da licença Creative Commons permitirá o amplo acesso e disseminação dos recursos educacionais produzidos pelo município de São Paulo e também a possibilidade de que esses recursos possam ser coletivamente atualizados e aperfeiçoados. Em síntese, a iniciativa aproxima da sociedade o esforço continuado de promover a educação e reconhece a tecnologia e a colaboração como aliadas da gestão do conhecimento.”

Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro e diretor do Creative Commons Brasil

“Há alguns anos, gestores comprometidos com o compartilhamento do conhecimento passaram a orientar a utilização das licenças Creative Commons nos sites das instituições que dirigiam. Foi assim no Ministério da Cultura do Governo Lula, pioneiro desse movimento em âmbito nacional. Foi assim na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, pioneira desse movimento na maior cidade do país. Iniciativas como essa apontam para a compreensão de que precisamos repensar as noções de autoria, compartilhamento, colaboração no mundo digital. Que precisamos reequilibrar a relação entre o direito dos autores e a utilização livre pelas pessoas. A indústria da intermediação, típica da era industrial, não pensa assim e combate aqueles que trabalham para atualizar o nosso mundo. É nosso dever, como cidadãos conscientes, fazer a defesa de iniciativas como essa.”

Rodrigo Savazoni, comunicador, ciberativista e um dos criadores da Casa de Cultura Digital

“Produzir conhecimentos de forma colaborativa é o papel da escola. A educação tem de ter isso em mente, em todas as suas ações. As políticas públicas precisam fortalecer essa ideia e a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, ao licenciar todo o seu site em creative commons, não só dá um importante passo à frente nessa direção, como promove de forma positiva a ampliação das possibilidades colaborativas em todo o poder público municipal, com importantes reflexos para os Estados e a nação. Esse não é um pequeno passo. É um salto de qualidade para a educação em nosso país.”

Nelson Pretto – professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Conselheiro titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia
“A proposta da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo de licenciar o conteúdo produzido no seu site é uma notável iniciativa de reconhecimento e apoio ao acesso livre, ao compartilhamento de conteúdos e à re-utilização de informações públicas. Esse licenciamento permitirá que usuários do site possam acessar conteúdos livremente, compartilhá-los com terceiros e modificá-los em usos não comerciais, desde que citem a fonte e mantenham os termos da licença. Com essa medida, a secretaria adequa sua política de direito autoral a práticas estabelecidas dos usuários de Internet, demonstrando conhecer e reconhecer as novas formas de compartilhamento e produção colaborativa propiciadas pela rede.”

Pablo Ortellado, professor da USP-Leste, membro do GPOPAI, Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação.
“A iniciativa da Secretaria Municipal de Educação de desenvolver recursos educacionais abertos, liberando todo o conteúdo do site da SME pela Creative Commons  com a licença: “Atribuição – Uso Não Comercial – Partilha nos Mesmos Termos (CC BY-NC-SA)” – constitui uma inovação importante em direção à democratização e qualificação do ensino e um passo fundamental nesse momento de retrocesso na política federal de flexibilização do copyright.
Eu apoio essa iniciativa!”

Giuseppe Cocco, Professor Titular da UFRJ e membro da Univerdidade Nômade.

“É louvável a iniciativa da Secretaria Municipal de Educação de licenciar os conteúdos disponibilizados em seu site por meio de uma licença Creative Commons. A atitude mostra como a gestão pública pode contribuir efetivamente para a melhoria das políticas relacionadas ao acesso ao conhecimento e ao direito à educação, que guardam relação direta com os direitos autorais. Num país como o Brasil, que possui uma das piores legislações autorais do mundo, especialmente em virtude de suas poucas possibilidades educacionais, uma ação governamental como essa contribui sensivelmente para a consecução efetiva do interesse público. Os serviços educacionais, tendo sua dinâmica cada vez mais estruturada em recursos educacionais abertos e acessíveis a toda a população beneficiarão estudantes, autores, professores e consumidores em geral.”

Guilherme Varella, advogado do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)

“Com esse importante passo, a Secretaria de Educação de uma das cidades mais ricas do País, onde milhões são gastos com educação e na compra de materiais educacionais, reconhece a importância dos recursos educacionais abertos para promoção de educação mais inclusiva e democrática. O uso de licenças do Creative Commons em materiais educacionais desenvolvidos ou pagos pela cidade de São Paulo irá  ‘tirar da sombra’ alunos e professores que necessitam acessar e utilizar materiais educacionais no seu dia a dia. Mas não é só isso. Essa adoção beneficia toda a sociedade que agora poderá também acessar e utilizar o material quando não tiver fins de lucro.  Esse passo também possibilitará a troca de experiências em relação ao uso de tais recursos.”

Carolina Rossini, Berkman Fellow, Advocate for OER in Brazil, and Peer2Peer University community member.

