Opening Up Education: iniciativa de educação aberta na Europa

A Comissão Europeia lançou em setembro uma nova ação de educação aberta, a ‘Opening Up Education‘. Esta ação pretende criar mais condições para uma sociedade mais conectada, aumentando infraestrutura, criando oportunidades para a inovação, o uso mais amplo de REA e TIC na educação.

Para ajudar a impulsionar a iniciativa, a Comissão Europeia lançou o site Open Education Europa, que irá permitir aos estudantes, profissionais e escolas compartilharem recursos educacionais abertos.

As iniciativas associadas ao programa Opening Up Education serão financiadas com o apoio do programa Erasmus+, o novo programa da UE no domínio da educação, formação, juventude e desporto, e do programa Horizonte 2020, o novo programa de investigação e inovação, bem como dos fundos estruturais da UE. Todos os materiais didáticos apoiados pelo Erasmus+ terão livre acesso e estarão disponíveis ao público sob licenças abertas.

Esta iniciativa visa a implementação de mais políticas públicas em educação aberta na Europa e o novo portal, além de ter sido construído com tecnologia open source,  pretende vincular todos os repositórios europeus existentes de recursos educacionais abertos em diferentes idiomas em um mesmo espaço para que fiquem a disposição de estudantes, professores e pesquisadores.

O Open Education Europa está estruturado em três seções principais:

  • A seção de pesquisa mostra os MOOC, cursos e recursos educacionais abertos das principais instituições europeias.
  • A seção de partilha é um espaço em que os usuários do portal se reúnem para compartilhar e discutir soluções para um leque diverso de questões educativas postando em blogs, eventos e participando em discussões temáticas.
  • A seção em profundidade proporciona artigos sobre eLearning – destaca as mais recentes novidades sobre educação aberta, assim como os artigos acadêmicos mais relevantes publicados recentemente.

Acesse: www.openeducationeuropa.eu/pt

Vídeos do Encontro pelo Conhecimento Livre e Grupo de Trabalho em Ciência Aberta

Participamos em junho de um encontro que consolidou um grupo de trabalho em Ciência Aberta. O evento reuniu pesquisadores, estudantes e interessados em geral de várias universidades brasileiras que debateram sobre temas como educação aberta e recursos educacionais abertos, acesso aberto e revisão de publicações científicas, dados científicos abertos, wikipesquisas, ciência cidadã e ferramentas científicas abertas.

Os vídeos estão disponíveis. Se você se interessa pelo tema e quer participar, entre em contato com o Ciência Aberta.

Veja a trilha de Educação Aberta e REA.

Indústria do copyright ensina sobre direitos autorais em escolas da Califórnia

Confesso que me causou perplexidade quando li a notícia postada pela Cristiana Gonzales em nossa comunidade, que foi introduzido um currículo anti-pirataria em escolas de ensino fundamental I da Califórnia. Na mesma Califórnia, ainda ano passado, foi sancionada a “Lei do Livro Didático Aberto”. Dois projetos de lei garantem o acesso gratuito a livros didáticos digitais com formatos livres e com licença aberta e garantem que cópias impressas dos livros não custarão mais do que US$ 20 dólares por exemplar para mais de 50 cursos oferecidos por faculdades, reduzindo drasticamente o custo com material.

As leis  SB 1052 e SB 1053 preveem a criação de um Conselho de Recursos Educacionais Abertos para desenvolvimento dos livros didáticos abertos ou “Free digital textbooks” (como são chamados nos Estados Unidos e a criação de uma Biblioteca Digital que irá abrigar os livros didáticos abertos digitais e materiais relacionados.

Nesse mesmo Estado, onde livros didáticos são licenciados em CC-BY, a indústria do copyright estendeu suas garras pra onde tudo começa, resolveram “catequizar” as crianças a respeito do copyright e dos “maus hábitos” de compartilhar.

O material foi preparado pela Associação de Bibliotecas Escolares da Califórnia e a Internet Keep Safe Coalition em conjunto com a CCI (Center For Copyright Infringement), que tem entre seus membros executivos da MPAA, RIAA, Verizon, Comcast e AT&T e pretende ensinar as crianças que elas podem ser produtoras de conteúdo e lucrar com isso, mas o ensino foca que não há maneiras razoáveis de compartilhamento. O programa não faz uma menção sequer ao Fair Use, um conceito da legislação norte-americana que permite o uso de material com copyright em determinadas situações sem que o dono dos direitos precise ser pago e também não faz menção as exceções e limitações previstas em lei. Nesse cenário, seria absolutamente improvável que questões como domínio público e materiais livres (com licenças e formatos abertos) fossem abordados.

