Mapa do Mundo de Iniciativas REA

A comunidade REA Brasil recebeu convite da Sra. Susan D’Antoni para participar de uma discussão internacional que visa mapear colaborativamente o maior número possível de iniciativas REA pelo mundo.

Durante a última década, diversos projetos tem surgido em distintos países e cada vez mais torna-se difícil ter um panorama geral das iniciativas em andamento. Ter um mapa das iniciativas REA pelo mundo, construído colaborativamente pode vir a facilitar parcerias ou mesmo o aprender com outras experiências para propor novos projetos. Ao longo do tempo esse mapa pode ser uma referência inicial para quem busca projetos e o objetivo é que seja atualizado constantemente.

Considerando essa situação abrangente dos projetos REA pelo mundo, como eu faço para conhecer os projetos REA dentro do meu país? E no mundo? Como faço para conseguir um contato dentro do meu país?

Para mapear as iniciativas e responder a essas e outras perguntas, está sendo proposta pelo pessoal da lista de Athabasca (Canadá), 2 semanas de interação online entre os membros e interessados da comunidade REA internacional.

Essa discussão internacional está programada para acontecer de 12 a 30 de novembro e para participar basta enviar um email para: oer-community-request@athabascau.ca com o assunto subscribe.

Programação

Week 1: What could an OER world map look like? (12- 16 November)

  • Why map the OER landscape
  • Essential information and visual presentation

Week 2: Could a world map be built collaboratively? (19-23 November)

  • Organizational approach for collaboration
  • Ensuring the quality of the information

Week 3: Reflection and next steps (26-30 November)

  •  Design of an “OER World Map”
  • Organization
  • Resources available/needed
  • Next steps

Comunidade REA Brasil

Existe também um convite para fazermos essa discussão paralelamente em nosso contexto e nosso idioma, o que vocês acham? Que dinâmica seria essa? Datas? Quem tem sugestões?

Sobre o mapeamento de projetos no site REA temos uma lista de projetos no Brasil e no Mundo divididos por tipos de licenças e também descrevemos se são projetos “REA Puro” ou mistos.

No Educação Aberta também existe uma vasta gama de projetos mapeados, aqui e aqui.

REA Brasil no Anuário ARede de Inclusão Digital 2012/2013

A bandeira da liberdade na produção e no acesso a conteúdos educacionais se ergue em debates, projetos e parcerias.


A equipe gestora do Projeto REA Brasil, esteve presente no evento de entrega do Prêmio ARede 2012, onde a Bit Social lançou o 4º Anuário ARede de Inclusão Digital. A publicação retrata iniciativas de todo o país, realizadas pelo terceiro setor, setor privado e sociedade civil organizada.

Projeto REA Brasil

O REA Brasil é uma das iniciativas retratadas no Anuário ARede de Inclusão Digital 2012/2013.  O texto aborda as recentes conquistas do movimento REA no Brasil, como o Decreto do município de São Paulo, em que, a Secretaria Municipal de Educação instituiu licenciamento de toda a produção de material didático em Creative Commons, a chegada da proposta também para o Estado de São Paulo em 2011 e o PL Federal. Os eventos regionais que buscam empoderar professores, gestores públicos, advogados, analistas de sistema, etc, para levar REA para outros estados do Brasil também foi citado.

Veja abaixo a íntegra do Anuário e confira o texto sobre o REA Brasil nas páginas 58 e 59.

Premiados e homenagem

Prêmio ARede 2012 reconheceu este ano 14 iniciativas para inclusão sociodigital de jovens de baixa renda, idosos, grupos étnicos e pessoas com deficiência, distribuídos nas modalidades Terceiro Setor, Setor Público e Setor Privado.

O projeto Enter Jovem Plus recebeu o prêmio na modalidade Especial Educação. Do terceiro setor, foram premiados os projetos Um Olha para a Cidadania, Mawo – Casa de Cultura Ikpeng, Revista Espírito Livre, Conexão Amazônia – Barco Hospital Abaré e Rede de Jovens Comunicadores do Semiárido Mineiro.

