A Open Education Week é uma iniciativa do OpenCourseWare Consortium, do qual a UnisulVirtual faz parte como consorciada e também com representação na Diretoria do OCWC, através do professor Murilo Matos Mendonça.
Este vídeo é a contribuição da instituição ao evento, que possui o objetivo de conscientizar sobre os REA – Recursos Educacionais Abertos ou OER – Open Educational Resources.
O Projeto OportUnidad, que visa a disseminar os conceitos de recursos e práticas educacionais abertas na Améria Latina (REA e PEA), terá seu lançamento internacional no dia 20 de março de 2012, na Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil.
O evento é gratuito, todos estão convidados. Confira a programação completa abaixo. A inscrição é necessária e as vagas são limitadas!
Débora Sebriam é educadora, integrante da equipe de Tecnologia Educacional do Centro Educacional Pioneiro, mediadora de redes sociais do Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital e Instituto EducaDigital.
Aconteceu no Educaparty, dia 09/02, a Oficina Recursos Educacionais Abertos: como usar, criar e compartilhar, promovida pelo Instituto Educadigital (IED), liderada por Bianca Santana – Diretora de Educação do IED e da Casa de Cultura Digital e por Débora Sebriam do IED e do Projeto REA-Brasil. A oficina começou com uma dinâmica e com uma rodada de apresentações dos participantes e constatou-se que a maioria dos estados brasileiros estavam ali representados. A oficina também contou com a presença de integrantes da comunidade REA-Brasil, como Carolina Rossini, Tel Amiel e Andreia Inamorato.
Na dinâmica inicial, Bianca Santana provocou os participantes a se posicionarem em uma linha de concordância ou discordância sobre a afirmativa: “autoria é sinônimo de propriedade”. A grande maioria dos presentes se posicionou contrário a afirmativa. Alguns se pronunciaram explicando que a Internet promove colaboração e que tais palavras não deveriam ser vistas como sinônimos. Já outros, afirmaram que o direito do autor deve ser reconhecido – com o que a todos concordaram. Um último participante trouxe conceitos, diferenciando propriedade de direito de autor, para este a propriedade vincula-se a bens materiais e não para bens imateriais.
Após a dinâmica inicial, o conceito REA da Unesco foi apresentado por Débora Sebriam e alguns dos presentes tomaram a palavra para ressaltar a necessidade de formatos abertos para a elaboração e compartilhamento de Recursos Educacionais Abertos.
As 6 licenças Creative Commons disponíveis e validadas juridicamente no Brasil foram apresentadas explicando-se o funcionamento de cada uma delas. Essa apresentação foi seguida pela discussão dos impactos de escolha de cada licença. No Commons do conhecimento o autor sempre existe, mas também se reconhece que muito do conhecimento produzido por aquele autor vem de uma construção sobre o conhecimento social.
Duas questões práticas foram colocadas ao grupo:
como escolher uma licença do Creative Commons
como utilizar ferramentas de busca avançadas, como a do Google, para encontrar materiais licenciados abertamente
Após a discussão inicial sobre o conceito e licenciamento aberto de materiais educativos, o grupo realizou um exercício prático no site do Creative Commons e decidiu-se licenciar um plano de aula hipotético. Após responder às duas perguntas básicas, a licença escolhida pelo grupo no exercício foi a CC-BY-NC-SA ( Atribuição – Uso não comercial – Compartilhamento pela mesma Licença) uma das licenças mais restritivas. Uma discussão foi iniciada sobre os impactos da licença, as dificuldades de interoperabilidade legal com outros projetos REA e a perda de oportunidade de ganhos indiretos com licencas como a CC-BY advindas do ganho de notoriedade, fato que resultou um repensar a licença, motivando as pessoas a escolherem licenças mais abertas.
O trabalho de Raffaela Traniello é um exemplo de criação REA. Rafaella é uma professora de ensino fundamental na Itália, que é um exemplo de professor autor. Ela estimula a criatividade, colaboração e o compartilhamento criando séries de animação com seus alunos sempre promovendo e fazendo uso de software livre e licenças Creative Commons.
Licenças e compartilhamento continuaram em pauta com uma reflexão sobre o conteúdo do Portal do Professor, Banco Internacional de Objetos Educacionais, Portal Domínio Público e Connexions.
Ao final, os participantes tiveram oportunidade de dar seu depoimento respondendo a pergunta: o que eu faço na minha prática cotidiano tem a ver com REA? Muitos educadores já compartilhavam suas obras criativas na web, entretanto muitos deles, não conheciam REA e as possibilidades de licenciamento abertos e saíram da oficina empolgados com a possibilidade de colher os frutos de publicar REA.
A oficina foi marcada pela participação constante dos presentes num debate aberto extremamente rico e foram presenteados com exemplares impressos do Caderno REA para professores e do folder REA.
O livro “Open Educational Resources in Brazil: State-of-the-Art, Challenges and Prospects for Development and Innovation” da pesquisadora brasileira Andreia Inamorato dos Santos, é a segunda publicação dentro da série de estudos de caso do Unesco Institute for Information Technologies in Education. O estudo contém uma visão geral do panorama educacional brasileiro, a política nacional de educação e as estratégias de utilização das TIC na educação.