Como bem pontuou a Cristiana Gonzales quando compartilhou a notícia com a nossa comunidade, seria muito legal um movimento REA nas escolas, não é?  O Creative Commons publicou algumas alternativas (veja aqui) com uma abordagem mais equilibrada para ensinar as crianças sobre direitos autorais A lista de recursos são REA, licenciados sob licenças Creative Commons e permitem a reutilização livre e legal, redistribuição e remix.

Em português, para saber mais sobre REA e direito autoral você pode acessar a nossa FAQ, e  está em andamento, o 1º curso experimental sobre Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos, cujo foco principal não são os direitos autorais, mas questões como o commons, o acesso a educação, a cultura digital livre e outros temas serão abordados.

E fica a lição de casa para todos nós, como introduzir REA nas escolas brasileiras?

Fontes: Creative Commons, Wired, Meio Bit

Você sabe o que são os REA?

Afinal, você sabe o que são os Recursos Educacionais Abertos?


Muitos questionamentos, dúvidas e confusões de interpretação surgem quando debatemos o tema. Se você está chegando à nossa comunidade agora, aproveite o excelente texto elaborado por Priscila Gonsales sobre o tema e publicado no Edukatu.

Uma das características mais incríveis da Internet é, sem dúvida, a possibilidade de acessar informação. Basta ter um computador conectado para apreciar obras de arte de museus famosos do mundo todo, assistir a videoaulas sobre os mais diferentes temas ou encontrar imagens de fatos históricos e atuais , só para citar alguns exemplos.

Com toda essa abundância de conteúdos ao alcance de um clique, nossas atividades cotidianas de estudo ficaram mais facilitadas. Por isso, é bastante comum o seguinte raciocínio: se eu preciso de uma foto, de um texto ou de um vídeo para enriquecer uma produção própria (um blog, uma apresentação), eu simplesmente posso copiar desde que eu cite a fonte, certo? Infelizmente não. Não sem a expressa autorização do autor. Algumas vezes, a resposta poderia ser “talvez”, ou seja, situações em que o autor até gostaria sim de ver sua obra disseminada sem precisar autorizar mas não sabe como deixar essa opção visível para o usuário.

E isso acontece porque temos no Brasil a Lei de Direito Autoral(1), considerada uma das mais restritivas do mundo. Essa lei determina que o autor (ou o detentor dos direitos do autor) é o único proprietário dos direitos de uso de sua obra, cabendo a ele decidir quando e como permite o uso por terceiros. Não existe exceção nem para finalidade educativa. Mesmo que a obra não traga o símbolo C de “copyright” ou a frase “todos os direitos reservados”, a lei garante que a obra é copyright. A boa notícia é que essa lei está sendo reformulada(2) e as novas regras aguardam votação no Congresso Nacional.

Porém, independentemente disso, já existe no mundo todo, inclusive no Brasil, um modelo de gestão de direitos autorais em que o autor pode optar por uma licença livre, concedendo de forma clara alguns direitos de uso de sua obra. Trata-se do Creative Commons (CC), (3)uma organização não governamental, com sede nos EUA, que criou seis tipos de licenças livres para que o próprio autor escolha qual deseja utilizar, sem a necessidade de contratar advogados. Qualquer pessoa interessada em licenciar sua obra de forma aberta pode acessar o site, responder algumas perguntas, e instantaneamente, receber a licença apropriada para deixar em sua obra. Simples assim.

Ao falarmos de licença livre, chegamos ao conceito de REA, ou Recursos Educacionais Abertos, e sua importância no contexto da cultura digital em que estamos. O termo “Recursos Educacionais Abertos” (Open Educational Resources, em inglês OER) foi adotado, pela primeira vez, durante um fórum da Unesco em 2002. Trata-se do esforço de uma comunidade global de educadores, políticos e usuários articulada para criar, reutilizar e propagar bens educacionais pertencentes à humanidade, bens esses cada vez mais acessíveis graças à Internet.

A definição se REA é a seguinte: são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa, disponíveis em qualquer suporte ou mídia, preferencialmente em plataformas ou formatos livres (software livre), que estejam sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros.