Do setor público, os vencedores foram Uso do QR Code em Etiquetas Acessíveis para Deficientes Visuais, Universidade do Trabalho, Rede São Paulo Saudável e Projeto Particular.  Os premiados  do setor privado foram Voz Móvel: Mobilidade, Informação e Comunicação ao Alcance de Todos, Projeto Eu-Cidadão: Inclusão Digital e Cidadania e Rio sem Dengue.

Beatriz Tibiriçá, a Beá,  recebeu o título de Personalidade do Ano. Ativista da inclusão sociodigital, ela trabalhou no Governo Eletrônico de São Paulo, criado na época em que a ministra da Cultura era prefeita. Beá lembrou que ainda há muito a ser feito, como desenvolver os telecentros para serem mais do que pontos de acesso à internet, mas nós de redes microrregionais, regionais e, por fim, universais.

Para ter acesso a todos os projetos vencedores clique aqui.

Fonte: ARede

Simpósio OCWC: liberando mentes e compartilhando conhecimento

No início do mês, anunciamos aqui no blog e também em nossas redes, o Simpósio OCWC, evento organizado através de uma colaboração entre a UnisulVirtual e o OpenCourseWare Consortium. O evento ocorreu no último dia 30/10 e contou com a presença de conferencistas de diferentes países que trouxeram as suas ponderações para o debate.

O evento começou com a fala da  presidente do OpenCourseWare Consortium, Anka Mulder e segundo ela, “…o processo de produção mudou, o ensino precisa mudar. O próximo passo é ser aberto e online, além de buscarmos uma solução para passarmos da informação (disponível na web) para aprendizado.”

Ignasi Labastida na palestra sobre as licenças Creative Commons, afirmou que o compartilhamento é a coisa mais importante na educação aberta, mas é preciso saber compartilhar. “Tudo que está na internet tem um autor, se não está explicitado que é livre, então é restrito. Na Europa há muitos problemas de reuso de conteúdo sem licenças.”, disse ele.

Mary Lou Forward, representante do OCWC norte-americano, ressaltou a necessidade das universidades se abrirem às novas ideias e concepções de ensino. “Enquanto as conversas acontecem apenas institucionalmente e pelas mesmas pessoas, elas serão sempre as mesmas. Abra o seu conhecimento e terá novas ideias”. Também afirmou que, a partir de alunos ingressantes para cursos gratuitos e abertos, pode se obter novos alunos em cursos pagos.

Pata Catherine Ngugi, Diretora de Projetos do OER Africa, o continente africano é o que possui maior potencial e necessidade de utilização dos recursos educacionais abertos. Segundo ela, “…há cinco anos não conseguíamos abrir um email pela má qualidade da conexão à internet. Hoje a realidade é outra e há redes disponíveis em diversas áreas.”

Carolina Rossini, abordou um pouco da legislação brasileira. Ela ressalta algumas conquistas, como a inclusão do tema no Plano Nacional de Educação, o Projeto de Lei Federal nº 1513, que dispõe sobre contratação e licenciamento de obras intelectuais, e o Projeto de Lei Estadual nº 989 (SP), que institui política de disponibilização de Recursos Educacionais comprados ou desenvolvidos com subsídios da administração direta e indireta estadual, ou seja, materiais produzidos com recursos públicos devem ser compartilhados. “Compartilhar conhecimento e educação contribui pra um melhor contrato social das instituições”, afirmou a advogada.

Esse texto foi originalmente publicado no site da UnisulVirtual, leia  a matéria completa e confira a apresentação de Carolina Rossini logo abaixo.

REA: material didático, produção colaborativa e autoria na era da informação

O tema Recursos Educacionais Abertos esteve presente no 35º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, realizado no estado de Pernambuco, entre os dias 21 e 24/10/2012. Bianca Santana, membro da comunidade REA Brasil e diretora de educação do Instituto Educadigital, ministrou o minicurso REA: material didático, produção colaborativa e autoria na era da informação.