A autora descreve alguns repositórios de conteúdo digital aberto, com a devida ênfase sobre a situação de direitos autorais e considera vários exemplos de projetos bem sucedidos de Recursos Educacionais Abertos internacionais que envolveu parceiros brasileiros.
Segundo Andreia, uma tradução para o português deverá sair nos próximos meses. Em relação a licença do livro, a autora esclareceu no grupo REA no Facebook e na lista REA:
“a UNESCO detém os direitos autorais. Eles admitem a controvérsia, principalmente porque essa é uma publicação sobre REA, mas a discussão para tornar as publicações da UNESCO abertas (com o uso de licenças apropriadas) é institucional e já está tramitando. Tudo precisa passar por várias fases administrativas antes da implementação, mas estão caminhando para isso. Em relação a essa publicação, a UNESCO pretende estudar a possibilidade de oferecer algum tipo de permissão para remix, mas isso não será algo imediato. Talvez um outro tipo de licença seja algo que possamos conseguir para a versão em português. De qualquer maneira, o livro está disponível gratuitamente e pode ser distribuído.”
O que é ser índio no Brasil? Imagine essa história contada pelo povo indígena e usando todo o potencial da internet para compartilhar e construir a cultura colaborativamente?
Sebastian Gerlic, coordenador do projeto Índio Educa, esteve presente na Desconferência REA no Festival de Cultura Digital e compartilhou conosco este interessante projeto. “O Índio Educa tem o compromisso de levar a verdadeira história e cultura dos povos indígenas a todas as pessoas e através das mais variadas formas, especialmente via internet.”
Abaixo o depoimento de Sebastian Gerlic ao Blog REA.
Atualmente, o portal adota a licença BY-NC-ND, mas após a desconferência e o entendimento sobre o que é REA, a possibilidade de oferecer uma licença mais flexível que permita obras derivadas está sendo discutida.
Veja todas as fotos da Desconferência REA no Festival de Cultura Digital.
Passaram pela desconferência REA, no Festival de Cultura Digital no último dia 03/12, pelo menos 40 pessoas. Educadores, psicólogos, advogados, curiosos e pessoas realmente engajadas com a causa trouxeram seus apontamentos e experiências.
Reflexões acerca do próprio conceito de REA, licenças abertas, produção de REA dentro dos espaços educativos, professor autor, aluno autor, direito autoral, projetos de lei e experiências práticas de alguns dos presentes foram destaque.
Um relato muito interessante, foi o da profª Juliana Bastos da UniRio. Ela conta sobre o projeto Wikipédia na Universidade, voltado para que o aluno trabalhe com edição crítica na Wikipédia através de elaboração de conteúdo em História Antiga.
Para Juliana, usar a Wikipédia com os alunos é uma excelente oportunidade para que eles trabalhem habilidades e competências importantes, como leitura crítica, redação acadêmica, adequação a audiências específicas, criação de material didático e diálogo com o ambiente fora da academia.
Confira o depoimento de Juliana Bastos ao blog REA.
Nossa petição pública online também foi divulgada na desconferência, se você ainda não manisfestou o seu apoio não deixe de assinar.
Em breve mais relatos dos participantes e todas as fotos da desconferência aqui no blog.
De 02 a 04 de dezembro, acontece a 3ª edição do Festival da Cultura Digital. O MAM Rio e o Odeon Petrobras, no Rio de Janeiro, serão ocupados por palestras, debates, encontros, atividades laboratórios, exibições e performances artísticas. A proposta é articular referências mundiais e redes expressivas, a partir de questões relevantes da conjuntura nacional e global – como a função da propriedade intelectual na era do conhecimento e os avanços do movimento software livre, que integram a essência da cultura digital.
O Projeto REA Brasil realizará uma Desconferência REA no dia 03/12, das 10h às 12h no espaço Encontro de Redes. Nossa proposta é realizar um batepapo aberto sobre a causa REA e buscar apoio da sociedade para os Projetos de Lei propostos no Estado de São Paulo e o Projeto de Lei Federal. Uma equipe de voluntários da Comunidade REA-Brasil e comunidades irmãs, como a Wikimedia, a Software Livre, Hackers, entre outros, estarão circulando durante todo o Festival divulgando REA.
Especificamente, entre nossas ações, estaremos focados em integrar o público do Festival a pensar projetos e as políticas públicas de REA. Também lançaremos e abriremos para assinaturas uma petição pública online de suporte a causa REA, que posteriormente, será enviada ao Congresso Brasileiro e ao Ministério da Educação. Os participantes do Festival também poderão deixar sugestões, críticas e manifestações de apoio nos cartazes sobre REA que espalharemos no MAM.
Acompanhe tudo o que acontece no Festival através do Blog REA, do @reanetbr no Twitter, do nosso grupo no Facebook e ajude-nos a divulgar a desconferência nas suas redes de relacionamento.
Se você estiver no Rio de Janeiro não deixe de aparecer e junte-se a nós!