“Muito tem sido dito sobre a qualidade da educação e sobre a importância do acesso a materiais didáticos. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo vai além do discurso e investe, de fato, no compartilhamento da informação e do conhecimento, aumentando as oportunidades educativas de todas as pessoas, mesmo as que não estão matriculadas nas escolas. A escolha de um licença que permite o remix, convida à autoria todas as professoras e professores da rede, reconhecendo seu papel fundamental e ativo na educação. Que outros gestores  sigam este importante exemplo de otimização de recursos públicos, de valorização dos profissionais da educação, e de ampliação do acesso a materiais didáticos de qualidade.”

Bianca Santana, comunidade brasileira de recursos educacionais abertos, membro da Casa da Cultura Digital.

“Ao liberar os conteúdos didáticos como recursos abertos e licenciados em Creative Commons, a Secretaria Municipal de Educação demonstra que as redes digitais são aliadas da democratização e melhoria dos processos educacionais. As redes podem e devem ser utilizadas para ampliar nossa inteligência coletiva e incentivar um processo de compartilhamento e recriação permanente.”
Sergio Amadeu da Silveira, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas – CECS da Universidade Federal do ABC – UFABC

“A decisão da Secretaria Municipal de Educação de licenciar todo o conteúdo do seu site pela Creative Commons é histórica. Primeiro porque utiliza uma ferramenta contemporânea que tem impacto direto na economia do recurso público, permitindo compartilhamento de informações educacionais com outras cidades, sem custo. Do ponto de vista simbólico, a decisão também é importante: significa um suspiro de vanguarda em um mundo político contaminado pela caretice e medo do novo. Espero que essa decisão seja copiada, no melhor espírito creative commons, por todas as outras secretarias, e depois por todos os outros níveis de governo.”

Ale Youssef, Produtor cultural, sócio do Studio SP, fundador do site Overmundo e colunista de política da revista Trip

Workshop sobre conteúdo aberto

Voluntários das organizações OER Foundation, Wikieducator, OpenCourseware Consortium e Creative Commons prepararam um workshop sobre licenciamento aberto de conteúdo, que ocorrerá entre os dias 21 e 25 de março. Licenças livres, produção e remixagem de conteúdo educacional são as bases do curso, dirigido principalmente a educadores e financiado pela UNESCO.

Para se inscrever, clique aqui.

 

Uma revista em copyleft desde 2001

A revista Fórum, que nasceu em 2001 para cobrir a primeira edição do Fórum Social Mundial, completa dez anos em 2011. Desde a sua fundação, ela dispõe seus textos para reprodução livre. Em seu blog, o editor da revista, Renato Rovai, contou a história da publicação, paralelamente à do processo de discussão dos direitos autorais, da cessão de material em commons e da importância de uma visão ampla acerca do tema.
Leia aqui o texto completo.

Decisão de Ana de Hollanda afronta lei de Lula

A decisão da ministra Ana de Hollanda de retirar as licenças Creative Commons do site do Ministério da Cultura não foi apenas um retrocesso em relação ao caminho já percorrido pelas gestões anteriores, mas também uma afronta ao que foi consolidado no governo Lula.

Pouco antes de deixar seu posto, no dia 2 de dezembro de 2010, o presidente Lula sancionou o Plano Nacional da Cultura, que foi transformado em uma lei, a 12.343. Com isso, foi feita a definição de direções que se estendem ao governo Dilma, e a atitude da nova ministra foge a elas, principalmente no que diz respeito a direitos autorais. Veja abaixo algumas das obrigações estabelecidas pelo Plano:

1.9  Fortalecer a gestão pública dos direitos autorais, por meio da expansão e modernização dos órgãos competentes e da promoção do equilíbrio entre o respeito a esses direitos e a ampliação do acesso à cultura.

1.9.1  Criar instituição especificamente voltada à promoção e regulação de direitos autorais e suas atividades de arrecadação e distribuição.

1.9.2  Revisar a legislação brasileira sobre direitos autorais, com vistas em equilibrar os interesses dos criadores, investidores e usuários, estabelecendo relações contratuais mais justas e critérios mais transparentes de arrecadação e distribuição.

1.9.3  Aprimorar e acompanhar a legislação autoral com representantes dos diversos agentes envolvidos com o tema, garantindo a participação da produção artística e cultural independente, por meio de consultas e debates abertos ao público.

1.9.4  Adequar a regulação dos direitos autorais, suas limitações e exceções, ao uso das novas tecnologias de informação e comunicação.

1.9.5  Criar marcos legais de proteção e difusão dos conhecimentos e expressões culturais tradicionais e dos direitos coletivos das populações detentoras desses conhecimentos e autoras dessas manifestações, garantindo a participação efetiva dessas comunidades nessa ação.

1.9.6  Descentralizar o registro de obras protegidas por direitos autorais, por meio da abertura de representações estaduais dos escritórios de registro, e facilitar o registro de obras nos órgãos competentes.

1.9.7  Regular o funcionamento de uma instância administrativa especializada na mediação de conflitos e arbitragem no campo dos direitos autorais, com destaque para os problemas relacionados à gestão coletiva de direitos.

1.9.8  Estimular a criação e o aperfeiçoamento técnico das associações gestoras de direitos autorais e adotar medidas que tornem suas gestões mais democráticas e transparentes.