Estiveram presentes pesquisadores e pesquisadoras em Educação, docentes e discentes dos 111 Programas de Pós-Graduação em Educação deste país, além de convidados especiais que, com suas experiências e reflexões,  enriquecem o debate educacional. São eles pesquisadores estrangeiros de distintos países da América Latina, dos Estados Unidos e Europa. As Reuniões Anuais da Anped contam ainda com representantes de segmentos da sociedade civil organizada e do governo em seus distintos âmbitos.

Confira abaixo a apresentação utilizada para o minicurso.

O Estado Atual de Interoperabilidade de Repositórios de Acesso Aberto

A Confederação de Repositórios de Acesso Aberto (COAR – Confederation of Open Access Repositories) anunciou a publicação do relatório  “O Estado Atual de Interoperabilidade de Repositórios de Acesso Aberto” (2012). O relatório fornece uma visão geral do cenário atual em termos de interoperabilidade dos tipos de serviços que agora são possíveis por causa de recentes pesquisas e esforços de desenvolvimento de toda a comunidade de acesso aberto. O relatório abrange sete áreas com foco para as iniciativas de interoperabilidade atuais e fornece uma visão geral de 19 iniciativas.

 O relatório é direcionado a gestores de  repositórios em diferentes pontos em termos de infra-estrutura, recursos e apoio institucional. Para novas instituições o relatório tem como objetivo fornecer orientações para começar a trabalhar e indica iniciativas de interoperabilidade necessárias para implementar a fim de alcançar serviços específicos. Para as instituições e gestores de repositórios já envolvidos com Acesso Aberto, o relatório pode fornecer idéias para funcionalidade adicional para incluir ao seu repositório ou mais serviços possíveis para proporcionar à sua comunidade.

Esquema do relatório:

  • Seção 1 – Introdução e Informação: visão geral da interoperabilidade, identificando os principais desafios, do estado atual e as áreas emergentes.
  • Seção 2 – Descrição das iniciativas de interoperabilidade atuais:

– Descrição – Informações sobre as diretrizes de interoperabilidade e padrões específicos.

– Aplicações: exemplos concretos de serviços ou aplicativos que foram desenvolvidos usando as normas/orientações/projetos.

– Recursos adicionais para outras leituras, especialmente com foco em textos explicativos e outras informações úteis.

Link para download aqui.

Fonte: COAR

OpenEd 2012: educação aberta para além dos conteúdos

Aconteceu em Vancouver, de 16 a 18/10, a Conferência “Open Education” que na edição de 2012 procurou traçar um caminho para a educação aberta que caminha além dos conteúdos para a próxima década. O Brasil esteve presente na conferência com Carolina Rossini e Débora Sebriam, membros da comunidade REA Brasil.

Entre os projetos e temas tratados na conferência estão:

  • Estragégias de política institucional e governamental
  • Avaliações – formativa e somativa, diagnóstica e adaptativa
  • Abertura de grupos de estudo e outras oportunidades para a interação social
  • Novas pedagogias que aproveitam a reutilização, remixe e redistribuição de REA
  • Novos modelos de negócio
  • Novos modelos de certificação
  • Colaborações para expandir a educação aberta

Carolina Rossini (atualmente Electronic Frontier Foundation) foi uma das palestrantes convidadas do evento, juntamente com Gardner Campbell (Virginia Tech) e John Willinsky (Stanford University School of Education) e falou no auditório principal sobre REA no Brasil e outros casos interessantes.