Vamos aos exemplos. Você pode procurar com seus alunos imagens sobre os protestos de junho de 2013 no Brasil, mas não pode utilizar qualquer uma delas para um trabalho escolar. Elas são gratuitas, podem ser apreciadas sem custo pela tela do seu computador, mas não abertas. Para encontrar imagens de fato abertas, vale acessar a busca avançada do Google e escolher pesquisar por “direitos de uso”, no último combo. Da mesma forma, você pode assistir um clipe musical no Youtube, não pode baixar esse vídeo para usar em uma produção escolar sem autorização do artista ou da gravadora se nos dados do vídeo estiver escrito “licença padrão do Youtube”.

Já o Edukatu é um exemplo de REA. Repare no símbolo da licença Creative Commons que está no canto inferior direitos de todas as suas páginas (CC-BY-NC-SA). Isso significa que os conteúdos oferecidos podem ser reproduzidos, adaptados e até traduzidos, desde que citada a fonte, não se utilize para fins comerciais e que a obra derivada seja licenciada da mesma forma. Há vários outros exemplos de REA no Brasil, como o Portal Indio Educa, que traz informações, fotos, vídeos e animações sobre cultura e história indígena. Foi escolhida a licença CC BY, em que o usuário só precisa citar a fonte e utilizar como quiser, até mesmo comercialmente.

Os REA criam a oportunidade para uma transformação fundamental na educação: a autoria. Permitem que educadores, estudantes e mesmo aqueles não estejam formalmente vinculados a uma instituição de ensino se envolvam no processo criativo de desenvolver e adaptar recursos educacionais. Governos e instituições de ensino podem formar professores e alunos para a produção colaborativa de textos, imagens e vídeos de qualidade. Com a abertura dos materiais na Internet, a possibilidade de formação continuada se expande a toda a sociedade.

(1)http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
(2)http://www2.cultura.gov.br/consultadireitoautoral/
(3)www.creativecommons.org.br

Para saber mais:

Política pública e projetos REA no Brasil no mundo: www.rea.net.br

Como encontrar REA: http://educacaoaberta.org/wiki/index.php?title=Como_encontrar

Livro REA: www.livrorea.net.br

REA, um caderno para professores: http://educacaoaberta.org/wiki/index.php/Caderno_REA

*Esse texto foi publicado originalmente em Edukatu

Edukatu: o mais novo REA brasileiro

Rede de aprendizagem e mobilização para o consumo consciente

O Edukatu é uma rede de aprendizagem que foi elaborada colaborativamente por especialistas em educação, sustentabilidade, comunicação e cultura digital. Essa rede pretende incentivar a troca de conhecimentos e práticas sobre consumo consciente e sustentabilidade no ambiente escolar.

O Edukatu foi pensado para gerar protagonismo, trazer informação e formar uma rede de professores e alunos, principalmente do Ensino Fundamental I e II de todo o Brasil. A plataforma interativa é dividida em três blocos de navegação: o “Na Mochila” –  com conteúdo de referência sobre consumo consciente; o “Circuito” – espaço com games e atividades lúdicas que leva o usuário a solucionar desafios de pesquisa e estudo; a comentar e debater com outros internautas; a compartilhar suas produções e/ou criações sobre o tema e a promover ações práticas de intervenção nas comunidades escolares envolvidas, e finalmente, a “Rede” – espaço onde alunos e professores se encontram para fazer contato e compartilhar experiências.

Uma novidade, é que parte dos materiais educacionais disponibilizados em sua plataforma, alguns originariamente desenvolvidos em outros projetos do Akatu, estão disponibilizados em um formato REA (Recursos Educacionais Abertos). Exceto quando mencionado explicitamente, todo o conteúdo textual original do Edukatu está disponível livremente para leitura, uso não comercial, redistribuição ou modificação, conforme definido na licença CC-BY-NC-SA.

O Edukatu foi desenvolvido e é promovido pelo Instituto Akatu e contou com a parceria do Instituto Educadigital e do Projeto REA-Br para elaboração dessa plataforma.

Crie o seu perfil e faça parte dessa rede!

4ª Conferência Luso-Brasileira sobre Acesso Aberto

A 4ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto tem como objetivo promover o compartilhamento, a discussão, a geração e a divulgação de conhecimentos, práticas e pesquisas sobre o acesso aberto em todas as suas dimensões e perspectivas, servindo de catalisador à disseminação de políticas, pesquisa e desenvolvimento na área.

O evento será realizado na Universidade de São Paulo, no período de 6 a 9 de outubro de 2013 e pretende reunir interessados em atividades de pesquisa, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto à produção científica produzida em instituições luso-brasileiras de pesquisa e ensino superior.