No geral, houve muitas falas e defesas em relação ao livro didático aberto, novos modelos de negócio e a questão dos MOOC’s e novas formas de certificação. Uma ideia nova e super interessante proposta foi a Pitchfest, onde qualquer pessoa/organização presente poderia propor e/ou explicar melhor o seu projeto em 5 minutos. Veja relação de ideias apresentadas:

  1. Nicole Allen, from Student PIRGs – Campaign to Save Students $1 Billion
  2. Gary Lo, Unitclass– Engaging Learning Exercises
  3. Verena Roberts, Alberta Distance Learning Centre – The OC@ADLC
  4. Ganesh Krishnan, Specadel.com – Making OER content more engaging and accessible at low cost for the working students
  5. Tami Echard & Jay Heap, Georgia Virtual School – OER Courses 9-12 Across the Curriculum
  6. Mark Michalsin, Excelsior – Matching Assessments to Open Educational Resources
  7. David Lippman, Pierce College – MyOpenMath
  8. Chris Pegler, UK Open University – Oriole Reusable reuse cards
  9. Una Daly OER Consortium & Jutta Trevarinus University of Toronto – Invitation to Expand Accessibility of Open Educational Resources
  10. Kim Thanos, Thanospartners.com – Project Kaleidoscope
  11. Cable Green, Creative Commons – P2PU School of Open

Os vídeos dos palestrantes estão disponíveis abaixo e todo o áudio e apresentações que aconteceram simultaneamente nas salas secundárias podem ser acessados através do site do evento.

Programa Roda de Conversa da Escola Municipal de Saúde aborda REA

No fim do mês de agosto, o Programa Roda de Conversa da Escola Municipal de Saúde de São Paulo convidou especialistas em Recursos Educacionais Abertos para abordar o tema. Participaram Priscila Gonsales, diretora-executiva do Instituto Educadigital representando o Projeto REA Brasil, Andreia Inamorato dos Santos do Projeto Oportunidad e Universidade Mackenzie, Alexandre Barbosa, do Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e Comunicação e a coordenadora de gestão de pessoas da Escola Municipal de Saúde, Jeane Marinho.

Inaugurada em 2008, a Rede São Paulo Saudável, rede de transmissão e recepção de sinais de TV digital via satélite, conta com cerca de 1000 pontos de recepção dois estúdios de geração e três canais de TV, o Canal Cidadão, o Canal Profissional e o Canal Interativo.

Os objetivos do projeto são melhorar a capacitação dos profissionais, através de Educação à Distância; transmitir conteúdo educativo para os cidadãos usuários das unidades de saúde, enquanto estes estão aguardando atendimento. A Rede São Paulo Saudável é uma ferramenta de comunicação, que integra e difunde informações importantes em toda a rede municipal de saúde, de forma direta, rápida e objetiva.

O programa Roda de Conversa faz parte do Canal Profissional da Rede São Paulo Saudável, que conta atualmente com diversos cursos e sete novos programas, sendo um deles, o “Compartilhando Conhecimento”, programa que tem como objetivo criar um canal de disseminação do conhecimento, possibilitando instituir uma cultura de compartilhamento de informações e aprendizagem.

Lei do “livro didático aberto” é sancionada na Califórnia

É oficial e foi amplamente divulgada na mídia a iniciativa do governador da Califórnia, Jerry Brown, que aprovou dois projetos de lei (SB 1052 and SB 1053) que dará acesso gratuito a livros didáticos digitais com formatos livres e com licença aberta para mais de 50 cursos oferecidos por faculdades da Califórnia nos Estados Unidos. A legislação foi introduzida pelo Presidente do Senado, Tem Darrell Steinberg e aprovada pelo Senado da Califórnia. Os estudantes que quiserem adquirir cópias impressas dos livros não gastarão mais do que US$ 20 dólares por exemplar.

Segundo o Presidente do Senado em comunicado recente, “muitos estudantes estão pagando mais de US$ 1.000 por ano em seus livros, às vezes tendo de escolher entre comprar os livros que eles precisam, ou pagar para alimentação e outras despesas“.