Temas a serem tratados no âmbito da Conferência :

  • Políticas públicas de acesso aberto, mandatos em instituições de ensino, de pesquisa e desenvolvimento e em agências financiadoras de ciência
  • Softwares abertos, protocolos de interoperabilidade entre repositórios e outros sistemas de informação de apoio à atividade científica e acadêmica
  • Repositórios de publicações e dados científicos, revistas científicas e outros
  • Impacto do acesso aberto na comunidade científica e nos rankings tradicionais e alternativos
  • Acesso aberto para uma ciência e uma pesquisa aberta
  • Auto-arquivamento e envolvimento da comunidade científica na construção de repositórios
  • Direitos de autor

No dia 09/10, ocorrerá a oficina Gestão de Propriedade Intelectual para o Acesso Aberto ao Conhecimento Científico, em que pessoas do REA Brasil irão colaborar.

Ministrantes: Carolina Rossini– SPARC/ARL e conselheira OKFN Brasil e Projeto REA-Brasil (coordenação), John Wilbanks – Sage Bionetworks, Everton Zanella – OKFN Brasil, Alexandre Hannud Abdo – OKFN Brazil e USP, Debora Sebriam – Projeto REA Brasil e Instituto Educadigital

Carga horária: 03 horas

Programa:

Este workshop tem como objetivo proporcionar um espaço de debate e reflexão sobre o acesso aberto, recursos educacionais abertos e dados abertos como formas primordiais para publicação e gestão do conhecimento gerado na universidade pública.

Partindo de um mapeamento do atual estado de acesso aberto no Brasil, de exemplos de políticas implementadas em algumas universidades/países e da solidificação de conceitos sobre o acesso aberto e interoperabilidade legal e técnica, este workshop irá fornecer dicas e instruções sobre como divulgar seu trabalho por meio de estratégias de Acesso Livre, assim como proteger seus direitos de autor na cultura digital. O debate tratará de questões institucionais relacionadas a transferência de tecnologia e respectivas estratégias de embargo de depósito e publicação.

Também englobará exercícios práticos e guiados para que os participantes compreendam melhor sobre as licenças do Creative Commons, GPL e outras licenças em geral, e aprendam como escolhê-las, implementá-las, como interoperam com outras licenças e como medir seu impacto.

Informações complementares

Verifique a programação completa no site oficial.

Professores do RJ mergulham em oficina sobre Recursos Educacionais Abertos

*Texto de Giuliana Bianconi

Contato direto com os professores é algo que o Instituto EducaDigital (IED) adora.

A gente pensa e discute a educação acreditando que as conversas e práticas junto aos que estão no dia a dia das salas de aula são essenciais para não neglicenciarmos necessidades ou desconsiderarmos realidades e experiências diversas.

Esta semana começou, então, de uma forma muito bacana para a nossa equipe: dentro de uma escola, em contato intenso com professores. No Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (GENTE), na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, o IED esteve para conduzir a oficina “Recursos educacionais abertos: material didático, produção colaborativa e autoria na era da informação”.

O que é um REA? Como tornar uma produção autoral um REA? Porque fazer REA? Qual a importância de compartilhar na cultura digital? Essas e outras questões foram discutidas e levadas à prática, por dois dias, com nove professores e a diretora da escola municipal, Márcia Roberto.

Por que na GENTE?

Na GENTE, conteúdo, método e gestão são pensados a partir da premissa de que o aluno deve estar no centro do processo de aprendizagem, e por isso tanto o espaço físico quanto as ferramentas tecnológicas foram pensados, na proposta pedagógica, para contribuir com a construção da autonomia deste aluno. A oficina foi ao encontro dessa proposta e discutiu o quanto a autonomia pode ser ampliada quando qualquer um “descobre” como encontrar recursos educacionais abertos na web, como encontrar conteúdos em licenças flexíveis e como produzir, também, para compartilhar.

Produtores de blogs e usuários da Educopedia – um grande repositório de recursos educacionais que serve de suporte para as aulas -, os professores participantes da oficina contaram que muitas vezes faziam uso de imagens da web mesmo sem ter a certeza de que estavam liberadas para uso ou remix. “Tudo na internet parece livre, mas a gente sabe que não é”, observou a professora de português Lúcia Lima.