A lei SB 1052 prevê a criação de um Conselho de Recursos Educacionais Abertos para desenvolvimento dos livros didáticos abertos ou “Free digital textbooks” (como são chamados nos Estados Unidos), esse conselho será formado por representantes da Universidade da Califórnia e outras instituições de ensino superior, e deverão analisar e aprovar o desenvolvimento de materiais abertos e promover estratégias para o acesso, produção e uso dos livros de código aberto. Já a lei SB 1053, prevê a criação de uma Biblioteca Digital que irá abrigar os livros didáticos abertos digitais e materiais relacionados.

Um ponto crucial da legislação da Califórnia é que os livros didáticos desenvolvidos serão disponibilizados sob a licença Creative Commons Atribuição CC-BY, que permitirá total liberdade para que outras pessoas usem, distribuam e criem trabalhos derivados com base no material digital, e ainda permitirá, que os autores ou criadores das obras recebam os créditos por seus esforços. A liberdade oferecida pela licença CC-BY permite que os professores adequem o conteúdo dos livros didáticos às necessidades dos alunos, permite que as empresas comerciais criem novos produtos à partir do material (como tutoriais em vídeo por exemplo) e abre as portas para a colaboração e melhoria dos materiais produzidos e publicados.

Espera-se que os primeiros livros didáticos abertos estarão disponíveis até o início do ano letivo de 2013-2014!

Essa é sem dúvida uma vitória enorme para a Califórnia, e um exemplo mais que bem-vindo de política pública, que visa alavancar o licenciamento aberto para economizar dinheiro dos cofres públicos e apoiar as necessidades de professores e alunos.

Vamos torcer para que exemplos como esse comecem a se proliferar e que o nosso país seja um dos precursores desse movimento. Atualmente temos em plenário o PL Federal 1513/2011 e o PL Estadual 989/2011 em São Paulo, além do decreto do município de São Paulo já sancionado em 2011 e da experiência de política educacional do Livro Didático Público no Paraná (2002-2010) que infelizmente foi interrompida pela gestão que assumiu após 20120. Consulte aqui no site REA a nossa seção de Políticas Públicas para REA e saiba mais.

Fontes de informação para essa matéria:

Gabinete online do Governador Jerry Brown – CA.gov

Los Angeles Times – Free digital textbooks offered as Gov. Jerry Brown signs bills

Creative Commons – California passes groundbreaking open textbook legislation

Algumas Notícias Relacionadas:

The Atlantic – California Takes a Big Step Forward: Free, Digital, Open-Source Textbooks

The Sacramento Bee – Brown OKs bill providing free digital textbooks

The Chronicle of Higher Education – Calif. Governor Signs Bills Giving Digital Textbooks and Other Help to Students

Inside Higher ED – New Calif. Laws Promote Digital Textbooks, For-Profit Transparency

Flat World Knowledge – Free Digital Textbooks Bill Signed in California

Edudemic – California College Students To Get Free Digital Textbooks

Educause – Free Digital Textbooks, More For-Profit Accountability Coming to California

Library Journal – Update: CA Creates Free Digital Textbook Library

TechCrunch – Why Do Colleges Need A Law For Free Digital Textbooks When We Have The Internet?

Relator do PNE e PL Federal REA fala sobre Políticas Públicas na UniBrasil

Entre 24 e 26 do mês de setembro, aconteceu a Semana de Estudos Interdisciplinares Sobre Recursos Educacionais Abertos promovida pela UniBrasil, Instituto Educadigital e Projeto REA. Veja programação e resumo do evento publicados anteriormente.

No site do deputado Angelo Vanhoni, relator do Projeto de Lei Federal REA Brasil – PL nº 1513/2011 que tramita na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, tem matéria sobre a semana REA em Curitiba com colocações importantes do próprio deputado Vanhoni, Jairo Marçal (diretor acadêmico da UniBrasil), Antonio Marques (SEED-PR) e Débora Sebriam (Projeto REA Brasil).

Angelo Vanhoni falou aos acadêmicos dos cursos de pedagogia, educação física e sistemas de informação, além de coordenadores de curso e representantes da pós-graduação da instituição. O deputado disse que o projeto de lei que visa garantir o acesso livre aos recursos educacionais contratados pela esfera pública será analisado ainda esse ano na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

“A proposta estabelece que os recursos educacionais comprados pelo estado para serem utilizados em sala de aula possam ser também disponibilizados na internet de forma livre para todos que queiram acessar estes conteúdos, trabalhar com eles, recombiná-los ou desenvolver outros a partir deles”.

Vanhoni lembra também que o PL REA, “…é um projeto que certamente vai gerar muito debate. São interesses de diversas ordens que incidem sobre esta questão e há uma forte pressão do mercado. Para vocês terem uma ideia, o governo brasileiro é um dos maiores compradores de livros do mundo”.

Jairo Marçal, diretor acadêmico da Unibrasil e um dos responsáveis pelo Livro Didático Público do Paraná,  endossou a fala do deputado Vanhoni e falou da importância de políticas públicas que valorizem o professor e que empreguem melhor os impostos pagos pela sociedade:

“…o mercado do livro didático é extremamente poderoso. Hoje um livro didático deve custar em torno de 60 reais. Nós conseguimos produzir, envolvendo professores da rede num esquema de pesquisa com apoio da universidade e provar que o professor era capaz de produzir textos de qualidade e material impresso com a mesma qualidade gráfica das grandes editoras e a um custo muito reduzido. Nós conseguimos produzir e entregar ao aluno gratuitamente e o custo para o estado foi 2 reais por livro. Estou falando de livros de 300 a 400 páginas com impressão colorida! Foi um choque tão grande e quem acompanhou sabe que a mídia se mobilizou muito naquela época para nos criticar. Pena que isso não se transformou numa política pública de estado. Ou seja, essa iniciativa demonstrou que apesar das forças contrárias é possível a sociedade se mobilizar e fazer enfrentamentos interessantes contra as imposições do mercado”.

Continue lendo os depoimentos aqui.

Simpósio OCWC de Educação Aberta

O Simpósio OCWC de Educação Aberta acontecerá no próximo dia 30/10 em Florianópolis. O evento é organizado através de uma colaboração entre a UnisulVirtual e o OpenCourseWare Consortium (organização internacional que procura promover a educação aberta e seus benefícios, reunindo instituições de Ensino Superior e organizações de todo o planeta).

Com temática ampla, que contempla desde uma análise da sociedade em rede até o desenvolvimento de políticas educacionais abertas, o evento vai discutir quais são os rumos do conhecimento diante da era digital e diante da necessidade de promover o acesso à educação para todos através de Recursos Educacionais Abertos.

O simpósio abordará os seguintes temas:

  • O papel das universidades da era da Internet.
  • As licenças Creative Commons e seus quadros jurídicos em âmbito internacional.
  • O papel dos REA e OCW na concretização de metas institucionais.
  • Colaborações internacionais através da educação aberta.
  • Esforços e iniciativas em REA em países em desenvolvimento.

Conferencistas que compõe a Diretoria do OCWC, provenientes de renomadas instituições de diferentes países e continentes apresentarão suas considerações acerca da educação aberta em diferentes contextos sociais e acadêmicos.

Dirigido a um abrangente público ligado à educação, o Simpósio OCWC de Educação Aberta tem a meta de compartilhar e ampliar o conhecimento em torno da Educação Aberta e, com isso, promover reflexões que possam ser convertidas em ações que sirvam para superar barreiras e ampliar o acesso à educação.

Local do Simpósio
UNISUL Unidade Dib Mussi
Endereço: Rua Antônio Dib Mussi, 366 – Florianópolis, SC, Brasil – CEP 88015-110
Telefone: (48) 3279-1181

Inscrições Gratuitas
Para participar do evento, faça a sua inscrição online aqui.

Acompanhe as novidades, conheça os palestrantes, saiba onde se hospedar no site da UnisulVirtual.

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