Já o professor de história Gilberto Amorim pontuou que mesmo quando ele sabe que é livre, não sabe quando pode aprimorar, modificar. “Muitas vezes vejo a necessidade de aprimorar um recurso para a aula, mas nunca sei, de fato, o quanto é possível fazer isso”. A partir de execícios com as licenças CreativeCommons ficou mais claro, para todos, quais as diferenças entre “aberto” e “gratuito”. Entre “disponível” e “livre”.

A oficina também levou os professores a treinarem pesquisas avançadas em sites como Flickr, TinEye, Pixabay, Jamendo etc. Depois de ampliarem seus campos de busca e conhecerem mais sobre REA, seguiram para os próprios blogs e licenciaram sob CreativeCommons.

Acesse alguns dos blogs aqui:
Gente que brilha
Gente
Bloguinho EDI

Confira a apresentação da oficina:

Curso experimental sobre Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos

Vem aí o primeiro curso online, aberto,  gratuito e em português sobre Recursos Educacionais Abertos!

O Curso REA é introdutório e tem como objetivo fazer uma introdução a Educação Aberta (EA) e Recursos Educacionais Abertos (REA), parte de uma agenda global para a provisão sustentável de recursos educacionais e promoção de uma educação para todos. A proposta inclui seminários descentralizados e projetos para os interessados em maior engajamento, dando direto a emissão de certificado de extensão pela Universidade Federal de Goiás.

O curso terá duração de 6 semanas e  é organizado em temas relacionados a EA/REA e um ou mais orientadores serão responsáveis por organizar esses temas, cada qual em uma comunidade. Os orientadores são responsáveis por uma semana intensa de discussão e apresentação sobre o tema da comunidade (por exemplo, “Software livre, abertura e educação”). Os orientadores trabalharão com recursos (vídeos, palestras, leituras) e fomentarão oportunidades de interação.

O Curso REA parte parcialmente dos temas abordados no livro Recursos Educacionais Abertos. É um bom panorama para quem ainda não conhece o tema. No entanto, tem-se como meta expandir a discussão para além do “recurso” em si considerando todo o universo da Educação Aberta. Cada participante tem a sua própria página com muitas funcionalidades, similar ao que se encontra em outras redes sociais. O participante pode criar o seu blog, uma galeria de fotos, vídeos, links, e muito mais! Cada semana poderá incluir palestras gravadas ou ao vivo, textos, perguntas para discussão, atividades práticas, entre outros – dependendo da organização do orientador daquela semana. Portanto, não espere que todas as semanas funcionem da mesma maneira!

Para participar é necessário preencher uma ficha de inscrição até 29/09.

Saiba mais em http://curso.rea.ufg.br/

Relato do Encontro pelo Conhecimento Livre

Encontro na USP, uniu pesquisadores, estudantes e interessados em geral de várias universidades brasileiras para discutir as tendências em ciência aberta e para divulgar e consolidar a formação do grupo de trabalho em Ciência Aberta, que contou também com cerca de 150 acessos ao vivo pela IPTV da USP.

A gravação de todas as sessões estará disponível em breve.

Educação aberta

Debora Sebriam (REA-BR) falou sobre projetos que testemunham a adoção crescente de Recursos Educacionais Abertos pela sociedade e em instituições de ensino, a formação da comunidade “REA-BR” no Brasil e o trajeto de algumas políticas públicas, inclusive o veto do governador Alckmin, em São Paulo, ao projeto de lei aprovado pela assembléia.

Tel Amiel (Unicamp) abordou a questão mais ampla de Educação Aberta, de experiências diversas de experimentação que ganham visibilidade na atual onda de Cursos Online Massivos (MOOCs).

Acesso aberto

Cameron Neylon (PLOS) falou por videoconferência, de Londres, sobre a experiência da PLOS, uma das maiores revistas de acesso aberto da atualidade, ressaltando seu interesse no potencial de outras formas de abertura da comunicação científica ainda mais radicais e inovadoras.

Sueli Ferreira (USP) comentou sobre o esforço para a criação dos repositórios institucionais com uso de metadados, a importância das instituições assumirem a guarda de sua produção, algumas propostas de mandatos institucionais, como a da FAPESP, e o quanto a colaboração entre as universidades paulistas nesse esforço será vantajosa.

Marcos C. Visoli (Embrapa) relatou iniciativas da Embrapa para estruturar e facilitar o acesso de pesquisadores e produtores a publicações e informações agropecuárias ou associadas à atividade, como também o uso e produção de software livre por essa empresa pública.

Continue lendo em Ciência Aberta.